quinta-feira, 9 de maio de 2013

Entre Pirâmides e Charolas.


No antigo Egito e para os que acreditam, mesmo antes, já na civilização Atlante, o profundo conhecimento das energias, era levando pelos altos praticantes, como uma das ciências que mais benefícios trazia para todos os que a dominassem. O seu estudo, era pois, a maior das prioridades dos seus mais elevados pesquisadores, não sendo ela entendida como uma ciência oculta, mas sim como estrutural para o desenvolvimento de toda a sociedade, quer no sentido do bem-estar da materialidade, quer para os diferentes níveis em que as necessidades de desenvolvimento espiritual solicitavam o seu profundo conhecimento e domínio.
A constante procura pelo pleno domínio das energias em estados vibracionais que quase nem conseguimos imaginar e o poder que tais energias, nesses estados vibracionais, representam, é praticamente desconhecido do atual ciclo da humanidade. Mesmo assim, muitos dos estudantes de Hermetismo, acabaram por receber algum desse conhecimento, quer através de alguma informação que foi salvaguardada no plano material, quer através do acesso às várias Egrégoras que disponibilizam aos busca-dores sinceros, algum desse conhecimento milenar.
É conhecido e sabido, por alguns que estudam Hermetismo que tal sabedoria era dominada com alguma profundidade no antigo Egito pelos Sacerdotes da Escola de Mistérios do Olho de Orus. Este conhecimento é re-materializado, vindo do anterior ciclo da Humanidade, não só no antigo Egito, mas um pouco por todo o mundo, embora que em grupos e comunidades especificas. Muitos questionam o motivo da existência de várias construções piramidais na antiguidade, algumas delas, encontram-se submersas quer nas águas dos oceanos, quer subterradas através do efeito natural da própria natureza. Sabe-se, embora apenas veladamente seja tratado tal assunto, que tais construções existiam e existem com um objetivo em concreto, quer individualmente, quer no seu conjunto.
Quem estuda ou segue com interesse o Hermetismo, percebe que a geometria piramidal e a enorme complexidade com que estas construções eram feitas, as suas localizações e posicionamentos, teriam mais que o simples objetivo simbólico que atualmente a história arqueológica lhes pretendem consignar. Estas estruturas, foram construídas com o objetivo concreto de serem enormes mecanismos, capazes de captar, converter, e distribuir controladamente, energias com objetivos concretos. Tais mecanismos que hoje vemos como pirâmides, proporcionavam todos os níveis vibratórios que permitiam, aos seus utilizadores, o usufruto do resultado desses níveis vibracionais, com vários objetivos. Uma das principais funcionalidades destes mecanismos era o que proporcionar a quem permanecia em determinadas posições geográficas, junto destas, a capacidade de suas mentes entrarem automaticamente em estados de vibração tal, que lhes era permitido assim, anular um conjunto de limitações que a mente no estado encarnado, tem que observar.
Estes mecanismos, estão para além da sua forma arquitetónica, pois esta, é somente parte da totalidade que é o sistema que conhecemos por pirâmides. Assim dentro das suas enormes paredes, de forma exata e meticulosa, encontram-se posicionados um conjunto de instrumentos e materiais que fornecem, cada um, os atributos necessários para os fazer funcionar como perfeitos recetor / conversor de energia.
A sua distribuição, um pouco por todo mundo, deixa perceber, mesmo para os que desconhecem em profundidade o tema, que pode haver uma relação nessa distribuição pelo planeta. Mas poucos associam outro tipo de construções, neste caso, as Charolas que estão presentes em inúmeras construções que “aparentemente” seriam destinadas ao culto de algumas religiões, concretamente, a muçulmana e a católica. Isto porque a sua geometria, aparentemente não representando qualquer similitude, leva a que ninguém as relacione. No entanto, se nos dedicarmos a interpretar, em linhas gerais, as necessidades arquitetónico-construtivas, com os processos esotéricos que levam à perfeita conjugação das condições para que tal mecanismo energético funcione, poderemos entender que a arquitetura das Charolas, cumprem tais necessidades na perfeição.
