quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Baphomet e a Ordem do Templo.


A simbologia de Baphomet, tanto para os Templários, como para todo Iniciado na Tradição, tem um significado bem concreto, embora ainda hoje se crie um conjunto de distorções, devido à ignorância dos temas esotéricos e à incapacidade de interpretar as mensagens que os símbolos esotéricos nos transmitem. A figura do bode pode, de fato, ter um significado negativo, mas a simbologia do bode Templário Baphomet tem, como representação, exatamente o oposto. O símbolo positivo parte da verdadeira e antiga Tradição Cabalística, e representa o que os Templários e todos os Iniciados na Tradição entendem dele, enquanto que o símbolo negativo é mais recente, e tem origem nos devaneios e mitos criados pela “santa” inquisição na Idade Média, com o pretexto de atacar a Venerável Ordem do Templo.

Assim, já antes do Egito Antigo, o Bode tem um significado esotérico que, quando apresentado como Baphomet, traz em si o verdadeiro estado de cientificação que qualquer estudante e/ou Iniciado procura compreender e alcançar. A posição das duas mãos face às duas luas representa os caminhos da árvore da vida e a dualidade de todo espírito encarnado. As duas luas representam a coluna da direita e da esquerda da Árvore da Vida, e as indicações que Baphomet faz, apontando às duas, significam a sua consciência face à existência dos caminhos da Cabala – o caminho da mão esquerda e o caminho da mão direita. Estando o ser no estado de Baphomet, estará em perfeito equilíbrio, pois reconhece a existência da sua dualidade, reconhece a existência dos dois caminhos e sabe o que ambos representam. Por ele estar consciente dessa dualidade ele sabe como fazer o caminho mais harmonioso – o caminho do meio.

A simbologia do Pentagrama, quando colocado com uma das pontas para cima, representa a ascensão do espírito, o seu lado de LUZ, enquanto que a colocação dele na posição inversa tem como significado a queda do espírito até as trevas, o seu afastamento da LUZ. No Baphomet da Ordem do Templo, o Pentagrama surge com a ponta para cima, isto representa a ascensão. A tocha, no cume de sua cabeça, representa a supremacia do espírito e mente ILUMINADOS sobre o corpo denso e os planos do aprisionamento, a vitória da mente/espírito sobre a matéria, ao conseguir atingir a ILUMINAÇÃO.

Este traz consigo o símbolo do Caduceu, assumindo, dentro da sua simbologia, que a sua origem reporta à corrente esotérica das Escolas e Ordens Herméticas. Este símbolo em si, com os seus verdadeiros significados esotéricos, é conhecido pelos Iniciados, mas deturpado pelos curiosos sobre estes assuntos, o que leva a muitos dos significados distorcidos que lhe são atribuídos. Na verdade, o Caduceu é apresentado frequentemente, nas simbologias Herméticas, para além da sua inclusão como elemento que completa a figura de Baphomet; é muito comum vê-lo associado ao ser alado que muitos confundem com o Hermes da mitologia Grega.

A simbologia mais velada sobre ele, quando um ser o apresenta na sua posse, remete à indicação do grau esotérico na escala da evolução espiritual de quem o possui. Quando se entende o significado mais velado do Caduceu, diz-se que estamos na posse dele, isso significa que estamos na posse das verdades e do estado de consciência que remete para uma das mais elevadas escalas da evolução espiritual que o ser pode atingir.

O próprio Caduceu oculta em si a verdade sobre a história da Humanidade, e tem gravado simbolicamente as instruções do que fomos, o que somos e como podemos repor o nosso verdadeiro estado.

O conjunto que reúne os chifres, as duas orelhas, a barba e a base da tocha cria dois triângulos, um de vértice para cima e outro de vértice para baixo, os quais, sobrepostos, originam um Hexagrama. Como é do conhecimento esotérico, tal símbolo representa os dois movimentos espirituais – Queda e Ascensão, sendo estes os significados relativo às duas Trindades – o triângulo de vértice para baixo como a trindade da manifestação em Malkut, representando a encarnação do espírito, e o triângulo com o vértice para cima como a trindade da unificação em Kether. Sendo este o sentido esotérico mais conhecido, há, no entanto, um significado mais velado, que está relacionado com a NONA HORA, descrita por Apolônio de Tiana no Nuctemeron – O Número que não pode ser revelado.

