Para
a abordagem a este tema deveremos antes de tudo, tentar esclarecer em linguagem
simples, o que são na realidade, conceitos como espíritos, alma, consciência
divina, centelha divina e por ultimo, a diferenciar o espírito humano de todos
os outros.
Uma
centelha DIVINA, a que por vezes designamos por “expressões de consciência”, é
na essência um pequeno fragmento da consciência divina separada da sua origem –
CONSCIENCA DO TODO, vamos vê-la com o tamanho e forma de uma cabeça de um
alfinete, visto aos olhos humanos, seria como um centro que emite uma luz cor
de diamante puro, branco, muito intensa, mas sem nunca ofuscar. Esta visão que
descrevemos aqui, fica aquém da verdadeira imagem que se poderia ter ao vermos
diretamente uma centelha divina no seu estado mais puro, pois na verdade é indescritível
colocar por palavras, com é inefável a sua observação, mas serve para ajudar a
consciencializar o tema.
No
que tange ao seu comando, existem dois grupos de centelhas divinas, um que tem
duas características em potencial – um ponto de consciência divina + energia
pura, outro, o espirito humano – um ponto da mesma consciência + energia pura +
o querer (vontade própria). As primeiras totalizam todas as hierarquias existentes
para alem da humana, o seu comando, o seu QUERER, depende do QUERER DO PODER
SUPERIOR, sendo este que comanda através das suas LEIS imutáveis. Já os espíritos
humanos, ao efetuarem a sua primeira vibração, associam a si, uma primeira capa
(alma) que tem como característica a vontade própria / livre arbítrio/ o querer.
A diferença
entre a centelha divina que são os espíritos humanos e os espíritos de todas as
outras hierarquias é basicamente este, isto, na sua origem. Mas tem uma outra posterior
que aumenta exponencialmente a diferença que aparentemente nos separa uns dos
outros. Na queda vibracional, o espirito humano, porque é o único que precisar
de corpos ,quase diríamos, permanentes, para deslocar a sua centelha divina nos
vários planos em que terá de habitar, é também o único que tem que ir agregando
em si, camadas a essa primeira camada que denominamos alma, tendo esta primeira construção da alma
(vaiculo que irá transportar e proteger a centelha divina em todo o processo de
descida vibracional), uma característica única e que lava também a muita da
confusão sobre a questão dos corpos sutis.
Na realidade
e como analogia, podemos entender que a alma é só um corpo de enorme sutilidade,
dotado de uma enorme capacidade etéreo-plástica, isto dá-lhe a habilidade de,
sendo sempre a mesma, à media que o espirito vai baixando em vibração, ela vai
agregando a si, capas que permitem existir nos planos vibracionais por onde o
espirito humano | centelha divina tem que viver. Assim muitos místicos, mesmo
os sensitivos que conseguem ver alguns desde estados vibracionais da alma,
associam de forma errada, os diferentes estados ao fenómeno, levando a pensar serem
diferentes corpos.
Existem
unidades de consciência em duas categorias, sendo uma delas a que se conhece
como espirito humano que tem como diferença única, na sua origem, a primeira capa que é um vaiculo, como que um útero, que transportará e protegerá essa centelha
divina, na viajem que ela inicia, pelos vários planos vibracionais, verdade que
essa capa, traz consigo uma característica que torna a monada HUMANIDADE, única,
diferente das outras – o querer, o livre arbítrio. As restantes unidades de consciência,
separadas da CONSCIENCIA DO TODO, são na verdade inúmeras e estas unidades
estão presentes em todos os planos, interpenetrando toda a existência.
Todos
os seres que entendemos por Querubins, Arcanjos, Anjos, Devas e Elementales,
são na essência compostos de inúmeras ou
algumas destas centelhas, sendo que a sua diferenciação, entre uns e outros,
tem unicamente a ver com a quantidade de centelhas que o compõem, no caso do
elemental unicamente uma, assim como da LEI DIVINA a que obedecem. Esta é a
verdade sobre os seres de todas a hierarquias, parecendo demasiado
simples???!!! Pois a verdade é sempre algo bem simples, unicamente tentam
adultera-la, ou por interesses diretos nisso, ou através da imaginação fértil porque
nunca tendo vivenciado esta verdade, quem a descreve, cria na sua mente o que
lhe parece – a sua própria imagem destes planos de consciência.
Perguntamos:
?Se somos todos parte de um TODO, porque na essência, as nossas unidades não
são exatamente iguais? Seria incongruente, certo?!
A
enorme confusão criada pela panóplia diversa que descreve os vários seres, as
várias consciências presentes nos planos da CREAÇÃO, deriva unicamente do fato
de quem as descreve nunca as ter percebido de fato, nunca esteve presente
perante elas, nunca esteve nesse estado vibracional. Não dizemos que a intenção
não seja genuinamente boa, apenas afirmamos que está concetualmente errada,
pois está longe da verdade.