Então, no atual ciclo da humanidade, poderemos entender muitas das relações, aparentemente sem qualquer correlação, entre as construções piramidais e as mais recentes, as charolas. Se olharmos também para quem comandou e originou as suas construções, encontraremos coincidências bem interessantes, vejamos;
O impulsionador do Hermetismo, foi seguramente o primeiro a trazer para o atual ciclo da humanidade, determinado tipo de conhecimentos e simultaneamente, criou as condições para a construção de algumas destas edificações, isto no que é sabido pela humanidade, pois ninguém nos garante que não existam outro tipo de evidencias, bem mais concretas, do que estas.
Mais tarde alguns elevados Iniciados, que encarnaram um pouco por todo o mundo e em vários períodos de tempo da humanidade, todos eles, tiveram em comum, o fato de, em determinado período de suas vidas, dirigiram-se para este primeiro lugar - Egito. Entre eles, esteve o próprio Salomão. Com este alto Iniciado, registou-se então o surgimento de um novo conhecimento ou se preferirmos, atualizou-se a forma arquitetónica, de como estes mecanismos se apresentavam construídos, permitindo que os seus fins específicos se dissimulassem, através do seu uso exotérico – o culto religioso desse ciclo humano, dentro das várias religiões. Foram criadas várias destas construções sob a égide de Salomão, embora se pense unicamente naquela que é mais obvia – O Templo de Salomão.
Mais tarde, na idade média, um conjunto de nobres Europeus, invocando uma necessidade que a religião dominante da sociedade da época aceitava - a proteção da terra santa, dirigiram-se para este local e coincidência ou não, passaram vários anos, isolados dentro do que restava do Templo da Salomão nessa época. Volvidos alguns anos, esta sociedade, conhecida por Templários, regressou à Europa e iniciou uma nova etapa na edificação de corpos arquitetónicos – castelos, catedrais, igrejas, conventos, etc., mas todos eles tendo, no seu núcleo, as Charolas que representam na verdade o centro nevrálgico de um mecanismo construído com um fim específico. Muitos atribuem como funcionalidades esotéricas, a estas Charolas, unicamente as Iniciações Templárias, devendo estar na realidade, o seu uso esotérico para além deste único fim.
A similitude entre todas elas e o que foi o objetivo derradeiro da sua construção, consegue-se perceber, não no que é visível ao nível das mensagens gravadas nestas edificações e no aparente significado geométrico de Pirâmides e Charolas, mas sim nos comportamentos dos seus altos patrocinadores – desde Hermes, passando por Salomão, até aos Templários, todos eles, deixaram aos futuros discípulos a informação necessária para que a chama nunca de apague.
"Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do entendimento" (O Caibalion)
 Antero Carvalho

quarta-feira, 8 de maio de 2013

AVISO IMPORTANTE sobre a VOH


O presente blog, nunca falou, nem fala em nome da VOH, mas sim, são os seus orientadores, legítimos instrutores que usam a forma pedagógica da VOH, como metodologia de ensino e divulgação do Hermetismo.
Este blog, está sim ligado, institucionalmente ao CENTRE e a toda a sua atividade.
Nenhum instrutor participante deste blog, quer qualquer outro que use e se auxilie dos ensinamentos da VOH, poderá falar em nome dela, mas sim e apenas, orientar-se pelos seus conhecimentos MATERIAIS e IMATERIAIS.
Nenhuma instituição ou grupo, poderá falar em nome da VOH, pois ela não nomeia representantes, no entanto, ela (VOH), concede acesso aos estudantes / instrutores com o devido merecimento para adentrar nos seus mais elevados ensinamentos IMATERIAIS.
O Responsável pelo blog

QUEM É DEUS?


Embora algumas teorias esotéricas tenham vindo ao longo dos séculos procurar responder a esta questão, muitas, tornam-se confusas e ganhem por isso incongruências que elas próprias não se dão conta, mesmo havendo muito a aprender com elas. O exemplo típico, é o tema sobre DEUS. Nunca simples, torna-se pouco eficaz para certo nível de consciência ou cientificação falar sobre tal tema, sem antes tratar outros conceitos que podem auxiliar a entender tão transcendente assunto.
