quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Origem do Mal e do sofrimento para a Humanidade.




Toda a Humanidade é digna de compaixão; contudo, individualmente considerados, somos ainda, muitas vezes, mesquinhos. Grande parte dos seres humanos assemelha-se assim a bonecos de corda. A imagem pode parecer algo dura mas tenta ilustrar uma atitude muito vulgarizada: as pessoas surgem neste mundo, mexem-se muito, fazem e dizem muitas coisas (um considerável número das quais, talvez, completamente inúteis); entretanto, nunca se questionaram por que e para que estão aqui; que é isso que nelas palpita como vida, lhes permite movimentar-se, pensar, ter sentimentos; que sentido real e profundo deve ter as suas existências. Quando o fazem, em grande parte dos casos rapidamente se entregam nos braços de alguma crença mais ou menos simplista ou, quando mais pertinazes, tornam-se fanáticos desta ou daquela Igreja (ou de qualquer outro sucedâneo). É infelizmente raro o genuíno investigador, que busca incessantemente a verdade, que não tem medo de enfrentar as questões e ver o mundo tal qual ele é, que exige respostas profundas, firmes e consistentes”.


Título original: "Le Démiurge" ( assinado com o pseudônimo T. Palingénius ). 
Publicado inicialmente na revista La Gnose, novembro/ dezembro de 1909 e janeiro de 1910. 
Constitui o capítulo I do livro Mélanges, Paris, ed. Gallimard, 1976.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Os deuses e os demónios | Humanidade e Fagos.