Este é o verdadeiro símbolo Templário do Baphomet. No dia em que for plenamente entendido, então o Busca-dor atingiu o estado de ILUMINAÇÃO que sempre procurou, passando a dominar a dualidade, e a ser conhecedor das verdades. Mesmo que ainda limitado e remetido no seu estado de ser-espírito encarnado, ele está preparado.

A resignação do PAPA Bento XVI.


Ainda na minha juventude, um dos livros que recordo ler, foi “O eleito de Thomas Mann”, este trata sobre a vida de um ser que nasce resultado de uma relação incestuosa e que se veio a tornar no papa. Quando surge a notícia da abdicação de Bento XVI, por sinal, tendo sido o primeiro a abdicar enquanto tal, vem-me logo à memória Thomas Mann e “O eleito”. No livro, mesmo parecendo um romance que recorrer à ficção histórica, era assim que eu o via na época, para quem o venha a interpretar mais meticulosamente, acaba por detetar todo um conjunto de informações que estão para além do simples romance ficcionado. Ao contrário que se pensa, este livro usa o estilo romance, mas recorrer a pesquisa histórica séria e aos valores espirituais para trazer muitos dos acontecimentos que terminam por fazer parte do livro.   
A imagem literária que o autor pretende transmitir, com o assunto do incesto, num sentido alegórico velado, entra no tema da dualidade humana que se esconde em todas as relações, inclusive na Santa Sé e nas suas hierarquias, ao mais alto nível. Não propriamente só no ato aqui representado pelo incesto, mas em todo o conceito de bem e do mal / do certo e do errado que a sociedade afirma só possível acontecer com certos seres humanos – os maus, aqueles que têm uma génese de maldade, quando na verdade, absolutamente todos, em determinados momentos da nossa vida, apresentamos essa característica a que todos estamos relegados – A DUALIDADE. Somos seres duais, aprisionados numa condição percetiva trina, este é o verdadeiro sentido velado do livro de Thomas Mann e aqui muito desse verdadeiro significado cruzam-se as motivações reais de Bento XVI com as de Gregório VIII.
Enquanto seres incapazes de perceber em plenitude uma determinada condição na sua totalidade, olhamos para ela, vendo um só ponto da escala e se esse ponto se aproximar, mais ou menos dos interesses benéficos para nós, percebemo-la como melhor ou pior, unicamente em função dessa perspetiva limitada em função do nosso aparente interesse. Por exemplo – Para nós, seres humanos é condenável matar um outro ser humano, mas em certas condições, como numa guerra, quem acomete sobre a vida de outro ser humano, que está oposto no campo de batalha, até pode ser considerado um herói.
Outro exemplo – Para a humanidade em geral é condenável mentir, mas muitos do que se chama segredos de estado, não são mais que mentiras dos que governam sobre os que são governados. Estes são dois extremos de uma escala, nos dois exemplos, mas dentro dessa escala podemos verificar um conjunto de pontos em que no dia-a-dia todos nos focamos, ou seja, estes são exemplos extremos, mas dentro destes, surgem todo um conjunto de possibilidades menos extremas, mas em todas elas, permanece essa dualidade – A comparação entre um ponto na escala de um outro ponto desse evento/acontecimento/ação.  
A dualidade é uma incapacidade para entender a existência no seu todo, tanto para quem tenta perceber, como para quem a executa, em parte, enquanto ato ou evento. Perceberemos sempre no interesse da nossa perspetiva e tudo o que executamos será também sempre, consciente ou inconscientemente, na condição dual, no melhor interesse para nós. Ninguém está fora deste condição a que o ser humano está condenado, pois ela é parte fundamental na constituição da ego-personalidade. Sendo esta que nos condena à dualidade e aos efeitos negativos a que ela nos remete, é também ela que nos garante a condição que nos sentirmos existir – eu sou.
O ato deste dois seres que por sinal, desempenhando funções de papa em épocas diferentes, abdicam por motivos aparentemente diferentes, na verdade, têm mais em comum do que possamos percecionar à primeira vista. Muito embora, os códices que regem as sociedades das duas épocas sejam diferentes, levando a que aparentemente os motivos do ato, apresentem diferenças, mas na génese dos dois atos, está a sabedoria que reside em ambos os seres de perceber essa dualidade em tudo o que é a vida, em todos os seres humanos, tendo plena cons-ciência que todos estamos sob os seus efeitos e ninguém vive acima dela enquanto ser na condição MALKUT.   

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A reencarnação e as memórias de vidas passadas.