Uma das primeiras abordagens que se deverá fazer, para um dia se chegar a refletir de forma fluida sobre “QUEM É DEUS”, é o assunto que trata sobre a mente, no nosso estado atual. Usando a expressão esotérica que afirma: “Conhece-te a ti mesmo” entenderemos que ela significa exatamente, o que acabo de afirmar. Mas normalmente não, queremos iniciar por questões mais transcendentes, primeiro queremos perceber tudo o resto, sem nunca olharmos para dentro de nós. Talvez por receio de ter que defrontar e descobrir o que somos. Mas na verdade se nunca fizermos essa inflexão, se nunca percebermos o que somos, quem somos e como funcionamos, ou seja, como nos damos conta da existência, nunca poderemos perceber os outros, o universo - a existência em si e muito mesmo a sua ORIGEM ou seja, DEUS.
Vejo essa falha em muitas correntes de ensino esotérico. A não preocupação por perceber de forma geral a totalidade do contexto em que temos a existência, mas de seguida, procurar ensinar como deveremos aprender a conhecer e a desenvolver os mecanismos que nos garantem a perceção da existência, neste e noutros planos. Para isso é necessário recorrer à construção pedagógica de modelos simplificados e adequados à atual linguagem humana, capazes de permitir entendimento teórico dos processos e mecanismos que são tudo aquilo que entendemos pelo termo MENTE. Mas esses modelos devem assentar em conhecimento sério e ser capazes de ser apresentados na fase teórica / filosófica, mas depois, serem passiveis de projetar essas bases teóricas em ensinamentos práticos.
Na verdade o que ocorre, é exatamente o inverso, surgem por um lado correntes que apenas trazem modelos teóricos e depois não fazem a abordagem prática e por outro, surgem correntes esotéricas, como no caso das que usam o enfoque único na magia ou/e alquimia, que apenas assentam em procedimentos (receitas) para aplicação prática, sem qualquer tipo de conhecimento profundo por parte do praticante / estudante, para tais procedimentos. Se no primeiro caso, muitos busca-dores desistem, pois ao longo do tempo não percebem qualquer tipo de beneficio, para alem do aspeto refletivo, no segundo caso, a situação torna-se mais perigosa, pois o busca-dor pode ser efetivamente prejudicado devido ao grau de envolvimento com forças que na verdade desconhece e não domina, terminando por ser ele, o dominado por essas forças.
Acreditou que muitos dos que tentam colocar seus ensinamentos disponíveis para a humanidade, o façam com intenções genuínas, mas uma coisa é a intenção, outra o resultado. Nos temas da espiritualidade, uma coisa é estarmos cientificados sobre um tema, outra bem diferente é conseguir colocar em linguagem humana simples, para que outros entendam, pois cada ser tem um estado de consciência de grau único e por isso diferente nível percetivo.
Então para entender a questão – “QUEM É DEUS” temos que perceber quem somos nós. Ou seja, temos eu fazer o que diz o axioma – “Conhece-te a ti mesmo”, precisamos primeiro entender com alguma profundidade esotérica séria, o que é este sistema complexo que muitos chamam de MENTE, mas poderíamos designar da projeção da nossa Consciência no plano da materialidade ou espírito no estado encarnado. 
Então a primeira pergunta a ser respondida para um dia podermos refletir sobre “Quem é DEUS”, será: “O que é a MENTE | Consciência | Espirito” e ai começar por entender a forma como ela se manifesta.
Se ouvir palestras ou ler sobre o tema da mente, muitas teorias, deixam passar a imagem que tudo é gerado a partir, do que a física quântica designa por “Campo”, mas é apenas um nome, existem vários nomes para a mesma “coisa” – CAMPO, VAZIO, etc. O hermetismo a este campo que existe em todas as dimensões, mas que não está em estado manifesto para a nossa mente, designa de MA. Aqui está a questão….
Neste modelo teórico, afirma-se que tudo o que existe, absolutamente tudo, em todas as dimensões, universos e planos, tem origem neste CAMPO, sendo a diferença única, entre todas as manifestações, a frequência vibratória. Conclui que esse CAMPO é na verdade a definição para DEUS. Afirmando que deste CMAPO resultam os vários tipos de Energia, entre os quais aquilo que designamos por Consciência | Mente | Espírito. Ora qual o erro? Incluir neste “tudo”, a consciência / mente / espirito. Isto leva, sem entender, a um paradoxo – ? Se a MENTE / CONSCIENCA / ESPIRITO, são criados a partir desse CAMPO e tal como qualquer outra manifestação, quem gera o querer que origina a vibração para a manifestação do espirito/mente/consciência? Este modelo chega até onde a física de particular e a quântica já chegaram. A teoria de Peter Higgs, chega exatamente aqui a este paradoxo “…se é o bosão de higgs que cria a matéria/massa, nas partículas desprovidas de massa, então - ? quem cria a partícula bosónica?”
