sexta-feira, 26 de agosto de 2011

V.erdadeiro O. H.ermetismo

O Hermetismo é velado, mas nunca foi fechado. Sendo que o facto da sua discrição tinha e tem haver com a as perseguições que eram feitas aos seus iniciados/estudantes.

Conversar abertamente sobre o tema pode e deve ser feito nos locais adequados e este é um deles. Obviamente que existem temas dentro do Hermetismo que não devem ser transmitidos directamente, pois deve ser o estudante a adquirir esse conhecimento, através do estudo, dedução, reflexão e intuição. Porque todos somos seres individuais, também tendemos mais a dar valore ao que adquirimos por nós, do que o que nos é dado directamente como ensinamento.
Para que o conhecimento se consolide de facto, é necessário que o estudante interiorize profundamente esse conhecimento e que experimente esses ensinamentos. Pois as ciências Herméticas, não se ficam pela filosofia, mas também através dela, passam à experimentação ciente dos conhecimentos através dos fenómenos que estuda.

Todos os ramos místicos, desde que verdadeiros e autênticos são benéficos para a nossa evolução espiritual, pois é disso que se trata.
No Ocidente, todos os ramos filosóficos, escolas de mistérios, religiões, doutrinas mística, etc., foram influenciados pelo Hermetismo, ou seja, o Hermetismo de uma forma ou outra é a base de todo o conhecimento dito oculto, esotérico ou místico. Aqui oculto significando o que a ciência dita normal ainda não aceita, entende ou estuda. No entanto, relembro que por exemplo, muito do conhecimento do Hermetismo, estudado por nós há séculos, tem vindo a ser aceite e entendido finalmente pela dita ciência tradicional. Veja-se o caso da física quântica, a teoria das cordas e super cordas, da relatividade, teoria-M, etc., etc. Nada disto é estranho, ou deixa perplexo um estudante Hermético, pois os ensinamentos que recebe, desde os primeiros graus ou câmaras, ensinam isso e muito mais, esse muito mais a ciência tradicional, com o devido tempo, lá chegará.
Também não é por acaso que se diz que os grandes cientistas, aqueles verdadeiramente revolucionários na forma de pensar, eram vulgares estudantes nas matérias ditas tradicionais, obviamente que estes estavam para lá, desses conhecimentos.
O Hermetismo, nos seus vários ramos, tem sido de forma discreta, um dos grandes instrumentos de auxilio na evolução material e espiritual da Humanidade, só não é de forma mais mediática, porque a maioria da humanidade, ainda não está preparada para acesso directo a alguns dos seus mais avançados conhecimentos, mas toda ela tem beneficiado desses conhecimentos, através das ditas descobertas, teorias, estudos dos seus estudantes e iniciados.
Os Hermetistas não gostam de se vangloriar dos seus feitos, caso assim não fosse, haveria muitos a reivindicar muito do que tem sido a evolução do mundo e da humanidade, essa é e será sempre a primeira característica de um estudante ou iniciado em Hermetismo. Outra inconfundível, é a absoluta convicção que nada nem ninguém conhece a verdade absoluta e que todas sendo meias verdades, também são meias mentiras, por isso, citando um Hermetista que todos conhecemos;
"Todas as religiões são verdadeiras, são boas, são como palavras ditam em várias línguas." Fernando Pessoa

O primeiro grande ensinamento do Hermetismo é a liberdade dos seus iniciados. Certamente que existem conhecimentos esotéricos que não se comentam publicamente, no entanto, não se faz, porque o estudante decide não fazer, não porque lhe seja proibido de fazer. Ai está uma grande diferença entre as verdadeiras Escolas/Ordens e as outras. A minha evolução enquanto estudante, depende da forma como eu próprio lido comigo próprio, antes mesmo, da forma de como lido com os outros. Significando que se eu estiver seguro do que faço e dos motivos pelos que o faço, então sei que é certo e não restarão "apegos" , "pesos de consciência".