Muitos não entendem e questionam. - “Se existem reencarnações, por que não nos lembramos das vidas passadas e das experiências ai vivenciadas?”
A partir daí, surgem aqueles que afirmam não haver reencarnação. Mas, este é mais uma ideia errada, como tudo o que a ignorância origina, também este assunto tem uma explicação. Veja - existem 3 tipos de memórias: as superficiais, médias e profundas. As superficiais, são aqueles que correspondem à memória que temos dentro desta vida, as memórias médias ou intermédias, as que correspondem à última vida passada e as de nível mais profundo, aquelas que correspondem ao somatório de todas as reencarnações já vividas.
Porque não temos capacidade de trazer, nesta encarnação, com clareza, as memórias de médias e profundas?
Na verdade temos contato com essa sabedoria adquirida, quando temos sensações, leves intuições, simpatia por determinadas pessoas, empatias várias, sensações de locais e eventos já vividos, etc. Tudo isso é uma ténue e sutil forma de ter acesso a essas memórias. Mas não devemos ter acesso a elas com clareza. Imagine que para limpar o carma que teria que casar com alguém que noutra vida tinha sido seu carrasco, tinha assassinado você. Se tivesse, completa clareza sobre as memórias profundas ou médias, devido aos códigos com que somos educados, seria impossível você conciliar o seu carma. Este é um de muitos exemplos, que obrigam a que durante o tempo de estamos encarnados, porque não conseguimos lidar com determinadas situações, apagamos momentaneamente, essas memórias".

Vale a pena pensar nisto...


In: A Origem dos Mistérios, Mentiras e Verdades.
(…)
“Não julgue que tudo o que tem sido por si feito, não será por si, alvo de julgamento. Esse dia chegará para todos e ai não contam os códigos, as leis do homem e muito menos aqueles que o próprio homem inventou como sendo as leis de DEUS. Nesse dia, como já ocorreu antes, noutras vidas que você teve, enfrentará a sua própria consciência e será ela o seu juiz. Não há LEI mais justa que esta LEI de DEUS, a do autojulgamento e não há maior bondade que a bondade SUPREMA da plenitude que ELE nos dá através do livre-arbítrio. Mas são estas duas condições, estas duas mãos que nos guiam, mas também são elas que nos castigam. Assim não se esqueça que devemos a todo o momento fazer profundos exames de consciência para nós e sobre nós mesmo. Encare isso como um treino para o derradeiro momento.
Hoje, depois de todo o meu trajeto de vida, olho para mim, como que se num espelho me visse e pergunto-me – “Afinal quem és tu?”. Qual foi o prepósito que te trouxe? Porque fiz o que fiz, como e de que forma me deixei iludir, enredando naquilo que a vida me tornou?!... Pergunto-me como será esse dia em que me encontrei comigo mesmo, depois de ter usado do meu livre-arbítrio, olhando para o que fiz dele, questiono-me como me julgarei. Será certamente um julgamento justo, disso não duvido. Já não sei, quanto ao resultado desse julgamento, mas procuro não me deixar levar pelas aparentes armadilhas que a vida me coloca. Já errei quanto baste, já cedi aos instrumentos do ego, da dúvida, do medo, dos códigos criados pela sociedade para me afastar do verdadeiro caminho, pelo qual decidi vir a este plano.
Mesmo não sabendo qual o meu caminho, sei que ele não se fará cumprindo aquilo que a sociedade encara como o correto, o que deve ser feito. Esse pode ser mais um caminho ardiloso, como muitos outros que tenho seguido, pois todos eles são montados com base no certo e errado que aprendi quando me enredei nos truques que me trouxeram distraído até aqui. ”
(…)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Cloud Atlas - A viagem