Um pouco diferente é o modelo / proposta que o hermetismo ensina. O INEFÁVEL | O TODO – MUNDO TRANSCENDENTE | MUNDO DE DEUS, onde nada está manifesto de tal forma que não é sequer consciencializável para a mente poder imagina-LO. É a partir desse plano transcendente que resulta a primeira manifestação do MUNDO IMANENTE (mundo onde existem todos os planos, universos e seres, em todas as vibrações possíveis e infinitas). Essa primeira manifestação gerada na primeira polarização ou desdobramento ou expansão ou movimento ou big-bang (tudo nomes para a mesma coisa), gera a manifestação de RA e MA. Aqui MA é equivalente ao conceito de CAMPO da física quântica. Este é na verdade a primeira polarização da existência, MA (o CAMPO) é o princípio passivo/feminino e RA | CONSCIENCIA manifesta de DEUS, o principio ativo, aquele que exerce o seu QUERER, fazendo vibrar MA / o CAMPO, gerando todas as manifestações, desde o mais elevado estado IMANENTE, até ao plano denso, onde está a matéria | energia nos vários estados em que a conhecemos. 
Aqui neste modelo que o hermetismo ensina há milénios, não há paradoxo algum, não resta qualquer incongruência, pois existem de forma clara duas coisas / dois princípios básicos a partir dos quais tudo é gerado no mundo IMANENTE – MA | CAMPO | ENERGIA (tudo nomes para a mesma coisa), a diferença é que a MENTE | CONSCIENCIA |ESPIRITO, para o hermetismo, não é Energia, mas sim, isso mesmo, CONSCIENCIA | MENTE….O QUERER DE DEUS.
MENTE é pois o principio ativo, aquela parte manifesta de DEUS que gera o que entendemos por QUERER, no nível da individualização designamos de espíritos ou mentes, mas ELA como UMA SÓ ou individualizada em todas as consciências, gera a manifestação da Energia | MA | CAMPO, nos seus vários estados vibratórios, criando tudo o que percebemos como existência, incluindo os corpos dos seres, mesmo nos planos superiores (corpos etéreos e /ou almas) e também os corpos biológicos, orgânicos e inorgânicos (físicos/matéria na sua vibração mais densa).
O Hermetismo afirma no seu axioma máximo que “TUDO É MENTE”, na realidade os seus princípios se reúnem num só, este – no universo Creado| no mundo Imanente “TUDO É MENTE”, se olharmos para o que eu afirmei anteriormente, percebemos este axioma. Se tudo está Imanifesto (CAMPO | MA) e só quando a MENTE | CONSCIENCIA | ESPIRITO, através do seu QUERER, faz vibrar esse CAMPO | ENERGIA | MA, gerando aquilo que entendemos por existência, então a existência só se manifesta como tal, quando existe a presença da MENTE | CONSCIENCIA | ESPIRITO. Então na verdade, TUDO É MENTE…essa é a única realidade e quando atingirmos o nível de clareza | consciência plena, entenderemos que se TUDO é MENTE e a MENTE UNA é na VERDADE a manifestação do QUERER de DEUS que age sobre a SUA parte PASSIVA, nós somos partes individualizadas de DEUS, onde o espírito é a parte individualizada do QUERER SUPERIOR e os corpos (físico e etéreos/alam) são a manifestação desse QUERER. Então, ai sim, como CRISTO e BUDA afirmavam – “Nós somos DEUS”.
Mas não são DEUS todos os outros seres e manifestações da CREAÇÃO?
Então para perceber realmente “Quem é DEUS”, primeiro devemos saber responder à questão - “Quem sou eu, o que faço aqui?”