A minha Ordem não tem graus instituídos por mestres, assim como também não tem mestres neste plano físico, apenas instrutores que auxiliam os busca-dores na primeira fase, até às portas do templo. Esses instrutores auxiliam o busca-dor até que ele aceda directamente à Egrégora da Ordem, os graus e insígnias são atribuídos pela competência e capacidade espiritual e “entregues” no plano multidimensional. Só quem consegue aceder aos conhecimentos das câmaras no plano subtil, tem acesso aos graus seguintes.
Na minha ordem não há qualquer tipo de pagamento, nem hierarquia administrativa, assim não temos sedes físicas, pois isso incorpora despesas que obrigam a cobrar valores pecuniários para colmatar esse tipo de custos.
A minha Ordem, é a escola de mistérios do ramo Hermético, mais antiga e nunca deixou de manter actividade ao longo de muitos séculos, seus membros são admitidos em função das suas capacidades esotéricas e do seu empenho e não por alguns outros motivos normalmente usados por outras Ordens ou Escolas.
Assim o estudante na minha Ordem é livre só respondendo perante a sua própria Egrégora e auxiliado pelo seu V. Instrutor que a todo o momento está em sintonia com o estudante e que conhece as nossas acções. Em função delas somos permanentemente avaliados, disso dependendo o nosso grau e ascensão espiritual.
Quem sabe de facto o que é a essência do Hermetismo, sabe também que um estudante, iniciado, está livre dos preconceitos que os códigos religiosos, sociais e culturais incutem no ser. Podendo isto ser algo difícil de compreender para quem não estuda e entende as ciências Herméticas, mas para quem as conhece e domina, certamente não se choca e entende o ser liberto de preconceitos e códigos que foram criados para manter os seres humanos sob controle e na ignorância.

É certo que os conhecimentos esotéricos devem ser velados, mas velados não significa, como muitos mal-interpretam, sonegados, escondidos de todos os que nós (elite) julgamos serem os não merecedores. Só este comportamento já revela elitismo e corrupção espiritual, assim os conhecimentos esotéricos devem ser velados, cuidados na sua entrega a outros, mas a partir do momento em que o outro prove que está preparado para cuidar bem deles, eles devem ser entregues, como um dia nos foram entregues a nós.
Está é a minha Ordem, professamos o conhecimento e a verdade como uma das faces de DEUS – O PODER SUPERIOR e como tal, esta está em toda a parte e é de todos. Assim, basta que o ser a mereça, reconhecendo-a para que os tenha, com legitimo direito.

"Quando os ouvidos estiverem preparados, virão os lábios da sabedoria" Um Iniciado

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A LEI

A LEI é só uma, muito embora ELA para ser percebida pela mente, se tenha fragmentado em várias e são esses fragmentos da LEI que originaram, explicam e mantêm o Cosmos | mundo Imanente, aos quais chamamos: Leis Universais, Princípios Herméticos, etc. ELA não é justa nem injusta, ela não é honesta, nem desonesta, não é boa nem é má. ELA é simplesmente imparcial, são os seres devido à sua parcialidade e limitações criadas pelo seu ego que quando olham para ELA, ou para um fenómeno em que ELA se revele, vêem esse fenómeno na sua perspectiva pessoal e não da forma como ele teria que ser visto - numa perspectiva Global | Cósmica | Universal. Quando vemos o fenómeno do nascimento de uma flor e mais tarde o seu desaparecimento, vemos nisso um ciclo de vida do ser vegetal, mas não vemos nele algo mau ou bom, entendemos que é assim - é natural. Isto porque o fenómeno não se relaciona directamente com o ser em questão, ou com a sua raça, família, etc. Porque quando assistimos ao mesmo ciclo de vida num ser humano, por exemplo, já não o vemos como um ciclo de vida, mas sim como dois fenómenos: um bom (nascimento) outro mau (morte). Então a LEI está para todos os fenómenos, como nós estamos para a observação de um fenómeno como os ciclos que são as estações do ano, entre os quais a primavera e ai o surgimento e desaparecimento de belas flores - algo que faz parte da SINFONIA COSMICA e para garantir o seu equilíbrio está a LEI que surge junto do ser encarnado como um conjunto de Leis Universais | Princípios Herméticos.