Eu já vi duas vezes o filme e para quem estuda esoterismo, sinceramente, deveria ver mais vezes. Eu irei voltar a ver, pois ainda me passaram algumas mensagens que sei que o realizador pretende passar. Os detalhes, os pequenos sinais que surgem, ligando os vários personagens entre vidas (reencarnações) e mesmo a conexão que eles têm com as suas almas gémeas nas sucessivas épocas, não são tão importantes para o espectador perceber as grandes Verdades que importa retirar do filme. Essas ligações apenas tentam dar corpo / suporte para que possam surgir essas outras Verdades, as que importam perceber e que o Hermetismo ensina no seu mais alto nível.
De todas as críticas, análises que vi sobre o filme, nenhuma conseguiu atingir o seu nível de entendimento esotérico. Obvio que os críticos de cinema, sevem para analisar outras perspetivas sobre filme, mas na verdade o valor que este filme tem, está para além da arte cinematográfica tradicional e atinge, uma nova dimensão, pois ele consegue trazer a arte esotérica / Hermética ao seu mais alto nível de ensino, mantendo a qualidade e características do cinema comercial.
Existem um conjunto de filmes que têm sido usados por parte das correntes esotéricas para consolidar determinado nível de cosmo perceção junto dos seus estudantes/iniciados, no entanto, acredito que este filme seja um ponto sem retorno, na forma sutil, como é exposto o conhecimento esotérico de alto nível.
Nele, as ligações que surgem entre vidas e entre seres, são na realidade, levam-nos a perceber que estamos ligados, mas para mim, também são elas que geram de forma angustiante a certeza que todos os que ainda se encontram dentro dos planos de aprisionamento (roda das reencarnações), enquanto aqui estiverem, estarão sempre e permanentemente dependentes das ações dos restantes para a geração do seu futuro, pois as ações de todos, nesta condição, ainda influenciam a todos, mesmo que quase ninguém tenha entendimento sobre tal fato.
Assim, podemos entender dois níveis de envolvimento/consequência entre a causa/efeito, dentro da roda das reencarnações (níveis de aprisionamento) e fora dela, enquanto ser liberto na condição Imanente, ainda. Este filme só trata o primeiro nível e dentro dele, apenas trata das causas/efeitos no nível Malkut da árvore da vida cabalística (plano físico), nem sequer aborda as causas/consequências e sua relação entre planos - do plano físico com os outros planos mais sutis, dentro dos tais níveis de aprisionamento (níveis da reencarnação).
As verdades que apresenta, tanto as que se referem à interdependência que as ações/reações têm no nosso futuro dessa vida ou de outras vidas, assim como as relações com outros seres e nos vários ciclos de vidas passadas, presentes e futuras, como referi, no inicio, são apenas contextuais como forma de dar corpo à materialização do que é, de certa forma, o reino de Malkut e como o espirito aprisionado, se relaciona com ele e com os seus semelhantes que se envolveram nessa mesma condição de SOPHIA. Mas esta é uma perspetiva, sobre uma possibilidade da Verdade, difilmente entendível por todos, no contexto do filme.
Mas esta explicação, para a forma como a existência acontece e para os mistérios que a envolvem, sendo parte importante do enredo do filme, é parte e aqui, uma parte de tem como objetivo materializar ou melhor dar suporte contextual às grandes Verdades esotéricas que estão contidas nele. Não deverei aqui apresenta-las/expô-la, mas gostaria de levantar algumas chamadas de atenção para os estudantes / busca-dores que procuram entender melhor as mensagens importantes que se tenta deixar sutilmente neste filme;
As personagens que repetidamente ao longo de sucessivas vidas, sendo de essência boas, são as que mais influenciadas e “tentadas” são. É a elas que surgem os “demónios criados pela humanidade”….é através do medo, da duvida e dos apegos que são constantemente “tentados”….
Outras há, em várias épocas que têm existência, sempre como instrumentos involutivos, impedindo que algo aconteça no sentido da evolução positiva da Humanidade…..
Outras surgem na humanidade para verter e eternizar nela, simplesmente os sentimentos que apaziguam e dão conforto, como que um tónico/analgésico que mesmo que não retire do sofrimento permanentemente o ser humano (não influencie o livre-arbítrio de cada ser), serve para auxiliar, a melhor suportar esse sofrimento até que um dia, ele – ser-espirito, por si, se liberte. Aqui o papel do AMOR, da ARTE (a musica), etc….
Há outros que sabendo e percebendo parte da história humana, reconhecem o perigo que correm nas ações voluntárias de tentar trazer condições para contrariar o estado condenatório a que a humanidade está relegada…”…mesmo sabendo que são apenas gotas num oceano imenso, também sabem que esse mesmo oceano é na verdade e apenas só uma infinidade de gotas”
Fica também a historia que nos contam ter sido parte do nosso passado, algo que hoje se tem como ocorrências face às profecias do que virá a ser o futuro da humanidade (vale a pena lembrar que este filme trata apenas este plano físico, o Universo Criado)….
Por último e não menos importante, ficas as frases que são realçadas várias vezes:
“Os fracos são a comida dos mais fortes”
“Há uma ORDEM, quem se opõem a essa ordem, será sempre vítima do infortúnio”