A mónada humana representa um dos polos, uma das arvores da vida da matriz que podemos definir como um dos universos e seus planos que constituem o Mundo Imanente.
Até hoje todas as correntes filosóficas místicas e esotéricas que estudam os fenómenos e os processos de entendimento dos Universos, mundo Imanente e CREAÇÃO dos mesmos, têm considerado de forma errada a existência dos designados mundos inferiores, ou também conhecidos por palácios da impureza, infernos das religiões, etc., pois tem-nos,  como sendo estes, mundos independentes da matriz representada na Cabala pela arvore da vida da mónada humanidade. Não sendo incorreta esta visão, é no entanto imprecisa, pois sendo a mónada humanidade representada por uma arvore da vida, ela nunca pode ser dissociada de uma outra arvore da vida oposta – a da mónada das fagos / demónios da religiões.
Esta falta de associação, das duas arvores da vida, como sendo na realidade polos opostos da mesma CREAÇÃO na matriz que é um dos Universos e seus planos no vários conjuntos que somam o Mundo Imanente, tem levado a que a partir de uma base errada, por tal pressuposto, se parta para todas as outras conclusões, análises e soluções, com poucos resultados positivos, nulos ou até mesmo negativos.
Sem olharmos para a matriz dos planos representados na arvore da vida da humanidade, como sendo unicamente um dos polos do nosso Universo, tendo que considerar sempre o outro polo – os designados mundos inferiores, nunca teremos uma leitura correta do nosso Universo e seus planos, dentro do Mundo Imanente. Isso por sua vez leva-nos a recolocar todas as questões face à origem dos estados vibracionais negativos, do sofrimento, dos problemas e por sua vez, da impossibilidade de até aqui, termos soluções efetivas, com resultados verdadeiramente benéficos para a humanidade.
Se a matriz, pela qual devemos olhar e analisar o nosso universo CREADO e seus planos, tem que ser revista e se o principio aqui proposto, faz sentido para o Busca-dor, então isso, significa efetivamente que todos os pressupostos místicos, religiosos e filosóficos no que tange aos processos ligados à espiritualidade, devem ser revistos e corrigidos face à matriz agora apresentada.
Vejamos um exemplo;
Partindo do principio que os nossos planos, representados na nossa arvore da vida, da mónada humanidade, são o polo oposto a outros planos, representados numa arvore da vida, dos palácios da impureza ou planos infernais e  se isto faz todo o sentido, pois quando o CREADOR CREOU os nossos planos, se não o fizesse, projetando os planos opostos, as LEIS da CREAÇÃO (entre as quais o principio da polarização) seriam nulas e por sua vez, o equilíbrio e ordem pelo que se conhece a CREAÇÃO e o Mundo Imanente não existiria. Como sabemos esse equilíbrio existe, o Mundo Imanente é  ORDEM, embora em parte, a humanidade nunca o tenha entendido ou sabido explicar. Assim não pode haver a CREAÇÃO dos planos da mónada humanidade ligados à LUZ, sem que para contrabalançar, não haja em simultâneo, os planos da mónada oposta e com as precisas características opostas que equilibram os efeitos da primeira, na matriz global do Mundo Imanente.
A compreensão deste pressuposto e da verdadeira matriz do Mundo Imanente é fundamental para perceber porque todas as soluções e entendimentos místicos, religiosos e filosóficos, ficaram aquém dos resultados pretendidos, quanto aos benefícios esperados para a humanidade e para a evolução enquanto mónada.
Pois imagine-se agora que aquilo que consideramos como negativo - vibrações negativas, sofrimentos vários e sentimentos negativos, resultam na verdade de desarmonia entre os nossos opostos do outro polo. Em contrapartida, nesse outro polo oposto do nosso, tudo o que aqui é considerado como nível vibracional negativo, lá é tido como positivo e vice-versa. Neste sentido levantam-se as seguintes questões;
? De onde vêm na realidade as vibrações negativas que assolam o ser?
?Conhecemos de fato a sua origem, ou apenas tentamos obter respostas aleatórias por nunca termos compreendido a sua origem e os processos de as originam?
?E se elas na verdade são desarmonizações entre os dois mundos, por incapacidade dos seres dos dois lados, saberem conscientemente colaborar e equilibrar esses processos?
?Como poderíamos fazer para criar processos, links, mantras, rezas, etc., que transferissem automaticamente os níveis vibratórios que são negativos de um mundo, mas que no outro são considerados benéficos e vice-versa?
Ainda assim, existiram no passado, existem no presente e existirão no futuro, “grupos de interesses” em manter as coisas como estão. Esses grupos, estão presentes na mónada Humana e dos Fagos e por isso devem ser tidos em conta, sem que no entanto se confunda os lados da contenda, como tem acontecido até aqui, ou seja, a humanidade não tem como inimiga a mónada de fagos, assim como estes últimos devem entender que a vice-versa também é verdade. Os verdadeiros inimigos da evolução das duas mónadas são os “grupos que têm como interesse a estagnação evolutiva na direção do TODO | do INFINITO.
Veja-se, “alguém” nos tem levado à crença que uns e outros somos inimigos. Pois a Humanidade entende que os Fagos em geral nos têm “tentado” para o pecado, com objetivos concretos de nos reter em sofrimento, mantendo o ser em fragilidade energética e assim espoliar-nos da energia que esses sentimentos de sofrimento provocam, de certa forma esta é uma realidade, pois aos Fagos é-lhe incutido que a Humanidade produz também um conjunto de estados vibracionais que são nefastos para a sua mónada como forma de os prejudicar, nomeadamente através de descargas de níveis energéticos vibracionais positivos, na perspetiva da mónada humana, mas que para os Fagos são tão nefastos quanto os níveis vibracionais que a humanidade considera para si prejudiciais. Então para os Fagos, nós somos os verdadeiros demónios e para nós a vice-versa acontece como sabemos.
“Alguém ou algo grupo de interesse”, criou esta farsa Universal, como forma de nos iludir a ambos, levando a “guerrearmo-nos” sem perceber que ambos temos objetivos em comum e que sendo polos opostos, podemos intercambiar aquilo que é prejudicial a cada mónada, mutuamente, conseguindo assim o que é o objetivo de ambas – evoluir até ao TODO, cada mónada, na sua direção.   
Entenda-se que a evolução para os Fagos é feita pelos aspetos opostos da nossa. Se para nós elevar os estados de consciência, está representado, por exemplo, numa maior perceção do estado de simultaneidade do tempo-espaço-movimento, levando-nos a sentir, à medida que nos elevamos, as condições de estar em todo lado, em todo o tempo e por sua vez à sensação de UNIÃO, à media que nos aproximamos do TODO. Para os Fagos, por ser um mundo oposto, eles procuram a libertação, naquilo a que nos entendemos por “aprisionamento”, julgando nós ser isso negativo, pois olhamos e analisamos numa perspetiva espiritual humana, quanto na verdade, aquilo que entendemos por aprisionamento, os leva ao mesmo resultado que nós – ao desaparecimento das condições de TEMPO-ESPAÇO-MOVIMENTO, mas pela condição oposta à nossa.
Compreender o “mundo” dos Fagos é essencial para perceberemos de forma correta os erros que a humanidade tem cometido na hora de apresentar soluções para a salvação e libertação espiritual do ser-espirito. A partir do momento em que o Busca-dor entende em plenitude os planos da mónada humana, isto só os estudantes mais avançados alcançam, mas a partir deste momento, a matriz para o entendimento do “mundo do Fagos” é bastante simples, pois essa matriz rege-se pelo seu exato oposto em tudo. Olhando para a escala oposta à nossa na matriz de evolução espiritual, vemos que embora com pressupostos completamente opostos aos nossos, essa evolução - essa escala de opostos, leva ao INFINITO | ao NADA | ao INEFÁVEL – a libertação total. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Matriz do mundo Imanente – a Mónada Humana