Esta é a LEI.

domingo, 21 de agosto de 2011

O TODO


"Sob as aparências do Universo, do Tempo e do Espaço e da Mobilidade,

está sempre encoberta a Realidade Substancial: a Verdade fundamental."

− O CAIBALION −

O verdadeiro amigo é aquele que nos escolhe pelo que somos e não pelo poderíamos ser.

Agora, do alto dos meus quarenta e cinco anos, olho para traz e vejo que de tudo o que a vida me ensinou, poucos desses ensinamentos têm a dimensão do verdadeiro valor da amizade. Nesta, quando verdadeira, espelham-se todos os mais nobres sentimentos que normalmente de podem atribuir a DEUS | ao PODER SUPERIOR, nos quais o AMOR incondicional é o seu expoente máximo.

Quando amamos, ou somos amados, por um progenitor, um descendente, amamo-lo e somos amados por um conjunto de razões que nunca são somente de puro e desprendido amor. Embora seja difícil para o ser aceitar tal facto, grande parte dos sentimentos de carinho e amor que atribuímos a um familiar, principalmente por um progenitor ou descendente, tem por base a preservação da linhagem, dos genes, do próprio eu. No seu expoente máximo é sempre um acto de auto preservação, pois estamos a garantir de uma forma ou outra a nossa individualidade, sendo por isto mesmo, um acto de puro egoísmo, pois nesse sentimento, vemo-nos também amados.

Já quando somos escolhidos pelo verdadeiro valor da amizade e por ele somos amados, nesse momento, é possível entender o que é o verdadeiro amor de DEUS. Pois neste sentimento, quem nos escolheu para nos amar , escolhe-nos pelo que somos, não pelo que poderíamos ser. Quem reconhece, nesta ultima frase, os sentimentos de alguém em relação a si, pode viver com a certeza que descobriu a verdadeira amizade.

(Dedicado ao meu grande amigo…tu sabes…sim tu.)

Pensamento de Agosto

Tudo o que acontece é resultado do que fomos, do modo como agimos. Tudo o que seremos, dependerá de como interpretemos esses resultados e a forma como agiremos será o seu reflexo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A roda da (RE)ENCARNAÇÃO.

