domingo, 18 de novembro de 2012

Passar o testemunho para manter a chama viva.


Era perfeitamente entendível que um individuo na idade média, mesmo que dotado de uma mente muito culta e preparada, ficaria abalado, depois de ter acesso a todo um conjunto de verdades, como as que aparentemente tiveram os primeiros 8 cavaleiros Templários. Obviamente que ninguém fica transtornado com a algo em que não acredita e supostamente sendo um assunto tão sério, a convicção sobre aquilo que se pode ter desse tipo de conhecimentos, tem que ser tida com base em solidas provas. Acontece comigo, certamente que aconteceu com muitos outros e não duvido que aconteceu com esses cavaleiros, até porque na época, pensar de forma diferente daquele que era o pensamento vigente que a santa igreja ensinava, seria uma condenação à morte.
A verdadeira razão que servia a acusação de comportamentos satânicos a esta Ordem, não se prendia unicamente com o fato de ser conveniente ao rei de França, devido às sua dividas para com esta Ordem. O perigo que representavam para o clero, relacionava-se com as verdades eclesiásticas a que sempre fomos condicionados, isto, no que toca aos planos da existência e os motivos da Creação. A conjugação do interesse de ambos, permitiu que estivessem reunidas as condições para que a igreja, concedesse respaldo ao rei de França, nesta cruzada.
Embora esse tema  seja o centro da questão, o motivo que levou a santa igreja a conceder poderes ilimitados à Ordem dos Templários e depois, logo que lhe foi possível, tentar elimina-la através de terceira pessoa, vai muito alem do que foi a manipulação dos acontecimentos históricos que lavaram ao que temos como bases teológicas das religiões, neste caso, da versão Católica  Cristã Romana. Na verdade, a descoberta e divulgação destas e outras verdades, representariam a necessidade uma nova teoria religiosa em geral.
Em bom rigor, seria como reinventar as religiões, não muito longe do que afirmam as várias profecias sobre o surgimento da religião do novo milénio. A motriz que gerará essa nova religião, não permite a sustentação de teologias baseadas na ignorância do crente, só isso, coloca em causa a sua existência na forma em que estão estruturadas e difícil a sua reinvenção, porque essa reinvenção, significaria a perda total do poder eclesiástico tal qual existe.
Quando analisados, quase todos os temas que sustentam as teorias de base das religiões, quando profundamente analisadas e seriamente questionadas, levam-nos a becos sem saída, em que a incoerência entre fatos históricos, práticas e ensinamentos, deixam sérios avisos para que algo nelas está muito errado. Até hoje as religiões têm feito sobreviver a fragilidade dessas teorias, sustentando-a na ignorância, pois a falta de entendimento dos temas do foro da espiritualidade, levaram ao surgimento do que a humanidade entende por fé - acreditar sem sequer questionar.
É fundamental a cientificação espiritual para que possamos libertarmo-nos de séculos de ignorância a que nos remeteram enquanto raça. Existiram sempre, ao longo dos tempos, sistemas autênticos que ensinam sobre esse processo de eliminação da ignorância que leva a tal libertação. Obviamente que todos esses sistemas autênticos que cientificam o seres humanos sobre o que é a realidade da existência, não interessam aos sistemas prepotentes que a humanidade foi criando para governar – religião, politica e as ciências ortodoxas, pois estas, sustentam a sua existência na incapacidade de questionar.
As conclusões que fui retirando de textos, imagens, e outros suportes que contem mensagens, só servem quando são aplicadas com pleno entendimento a que doutrinas místicas autenticas nos remetem. Não é possível retirar qualquer conclusão seriamente sustentada, se não tivermos as bases de conhecimento que apoie e capacite a nossa investigação. Não se pode pedir a alguém que não tenha formação em medicina-forense para fazer relatar os motivos de uma morte fisiológica, ou a alguém sem formação financeira que nos interprete um relatório de contas consolidado.
Para tudo é necessário uma base de entendimento, para os temas das espiritualidade também é assim, mesmo que as religiões tenham até hoje, tentado afastar a ideia que é possível entender as questões da existência, certamente que o motivo não se prende com fato de termos que ser peritos no tema. Na realidade, basta entender as bases, de forma a decidir se queremos adentrar mais ou não nos seus conhecimentos.
Este não é um assunto opcional, em que alguns podem evitar lidar com ele. Todos deveríamos aprender sobre algo com que um dia todos e individualmente teremos que lidar. Fazer de conta que esta, não é uma verdade inquestionável, é remeter para o foro das fobias, algo que é tão natural como nascer, aprender a andar ou falar. Depois de nascermos, só há uma certeza – morreremos. O que existe para alem desse ato, quem criou o que temos como existência, o motivo dessa criação e todas as questões ligadas às incertezas a que o medo do desconhecido nos relega, são questões individuais e devem seguir um caminho próprio relativo a cada ser humano. Como em tudo na vida, todos lidamos com as fobias de forma diferente, somos seres que nos individualizamos e a partir desse momento, ganhamos ritmos diferentes uns dos outros, assim, para nos cientificamos, todos precisamos de encontrar o nosso próprio ritmo.
(...)