O mundo Imanente é na realidade composto de vários mundos e seus respetivos planos. Como tudo no mundo Imanente, também cada modelo de mundo, tem sempre o seu oposto (polarização). Assim o mundo e seus planos, da verdadeira existência da monada humana, são os planos a que muitos designam de trindade, (kether, Chokhama e Binah) na arvore representativa da mónada humana.
Já aquilo que conhecemos como mundo denso e planos seguintes, existem como matriz de aprisionamento para o ser-espirito humano que se deixou envolver neles e deles tem que se libertar.
Agora podemos perguntar - ?porque e com que objetivo foram creados estes planos em que o ser-espirito na condição de SOPHIA se deixa envolver/aprisionar?
Muitos movimentos místicos, filosóficos e religiosos estudam e tentaram responder a esta questão ao longo de toda a existência da humanidade. Alguns concluem que estes planos a que chamamos aqui de “planos de aprisionamento do ser-espirito humano” onde se situam os planos na arvore da vida que representa a parte o mundo Imanente onde tem existência a humanidade e nestes, particularmente, os que vão de Markut até Binah (níveis que aqui definimos como de “aprisionamento do espirito humano”), são resultado da necessidade de DEUS | O PODER SUPERIOR se pretender ver a si próprio. Outros afirmam que foram criados com o objetivo de permitir aos espíritos da desobediência (SOPHIA), se purificar e cientificar,  voltando ao seu estado anterior de liberdade.
A Cabala aceita a primeira afirmativa. Mas como pode DEUS TRANSCENDENTE, querer perceber-se, se ele já tudo sabe, percebe, conhece, vive, sente e tem??? Visto na perspetiva Unista, tal afirmativa não faz sentido. Mas visto na perspetiva dualista, teve que haver um motivo para que o DEUS TRANSCENTENDE CREASSE as várias monadas e seus mundos, assim pode-se aceitar como valida a premissa de que DEUS TRANSCENDENTE se tivesse projetado em partes para se dar conta de SI. Como se de um espelho se tratasse, quando nos vemos num. A única diferença é que sendo o DEUS TRANSCENDENTE INFINITO e sendo os espelhos em que ele se reflete finitos, ELE procurou CREAR vários espelhos / quase que infinitos espelhos, para que se reflitam neles as suas várias “partes”. Sem que mesmo assim todas elas se apresentem, pois no reflexo finito do universo de espelhos (mundo Imanente) não cabe o INFINITO do TRANSCENDENTE, mas apenas uma parte.
Se a primeira afirmativa contem parte da verdade, já a ultima afirmativa contem também alguma da verdade face ao que afirmamos ser o verdadeiro motivo da existência dos planos de designamos por   “planos de aprisionamento do ser-espirito humano” ou “ego-trix”, mas nenhuma deles, ou até todas as outras expressas nas várias filosofias, não têm de todo, toda a verdade.
Para dar resposta à pergunta colocada acima “?porque e com que objetivo foram creados estes planos em que o ser-espirito na condição de SOPHIA se deixa envolver/aprisionar?”, teríamos que saber responder a tantas outras que conciliariam e tornariam coerente aquilo que designamos por matriz do mundo Imanente.
Por exemplo - Admitindo a existência do que as religiões denominam de demónios, admitimos também considerar a existência de malefícios/benefícios e a existência do que se designam os “pecados”/ ”virtudes”, mas então ficam sempre por responder outras questões;
 ?Porque motivo os ditos demónios nos querem tentar para o pecado, o que eles ganham com isso?
?O que ganhamos em ser virtuosos (sendo uma virtude o oposto do pecado)?
? Se as monadas humana e fagos/ demónios, não podem existir nos mesmo mundos e se o objetivo deles não é levar-nos para o seu mundo, pois isso não se tornaria possível, porquê eles atuando nos planos de aprisionamento, tentam os espíritos humanos para o pecado?
? O que é o “pecado” que as regiões ensinam a não cometer e as “virtudes” que tanto incentivam a praticar, mas que nunca explicam plenamente o porquê não devemos cometer um e devemos praticar o outro?
? Qual o objetivo da nossa existência? ?Qual o objetivo da existência do demónio(s)?
? Porque vivemos neste mundo e com que objetivo?
?Quem CREOU estes mundos e com que objetivos?
Na verdade, a pergunta derradeira que todos os seres procuram responder, mesmo os que não acreditam na existência de outros planos, é: 
?QUEM SOU EU, PARA QUE SERVE A MINHA EXISTENCIA? – Pergunta a Humanidade baixinho e cada uma para si, sem dar a entender que faz incessantemente esta pergunta e que dela depende a sua paz interior, pois tem medo. Medo de a não obter nunca a reposta. Medo de obtendo a reposta e conhecer a verdade, poder ser essa verdade algo insuportável para si. 


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Texto: “A Mensagem” (Fernando Pessoa)


"Quem tem olhos que veja, quem tem coração que sinta" AC



PRIMEIRA PARTE: BRASÃO

Bellum sine bello.

I. OS CAMPOS

PRIMEIRO / O DOS CASTELOS

A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar sphyngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.
(…)

TERCEIRA PARTE: O ENCOBERTO

Pax in excelsis.

I. OS SÍMBOLOS

PRIMEIRO / D. SEBASTIÃO
'Sperai! Cai no areal e na hora adversa
Que Deus concede aos seus
Para o intervalo em que esteja a alma imersa
Em sonhos que são Deus.
Que importa o areal e a morte e a desventura
Se com Deus me guardei?
É O que eu me sonhei que eterno dura
É Esse que regressarei.

SEGUNDO / O QUINTO IMPÉRIO
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz
Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa — os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?

TERCEIRO / O DESEJADO
Onde quer que, entre sombras e dizeres,
Jazas, remoto, sente-te sonhado,
E ergue-te do fundo de não-seres
Para teu novo fado!
Vem, Galaaz com pátria, erguer de novo,
Mas já no auge da suprema prova,
A alma penitente do teu povo
À Eucaristia Nova.
Mestre da Paz, ergue teu gládio ungido,
Excalibur do Fim, em jeito tal
Que sua Luz ao mundo dividido
Revele o Santo Graal!