As reencarnações e o tempo que o espírito leva para reencarnar é de facto diferente de espírito para espírito e tem haver com a preparação de vidas anteriores e da ultima vida vivida principalmente. Mas será importante perceber que a reencarnação não é o grande objectivo da nossa evolução espiritual, ou por outras palavras, o sentido da vida espiritual, não é reencarnar eternamente ou o máximo de vezes.
Reencarnamos enquanto seres espirituais individuais com o objectivo de evoluir, mas poucas doutrinas, filosofias ou religiões ensinam o motivo porque e para quê reencarnamos. Assim como não nos ensinam a libertarmo-nos da roda das reencarnações.
O espírito reencarna sempre e quanto não se liberte dos “apegos do mundo físico”, as saudades de pessoas ou coisas que deixamos, a culpa relativamente a situações vividas, enfim tudo o que cria dependência do espírito em ter e querer voltar ao mundo físico, quer seja por sentimentos de saudade, quer seja por sentimento de culpa, ou todo o tipo de códigos que gerem os designados apegos à vida.
Embora a religiões não expliquem, mas o conceito de pecados é precisamente isso, o conjunto de códigos que nos obrigam a acreditar que estamos em falta, que precisamos de regressar à terra porque não deixamos tudo resolvido, quer seja por culpa nossa ou até mesmo por culpa de terceiros. Aqui os apegos materiais também somam significado de grande importância no que toca a reencarnar.
Reencarnamos até ter evoluído o suficiente para nos libertarmos enquanto seres espirituais de todos os apegos que nos ligam ao mundo físico e aos planos espirituais imediatamente seguintes. Os primeiros planos do mundo Imanente, são planos que mantêm os seres prisioneiros da roda das reencarnações, poucos entendem que o objectivo da evolução espiritual, passa precisamente por nos libertamos destes planos, aqueles a que algumas religiões designam de regiões purgatórias.
Grandes Iluminados e Mestres como foi Jesus Cristo, Hermes, Buda e muitos outros, foram seres que embora já libertos dos planos que aprisionam o ser na roda das reencarnações, sacrificaram-se e renunciaram à sua ascensão até ao PODER SUPERIOR | DEUS, para voltar ao mundo, neste plano denso e trazer as mensagens de salvação (libertação), aquelas que um dia foram mal interpretadas e que levam a todos os equívocos e enganos face ao entendimento dos assuntos que se prendem com a interpretação da mensagem da salvação enquanto libertação do ser espiritual, com o entendimento dos planos superiores do mundo Imanente (nosso Universo, outros Universos e todos os outros planos espirituais superiores) e do Mundo Transcendente (Mundo de Deus).
No Hermetismo aprende-se e experimentam-se todos os planos do mundo Imanente, desta forma, usando o Principio Hermético da Correspondência - “Assim como é em cima é em baixo e assim como é em baixo é em cima” o Hermetista, estudando os planos inferiores do mundo Imanente, consegue compreender os planos superiores e também o mundo Transcendente – Mundo de DEUS. Desta forma é possível para um iniciado Hermético entender todos estes planos superiores. O mundo Imanente, quanto ao tema das reencarnações e seu entendimento, está dividido em quatro grupos de densidades e dimensionalidade diferentes, embora dentro destas quatro ainda existam outros planos, eles são basicamente e em essência semelhantes, por isso se divide unicamente os planos que diferem substancialmente de vibração, densidade e dimensionalidade:
Os planos densos – Este planos são os designados mundos físicos ou densos, universos paralelos, mundos dos seres inferiores (conhecidos nas religiões por demónios, etc.), magos negros, elementares, elementales e obviamente os seres que habitam o mundo físico que conhecemos, seres vivos, inorgânicos, etc.
Os planos espirituais superiores dentro da roda da reencarnação - Estes planos têm várias regiões, desde as mais densas até às mais subtis, nas mais densas encontram-se os espíritos desencarnados recém-chegados, os espíritos que desencarnaram faz tempo, mas por qualquer motivo não se deram conta da sua condição de morte ou que estão apegos à sua anterior vida (designam-se por muitos de – espíritos errantes). Nas regiões mais subtis, encontram-se os espíritos que mantendo apegos ao mundo denso (físico), se estão preparando e esperando para reencarnar. Estas regiões são conhecidas por purgatórias e embora a imagem e definição sejam incorrectas, pode-se pensar nestas regiões como, regiões onde os espíritos auto-avaliam se estão preparados ou não para prosseguir para regiões superiores (libertando-se da roda das reencarnações), ou se ainda têm questões que os ligam ao mundo denso e ai terão que se preparar para voltar a reencarnar. Assim o termo purgar – deixar claro – clarificar-se é o que melhor define estas regiões.
Os planos espirituais superiores fora da roda da reencarnação – Este planos ou regiões, são aqueles onde se encontram os espíritos que já estando livres dos apegos que os ligam ao mundo denso, ainda assim precisam de se preparar para prosseguir no sentido da união com DEUS, para isso passam por estas regiões para evoluir e desenvolver-se para aceder aos planos seguintes. Aqui encontram-se aqueles que conhecemos por anjos, santos, alguns seres humanos anteriormente encarnados que já evoluíram e se libertaram da roda das reencarnações. Nestes planos estão por vezes também vários espíritos que já estiveram encarnados em seres que nós conhecemos na terra; familiares, amigos, etc. Os seres destas regiões, são incumbidos de auxiliar o ser humano no seu processo de evolução enquanto raça. É destes planos que seres nos contactam para nos auxiliar, mais ou menos veladamente, com o desígnio que é a evolução de toda a Humanidade, onde como missão destes, nenhum ser Humano pode ficar para traz e disto dependendo também a evolução desses espíritos para os planos seguintes.
Os planos espirituais anteriores ao mundo Transcendente | Mundo de DEUS – A grande maioria dos espíritos que aqui se encontram estão num estado de vibração tal que nem é imaginável para o ser humano. Aqui encontram-se seres que já encarnaram faz muitos séculos e noutros ciclos civilizacionais. Nesta região estão os espíritos que estão próximos de DEUS, aqueles que em breve se unirão a ELE e farão parte de SI. Nestes planos já passaram os espíritos como os de Cristo, Hermes, Buda e outros seres de elevada evolução. Esta é a região onde o mais evoluído espírito ainda como ser individual, se prepara para o grande momento – a União Suprema com o PAI.
O Mestre Jesus disse: “Conhece a verdade, pois só ela te libertará”
O Mestre Buda disse: “Aquele que não compreendeu as quatro nobres verdades, tem que seguir um longo caminho de repetidos nascimentos através dos desertos da ignorância, das ilusões e do pecado, Porém quem aprende, compreende e pratica as quatro nobres verdades, esgota o mau carma das existências anteriores, elimina o egoísmo e entra no nirvana. Tal é o fim da evolução. Tal é a libertação final. Tal é a eterna bem-aventurança.”

