A
questão místico-filosófica acerca dos mais elevados conceitos que assolam o Homem,
têm levado a grandes reflexões, estudos e também erros face ao seu entendimento
e interpretação.
Obviamente
que tanto Santo Agostinho, Albert Einstein e tantos outros, falavam veladamente
sobre o conceito de tempo e do que ele representa para o Homem. Quase ninguém
conseguiu interpretar o que eles conseguiram compreender sobre o tema, nas suas
incursões místico-filosóficas. Nos actuais conceitos de física quântica, é
perceptível que o tempo cronológico é algo relativo, pois este alterar-se,
perante modificação de outros factores, nomeadamente da velocidade | movimento,
ou seja, se fosse possível atingir velocidades superiores às da luz e várias
vezes, teríamos que seria possível alterar o decurso do tempo, chegando mesmo a
fazê-lo regredir ou avançar. Isto é o que se julga ser as conclusões veladas
destas mentes.
Quando
Albert Einstein afirmou isto, os poucos que entenderam, entenderam mal. Assim
pensou-se que pretendia afirmar ser possível viajar no tempo, ir ao passado ou
ao futuro. Na verdade esta é uma conclusão errada face às conclusões de Albert
Einstein. O que ele, como muitos outros estudiosos Herméticos, pretenderam
transmitir é que se ao introduzirmos variações num dos factores que dependem ou
fazem depender o tempo, neste caso a deslocação | movimento | velocidade,
introduzimos em simultâneo alterações da estrutura do tempo. Se o decurso deste
se altera com o factor movimento | velocidade, então estes são na verdade
relativos, pois ele – tempo, só existe nesta lógica, só é valido, sempre e quando o conceito de movimento | velocidade
seja o que conhecemos.
Imagine-se
que para o ser é possível viajar à velocidade de um pensamento, isto
representaria velocidades na condição do movimento, imensamente superiores às
leis conceptuais da física actual. Neste exemplo e se conseguíssemos viajar à
velocidade do pensamento o conceito de tempo como o entendemos, quase não existiria.
Já se conseguíssemos velocidade de movimento imensamente superiores ao
pensamento, ou seja, a-movimento | omnipresença ! simultaneidade, aqui o tempo
passaria a mostra-se-nos como ele é de facto – inexistente | a-temporal.
Entendamos
pois o que elevados estudantes Herméticos nos tentam dizer acerca do tempo. Este
só existe para a mente limitada do ser, deixar respondidas todo um conjunto de perguntas
geradas através das suas limitações que de outro modo ficariam sem resposta,
pois na verdade é impossível para o ser que não se liberta dos códigos e entropias
conceptuais que o subjugam a esta condição Imanente, entender e ver a verdade substancial.
Para
reflexão, deixo aqui uma questão:
?
Então e a que velocidade viaja o espírito quando desencarnado?
Ou
melhor
? O espírito
desencarnado, precisa de se deslocar ou está num estado de simultaneidade ?
Os fundamentos
ou condições que fazem possível a existência do mundo Imanente, são parte da
ilusão que nos separa enquanto SER. Mas essa mesma ilusão permite que ao reconhece-la
e quando nos tornamos cientes dela, possamos identificar o caminho que nos leva
de volta à união. Embora tal união nunca tivesse de facto deixado de existir,
aparentemente e devido ao estado ilusório do ser, nos vários planos do mundo
Imanente, só através dela, é possível ao ser descobrir que o que nos
separa também é o que nos une.
Compreende
esta afirmação e terás alcançado, não só as cinco chaves, mas a derradeira
conclusão, para interpretar parte dos mistérios do mundo Imanente, importante
no caminho da senda.
O significado do dia de Reis, ressalvo, Reis MAGOS, ou melhor dos
MAGOS, pois a simbologia relevante não está no facto de eles serem reis, pois
não o seriam e esses, haveria muitos na época, mas sim no facto de serem MAGOS
e esse pormenor sendo o que mais importa, também foi o que se perdeu.
MAGOS no sentido esotérico do termo, representa para o
Cristianismo, aqui, o mais alto nível de espiritualidade que um ser pode
almejar alcançar.
Provavelmente também não eram três, já as oferendas sim seriam
nesse numero, pois são estas que têm o valor representativo e transportam
esotericamente a mensagem de Natal, o nascimento do messias, Jesus…
A melhor forma de caracterizar o NADA, é com o
que o ser humano entende por antagonismo de tudo o que é por si consciencializável,
imaginável ou até inimaginável – o NÃO. Tudo o que esteja fora deste conceito
será certamente parte do CREADO, parte
da Imanência, mesmo que aparentemente
nos pareça TRANSCENDENCIA.