QUARTO / AS ILHAS AFORTUNADAS
Que voz vem no som das ondas
Que não é a voz do mar?
E a voz de alguém que nos fala,
Mas que, se escutarmos, cala,
Por ter havido escutar.
E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos.
São ilhas afortunadas
São terras sem ter lugar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando
Cala a voz. e há só o mar.

QUINTO / O ENCOBERTO
Que símbolo fecundo
Vem na aurora ansiosa?
Na Cruz Morta do Mundo
A Vida, que é a Rosa.
Que símbolo divino
Traz o dia já visto?
Na Cruz, que é o Destino,
A Rosa que é o Cristo.
Que símbolo final
Mostra o sol já desperto?
Na Cruz morta e fatal
A Rosa do Encoberto.

II. OS AVISOS

PRIMEIRO / O BANDARRA
Sonhava, anônimo e disperso,
O Império por Deus mesmo visto,
Confuso como o Universo
E plebeu como Jesus Cristo.
Não foi nem santo nem herói,
Mas Deus sagrou com Seu sinal
Este, cujo coração foi
Não português, mas Portugal.

SEGUNDO / ANTÓNIO VIEIRA
O céu 'strela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e à glória tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também.
No imenso espaço seu de meditar,
Constelado de forma e de visão,
Surge, prenúncio claro do luar,
El-Rei D. Sebastião.
Mas não, não é luar: é luz do etéreo.
É um dia, e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira as margens do Tejo.

TERCEIRO
'Screvo meu livro à beiramágoa.
Meu coração não tem que ter.
Tenho meus olhos quentes de água.
Só tu, Senhor, me dás viver.
Só te sentir e te pensar
Meus dias vácuos enche e doura.
Mas quando quererás voltar?
Quando é o Rei? Quando é a Hora?
Quando virás a ser o Cristo
De a quem morreu o falso Deus,
E a despertar do mal que existo
A Nova Terra e os Novos Céus?
Quando virás, ó Encoberto,
Sonho das eras português,
Tornar-me mais que o sopro incerto
De um grande anseio que Deus fez?
Ah, quando quererás voltando,
Fazer minha esperança amor?
Da névoa e da saudade quando?
Quando, meu Sonho e meu Senhor?

III. OS TEMPOS

PRIMEIRO / NOITE
A nau de um deles tinha-se perdido
No mar indefinido.
O segundo pediu licença ao Rei
De, na fé e na lei
Da descoberta, ir em procura
Do irmão no mar sem fim e a névoa escura.
Tempo foi. Nem primeiro nem segundo
Volveu do fim profundo
Do mar ignoto à pátria por quem dera
O enigma que fizera.
Então o terceiro a El-Rei rogou
Licença de os buscar, e El-Rei negou.
Como a um cativo, o ouvem a passar
Os servos do solar.
E, quando o vêem, vêem a figura
Da febre e da amargura,
Com fixos olhos rasos de ânsia
Fitando a proibida azul distância.
Senhor, os dois irmãos do nosso Nome
— O Poder e o Renome —
Ambos se foram pelo mar da idade
À tua eternidade;
E com eles de nós se foi
O que faz a alma poder ser de herói.
Queremos ir buscá-los, desta vil
Nossa prisão servil:
É a busca de quem somos, na distância
De nós; e, em febre de ânsia,
A Deus as mãos alçamos.
Mas Deus não dá licença que partamos.

SEGUNDO / TORMENTA
Que jaz no abismo sob o mar que se ergue?
Nós, Portugal, o poder ser.
Que inquietação do fundo nos soergue?
O desejar poder querer.
Isto, e o mistério de que a noite é o fausto...
Mas súbito, onde o vento ruge,
O relâmpago, farol de Deus, um hausto
Brilha e o mar 'scuro 'struge.

TERCEIRO / CALMA
Que costa é que as ondas contam
E se não pode encontrar
Por mais naus que haja no mar?
O que é que as ondas encontram
E nunca se vê surgindo?
Este som de o mar praiar
Onde é que está existindo?
lha próxima e remota,
Que nos ouvidos persiste,
Para a vista não existe.
Que nau, que armada, que frota
Pode encontrar o caminho
A praia onde o mar insiste,
Se à vista o mar é sozinho?
Haverá rasgões no espaço
Que dêem para outro lado,
E que, um deles encontrado,
Aqui, onde há só sargaço,
Surja uma ilha velada,
O país afortunado
Que guarda o Rei desterrado
Em sua vida encantada?

QUARTO / ANTEMANHÃ
O mostrengo que está no fim do mar
Veio das trevas a procurar
A madrugada do novo dia
Do novo dia sem acabar
E disse: Quem é que dorme a lembrar
Que desvendou o Segundo Mundo
Nem o Terceiro quere desvendar?
E o som na treva de ele rodar
Faz mau o sono, triste o sonhar,
Rodou e foi-se o mostrengo servo
Que seu senhor veio aqui buscar.
Que veio aqui seu senhor chamar —
Chamar Aquele que está dormindo
E foi outrora Senhor do Mar.