Do livro: “A origem de todos os mistérios, verdades e mentiras.”
Capitulo X: “Passar o testemunho para manter a chama viva.”

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Céu como horizonte.




“Todas aos crises em que a humanidade se viu mergulhada, sempre esteve na sua origem, algo que até hoje se teima em desvalorizar – o enorme desequilíbrio entre o conhecimento cientifico ortodoxo e o esotérico. Ou seja, o poder económico, politico e militar, estar nas mão de seres humanos que não têm a devida preparação espiritual, se tivessem, não haveria injustiças, pois o poder, só o seria, com o objetivo de servir” AC

In: “A Origem de todos os Mistérios, verdades e mentiras.”
Capitulo IX 

sábado, 10 de novembro de 2012

A luz que ilumina o caminho.

(…)

Todas as pistas que segui até hoje que me levaram a verdadeiras descobertas, estavam protegidas e a salvo dos vis buscadores de tesouros, pois todos estes procuram através de pistas e chaves materiais. A sabedoria arcana é acessível a quem está genuinamente em sintonia com ela, isso é garantido pelo fato de determinados detalhes/pistas que levam aos pormenores que permitem estar em posse de todos os elementos que reunidos, dão acesso à fonte do mistério/do saber, só ser concedida através de estados elevados de consciência, num acesso imaterial. Assim fica garantido que quem acede a essa informação, está preparado para tratar de forma adequada tal conhecimento.
Esta forma de entrega é a única que resulta de uma profunda imparcialidade, do verdadeiro mérito, garantindo que só quem ou quando se está preparado para dar uso correto, só esse ou ai, se acede a ela. Muito se fala dos rituais de Ordens Iniciáticas, entre as Maçonarias, as Fraternidades, as Escolas de Mistérios, na verdade existe em todas elas, poucas que resultam de origens genuínas, para ser sincero, de todo o meu percurso de busca em que procurei encontrar organizações que fossem genuínas, descobri aquilo que também o Hermetismo diz numa frase – “Aqueles que dizem saber, não sabem e o que sabem não dizem”.
Todos os rituais constituídos pelo Homem, estão sujeitos à tendência do favorecimento pessoal, não por mérito puro e isento. Isto leva a que qualquer que seja o ritual, mesmo podendo ter sido constituído com boas intenções, termine por depender do carater de quem os perpetua.  Assim é fácil entender que tudo o que foi constituído na humanidade que dependeu a sua perpetuação pelo ser humano, devido à sua falibilidade, quanto à forma isenta da sua ação, da sua intenção original, com o tempo, deva ser questionada.
Esta verdade deve ser aplicada a tudo, quer sejam  relativas à nomeação de cargos, iniciações, questionamento do que é a historia da humanidade, mesmo aquelas partes  que se designam por conhecimentos religiosos, científicos, etc. Tudo deve ser questionado e somente do resultado dessa duvida nasce a verdade. Esta é a abordagem hermética e é ela que permite que tenhamos acesso isento à percentagem de informação disponível, sobre tudo e todos os assuntos que nos pode colocar na posição de afirmarmos ter, de fato, acesso às verdades.
Saber reconhecer o caminho da senda, a busca da verdade, é muito mais do que somar uma serie de conhecimentos, interpretações e significados simbólicos. Saber fazer esse caminho, é a todo momento colocar em prática toda essa sabedoria, traduzindo a nossa existência no pleno significado que ela deve ter – Nascer para vir a ser LUZ e sê-la.  

(…)
Parte do Capitulo VI – “A luz que ilumina o caminho.”
Do livro – “A origem dos mistérios, verdades e mentiras.”

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Entre pensamentos, encontramos algo mais .


