quarta-feira, 8 de agosto de 2012

(F)Sinal dos tempos.


“Desperta rápido pastor, pois teu rebanho, de novo, está tresmalhado”. Com esta frase no pensamento, acordei, embora saiba que esta, era parte de um longo dialogo(…)
Um mestre um dia me ensinou que a economia é a ciência que lida com “coisas”, já a gestão, é a ciência que lida com pessoas, este mestre de nome Peter F. Drucker, considerado o pai da gestão moderna, quando afirmou isso, faz bem mais de vinte anos, nunca imaginou que estaria a definir o futuro, aquele que é o atual cenário mundial. Não digo descrever o cenário, mas sim definir, significando isso que esta frase, apresentar não o cenário, mas identifica o problema que origina a própria, crise.
Muitos afirmam que vivemos uma crise de valores e certamente não andam longe da verdade, mas quando tentamos perceber o que são os valores a que se referem, rapidamente percebemos que eles falam não de verdadeiros valores, mas dos seus valores, aqueles que interessam a alguns em detrimento de muitos.
É uma crise de falta de equilíbrio, como afirmava P.F. Drucker, é uma crise criada pela pressão que os rácios financeiros criaram sobre o Homem e este por falta de verdadeira estrutura social e espiritual, cedeu.
Esta crise, criou-se por comportamentos, então, ela é propriamente, a dita a resposta de P. F. Drucker. Surge, resultado do ofuscar do comportamento da humanização da sociedade, por processos que têm em vista as ações puramente técnicas – científicas, financeiras e tecnológicas. No fundo, o lucro pelo simples lucro, sem qualquer critério de sustentabilidade, de humanidade, na verdade de espiritualidade.  
A natureza é perfeita, o universo é perfeito, ele tende sempre a equilibrar-se, pois ele é regido por LEIS imutáveis que não dependem do vil interesse do ser. Sempre que o tentamos desequilibrar, ele cria os movimentos de compensação, o que muitos designação de causa / efeito. Por muito que alguns não entendam os mercados financeiros também estão sujeitos às LEIS Universais, por isso esta crise.
A Humanidade não vive uma crise dos países ditos desenvolvidos, desenganem-se os que assim pensam. A Humanidade viva aquela que pode ser a sua derradeira crise. A crise que anuncia o “final dos tempos”. Pensarão muitos: “….que exagero…..” Será?!! Veja;
Que crise é esta, porque é diferente de todas as outras? Devemos comparar com anteriores crises, mas também devemos olhar para muito mais atrás, para anteriores ciclo civilizacionais, senão só com a primeira comparação, nunca chegaremos lá. Então esta é uma crise de comportamentos, como muitos afirmam, mas não dos comportamentos a que eles se referem.  


Os comportamentos que criam esta crise, prende-se com o enorme foço que foi criado entre a evolução que a Humanidade sofreu, no que tange à tecnologia, politica, ciência, ciências socioeconómicas, etc., com o grau de evolução espiritual que lhe deveria corresponder, para que os desequilíbrios não gerassem o que é o atual estado da Humanidade e do planeta que nos serve de abrigo.
Economistas que pensam unicamente no lucro, sem olhar para as pessoas, pessoas que olham só para si mesmas, sem querer saber do seu semelhante. Políticos que se preocupam unicamente com ganhar eleições e quando ganham, deixam a representação teatral que os levou até ai e passam a agir como os primeiros e os segundos. Lideres religiosos que vivem na perfeita cumplicidade com os sistemas, sem se preocuparem verdadeiramente pela alma dos seus crentes. Famílias que se desunem, esposas que rejeitam seus maridos, maridos que descartam suas esposas, como se de mais um produto de consumo se tratasse e filhos que lhes seguem os exemplos. Lideres que não sabem ser lideres, pois não sabem sequer qual o verdadeiro caminho. Tudo isto é resultado de uma só coisa – o desfasamento entre a evolução tecnológica, cientifica, social e económica da Humanidade, face aos seu atual estado espiritual.
Mesmo que não queiramos ver, entender ou aceitar, tudo o que de mais cientifico  e tecnológico possa existir, tem de traz de si uma enorme componente espiritual, pois até o conhecimento que um dia originou esse desenvolvimento cientifico, tem raiz espiritual, senão vejamos. Por exemplo, o conceito de redes sociais, de cooperação social, empresarial em redes sociais que originaram fenómenos como o facebook, a wikypedia, o youtube, entre tantos outros, são o quê na verdade?!! O que é o crowdsourcing?!!! A ciência esotérica que Pitágoras desenvolveu à seculos, reponde a isso, aliás, basta que se conheça bem a numerologia sagrada, não a aritmética exotérica, de Pitágoras e seria possível inventar ou melhor reinventar conceitos como esses.
Numa explicação bem básica, pois não é o objetivo deste texto, no ensino da ciência sagrada dos números ensinada por Pitágoras, podemos ver que todos os números de 4 a 9, terminam sempre por se resolver em “1”, nisto também é importante salientar que 1, 2 e 3 representar sempre “1”, sendo aquilo que as religiões definem como trindade. Assim “1” representa a consciência coletiva no crowdsourcing quando somados todos os seus participantes, a sua soma, resulta sempre de mais “um”. Ou seja a wikypedia é o resultado dos post´s de cada participante, mais o resultado da totalidade. Isto é pura espiritualidade, nada tem que ver com a inovação barroca que muitos querem fazer crer que parte do caracter cientifico do ser humano.
O desequilíbrio existente entre o conhecimento cientifico que levou a criação de tecnologias que geram efeitos perversos para o mundo, sem o acompanhamento do mesmo grau de espiritualidade que vigiassem esses ímpetos comportamentais, levará a Humanidade à extinção enquanto ciclo civilizacional, Noa digo que a Humanidade termine, mas unicamente quem pensa e age deste modo, deixar de ter lugar neste abrigo que é a terra. “Final dos tempos, sinal da chegada do filho do homem”, trazendo uma nova mensagem, para uma nova humanidade, mais espiritualizada, na verdade mais HUMANA.
Despertai pois pastores (as), vos que sois muitos (as), poucos parecereis quando perceberes da quantidade de rebanhos tresmalhados, ai sentireis o trabalho que haverá a fazer e no pouco tempo, pois o que vedes, não é mais que “O sinal dos tempos chegando”

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