QUINTO / NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

As minha asas brancas



Eu tinha umas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Que, em me eu cansando da terra,
Batia-as, voava ao céu.
– Eram brancas, brancas, brancas,
Como as do anjo que mas deu:
Eu inocente como elas,
Por isso voava ao céu.
Veio a cobiça da terra.
Vinha para me tentar;
Por seus montes de tesouros
Minhas asas não quis dar.
– Veio a ambição, co'as grandezas,
Vinham para mas cortar
Davam-me poder e glória
Por nenhum preço as quis dar.
Porque as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Em me eu cansando da terra
Batia-as, voava ao céu.
Mas uma noite sem lua
Que eu contemplava as estrelas,
E já suspenso da terra,
Ia voar para elas,
– Deixei descair os olhos
Do céu alto e das estrelas...
Vi entre a névoa da terra,
Outra luz mais bela que elas.
E as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Para a terra me pesavam,
Já não se erguiam ao céu.
Cegou-me essa luz funesta
De enfeitiçados amores...
Fatal amor, negra hora
Foi aquela hora de dores!
– Tudo perdi nessa hora
Que provei nos seus amores
O doce fel do deleite,
O acre prazer das dores.
E as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu
Pena a pena me caíram...
Nunca mais voei ao céu.
(Almeida Garrett - Flores sem Fruto)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O testamento.


Estando moribundo, o velho pai, mandou chamar seus dois únicos filhos e disse-lhes:
“Queridos filhos, estou quase partindo, quero que conheçam de minha boca, minha vontade, expressa em meu testamento. Assim a você meu filho deixo apenas aquelo que lhe dei até aqui, sua formação, sua educação” – falando para o mais jovem.
 “A si, deixo todos os meus bens materiais” – falando para o filho mais velho.

Perplexo o filho mais velho que à muito não vivia com o pai, chamou o irmão mais novo à parte e disse:
“Você não diz nada contra isto?? Eu sempre fui beneficiado por ele, sai de casa, sempre gastei tudo o que ele me deu, vivi desobedecendo, enquanto você sempre esteve junto dele, sempre viveu com toda a humildade de cumprindo regras??!!!!”

O jovem irmão respondeu:
“Claro que não digo nada, é por tudo isso que concordo com nosso pai. Eu nunca precisei de dinheiro para viver, sempre aprendi a dar valor às coisas que têm verdadeiro valor na vida. Ele te deixando toda sua fortuna está fazendo o papel de pai que não poderá continuar fazendo. Por um lado te está dando uma segunda oportunidade, caso você tenha aprendido a lição,  você usará de forma sábia esse dinheiro.  Por outro, se você ainda não aprendeu, irá voltar a gastar tudo de forma errada, assim ele lhe está deixando um ensinamento para no futuro, não estando ele aqui, lhe servirá de nova lição, lhe dando uma terceira oportunidade.”



Plenitude na mestria da vida



Um dia um jovem aprendiz, perguntou a um velho sábio: “Mestre, porque você não ri nunca?”. Ao que o velho sábio respondeu: “Para nunca ter de chorar, meu jovem.”

“Mestre o que você está querendo dizer é que nos devemos manter equilibrados, mas se assim levarmos ao estremo, nunca viveremos plenamente, certo?!! ” – Contrapôs o jovem.

O velho sábio responder: “Meu jovem, viver plenamente é viver uns dias transbordando felicidade e outros penando em sofrimento???!!!” AC


domingo, 2 de setembro de 2012

A Religião do 3º milénio


“ …e DEUS um dia disse: Agora que você que já conhece minha obra, organize sua prioridades. Pois se Meu trabalho é CREA-la, o seu é harmonizar-se  com ela.” AC 