Então
todos os seres, toda a existência tem em si uma característica comum, toda ela
tem um “cabeça de alfinete”, uma unidade de consciência, sendo que a monada
HUMANIDADE tem em si, envolvendo essa centelha – a alma que transmutação, após
transmutação a vai diferenciando, criando os vários véus, nos vários planos,
sendo certo que são essas transmutações que vão levando o ser ao aparente
esquecimento da sua essência, pois os véus, servindo para permitir viver em
planos vibracionais baixos, trazem um efeito colateral associado –
adormecimento do estado ativo da centelha que somos.
O
trabalho que no misticismo se designa de caminho da senda, evolução espiritual,
não é mais que aprender a religar a nossa centelha divina, mesmo estando
coberta e limitada no seu potencial, pelas sucessivas camadas - alma. Assim o trabalho
espiritual, através das designadas ciências sagradas, desenvolve mecanismos que
ensinam o busca-dor a religa-se ao seu EU, à sua centelha, mesmo mantendo o
atual estado encarnado. O trabalho espiritual é como uma antídoto que não eliminando
essas camadas, pois isso só acontece com a mudança de planos através do
descarne e sucessivas ascensões, consegue no entanto neutralizar os efeitos colaterais
que essas camadas provocam no adormecimento da centelha que há em nós.
Por
exemplo, um anjo, é um conjuntos incomensurável de centelhas divinas, com a
liberdade de se movimentarem, unicamente a sua distinção de uns anjos para
outros, reside na LEI a que eles estão obrigados, aquelas a que eles obedecem –
sua missão. Os elementales, e devas são exatamente a mesma coisa. Olhando para o
plano denso em que vivemos, o universo, está impregnado também em toda a
criação de unidades de consciência “cabeças de alfinete”, assim poderemos
entender que tudo tem em si consciência, pois absolutamente tudo é
interpenetrado por estas centelhas, comprimindo o QUERER SUPERIOR, refletindo-se
no que o Homem entende pelas LEIS da Natureza.
Pegando
num outro exemplo que tem criado inúmeros equívocos até aos místicos mais
dedicados, um AVATAR. É possível uma
entidade DIVINA em missão vir do mais sutil plano em missão e encarnar num
corpo denso | humano? Cristo foi um ser de LUZ unicamente ou esteve de fato
encarnado num corpo denso? Como é possível um copo humano suportar as
transmutações e as vibrações que esse SER DE LUZ traria a um corpo denso?
A
confusão e as várias versões que circulam nas mais genuínas escolas de mistérios
sobre os vários AVATARES, estão também relacionadas com o desconhecimento desta
simples verdade, pois o busca-dor se refletir sobre elas, passará a entender
que só esta, concilia todas as temáticas inconciliáveis até à data, então, aqui
também deixamos uma dica de como se reconhece uma verdade MAIOR. “Será pelo
fruto que se reconhecerá a arvore”.
À última
pergunta, respondemos, sim todos os AVATARES do mais levado plano vibracional,
estiveram encarnado em corpos densos. Deixemos aqui um breve conhecimento sobre
a sua essência no processo de encarnação.
Quando
tal SER DE LUZ encarna num corpo, seu estado espiritual é perfeitamente igual a
qualquer outro espirito, sua centelha divina precisa de ser ativada, pois o
processo de queda que ele teve que passar até foi mais traumático, pois ele vem
diretamente do mais elevado plano vibracional, para proteger sua integridade, o
processo de desligamento, do reconhecimento de si, enquanto centelha divina,
faz-se necessário. Assim um AVATAR encarna e inicia a sua missão num aparente e
normal processo humano, como qualquer outro ser-espirito humano. Não explicaremos
aqui o processo de despertar de um AVATAR, pois ele é diferente do de um
buscar-dor e isso faz parte dos mistérios
MAIORES.
Afirmamos
unicamente que ao despertar da sua centelha divina, ele próprio descobre em si,
não uma, mas centenas ou milhares delas. Embora o comando do querer, enquanto
ser encarnado seja conduzido pela centelha que até a monada humana tem, um
AVATAR, após a ativação dessa primeira centelha, descobre que dentro de si
estão milhares de outras centelhas divinas, prontas a obedecer à primeira. O
percurso seguinte do AVATAR é conscientizar os meios para comandar esse enorme
poder que vai ativando de forma consciente.
Podemos
afirmar, que a diferença de um AVATAR e de uma entidade angelica é unicamente
que o AVATAR tendo em potencial as mesmas ou mais capacidades, tem também um
querer próprio, não dependendo diretamente das LEIS imutáveis a que essas
outras entidades devem obediência. Assim
não só ele tem em si centenas ou mesmo milhares de centelhas que obedecem ao
comando do seu querer, como essas centenas ou milhares, podem obrigar /
comandar todas as outras entidades dotadas de QUERER SUPERIOR, significando que
mesmo todas a hierarquias angelicas, dévicas, elementales e mesmo as humanas podem
obedecer-lhe, desde que seja necessário para a sua missão. Pois o seu querer, embora seja aparentemente
individualizado - seu, ele está ligado ao DIVINO através da missão que o levou
a encarnar.
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