No
antigo Egito e para os que acreditam, mesmo antes, já na civilização Atlante, o
profundo conhecimento das energias, era levando pelos altos praticantes, como
uma das ciências que mais benefícios trazia para todos os que a dominassem. O
seu estudo, era pois, a maior das prioridades dos seus mais elevados
pesquisadores, não sendo ela entendida como uma ciência oculta, mas sim como
estrutural para o desenvolvimento de toda a sociedade, quer no sentido do bem-estar
da materialidade, quer para os diferentes níveis em que as necessidades de
desenvolvimento espiritual solicitavam o seu profundo conhecimento e domínio.
A
constante procura pelo pleno domínio das energias em estados vibracionais que
quase nem conseguimos imaginar e o poder que tais energias, nesses estados
vibracionais, representam, é praticamente desconhecido do atual ciclo da
humanidade. Mesmo assim, muitos dos estudantes de Hermetismo, acabaram por
receber algum desse conhecimento, quer através de alguma informação que foi
salvaguardada no plano material, quer através do acesso às várias Egrégoras que
disponibilizam aos busca-dores sinceros, algum desse conhecimento milenar.
É
conhecido e sabido, por alguns que estudam Hermetismo que tal sabedoria era dominada
com alguma profundidade no antigo Egito pelos Sacerdotes da Escola de Mistérios
do Olho de Orus. Este conhecimento é re-materializado, vindo do anterior ciclo
da Humanidade, não só no antigo Egito, mas um pouco por todo o mundo, embora
que em grupos e comunidades especificas. Muitos questionam o motivo da
existência de várias construções piramidais na antiguidade, algumas delas,
encontram-se submersas quer nas águas dos oceanos, quer subterradas através do
efeito natural da própria natureza. Sabe-se, embora apenas veladamente seja
tratado tal assunto, que tais construções existiam e existem com um objetivo em
concreto, quer individualmente, quer no seu conjunto.
Quem
estuda ou segue com interesse o Hermetismo, percebe que a geometria piramidal e
a enorme complexidade com que estas construções eram feitas, as suas
localizações e posicionamentos, teriam mais que o simples objetivo simbólico
que atualmente a história arqueológica lhes pretendem consignar. Estas
estruturas, foram construídas com o objetivo concreto de serem enormes
mecanismos, capazes de captar, converter, e distribuir controladamente,
energias com objetivos concretos. Tais mecanismos que hoje vemos como
pirâmides, proporcionavam todos os níveis vibratórios que permitiam, aos seus
utilizadores, o usufruto do resultado desses níveis vibracionais, com vários
objetivos. Uma das principais funcionalidades destes mecanismos era o que
proporcionar a quem permanecia em determinadas posições geográficas, junto
destas, a capacidade de suas mentes entrarem automaticamente em estados de
vibração tal, que lhes era permitido assim, anular um conjunto de limitações
que a mente no estado encarnado, tem que observar.
Estes
mecanismos, estão para além da sua forma arquitetónica, pois esta, é somente
parte da totalidade que é o sistema que conhecemos por pirâmides. Assim dentro
das suas enormes paredes, de forma exata e meticulosa, encontram-se
posicionados um conjunto de instrumentos e materiais que fornecem, cada um, os
atributos necessários para os fazer funcionar como perfeitos recetor /
conversor de energia.
A
sua distribuição, um pouco por todo mundo, deixa perceber, mesmo para os que
desconhecem em profundidade o tema, que pode haver uma relação nessa
distribuição pelo planeta. Mas poucos associam outro tipo de construções, neste
caso, as Charolas que estão presentes em inúmeras construções que
“aparentemente” seriam destinadas ao culto de algumas religiões, concretamente,
a muçulmana e a católica. Isto porque a sua geometria, aparentemente não
representando qualquer similitude, leva a que ninguém as relacione. No entanto,
se nos dedicarmos a interpretar, em linhas gerais, as necessidades arquitetónico-construtivas,
com os processos esotéricos que levam à perfeita conjugação das condições para
que tal mecanismo energético funcione, poderemos entender que a arquitetura das
Charolas, cumprem tais necessidades na perfeição.
Então,
no atual ciclo da humanidade, poderemos entender muitas das relações,
aparentemente sem qualquer correlação, entre as construções piramidais e as
mais recentes, as charolas. Se olharmos também para quem comandou e originou as
suas construções, encontraremos coincidências bem interessantes, vejamos;
O
impulsionador do Hermetismo, foi seguramente o primeiro a trazer para o atual
ciclo da humanidade, determinado tipo de conhecimentos e simultaneamente, criou
as condições para a construção de algumas destas edificações, isto no que é
sabido pela humanidade, pois ninguém nos garante que não existam outro tipo de
evidencias, bem mais concretas, do que estas.
Mais
tarde alguns elevados Iniciados, que encarnaram um pouco por todo o mundo e em
vários períodos de tempo da humanidade, todos eles, tiveram em comum, o fato de,
em determinado período de suas vidas, dirigiram-se para este primeiro lugar - Egito.
Entre eles, esteve o próprio Salomão. Com este alto Iniciado, registou-se então
o surgimento de um novo conhecimento ou se preferirmos, atualizou-se a forma
arquitetónica, de como estes mecanismos se apresentavam construídos, permitindo
que os seus fins específicos se dissimulassem, através do seu uso exotérico – o
culto religioso desse ciclo humano, dentro das várias religiões. Foram criadas
várias destas construções sob a égide de Salomão, embora se pense unicamente
naquela que é mais obvia – O Templo de Salomão.
Mais
tarde, na idade média, um conjunto de nobres Europeus, invocando uma
necessidade que a religião dominante da sociedade da época aceitava - a
proteção da terra santa, dirigiram-se para este local e coincidência ou não,
passaram vários anos, isolados dentro do que restava do Templo da Salomão nessa
época. Volvidos alguns anos, esta sociedade, conhecida por Templários, regressou
à Europa e iniciou uma nova etapa na edificação de corpos arquitetónicos –
castelos, catedrais, igrejas, conventos, etc., mas todos eles tendo, no seu
núcleo, as Charolas que representam na verdade o centro nevrálgico de um
mecanismo construído com um fim específico. Muitos atribuem como funcionalidades
esotéricas, a estas Charolas, unicamente as Iniciações Templárias, devendo
estar na realidade, o seu uso esotérico para além deste único fim.
A similitude
entre todas elas e o que foi o objetivo derradeiro da sua construção,
consegue-se perceber, não no que é visível ao nível das mensagens gravadas
nestas edificações e no aparente significado geométrico de Pirâmides e
Charolas, mas sim nos comportamentos dos seus altos patrocinadores – desde
Hermes, passando por Salomão, até aos Templários, todos eles, deixaram aos
futuros discípulos a informação necessária para que a chama nunca de apague.
"Os lábios da sabedoria estão
fechados, exceto aos ouvidos do entendimento" (O Caibalion)
Antero Carvalho