Muito se tem escrito sobre o advento do 3º milénio e sobre os cenários apocalípticos que a imaginação de muitos tenta prever para tais acontecimentos. Alguns desses exercícios, não sendo totalmente verdadeiros têm algumas partes assertivas quanto ao que será o cenário futuro.
Já falamos sobre o fenómeno cósmico que irá afetar e influenciar a nossa galáxia, a terra e em especial a humanidade. Dissemos noutra reflexão que é um engano pensar-se que o que se está iniciando, tem algo a ver com o ano cósmico em si e em especial com o fato de estarmos a entrar numa nova era – a de Aquário. Na verdade as grandes transformações serão ocasionadas pelo fato único de  estarmos a entrar, no movimento que a nossa galáxia faz, numa faixa de corrente energética muito intensa que está a ser emitida pelos polos de uma estrela fora da nossa galáxia e na nossa trajetória de ano cósmico, iremos ser apanhados por esse manancial de energia.
Tal evento é inédito, pois deve-se a uma emissão anómala, devido à rutura que essa dita estrela longínqua apresenta nos seus polos, deixando assim libertar enormes quantidades de energia em feixes projetados a milhões de anos luz no espaço. Um destes feixes, de um dos polos, está a projetar um feixe na direção da trajetória cósmica da nossa galáxia. Evento único, pois há 26.000 anos quando a galáxia passou pelo local, o fenómeno anómalo, não se fazia sentir. Assim elucide-se que a sutilização que a terra irá sofrer e que permitirá alterações significativas no modo de vida da humanidade e na sua evolução espiritual nada tem que ver com a era em si, que aqui se repete de 26.000 em 26.000 anos, mas sim com este “banho energético” que é um evento único e certamente não se repetirá.  
Assim até a nossa estrela, o nosso sol, está a ser afetado por esse feixe de energia, pois ele tem vindo a aumentar enormemente a sua atividade de radiação e irá acentuar-se, à medida que entremos mais nesse feixe energético, pois como também já indicamos, estamos só no inicio da influencia desse feixe que irá durar aproximadamente 1.000 anos. Neste período de tempo haverá um conjunto de fenómenos atmosféricos, cósmicos e energéticos, isto tanto ao nível físico, como ao nível etéreo. Pois a energia estrelar emitida tem efeitos principalmente ao nível etéreo e mental, onde já se começam a sentir, para os seres mais sensitivos, influencias deste banho enérgico, embora ele ainda esteja no seu inicio.
À medida que a galáxia entre para o interior deste feixe energético, havendo no seu centro mais carga energética, as influencias e os seus efeitos irão acentuar-se enormemente. Se agora só alguns seres sentem que algo está a ocorrer, em alguns anos, ao acentuar-se a sua intensidade, ninguém passará indiferente a tal “banho energético”. De tal forma que todos os seres que não estejam preparados para tais níveis vibratórios sofrerão  mentalmente e fisicamente efeitos que devido à sua baixa vibração, serão terrivelmente dolorosos. Assim, por decisão de seres-espíritos menos evoluídos, aqueles que sentirem esses níveis vibratórios como nefastos para si, por decisão própria, deixaram de encarnar na terra. Pois para si, já não será agradável, vir  experimentar tal dimensão, visto tal experiencia ser desagradável na sua conceção.
Pelo contrário, seres-espíritos que por decisão própria, não encarnavam na terra, pois a vibração que eles necessitavam para evoluir não acontecia na terra, passando a se fazer presente neste próximo milénio, trará um manancial de seres-espíritos que estavam aguardando por tal momento, de forma a poder vir finalizar o seu processo de aprendizagem.
O Busca-dor perguntará e de onde vem esses espíritos evoluídos e para onde vão aqueles que não terão lugar nos processos de encarnação da terra nos próximos 1.000 anos??  
Para responder a esta questão devemos trazer aqui explicação de uma verdade menor que é guardada pelas escolas de mistérios, mas que colocarmos aqui, pois é chegada a hora da humanidade se ir preparando para as muitas verdades que a nova religião do 3º milénio irá apresentar.
Seria bom entender de forma simples que os conceitos de céu, purgatório, e inferno, que as religiões do atual ciclo da humanidade têm ensinado, são na verdade estados de consciência. Pois quando o espirito descarna com a designada morte física, ele, passa a estar num estado de consciência bem diferente do que vive quando está encarnado num corpo físico. Embora os planos ou estado de consciência entre o mundo físico e o céu que as religiões ensinam, tenha alguns pontos intermédios, para simplificar, não iremos falar aqui deles, pois são unicamente estados intermédios que servem para fazer a transição de um estado para o outro sem que o espirito sofra um choque muito violento, devido às grandes diferenças entre eles.  
Para simplificar o entendimento, daremos um exemplo – a enorme diferença entre os dois estados de consciência ou planos espirituais, são essencialmente possíveis de explicar pelo forma como a mente atua. Sim porque a mente não é algo inerente ao corpo físico, mas sim ao espirito. Quando o busca-dor imagina algo, projeta esse algo na sua mente, até pode criar uma imagem, um cenário idílico, grande parte dos nossos sentimentos nascem de projeções mentais que a todo o instante realizamos na nossa mente. Dai nascem os desejos do que seria o idílico da felicidade para nós, nascem também os sofrimentos quando não se realizam, etc. Tudo durante a passagem por esta vida, é criação de desejos mentais, a própria vida rege-se por este mecanismos e o próprio sofrimento, resulta do fato de tais desejos quase nunca se cumprirem e mesmo quando se cumprem procuramos sempre outros, pois o desejo está sempre nos levando a querer e projetar na mente mais e mais…