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Consciência e Energia


A humanidade em geral, pensa que para percebermos o Universo, Deus e a si própria, deverá começar, cada um, por se conhecer a si próprio. Eu já pensei assim, até ao dia em que percebi o paradoxo. Existe uma expressão que define bem aquilo que pode ser a imagem correta e transversal aos vários entendimentos, tanto o religioso, como o cientifico ortodoxo, ou o esotérico – “Somos feitos à imagem de Deus” ou também nas ciências isotéricas, neste caso o Hermetismo – “O que está em cima é como o que está em baixo”, ou ainda como nas ciências ortodoxas – “Através do estudo e observação do nível micro, podemos entender os níveis quântico e macro”.
Estas são todas expressões corretas que na verdade afirmam a mesma coisa, trazendo uma única verdade. A diferença, está unicamente na forma como percebemos, ou seja, do nível de entendimento que temos e da linguagem que usamos para expressarmos esse nível de perceção.
Para aprender como se pode ter entendimento correto sobre a existência, devemos pois refazer a ideia que primeiro precisamos conhecer-nos a nós, para só depois perceber o Universo e o seu Creador. É fundamental entender determinados fenómenos, independentemente deles estarem aparentemente relacionados com o Creador, com o Universo manifesto/Imanifesto ou com o próprio Homem. Devemos ir tendo perceção do conjunto e não perceber primeiro o Homem, só depois o Universo e Deus. Vamos ver mais claramente todo o conjunto à medida de vamos tendo maior grau de perceção. Então para perceber melhor o instrumento que nos dá perceção da existência, a mente, também devemos perceber o Universo, Deus e a relação que a mente individual tem com ambos. 
Se até aqui demos alguns passos no sentido de obter maior entendimento do que é o sistema complexo que gera a sensação de existência enquanto seres individuais que somos, será necessário perceber os temas de maior relevância nessa manifestação que designamos – existência. Assim de uma forma simples afirmaríamos que para percebermos que existe um Universo, temos que existir e dar-nos conta isso. Já para que esse Universo e nós próprios existamos, algo ou alguém teve que CREAR ambos – o ser e o Universo.
Vamos usar com base, os conhecimentos Herméticos, para ilustrar e consciencializar o tema. Nos estudos e nas escolas Herméticas, todo o estudante, inicia pelo estudo dos Princípios Herméticos ou leis Universais. Muitas correntes esotéricas, distorcem estas leis quando descrevem como sendo as leis em si, quando na realidade o que elas descrevem, são na verdade desdobramentos delas, ou até, puros equívocos. Não nos esqueçamos do que já aqui afirmamos – tudo no Universo manifesto, está condicionado a desdobramentos sétuplos, assim, por vezes estamos a relacionar algo que está longe do que julgamos ser a origem porque é consequência de um ou sucessivos desdobramentos.
As leis Universais ou Princípios Herméticos, explicam toda a existência, toda a manifestação para quem os consegue perceber. O problema é que as interpretações e entendimento deles, são insuficientes ou até absolutamente incorretos e nisso resulta a inexistência de efeitos positivos para quem os estuda. Existe uma edição que descreve estas leis / Princípios Herméticos, escrito pelo que se pensa terem sido um alto estudante, com o pseudónimo de “três iniciados” – O Caibalion ou Kybalion.
Não vou aqui fazer descrições exotéricas sobre o entendimento e significado que todos apresentam sobre as Leis Universais ou Principios Herméticos, mas é importante perceber que a existencia do Universo tal como o conhecemos e mesmo os planos mais sutis que não conseguimos perceber, mas que existem, dependem dessas Leis. Se elas não se manifestassem, não haveria manisfestação alguma, nem da materia, nem da propria mente ou se preferirmos do proprio espírito.
Quando se fala em leis da fisica, por exemplo, já estamos a olhar para desdobramentos das se7e primeiras Leis ou Principios Herméticos. Enenderemos melhor isso no desenvolvimento destes temas. Muitos estudantes desconhecem, o fato de junto a estes se7e Principios Herméticos ou Leis Universais, existiram um conjunto de cinco condições complementares. Estas cinco condições, não sendo Leis em si, são a base para que essas Leis ou Principios se possam manisfestar.