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A ilusão do (+) e do (-).

Todos nós passamos, no nosso dia-a-dia, por estados físicos e emocionais, mais ou menos positivos, ninguém foge aos efeitos das Leis Universais, seus efeitos não podem ser eliminados. Unicamente é possível para o ser comum contrabalançar os estados negativos com sentimentos de positivismo que permitem, aparentemente, diminuir os efeitos nefastos dessas Leis. O Hermetismo ensina o ser a lidar de forma ciente com estas Leis e determinado pelo seu grau de evolução, o Hermetista sabe como lidar de forma eficaz, conseguindo assim que estas não tenham sobre si qualquer efeito.

No Hermetismo elas são conhecidas por Princípios Herméticos e graças a eles o Universo existe e se mantém equilibrado. O problema do ser humano é ver estes fenómenos unicamente no sentido egocêntrico, ou seja, ver unicamente essas Leis Universais – Princípios Herméticos, através dos efeitos que produzem em si, quando a sua acção existe para UM TODO, por isso, afectando todos aos mesmo tempo. Unicamente devido às limitações da mente, nós seres humanos, só conseguirmos ver os seus efeitos sobre nós. Mas elas existem como instrumentos de harmonia Universal, não conseguimos compreender que aquilo que vemos como negativo, é sempre um pólo de uma mesma coisa que tem também o outro pólo, aquele que entendemos como positivo.

O que é a alegria que sentimos quando a vida nos premeia com algo de bom (o nascimento por exemplo) – é o pólo positivo de algo Universal – a reprodução – a geração de vida é o inicio do designado ciclo de vida de um novo ser, mas o que é neste sentido a tristeza que sentimos quando perdemos alguém (no acto que é morte) – é pois o outro pólo desse fenómeno que é o ciclo da vida. Para o Universo os dois acontecimentos são uma só coisa – o ciclo da vida que se inicia com o nascimento e termina naturalmente com a morte, para os seres que são afectados directamente pelo fenómeno, este não é um acontecimento único, mas sim dois acontecimentos isolados – um bom, o outro mau e um gera alegria – o nascimento, o outro gera tristeza – a morte.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

As Qua4ro Nobres Verdades

  • “Aquele que não compreendeu as quatro nobres verdades, tem que seguir um longo caminho de repetidos nascimentos através dos desertos da ignorância, das ilusões e do pecado, Porém quem aprende, compreende e pratica as quatro nobres verdades, esgota o mau carma das existências anteriores, elimina o egoísmo e entre no nirvana. Tal é o fim da evolução. Tal é a libertação final. Tala é a eterna bem-aventurança.”
  • É preciso, ó discípulos, compreender as quatro nobres verdades e agir de acordo com elas, pois tanto vós como eu temos gasto muito temo à procura da felicidade pelo penoso caminho dos renascimentos
Buda




sábado, 13 de agosto de 2011

Saudade – O Instrumento de União

Uma das palavras mais difíceis de traduzir para outros idiomas, ou até mesmo explicar o significado, é a palavra saudade. Ao contrário de muitas outras expressões ou palavras em outros idiomas que aparentemente seriam as mais aproximadas à nossa - saudade, é costume afirmar que SAUDADE não se explica, é inexplicável e tem que se sentir…ai, nesse momento exacto em que se sente, só a partir daí se sabe identificar e pode qualificar.