No plano superior a que as religiões chamam de céu, não é assim, ai imagine o mesmo desejo, ai esse desejo não permanece dentro da mente do ser, ele se projeta para fora da mente. Sim, ai os nossos desejos realizam-se instantaneamente. Tudo o que desejamos, tudo o que o nosso intimo quer, simplesmente com o desejar, projeta-se no meio que nos envolve, tornando-se real nesse mundo. Assim e por isso se designa de céu, pois é tão idílico quanto nós possamos imaginar e desejar. Agora vamos trazer aqui uma segunda parte desta verdade que as religiões ocultam à seculos – este é um estado mental, como afirmamos, nele tudo o que o nosso intimo deseja acontece, mas também todos os nossos medos, todos os nossos maiores e obscuros sentimentos aqui emergem para o exterior da mente e criam o nosso mundo. Violento??!!! Talvez, mas verdadeiro. Então podemos concluir que aqui também se situa o inferno que as religiões falam??? Sim. Pois como este é um plano / estado de consciência, a forma como o viveremos, só dependerá do nosso mais profundo estado interior.
Se o ser, estiver bem consigo mesmo, livre de pecado, como professam as religiões, purificado, então ele irá vivenciar o céu, pois tudo o que o seu interior projetará, será agradável e harmonioso. Se pelo contrário o ser, estiver envolvido com enormes processo de negatividade, ele vivenciará o seu inferno particular, pois ele projetará para o seu exterior esse negatividade e esse será o seu mundo, a partir dai e por longos períodos.
Então já podemos responder onde estão esses espíritos  de levada vibração, que passarão a encarnar na terra – estão no céu das religiões.
Perguntará o busca-dor: ? Como?!!! Porque vão eles sair do céu para voltar a este plano que é de sofrimento?
Respondemos:
Primeiro – este plano só é de sofrimento, porque a maioria cria a condições para esse sofrimento, pois a terra com a nova sutilização e com novos seres-espíritos encarnando, irá deixar de ser o plano de sofrimento que conhecemos hoje.  
Segundo – Outra verdade oculta pela religiões. O céu que descrevemos aqui e que as religiões anunciam, não é final do caminho do espirito, mas sim apenas um local de acomodação, um abrigo para o espirito peregrino descansar de sua viagem de aprendizagem. Violento??? Talvez, mas novamente a verdade.  O verdadeiro lar do espirito, o final do caminho encontra-se bem acima do céu das religiões, encontra-se quando o espirito se libertar. Veja o busca-dor, neste estado de consciência, podendo estar a vivenciar um estado de graça, a qualquer momento o espirito, pecando, ou melhor, entrando seu estado mental em contato com algum aspeto mais negativo, o seu céu pode perder o seu aspeto e rapidamente tornar-se o oposto. Então o espirito que habita este “céu” percebe no final de algum tempo que ou está preparado para seguir no caminho da ascensão ou tem que regressar à roda das encarnações para aprender o que lhe falta para ascender à libertação.
São os espíritos que estando neste estado de consciência, decidiram ter que voltar para terminar a sua aprendizagem, mas para isso necessitavam que a terra, esteja em condições vibracionais e apresente um ambiente favorável às suas aprendizagens. Estes são os espíritos que começam a encarnar naquelas crianças que muitos movimento místicos falam e designam por crianças índigo e mais tarde virão os mais evoluídos que se designam por crianças cristal. Estes espíritos são a futura levada espiritual que encarnará nos corpos densos que representam a humanidade e irão estar aqui nos próximos milénios.
Perguntará o busca-dor: ? E os espíritos que se envolveram com a negatividades?
Respondemos: Esses ficarão muito tempo sem poder encarnar na terra, de pouco vale eles se arrepender agora, pois seus carmas estão criados por suas ações, faz varias reencarnações. Eles irão estar nesse plano / estado de consciência que podemos designar o que para eles será o inferno, onde se purgarão de seu envolvimento com a negatividade, pois essa mesma negatividade que eles alimentaram até hoje, será sua morada por um futuro bem longo.
? e como será a terra e a humanidade do próximo milénio?  
Com todo este ambiente favorável, obviamente que a terra será bem diferente do que tem sido até aqui, veja-se que a terra será a mesma, unicamente os seres humanos agirão nela de forma bem diferente e isso terá impactos deveras significativos para todo o planeta, mas principalmente para a humanidade.
Se pensarmos que grande parte dos seres que estarão encarnados na terra, nos próximos seculos, são seres-espíritos que estiveram e estão purificados, faltando-lhe apenas aprender o processo de libertação, podemos imaginar o impacto que isso possa ter na forma como a humanidade no seu todo poderá agir e interagir com o planeta. Veja-se que não serão só espiritos purificados, habitantes do designado céu que viverão encarnados na terra, pois os atuais espíritos que estão em processo de aprendizagem e que não estando ainda purificados, mas que também não estão perdidamente envolvidos com a negatividade, esses continuarão seu processo de aprendizagem.
Veja-se que esta é a melhor noticia que o ser humano poderia receber, pois imagine-se o que é poder aprender lado a lado com seres humanos que têm níveis de purificação elevado. Imagine-se e será o mais comum, os espíritos que permanecerão no processo de encarnações, poderem escolher nascer de dois seres progenitores que têm em si encarnados espíritos que não estavam encarnado antes, que são espíritos de níveis vibracionais elevadíssimos. Consegue imaginar a evolução e aprendizagem que enquanto espíritos em processo de aprendizagem podemos obter com tal acontecimento?!!! Não mais a humanidade será a mesma.