A estas condições, algumas Ordens autenticas definem, a sua busca, descoberta e entendimento como o final do primeiro grau que o estudante deve atingir para se considerar apto a continuar para os niveis seguintes.  Por isso se designam de condições ocultas, visto estas terem que ser descobertas por cada estudante e não devem ser ensinadas diretamente, para que o entendimento pleno sobre elas surja pela profunda introspeção de cada estudante e não pela indicação, como acontece com os se7e Principios Herméticos.
Sem identificar e entender estas Condições Complementares aos Se7e Principios Herméticos, torna-se muito dificil ter pleno entendimento sobre o Universo, Deus e nós próprios. Interessaria pois, para entender plenamente o que aqui apresentarei, iniciar o estudo sobre esses Princípios e Condições Ocultas, para isso o Busca-dor (a) deverá procurar uma Ordem ou Escola autentica que os ensinem.
Importa entender que essas se7e Leis/Princípios e cin5o Condições Complementares, influenciam tudo, absolutamente tudo, o que está manifesto, quer o que conseguimos perceber como o que está em estado impercetível para nós, aqui entenda-se, para a mente no atual estado.  
A mente projeta-se desde o seu estado mais elevado, até ao seu estado mais denso. Seguindo a linha de entendimento Hermético que já descrevi aqui, também a mente desdobra-se em múltiplos sétuplos ou se preferirmos, vai baixando de vibração, desde o seu estado mais sutil, enquanto CONSCIÊNCIA CÓSMICA, até ao estado mais denso em que se apresenta como manifestação cérebro-mental. Na cabala estes dois extremos designam-se por Kether (o estado mais sutil) e Malkut (o estado em que a mente se apresenta como sistema cérebro-mental).
A estes estados, podemos definir, como estados de consciência, sendo Kether o estado pleno de Omnisciência, potencia, presença das religiões e Malkut o outro extremo, onde nos encontramos enquanto mentes encarnadas, num corpo físico, limitadas ao conjunto de condições que aqui tentaremos estudar.
Para entender a mente, desde o seu estado em Kether, será necessário perceber outros conceitos que regra geral são confundidos. Muitos ou quase todos nós, falamos em espírito e alma, mas terminamos por confundir absolutamente estes dois. A maioria, julga serem a mesma coisa e mesmo nessa conceção, nem compreendemos o que são um e outro, como são constituídos e como se apresentam.
A alma e espírito são coisas diferentes, enquando a alma é matéria (energia) num estado ou em vários estados de vibração mais sutis que o corpo físico, o espírito é CONSCIÊNCIA | MENTE. Mas para percebermos melhor esta afirmação vamos primeiro tentar entender a diferença entre as duas primeiras condições da existência, para isso usaremos o exemplo de Pitágoras que já aqui apresentei - condição 1, 2 e 3. Vejamos, no Universo, ou se preferirem, no Mundo Imanente (tudo o que está Creado, mesmo que na condição 1 Pitagórica, condição em que a mente não consegue perceber), apenas existem duas essências manifestadas – consciência e energia. O Hermetismo milenar, designa-os de RA e MA, as religiões chamam-nos de PAI e FILHO, Pitágoras de 1 e 2.
Na ciência exotérica poderemos generalizar, uniformizando, o que afirma a física de partículas e a quântica, traduzido nas afirmações de Albert Einstein e Peter Higgs – Albert Einstein, disse: “No Universo, tudo é energia…” e Higgs, completaria:  “…mas para a materialização dessa matéria/energia, algo ou algum querer, teve que se fazer presente…”. No caso de Higgs, a partícula de deus, ou ainda como afirmam as teorias quânticas – “…para algo existir como tal, tem que se fazer presente o observador”, aqui observador, como nos exemplos anteriores, significa algo ou alguém cons-ciente.
Na verdade tanto RA na definição do Hermetismo, PAI na definição da religião, 1 na definição Pitagórica, Higgs na partícula de deus e a física quântica no termo “observador”, referem-se todos aos mesmo – Um estado de consciência | Mente que exerce o QUERER sobre o Vazio Quântico (Estado Imanifesto da Energia/Matéria), gerando a matéria/energia no estado manifesto. Temos pois, duas essências na matriz da CREAÇÃO – Consciência ou Mente e Energia ou matéria. Todas as expressões anteriores, tentam afirmar isso mesmo. Nestas duas únicas condições primordiais temos de um lado o espírito que é em essência a própria CONSCIÊNCIA | MENTE e no outro a energia nos seus vários estados vibratórios, onde se encontra tudo o que existe no Universo | Mundo Imanente, incluindo os vários corpos que serve o espírito – alma e corpo físico.