(...)
Nunca aquilo que gostamos de pensar serem problemas, derivam de outra coisa que não seja da dessincronia cronologia em que ocorrem os eventos. Quando a necessidade de solução para dar resposta ao evento, surge depois do tempo em que o evento necessitaria dela ou nem surge, acontece aquilo a que designamos por problema. Veja-se, todas as ações que necessitamos executar no nosso dia-a-dia, resultam da necessidade de respostas a eventos que vão ocorrendo, certo?!
Então, mesmo sem nos darmos conta, somos maquinas, quase, perfeitas a resolver problemas em tempo real, enquanto a velocidade em que apresentamos ou temos as soluções para dar resposta aos eventos, for perfeitamente compatível com a necessidade cronologia da solução certa, nunca teremos aquilo a que designamos problema, mas sim eventos que necessitam ações, aos quais respondemos atempadamente. Então a diferença está, não no evento em si, mas na nossa capacidade de apresentar a solução ou, se possível, da nossa incapacidade em atrasar essa necessidade.
O índice da nossa capacidade para nos defrontarmos com eventos perfeitamente resolvíveis, aquilo que poderíamos entender por não encontrar dificuldade alguma em ter respostas prontas para tudo na vida, está diretamente relacionado com a capacidade intelectual que desenvolvemos, ou se preferirmos, com os estados mentais elevados que conseguimos atingir. Como consta dos mais elevados ensinamentos das ciências sagradas, devemos ter como certo que todos os eventos que ocorrem estão relacionados com um conjunto de encadeamentos lógicos e que pré-existem. A única dificuldade criada deve-se ao fato de só termos acesso, mentalmente, a parte da informação e em certas ocasiões, a parte que nos fica a faltar, representa a resposta para aquilo que podemos chamar de solução/decisão certa ou até eureka.
Se soubermos como aceder a esse manancial de informação ilimitada, onde tudo pré-existe, onde está aquilo que conseguimos perceber e aquilo que não conseguimos, quanto mais claro e eficaz for o nosso acesso a essa fonte de informação, mais capazes seremos a apresentar sempre a solução, a resposta ou o conhecimento necessário a todos os momentos a que a vida nos leva. Aqui joga um papel importante a forma como atingimos estados de consciência mais elevados ou o que se entende na ciência ortodoxa por uma maior capacidade e domínio do intelecto.
Quer todos os que se mantêm na abordagem cientifica mais mística, quer os que ficam do lado da ciências mais ortodoxas, ambos se prejudicam a si próprios, pois percebi ao longo da minha vida de ser busca-dor que como afirma Buda, o segredo está no equilíbrio, no caminho do meio. A visão xenófoba  que ambos professam em relação aos outros, levam à sua incapacidade de atingir verdadeiros resultados.
Nisto o hermetismo eleva esta verdade ao seu mais eficaz resultado, costumo afirmar que o hermetismo representa e estuda o conjunto de fenómenos e ciências que se encontram entre as religiões e a dita ciência ortodoxa. Uma região oculta e silenciosa que ninguém quis desvendar à humanidade ao longo de toda a nossa historia, mas é nela que se encontram as chaves para todos as respostas, acreditem.
Do resultado desta forma de pensar, obtive resultados únicos, a união entre ambos os conhecimentos, sem preconceitos, ajudaram-me a desenvolver mecanismos de forma a conseguir atingir estados de consciência  que me serviram e servem como instrumento para levar a cabo a persecução das soluções para grande parte dos desafios que tenho vivido, entre eles, aqueles que representam a minha busca enquanto ser humano.
Terminei por desenvolver várias técnicas daquilo a que a linguagem mística designa de estados elevados de consciência, níveis elevados de entendimento espiritual e a partir dai, obtive um forte aliado para apoiar-me em todo o tipo de respostas e nas mais varias aplicações. Partindo da técnica que usava ao deitar e ao acordar que os dois lados do cérebro estariam em atividade, um a reduzir a sua atividade e outro a iniciar, comecei a compreender que esse processo, não se desenvolvia pelo fato dos dois lados estarem a funcionar, mas pelo fato do nível de funcionamento ser mais baixo.
Havia sim, um fenómeno a partir do qual o cérebro era parte importante no processo, mas ao contrário do que eu pensava, na perspetiva de quem quer aceder a estados de elevação do entendimento, aqui e nestes casos, o cérebro era a parte que dificultava o processo, não o contrário, como eu pensava e também as próprias ciências que estudam estes processos, afirmam. Até ai, usava só parte do potencial que era possível conseguir, pois percebia só parte do fenómeno. Aqui também como afirma o hermetismo – “o conhecimento pleno leva-nos ao entendimento e este, à cientificação que por sua vez representa a libertação de toda a ilusão/ignorância”  e até Cristo afirmava – “…conhece a verdade, pois ela te libertará”
(…)
Capitulo V – “Entre pensamentos, encontramos algo mais .”
Parte do livro – “A origem dos mistérios, verdades e mentiras.” AC

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Vencer a dúvida e seguir em frente.