Assim dá para perceber que a nova religião do 3º milénio, falará sobre libertação e não sobre salvação, pois na maioria, os espíritos que estarão encarnando estão aqui para aprender o processo de libertação e não estarão interessados em aprender algo que já conhecem – o caminho para a salvação, para o estado de pureza, de não pecado que as religiões da atualidade ensinam. Mesmo os espíritos que estarão encarnando, mas que nunca vivenciaram esses estados de purificação, devido à forte influencia que lhes será aportada, quer pela sutilização do planeta, quer pelos métodos que a humanidade adotará, eles serão impulsionados a trabalhar o seu caminho espiritual no sentido da libertação.
Todos os messias, mensageiros, avatares que estiveram em missão na terra, em todos os ciclos civilizacionais, tinham como missão principal, trazer ajuda para que a humanidade aprendesse a se manter purificada, apaziguada, em paz com a sua consciência e assim pudesse conseguir um lugar no tão anunciado céu. Todos eles conheciam a verdade, todos eles sabiam que ao trazer formulas para apaziguar a consciência face ao sofrimento, teriam que introduzir regras, normas, leis, etc. No fundo as regras que as religiões criadas a partir desses iniciadores apresentam, como procedimentos a cumprir para a salvação do espirito.
O próprio Avatar Cristo, ensinava métodos para a salvação, mas sempre disse simultaneamente: “mas só conhecendo a verdade te libertarás” Ele como outros sabiam que não era o momento, eles conheciam bem suas missões, sabiam que tudo tem seu tempo que o caminho se faz de principio, meio e fim. Nada é por acaso, as LEIS de DEUS se cumprem sempre, não há erros. Os erros estão nos falsos profetas que tentam ser o QUERER SUPERIOR e nos seus seguidores que neles acreditam, assim quando as suas profecias falham toda a espiritualidade é posta em ridículo pela conjura do silencio e pelo terceiro interesse, pois nada melhor que falsos profetas para desacreditarem o cumprimento do QUERER SUPERIOR. Mas desenganem-se  os que ganham com o atual estado em que a humanidade se encontra, desenganem-se os que estão adormecidos pela materialidade, desenganem-se os condenados que se deixaram envolver pelo facilitismo e pelo negativismo – A LEI do PODER SUPEIROR, SEU plano se cumprirá, como planejado.
Assim os eventos que se aproximam serão consolidados por uma nova filosofia, por um novo sistema religioso, este será trazido e divulgado pelo que muitos chamam de Avatar de 3º milénio. Sua missão será essencialmente a que afirmamos - trazer as verdades que todos os outros Avatares já conheciam, aquelas que as verdadeiras escolas e ordens de mistérios guardam há seculos, preservando para que um dia essas verdades possam ser entregues a toda a humanidade, pois toda ela estará preparada para a receber.
Mas haverá ainda resistência à mudança? Claro que sim. Teremos provavelmente tentativas de adulterar o decurso dos acontecimentos?! Claro que sim. Desde sempre e por parte dos interesses envolvidos, haverá outra vez a tentação de anular estes efeitos, podendo voltar a ter êxito nessa manipulação. Pois desenganem-se os que assim pensam, pois nunca até hoje essas fações conseguiram os seus intentos, tudo foi sempre como planejado pelo PODER SUPERIOR | DEUS e seu AVATARES, tudo tinha que ser como foi e como será.
Muitos dos busca-dores que conhecem as fações beligerantes que ao longo dos ciclos civilizacionais se têm oposto à evolução do espirito humano, pensarão que outra vez elas vencerão. Pois aqui fica mais uma verdade, esta MAIOR – nunca eles venceram, nem nunca estiveram perto de vencer, tudo fez parte de uma manobra de diversão, para dar tempo à humanidade de aprender. Nunca o PODER SUPEIROR deixou ou esteve fora do controlo de tudo.
Também desta vez, nenhuma dessas fações impedirá o normal desenrolar dos acontecimentos, pois esse será o papel do Avatar, como qualquer bom soldado, cumprirá sempre sua missão, nem que para isso tenha que usar métodos que podem ter efeitos mais devastadores. Todas as ações não desejáveis que ele venha a empreender para o cumprimento da sua missão, serão sempre consequência e reação dessas outras forças e das tentativas de anulação que venha dai. Ele nunca sentirá pena os remorsos, pois é livre de todo o tipo de códigos, para alem do único a que obedece – O DE SERVIR, cumprindo a sua missão.
Como pode um único ser contra tais diversas forças? Perguntará o Busca-dor.
Imagine-se um ser, vivendo como qualquer comum dos seres humanos, ter o poder de induzir mentalmente estados de esquizofrenia coletiva ou individual, a outros seres, em qualquer parte do mundo. Imagine-se, caso as tentativas de oposição à sua missão assim o obrigue, ele pode manipular chefes de estado, políticos, populações inteiras. Pode desencadear uma guerra contra um estado que tenha infiltrados que se oponham à mudança. Simplesmente induzindo num inimigo desse pais a ilusão de ataque nuclear, esse inimigo, iria reagir com um ataque verdadeiro e esse estado seria obrigado a ripostar. Obvio que tal cenário não se coloca, mas em situações extremas a LEI DIVINA nunca ficará por se cumprir. Temam pois os não-justos, tema a conjura do silencio, tema o 3º interesse, pois a missão se cumprirá sempre. Mesmo que tenha que ser “…do jeito de Salomão”   
Mas na verdade o importante é o resultado final, aquele por que a humanidade espera desde sempre. O papel  desse Avatar é basicamente garantir e encaminhar essas verdades divinas para que a humanidade, num todo, para que possa finalmente dar um salto importante no caminho da evolução espiritual. Simultaneamente, dar-se-á o surgimento desse estado de harmonia, paz e elevação espiritual que permanecerá na terra.  Provavelmente serão milhares de anos de paz, alegria, harmonia, levando a que o melhor dos cenários imagináveis se concretizem –  que o paraíso baixe à terra.