Assim podemos afirmar que a alma é na verdade o útero da consciência | mente | espírito, sendo ela (alma) um corpo etéreo, tem em si a característica da plasticidade que lhe permite alterar a sua vibração à medida que o espírito | mente | consciência precisa de descer no nível vibratório, servindo assim de corpo primordial que acompanha o espírito desde a sua individualização até à fase de encarnação, onde a própria alma interpenetra o corpo físico, contento dentro de si a Mente | Espírito | Consciência. Desde logo podemos entender que sendo a alma algo bastante sutil, ela não é na verdade o espírito, mas sim um corpo que o protege desde a sua individualização | separação da MENTE do TODO | do tal estado UM.
Então podemos pensar que apenas existem duas condições matriciais que originam tudo o que existe – a Consciência | Mente | RA | 1 e a Energia | Matéria | MA | 2, a partir delas tudo se desdobra em múltiplos sétuplos, sendo esses desdobramentos que criam a enorme diversidade e a aparente diferenciação entre tudo o que existe. Também se pode designar esses desdobramentos por descidas dos níveis vibracionais em vários graus, também estes em escalas múltiplas e sétuplas.
Então a mente é na verdade o próprio espírito, é isso que afirmo, sendo a alma, um corpo mais etéreo que acompanha o espírito desde o primeiro momento, quando ele se separou do TODO | da CONSCIÊNCIA UNA. Assim ao falar em mente, agora poderemos começar a entender porque afirma o Hermetismo que tudo é MENTE, pois sem que exista quem exerça o estado de consciência, numa poderá existir nada manifesto, assim como afirmam Higgs, a física quântica ou Einstein – “Sem observador, não existe nada para ser observado, portanto, não se realiza a existência”. Confuso?! Vamos trabalhar com base num exemplo.
Lembra-se do que existia antes de ter consciência de existir como ser?! Então, agora poderia pensar – “Mas o Universo era uma realidade para os outros que tinha consciência de existirem ”. Eu respondo – Talvez. Mas então imagine que não havia ninguém, capaz de se dar conta de existir. Neste caso o que existiria como mundo Creado, como Universo?! Nada, pois não haveria nenhum tipo de consciência para se dar conta dessa existência | Universo. Como afirma a física quântica – Não havendo observador, não se faz presente a coisa Creada | a matéria | a energia. Na verdade isto não é um paradoxo, mas sim, algo mal-entendido até hoje pela humanidade.
Deixo aqui um desafio em jeito de reflexão, agora imagine tudo o que existe mas que a mente humana, por limite seu, não consegue perceber como existindo, poderíamos imaginar então que se não conseguimos observar, na verdade é porque não existe, pelo menos para nós, mas pode existir em potencial. Ai está o NADA Hermético, o VAZIO Quântico, onde tudo pré-existe em potencial, apenas se faz necessário a mente capaz de o conseguir observar ou se preferirem, de o conseguir materializar/realizar enquanto matéria/energia consciencializável.
Vamos mais longe ainda, toda a existência para si é apenas tudo o que os seus sentidos já conseguiram vivenciar e registar, certo?! Então pense no passado, quando não havia o acesso à informação sobre o mundo/o planeta terra, sobre a sua geografia, povos, climas etc. Ou imagine uma tribo que viva isolada do mundo na atualidade, num estado de informação como a que o ser humano vivia nessa idade pré-histórica. O que seria, para esses seres, a existência | o Universo? Agora imagine que existem seres ou raças tão evoluídas tecnologicamente e/ou espiritualmente (aqui significando ao nível mais esotérico da mente), que para esses seres, os limites de consciencialização, os limites do que para eles é o Universo estará para alem do que é para nós possível imaginar.
Na verdade poderemos afirmar que o Universo é constituído de possibilidades infinitas e que o único LIMITE a ele atribuído, está na nossa capacidade de o observar.

In: A arte da libertação – Hermetismo para todos.
PARTE II – Os se7e dias da Creação. Capitulo III – 1º dia – Consciência e Energia