sábado, 18 de agosto de 2012

As Centelhas DIVINAS | Expressões da Consciência.


Para a abordagem a este tema deveremos antes de tudo, tentar esclarecer em linguagem simples, o que são na realidade, conceitos como espíritos, alma, consciência divina, centelha divina e por ultimo, a diferenciar  o espírito humano de todos os outros.
Uma centelha DIVINA, a que por vezes designamos por “expressões de consciência”, é na essência um pequeno fragmento da consciência divina separada da sua origem – CONSCIENCA DO TODO, vamos vê-la com o tamanho e forma de uma cabeça de um alfinete, visto aos olhos humanos, seria como um centro que emite uma luz cor de diamante puro, branco, muito intensa, mas sem nunca ofuscar. Esta visão que descrevemos aqui, fica aquém da verdadeira imagem que se poderia ter ao vermos diretamente uma centelha divina no seu estado mais puro, pois na verdade é indescritível colocar por palavras, com é inefável a sua observação, mas serve para ajudar a consciencializar o tema. 
No que tange ao seu comando, existem dois grupos de centelhas divinas, um que tem duas características em potencial – um ponto de consciência divina + energia pura, outro, o espirito humano – um ponto da mesma consciência + energia pura + o querer (vontade própria). As primeiras totalizam todas as hierarquias existentes para alem da humana, o seu comando, o seu QUERER, depende do QUERER DO PODER SUPERIOR, sendo este que comanda através das suas LEIS imutáveis. Já os espíritos humanos, ao efetuarem a sua primeira vibração, associam a si, uma primeira capa (alma) que tem como característica a vontade própria / livre arbítrio/ o querer.
A diferença entre a centelha divina que são os espíritos humanos e os espíritos de todas as outras hierarquias é basicamente este, isto, na sua origem. Mas tem uma outra posterior que aumenta exponencialmente a diferença que aparentemente nos separa uns dos outros. Na queda vibracional, o espirito humano, porque é o único que precisar de corpos ,quase diríamos, permanentes, para deslocar a sua centelha divina nos vários planos em que terá de habitar, é também o único que tem que ir agregando em si, camadas a essa primeira camada que denominamos  alma, tendo esta primeira construção da alma (vaiculo que irá transportar e proteger a centelha divina em todo o processo de descida vibracional), uma característica única e que lava também a muita da confusão sobre a questão dos corpos sutis.
Na realidade e como analogia, podemos entender que a alma é só um corpo de enorme sutilidade, dotado de uma enorme capacidade etéreo-plástica, isto dá-lhe a habilidade de, sendo sempre a mesma, à media que o espirito vai baixando em vibração, ela vai agregando a si, capas que permitem existir nos planos vibracionais por onde o espirito humano | centelha divina tem que viver. Assim muitos místicos, mesmo os sensitivos que conseguem ver alguns desde estados vibracionais da alma, associam de forma errada, os diferentes estados ao fenómeno, levando a pensar serem diferentes corpos.
Existem unidades de consciência em duas categorias, sendo uma delas a que se conhece como espirito humano que tem como diferença única, na sua origem, a primeira capa que é um vaiculo, como que um útero, que transportará e protegerá essa centelha divina, na viajem que ela inicia, pelos vários planos vibracionais, verdade que essa capa, traz consigo uma característica que torna a monada HUMANIDADE, única, diferente das outras – o querer, o livre arbítrio. As restantes unidades de consciência, separadas da CONSCIENCIA DO TODO, são na verdade inúmeras e estas unidades estão presentes em todos os planos, interpenetrando toda a existência.  