(…)

O tempo passou sem que eu tivesse qualquer nova informação que me levasse a avançar nas minhas constatações. Por um período de tempo, dei por mim, algo desligado dessa busca mais material e ocupei mais o meu tempo com uma busca mais imaterial, mais ligada aos planos espirituais.  Dessa minha decisão, dessa minha desilusão com a busca mais material, resultou um salto em frente e para o alto, como se diz no Hermetismo, pois tive um período de significativo crescimento espiritual. Foi desse interregno mais material e dum maior aprofundamento da procura de respostas num plano mais transcendente que acabei, sem querer, por conseguir libertar-me da encruzilhada da falta de pistas na procura de respostas.
Dos meus estudos mais direcionados para os questionamentos dos planos espirituais, desde cedo a minha linha tinha por base o hermetismo. Embora , na época, eu não tivesse consciência disso, seguia a minha intuição no que julgava ser a minha própria linha de entendimento destes fenómenos, mesmo que por vezes colidisse com aquelas correntes místico-filosóficas que eram do meu conhecimento e às quais tinha acesso. Mas este período de estudo, acabou por me revelar a chave que me faltava.
Um dia, decorria o ano de2003, estando a relacionar alguns fatos e acontecimentos históricos, quando senti necessidade de recorrer a um mapa, como já era o meu habito na época, quase não uso o papel como instrumento de leitura ou escrita, sempre que me é possível, sempre que exista meio para aceder à informação em formatos digitais, essa é a minha opção. Aqui também usei o método através de mapas disponíveis em plataformas digitais. Ao ter que juntar vários pontos num mapa-mundo que estavam, geograficamente, situados em locais diferentes, para fazer os seus relacionamentos históricos, acabei por desvendar algo que procurei tanto tempo e que nunca até ai tinha conseguido relacionar – a matriz para me levar a seguir as pistas e partes das mensagens que congregadas e ordenadas, me tirariam daquela encruzilhada, para assim poder dar continuidade à minha busca.
Todo o tempo em que visitei ao acaso monumentos, igrejas e catedrais, sem dai retirar informação que me permitisse avançar nas ligações entre o que estava por traz das coincidências e similitudes de assuntos como, as lendas do 5º império, do Rei Arthur, os fenómenos e movimentos que Fátima, o Cristianismo em si, a Ordem dos Templários, Salomão e aqui também o papel que o próprio hermetismo, tinham nisto tudo. Obviamente que estas visitas, indiretamente nos meus mais íntimos questionamentos, tinham como objetivo obter respostas para as grandes perguntas da humanidade. ?Quem somos, o que é a vida, porque existe este mundo desta forma aparentemente injusta para uns e benéfica para outros. Quem é DEUS, quem foram os deuses que criamos enquanto humanidade ao longo da nossa historia, existe algo depois da vida, se existe o quê, voltamos e este mundo – reencarnamos? E tantas outras…
Agora compreendia como seguir até às mensagens e assim desta forma, ao agrega-las, ter uma pista concreta que me permitisse continuar. Precisava de aplicar um dos quadrados mágicos que tinha como certo serem uma das chaves, não num local em concreto ou num objeto, mas sim à escala de um determinado mapa. Mas que mapa? Precisava descobrir, pois isto iria levar-me a entender e ter acesso aos locais concretos onde deveria procurar essas partes das mensagens que agregadas, na sequencia correta, revelaria, não só as mensagens, como a própria sequencia do seu encadeamento.
Fazendo vários exercícios de aplicação dos possíveis quadrados mágicos, em várias tentativas sobre mapas, com base na informação que já dispunha, cabei por descobri o padrão que desenhava a ordem e locais onde eu deveria passar a procurar. Neste caso, o quadrado que encaixou, era de complexidade décimo e assinalava dez pontos, (um quadrado de grau décimo, tem em si “10x10” quadriculas, ou seja, 100 posições possíveis), numa determinada escala no mapa e numa área geográfica que ia desde Portugal, passando por Espanha, França, Inglaterra, Egito, Palestina e Grécia.
Percebi que tinha um longo caminho pela frente, mas ganhei novo alento, pois agora sabia como procurar e onde procurar. Estava no ano de 2003, estas pistas iriam levar-me num longo e árduo caminho, mas se, saber superar a dúvida é um dos três grandes desafios do caminho dos mistérios, ter o dom da paciência é a arte que nos permite atingir a finalidade desse caminho – a sabedoria.