Se
assim não for, chegaremos a conclusões erradas quanto às grandes questões que o
Hermetismo tem vindo a levantar e a tentar responder;
?Quem
é DEUS, onde começa o Mundo Transcendente e termina o Imanente? ?O que os
LIMITA? Como foi CREADO o Mundo Imanente? Com que propósito? O que caracterizam
os níveis da Imanência? Entre muitas outras questões…
Se a
principal característica do MUNDO DE DEUS e do PROPRIO não for o antagonismo do que julgamos ser tudo
o consciencializável, imaginável e inimaginável, então nunca estas perguntas
terão todas e em simultâneo das suas devidas respostas.
Foi ensinado,
até aos dias de hoje que a característica do Infinito, o Ilimitado é uma das
faces do Mundo Transcendente, mas na verdade, estes, são os LIMITES, mas ainda
dentro do Mundo Imanente, embora que dos quais não temos capacidade para
perceber o seu fim, ou seja, sendo o conceito de Ilimitado algo pertencente ao CREADO,
unicamente confundimos com uma característica do Transcendente, porque a nossa
limitada percepção não consegue perceber o seu LIMITE e isso leva-nos ao erro de pensar que para
resolver tal questão de limitação, devemos coloca-lo fora do nosso alcance.
Esta seria uma forma cómoda de resolver algo de difícil entendimento ou até de impossível
entendimento para o limitado estado perceptivo do ser . Mas vejamos. Se o Infinito fosse de fato característico do
Transcendente ele não existiria, certo?!! Não existiria para a nossa percepção.
Então, como poderíamos ter percepção dele?!! Mas temos. Temos percepção de
muitas coisas, quase tudo que para o ser é entendido como infinito, é
simultaneamente consciencializável. Então não pode ser Transcendente, apenas
não conseguimos consciencializar o seu LIMITE e por isso decidimos chamar a
isso infinito. Mas tem fim, só não temos percepção dele.
Para
perceber a exposição do tema, deveremos iniciar pela questão do LIMITE. ?O que
limita tudo? ?Onde está o LIMITE entre o Mundo Transcendente e o Imanente? Os
que os LIMITA? ? o que Limita / separa os vários planos do Mundo Imanente? ?O
que origina a descontinuidade, tornando o Mundo Imanente no que temos como tal?
Pois
a resposta para todas e muitas outras perguntas está na VIBRAÇÃO, é ela que separa
os dois estados PRIMORDIAIS: o NADA do TODO. Assim sendo o primeiro movimento,
ocorrer pela VIBRAÇÃO PRIMORDIAL, aquela que originou o TODO e só ai, no estado
do TODO, na presença da primeira
Vibração se situa o que entendemos por parte do estado Transcendente que
para o ser é apenas entendível | imaginável. Então o elemento limitante de
todos os estados, de todos o níveis, planos existenciais, quer seja da designada
Transcendência ou Imanência é a vibração.
Assim sendo devemos reflectir sobre o que é de fato característica da vibração,
até que estado de subtileza ela nos leva.
Tudo
o que vibra é característica do Mundo Imanente e tudo o que não vibra é
pertencente ao Transcendente.
Está é uma afirmação correcta, mas devemos
questionar e reflectir sobre a subtileza da vibração onde ela acaba, ou seja,
aqui também sobre o seu LIMITE. Será que ela é finita ou infinita? Sendo que
para melhor entender esta reflexão devemos entender como infinito, tudo que
foge à nossa capacidade de lhe encontrar o LIMITE. Então, a vibração tem
LIMITE? Se tudo o que vibra é parte e característica
do Mundo Imanente e o LIMITE da vibração pode estar fora da nossa capacidade de
percebe-la, então, mesmo sendo ela limitada, para nós, pode-nos parecer ilimitada, pois não
percebemos aonde ela termina. Bem no fundo é este mesmo o estado actual do
entendimento e é este o motivo porque se cometem muitos erros no estudo Hermético
sobre alguns estados vibratórios. Vejamos um exemplo que consideramos de forma errónea
como estado e característica do Transcendente;
O amor
– muitos afirmam que o amor é uma característica do Transcendente, por isso não
vibra. Mas na verdade vibra, se não vibrasse, não seria não só imperceptível,
como não existiria de facto. Para entender o que é o amor no estado do
Transcendente, recordamos que no inicio desta reflexão falamos da chave para caracterizar
o Transcendente – o NÃO, então, o amor quando em estado de Transcendente,
torna-se NÃO- AMOR. Já quando ele é percebido, como amor, ou mesmo não o sendo
ainda percebido, está já no estado Imanente, independentemente do seu grau elevado de
vibração, nos vários níveis de subtileza, mas sendo amor, já não é parte do
NADA, pois para ser parte do NADA, estaria em estado de NÃO- AMOR .