Simplificando, normalmente, atribui-se-lhe o significado de “sentir falta de…”, no entanto, nem numa linguagem exotérica se consegue de forma simples atribuir uma interpretação destas, pois o seu significado transcende o poder que o simbolismo das palavras conseguem conter. Se assim é, sob o ponto de vista exotérico, imagine-se quando de faz uma interpretação mais esotérica.

No plano espiritual a saudade é uma das “chaves mestras” do ser no percurso de regresso natural ao SER. Nela estão contidos os segredos para o domínio dos instrumentos alquímicos que servem para anular os efeitos nefastos que os Princípios Herméticos têm sob o Homem. Esta chave é uma dádiva do PODER SUPERIOR. Com ela funcionando como instrumento DIVINO, não só podemos viver melhor, neste e noutros planos do mundo Imanente, como usada de forma sábia, conseguimos com maior facilidade chegar a ELE, no processo de retorno - evolução espiritual.

Ter saudade de alguém ou alguma situação é um mecanismo de que o Espírito Cósmico se socorre para manter o elo de união com a sua parte que é o espírito encarnado, este, por estar debaixo dos véus de Ísis, só entende este elo, como mensagens que lhe chegam através dos sentimentos contidos na palavra SAUDADE. Mesmo quando no sentimento de saudade, estão contidos aspectos egoístas e materialistas, mesmo aí, o Espírito Cósmico envia de forma velada os seus ensinamentos que nos mantêm ligados a ELE, para os perceber de forma que nos sejam úteis só temos que saber aplicar os Princípios Herméticos como métodos interpretativos.

Enquanto as leis do mundo Imanente mantêm o ser separado e o seu mundo nas condições que permitam a sua existência enquanto ser aparentemente individual. A LEI, através dos seus vários instrumentos, entre os quais a saudade, mantém-se sempre no horizonte do ser Busca-dor, permitindo a qualquer momento, dependendo só de cada um e da sua vontade, chegar a ELA.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Mudamos o mundo, cada vez que mudamos um pouco de nós.

Se queremos um mundo melhor, porque não começamos por sermos parte dessa mudança. De forma egoísta e comodista, questionamos constantemente o mundo e os seus males. Vemos na TV os flagelos que vão pelo mundo e sentimos pena, pena das crianças que morrem de fome, dos corpos atrocidados pelas guerras, das injustiças sociais, da falta de solidariedade que leva às desigualdades, mas sempre que o fazemos, estamos bem cómodos na nossa sala, sentados e bem alimentados, num sofrimento descartável e momentâneo que nos leva a manter naquele instante a ilusão de que nada podemos fazer para mudar as coisas, para mudar o mundo.

É bem mais fácil, dizer para nós mesmos;” …sou demasiado insignificante para que os meus actos influenciem e operem mudanças nos problemas que o mundo tem…”, mas sentimos pena, quando vemos esses flagelos. Ao contrário, já quando o problema é connosco, nunca somos demasiado insignificantes para, pelo menos, tentar resolve-lo, mesmo que não o consiga-mos fazer, não descansamos até que algo mude. Isto demonstra bem até que ponto a nossa atitude, face ao que o ser humano entende pelos problemas dos outros e os seus problemas, é diferente e até que ponto, embora aparentemente soframos com os outros, na verdade, não nos importamos.

Para todos, é bem claro que para resolvermos os nossos problemas, precisamos de soluções e essas soluções só podem partir de nós, então se somos fundamentais para a resolução de problemas à nossa escala, porque não seremos, no mínimo, importantes, na resolução dos problemas do mundo, quando desse mesmo mundo também fazemos parte?