Ultima parte do Capitulo IV – Vencer a dúvida e seguir em frente.
Livro – “A origem dos mistérios, verdades e mentiras.” AC

A Visão de Ezequiel


domingo, 4 de novembro de 2012

A grande ilusão

(…)
Toda a minha vida sofri e vi sofrer os que me rodeiam. Nunca até esta fase da minha existência, tinha questionado o verdadeiro motivo deste sofrimento. Como qualquer outro ser humano, sofria e desse sofrimento apenas tentava ver-me livre. No momento era o que importava e depois, aparentemente, já não fazia sentido pensar em algo que já não nos afeta mais. Nunca em caso algum, tentava perceber os motivos que levavam a tais situações.
Se olharmos bem para a humanidade, todos fazemos exatamente o mesmo, apenas tentamos resolver o mal-estar emocional em concreto, sem pensarmos nos verdadeiros motivos que o originaram, aquilo que nos levou ao estado de angustia, melancolia, desilusão e até mesmo à depressão.
Não é comum fazer este tipo de introspeção, quando as próprias disciplinas da ciência médica que se destinam a auxiliar o ser humano nas questões que se relacionam com os temas da mente, por sua vez dos estados emocionais, são elas próprias que desvalorizam a questão da procura da solução, pela origem, preocupando-se unicamente em resolver o efeito mais imediato.
Na verdade tanto na psiquiatria como na psicologia, a abordagem terapêutica que é feita, é na essência, não pela anulação do estado de sofrimento na origem, mas pela aplicação de uma “capa” sobre essa suposta origem, levando o paciente, ilusoriamente a deixar de se sentir afetado momentaneamente.
Vou deixar um exemplo. Imagine-se uma situação das mais comuns na atualidade – a incerteza quanto ao futuro, perder o emprego ou não conseguir um novo. Alguém que entrou num estado de ansiedade, mais ou menos profundo, devido aos problemas relacionados com a espectativa que se tem face a um destes acontecimentos, aquilo que as atuais disciplinas da ciência médica fazem, é basicamente, com o auxilio ou não de medicação, fortalecer o ego da pessoa.
Ajudando-a a elevar a sua autoestima, ela fica momentaneamente convencida do seu maior valor enquanto profissional e isso permitirá encarar que a origem do que seria o seu problema face à incerteza do emprego, se dissolva, pois conclui ser melhor do que julgava.
Na verdade, nesta abordagem, mesmo quando se atinge algum efeito desejado sobre o paciente, ele é momentâneo, pois caso no futuro a expectativa que veio reforçar a autoestima não se confirme, o que esta intervenção gerou certamente, foi um maior fortalecimento dos mecanismos que originaram o problema. Então a abordagem feita pelas ciências médicas da mente, são paradoxalmente, em muitos casos, a causa do agravar da próxima crise emocional que leva ao dito sofrimento.
Todos nós já experimentamos situações de reincidência de estados emocionais ligados ao sofrimento, mas nunca os relacionamos, pois os motivos que levam novamente ao surgimento dos sintomas de sofrimento, são aparentemente distintos dos anteriores, julgamos nós. Na verdade esta ideia é errada. É de uma ilusão que se trata, quando pensamos não haver relação entre eles, isso é fruto do fato de não conhecermos, ou melhor dizendo, não estar conscientes, da verdadeira origem dos mecanismos que nos levam ao sofrimento.
Então o que origina o sofrimento? Bem, para dar essa resposta teremos que fazer várias abordagens e espero ir fazendo essas abordagens ao longo de várias reflexões, pois a resposta abrange um imensidão de temas. Para iniciar devemos distinguir entre sofrimento de caracter físico e mental ou emocional, sendo a abordagem aqui feita, essencialmente do segundo tipo.
Embora existam várias explicações quanto à sua origem, pode-se, com grande grau de certeza, afirmar que todas elas partem de um pressuposto único – o malograr da espectativa que geramos face a qualquer coisa ou evento idealizado. Esta sim é a matriz de toda a origem do sofrimento emocional, pois é a partir dela que todos os vários mecanismos que levam ao estado de sofrimento se desdobram.  
Para provar que esta é a causa verdadeira, é necessário que aplicada a sua matriz a todos os casos, se consiga obter uma completa correspondência entre os efeitos (sofrimentos pontuais) e a referida causa (expectativa malograda). Normalmente a grande dificuldade está em identificar a verdadeira causa depois de desdobrada, isto partindo do pressuposto que existe um padrão, como que uma única origem para o sofrimento.
 (…)

Extraído do Capitulo II “A grande ilusão.”, do livro – “A origem dos mistérios, verdades e mentiras.” Autor “AC”