Por
isso o ódio e o amor, nunca conseguirão ser o mesmo, no estado Imanente, pois
só no estado de NADA, podemos ter potencialidades diferentes UNAS, sempre que
se dá a vibração, dá-se o limite, a fragmentação que separa os diferentes níveis
vibratórios e assim cria coisas, condições, sentimentos, estados diferentes,
gerando o que entendemos por pólos, enquanto observamos ou sentimos esse algo
ou evento.
No
verdadeiro estado Transcendente, no estado do NADA, tudo, absolutamente tudo
está em estado NÃO. Esta é a melhor imagem para entender os atributos do estado
da Transcendência e não cometer erros ao pensar NELE como infinito ou sem
limites.
É pois
pela vibração que tudo no TODO existe e pela NÃO-vibração que o NADA é o
verdadeiro e único plano Transcendente.
Tenho
alguma, não muita, admiração intelectual, pelo Sr. comentador Miguel Sousa Tavares,
mas ontem concluí aquilo que só não é óbvio para ele próprio, devido à sua cega
arrogância intelectual: “ …nem sempre estamos preparados para falar sobre todos
os assuntos com propriedade.”
O
tema sobre Maçonaria e sociedades secretas por ele comentado, mostrou-me que
provavelmente também em outros, como neste, o sr. comentador, dirá muitas enormidades
em desfavor da verdade e conhecimento,
deixando assim os espectadores, menos conhecedores, com ideias erradas sobre o
assunto comentado, pois tem-se neste sr. como alguém que só comenta o que
conhece…ora, incorrecto. A partir de hoje terei mais cuidado ao aceitar comentários
de assuntos que desconheço, vindos dele, como credíveis.
No
entanto deixo aqui uma ajuda ao seu intelecto neste tema, pois assim pode ser
que ele passe a entender melhor sobre o tem em questão, a saber;
Não
sou, nunca fui e não serei certamente membro de nenhuma Loja ou Ordem Maçónica,
a opinião que aqui expresso resulta do meu conhecimento sobre o tema e a que
qualquer um que se disponha de facto, pode aceder, só isto diz bem que do
secretismo destas e outras ditas sociedades secretas, são conceitos relativos,
pois é fácil aceder ao conhecimento necessário para entende-las e assim poder
falar delas como eu falo. Este meu conhecimento vem da necessidade de busca
espiritual que qualquer (ou parte) ser humano tem em dada altura da sua vida.
Para
iniciar, um breve comentário sobre o tema dos rituais, é de facto
despropositada a observação vinda de quem vem, pois os rituais, são o que são e
não se deve julgar que é ridículo fazer um ritual representativo de valores | simbolicamente,
quando os desconhecemos. É pois mais ridículo o comentário devido à sua ignorância.
Para o leitor ficar com uma ideia da enormidade da ignorância da critica, seria
como afirmar que a toga dos juízes e dos magistrados, advogados é uma veste e um
ritual ridículo, ou então que as vestes das religiões são ridículas e os seus rituais
ridículos – “…onde já se viu um homem (o papá) com sais…”, parece-me pois que
este foi o momento de paragem cerebral do sr, comentador.
A
Maçonaria como muitas outras Ordens e Escolas de Mistérios, a Ocidente, todas se
originam na filosofia esotérica Hermética, não hermético de fechado, mas Hermética
do seu impulsionador – Hermes Trismegisto. Assim todas elas, desde os Rosa
Cruzes, Ordens Templárias, Maçónicas, etc. vão sustentar as suas bases
essenciais e existências ao Hermetismo e deste eu posso falar, pois sou
estudante de Hermetismo há alguns anos, no entanto, como outros ilustres
estudantes (Padre António Vieira, Fernando Pessoa, Albert Einstein, Mestre
Agostinho da Silva, entre outros) nunca vi nestas Ordens, Lojas ou Escolas a orientação
para a essência do que o estudante interessado procura no verdadeiro Hermetismo.