Se os problemas do mundo, tem origem na diversidade e multiplicidade que caracteriza a raça humana, a sua resolução terá que passar obrigatoriamente pela nossa unicidade, pois esta também está presente em todos nós. Individualmente julgamos ser necessário grandes feitos para que sejam passíveis de operar mudanças significativas no mundo, esquecendo que também a imensidade do oceano é composta por cada gota que dele fazem parte e é a qualidade e características de cada gota que no seu conjunto formam um oceano. Se numa zona do mesmo oceano, um conjunto de gotas mantiver dentro de si altos níveis de poluição, nessa zona a vida oceânica deixará de se fazer sentir , todos os seres se afastarão dessas gotas, pois elas não permitem a vida. No seu todo a vida não deixa de existir, simplesmente se translada para outras zonas do oceano, zonas onde os seus conjuntos de gotas permanecem limpas.

Ao ser humano também cabe um papel bastante mais simples do que aparentemente ele pensa ter que desempenhar na mudança do mundo. Basta que cada um, por si, entenda que o ser humano faz parte um enorme sistema Cósmico e que dele nada nem ninguém se podem separar. Assim o mundo, o nosso mundo é aquilo que cada um de nós consegue ser, ele representa pois a soma complexa do que cada ser é, então é fácil entender que para mudar o mundo, devemos primeiro começar por mudar cada um de nós e ai o mundo começará a mudar também.

Ao ser humano só se pedem duas coisas para que essa transformação se dê – mudar a si próprio e apontar o caminho aos que ainda não perceberam como se muda o mundo. Nestas duas acções, em que nenhum ser pode dizer que não dependem só de si, está o segredo da verdadeira alquimia espiritual. Basta dizer, praticar e divulgar todos os dias a frase: “Mudamos o mundo, cada vez que mudamos um pouco de nós”.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O conflito entre o Ser material e Ser Espiritual

A busca Espiritual, por mais que queiramos, nem sempre é feita de progressos constantes. Ao ser, Busca-dor, deve manter-se permanentemente presente a necessidade de equilíbrio entre os dois pólos – o lado Espiritual e os necessários aspectos materiais.

Na grande maioria dos seres humanos, existe um enorme desequilíbrio, pois quase sempre estão virados para os aspectos puramente materiais da existência, por outro lado, os seres, Busca-dores, procuram dedicar bastante atenção ao seu equilíbrio, mantendo o seu mundo Espiritual, mas sempre assentes nos necessários aspectos da vivencia do dia-a-dia deste mundo denso.

Ao Busca-dor, por vezes, é necessário, pausar a sua busca Espiritual como forma de se manter equilibrado, sem que essa pausa crie angustias, devendo ele estar ciente que essas pausas são saudáveis, boas e desejáveis para o resultado final. Pois parte do resultado final dependerá do equilíbrio encontrado entre os dois pólos da existência humana nesta (re)encarnação – Espiritual e material.

Quando se está livre dos artifícios da mente, quando o ser entende que o tempo e espaço não são mais do que limites na percepção e são esses limites que criam as necessidades de descontinuamente colocar em acção-reacção os seus “estados mentais” que cronologicamente e espacialmente irão originar uma sensação de equilíbrio entre o seu mundo Espiritual e o seu mundo material, então ele deixa de sentir necessidade de se angustiar.

Após um período prolongado de busca espiritual, passa-se por um interregno e naturalmente focalizam-se mais os aspectos materiais da existência, sabe-se que devido à sua limitação perceptiva, o ser, não consegue manter-se simultaneamente nos dois pólos e por isso deve deixar que o principio do ritmo, no seu inevitável movimento, actue sobre estes dois pólos, com a certeza absoluta que os dois pólos são aspectos de uma só condição e que esse movimento entre eles é originado pela limitação imposta à mente através da percepção.

Conhecendo os artifícios da ilusão que constituem o mundo Imanente, o ser liberto, não se preocupa mais com o que sente no presente, mas sim analisa cuidadosamente o que sentiu até ai chegar, os sentimentos que o ser comum considera serem passados, juntando-lhe o que sente no presente e o que o seu percurso o levará a sentir, o que se entende por futuro. Nesta reflexão, o que o ser liberto procura ver é de facto aquela que é a verdadeira perspectiva do seu estado mental, neste caso, liberto das condições impostas pela mente - o seu verdadeiro estado mental, o estado “É”.