Todos os seres que entendemos por Querubins, Arcanjos, Anjos, Devas e Elementales, são na  essência compostos de inúmeras ou algumas destas centelhas, sendo que a sua diferenciação, entre uns e outros, tem unicamente a ver com a quantidade de centelhas que o compõem, no caso do elemental unicamente uma, assim como da LEI DIVINA a que obedecem. Esta é a verdade sobre os seres de todas a hierarquias, parecendo demasiado simples???!!! Pois a verdade é sempre algo bem simples, unicamente tentam adultera-la, ou por interesses diretos nisso, ou através da imaginação fértil porque nunca tendo vivenciado esta verdade, quem a descreve, cria na sua mente o que lhe parece – a sua própria imagem destes planos de consciência.
Perguntamos: ?Se somos todos parte de um TODO, porque na essência, as nossas unidades não são exatamente iguais? Seria incongruente, certo?!
A enorme confusão criada pela panóplia diversa que descreve os vários seres, as várias consciências presentes nos planos da CREAÇÃO, deriva unicamente do fato de quem as descreve nunca as ter percebido de fato, nunca esteve presente perante elas, nunca esteve nesse estado vibracional. Não dizemos que a intenção não seja genuinamente boa, apenas afirmamos que está concetualmente errada, pois está longe da verdade.
Então todos os seres, toda a existência tem em si uma característica comum, toda ela tem um “cabeça de alfinete”, uma unidade de consciência, sendo que a monada HUMANIDADE tem em si, envolvendo essa centelha – a alma que transmutação, após transmutação a vai diferenciando, criando os vários véus, nos vários planos, sendo certo que são essas transmutações que vão levando o ser ao aparente esquecimento da sua essência, pois os véus, servindo para permitir viver em planos vibracionais baixos, trazem um efeito colateral associado – adormecimento do estado ativo da centelha que somos.
O trabalho que no misticismo se designa de caminho da senda, evolução espiritual, não é mais que aprender a religar a nossa centelha divina, mesmo estando coberta e limitada no seu potencial, pelas sucessivas camadas - alma. Assim o trabalho espiritual, através das designadas ciências sagradas, desenvolve mecanismos que ensinam o busca-dor a religa-se ao seu EU, à sua centelha, mesmo mantendo o atual estado encarnado. O trabalho espiritual é como uma antídoto que não eliminando essas camadas, pois isso só acontece com a mudança de planos através do descarne e sucessivas ascensões, consegue no entanto neutralizar os efeitos colaterais que essas camadas provocam no adormecimento da centelha que há em nós.
Por exemplo, um anjo, é um conjuntos incomensurável de centelhas divinas, com a liberdade de se movimentarem, unicamente a sua distinção de uns anjos para outros, reside na LEI a que eles estão obrigados, aquelas a que eles obedecem – sua missão. Os elementales, e devas são exatamente a mesma coisa. Olhando para o plano denso em que vivemos, o universo, está impregnado também em toda a criação de unidades de consciência “cabeças de alfinete”, assim poderemos entender que tudo tem em si consciência, pois absolutamente tudo é interpenetrado por estas centelhas, comprimindo o QUERER SUPERIOR, refletindo-se no que o Homem entende pelas LEIS da Natureza.
Pegando num outro exemplo que tem criado inúmeros equívocos até aos místicos mais dedicados, um AVATAR.  É possível uma entidade DIVINA em missão vir do mais sutil plano em missão e encarnar num corpo denso | humano? Cristo foi um ser de LUZ unicamente ou esteve de fato encarnado num corpo denso? Como é possível um copo humano suportar as transmutações e as vibrações que esse SER DE LUZ traria a um corpo denso?
A confusão e as várias versões que circulam nas mais genuínas escolas de mistérios sobre os vários AVATARES, estão também relacionadas com o desconhecimento desta simples verdade, pois o busca-dor se refletir sobre elas, passará a entender que só esta, concilia todas as temáticas inconciliáveis até à data, então, aqui também deixamos uma dica de como se reconhece uma verdade MAIOR. “Será pelo fruto que se reconhecerá a arvore”.
À última pergunta, respondemos, sim todos os AVATARES do mais levado plano vibracional, estiveram encarnado em corpos densos. Deixemos aqui um breve conhecimento sobre a sua essência no processo de encarnação.
Quando tal SER DE LUZ encarna num corpo, seu estado espiritual é perfeitamente igual a qualquer outro espirito, sua centelha divina precisa de ser ativada, pois o processo de queda que ele teve que passar até foi mais traumático, pois ele vem diretamente do mais elevado plano vibracional, para proteger sua integridade, o processo de desligamento, do reconhecimento de si, enquanto centelha divina, faz-se necessário. Assim um AVATAR encarna e inicia a sua missão num aparente e normal processo humano, como qualquer outro ser-espirito humano. Não explicaremos aqui o processo de despertar de um AVATAR, pois ele é diferente do de um buscar-dor  e isso faz parte dos mistérios MAIORES.  
Afirmamos unicamente que ao despertar da sua centelha divina, ele próprio descobre em si, não uma, mas centenas ou milhares delas. Embora o comando do querer, enquanto ser encarnado seja conduzido pela centelha que até a monada humana tem, um AVATAR, após a ativação dessa primeira centelha, descobre que dentro de si estão milhares de outras centelhas divinas, prontas a obedecer à primeira. O percurso seguinte do AVATAR é conscientizar os meios para comandar esse enorme poder que vai ativando de forma consciente.
Podemos afirmar, que a diferença de um AVATAR e de uma entidade angelica é unicamente que o AVATAR tendo em potencial as mesmas ou mais capacidades, tem também um querer próprio, não dependendo diretamente das LEIS imutáveis a que essas outras entidades devem obediência.  Assim não só ele tem em si centenas ou mesmo milhares de centelhas que obedecem ao comando do seu querer, como essas centenas ou milhares, podem obrigar / comandar todas as outras entidades dotadas de QUERER SUPERIOR, significando que mesmo todas a hierarquias angelicas, dévicas, elementales e mesmo as humanas podem obedecer-lhe, desde que seja necessário para a sua missão.  Pois o seu querer, embora seja aparentemente individualizado - seu, ele está ligado ao DIVINO através da missão que o levou a encarnar. 

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