Muitas
destas, acabam por se orientar mais para os assuntos materiais e aqui talvez
haja uma centelha de razão quando se fala de alguma influencia que algumas destas
jogam no papel politico, económico e social. Mas reparem que não é só no nosso
país, pois no caso da Maçonaria, ela foi originada de facto na Europa, mas o
jogo de influencia Maçónica que a opinião publica acusa de ser uma característica
de toda a Maçonaria (onde se deveria corrigir para alguma dessa Maçonaria, em
abono da verdade), foi criado nos Estado Unidos e ainda hoje é esse país que
comanda estas linhas de orientação que depois se projectam em algumas destas
Ordens, pelo resto do mundo.
Então
haveria que distinguir Ordens, Escolas e Lojas que são criadas com falsos
pretextos das verdadeiras, aquelas que o Sr. comentador também colocou no mesmo
“saco” quando efectuou o seu comentário com base no desconhecimento. Como
disse, não defendo nenhuma, nem ninguém, apenas pretendo que se veja a verdade,
pois o que se conhece é parte de uma verdade, não a totalidade.
As
verdadeiras Ordens, Lojas, Escolas de Mistérios, nunca se apresentam, são “secretas”
como se afirma, muito porque e em parte os seus conhecimentos ao longo dos
tempos foram e são incómodos para o poder instituído, quer seja o politico,
religioso, económico e social que como sabemos nem sempre são os mesmos. Desde a
chacina dos Templários em França, até aos nossos dias, tem havido muita incompreensão
e até perseguição relativamente às verdadeiras ordens. Logicamente que haverá
sempre quem aproveite a forma velada de como elas tiveram que organizar para
outros fins. No entanto qualquer um de nós pode, como maior ou menor rigor,
colocar uma pesquisa, na wikipedia por exemplo, e ficará com algum conhecimento
sobre o verdadeiro Hermetismo e as suas bases, obviamente não queiram que
aquilo que ali se expõem seja tudo sobre o mesmo, mas ali está uma verdade exotérica
que qualquer um pode aceder, mesmo que algo ficcionada.
O Hermetismo
para os Ocidentais, assim como o Vedismo para os Orientais, é a base de todo o
conhecimento místico-filosófico. Estes estão na origem das próprias religiões,
explicam as grandes questões existenciais da humanidade. As suas disciplinas / ciências
(câmaras de estudo), são em parte hoje
aceites como ciência, mas recordo que ainda na idade média muitas eram negadas.
O mesmo acontecerá com muitas outras, como já aconteceu antes. Veja-se a física
quântica, quem estuda Hermetismo, sabe que as base actuais da física quântica é
aprendida pelos seus estudantes há séculos, Albert Einstein sabia isso, ainda hoje, quem não
estuda Hermetismo, não entende plenamente as equações de Einstein.
Tudo
o que passou a ser de aceitação social, enquanto áreas de estudo do Hermetismo
ou dos Vedas, passou a fazer parte da verdade social, da ciência (astronomia, física quântica, parte
da matemática, parte da química, parte da física, etc.), tudo que por algumas
razões e interesses instalados, não interessou reconhecer (talvez para manter a
opinião pública na ignorância | controlada), são temas, áreas de estudo, câmaras,
ciências ditas ocultas / malditas, mas que o estudante de Hermetismo desenvolve:
Cabala, Geometria Sagrada, Numerologia Sagrada (esta última, com origem em
Pitágoras, nada tem a haver como o exoterismo dos números que se vê nos jornais
e revistas), Alquimia, etc.
Mas
que fique claro que estas ciências existem, o seu conhecimento existe, é
milenar, mas existe só com dois propósitos: de evolução da Humanidade - enquanto
raça terrena e enquanto ser espiritual – na condição de raça imortal. Desde
sempre alguns estudantes de Hermetismo foram levados / convencidos a revelar
informação que depois foi usada para criar armas, para criar sistemas baseados
em desigualdades humanas, estes erros, provaram e justificam que o verdadeiros
conhecimentos Herméticos, mesmo que ridicularizados por muitos, devam ser mantidos
velados, para evitar que o seu poder, caia em mãos daqueles que não façam o uso
justo. Muitas das conquistas da
humanidade, se devem aos estudos Herméticos, quase todos os segredos da
humanidade, são verdades conhecidas no SABER Arcano Hermético, só aguardam que
o ser Humano esteja preparado para as merecer e assim poder recebe-las. Não
envolvam pois o Hermetismo, o Vedismo e as verdadeiras Escolas, Ordens e Lojas
que os professam na politica, no interesse do vil metal e noutras questões
menores.
Que
a acídia se dissipe e que a verdade seja por cada um merecida, para ela que se
vos apresente.