sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Quem guarda as chaves das tuas grades Humanidade??!!...


“Quase sempre aquilo que vemos nos outros, é na verdade, um reflexo do que somos.” AC


A humanidade vive prisioneira de vários paradoxos, mas em nenhum deles, ela própria está isenta de culpa. Em bom rigor, todos esses que a mantêm refém, são na verdade, criados e mantidos por si. Então do que nos queixamos, se vivemos eventos que nos desagradam, mas criados pelas consequências das nossas próprias ações?!...
As sociedades sofrem devido ao egoísmo dos que tudo têm e em nada se preocupam com os que menos têm. Afirmamos e concordamos ser isto que faz toda a diferença e de fato faz. Mas qualquer um de nós, mesmo aqueles que se consideram prejudicados face aos que mais têm, alguma vez pararam para refletir sobre todos os outros seres humanos que vivem no mundo com muito menos do que nós?!! Então não é paradoxal, acusarmos aqueles que têm mais do que nós de nada fazerem, quando desde sempre existiram muitos seres humanos lutando por sobreviver e na verdade nós nunca pensamos neles ou em prestar qualquer ajuda?! Como podemos criticar outros de algo que nós também fazemos e por incrível que pareça, por vezes nem temos consciência disso.
Vivemos sofrendo inúmeras injustiças, criadas com base em preconceitos sociais. Quem nunca sofreu dessas injustiças preconceituosas? Na sua maioria, todas elas são criados por códigos, incutidos desde o nosso nascimento. Então criamos códigos de moral e ética, de certo e errado, de bom e mal, como forma de condicionarmos comportamentos menos adequados na humanidade. Paradoxalmente estes tornam-se  prisões, terminando por se tornar naquilo a que denominamos preconceitos. Sempre e desde que esses conceitos éticos, estejam em desacordo com os nossos interesses pessoais, chamamos-lhes - preconceitos. Quando educamos os nossos filhos, quando exigimos dos que nos rodeiam comportamentos ditos éticos ou morais, somos nós os primeiros responsáveis pela criação dos códigos que levam aos comportamentos preconceituosos, pois esses códigos servem a ambas as perspetivas, só dependendo da forma como o interesse da humanidade os possa ver em cada caso e em cada momento.
Toda a nossa existência tem como base o medo. Temos medo do futuro, devido à incerteza do que ele nos reserva e esta incerteza tem por base o fato de não ter controlo absoluto sobre todos os eventos. Sofremos no presente com esse medo do futuro, sem sequer perceber que todas as respostas à resolução desses medos, se encontram no passado. Tememos tudo porque criamos expetativas para o futuro sem entendermos que as ações vividas no que vemos como passado, geraram os medos de muitos outros e que as ações desses muitos outros, irão gerar a origem das nossas próprias incertezas face ao futuro. Temos medo, porque não controlamos o resultado dos eventos futuros e não o controlamos porque não entendemos que todos os outros participam da construção desse nosso futuro. Cada um de nós cria só parte desse futuro, mas todos juntos, definimos o futuro de cada um e isso aterroriza-nos. Pois todos decidem sobre o nosso futuro e nós aparentemente participamos só em parte nele, esquecendo que influenciamos uma parte do futuro de toda a humanidade.     
Somos cocriadores dos eventos que geram mais tarde todos os nossos sofrimentos. Unicamente temos dificuldade em perceber esta única realidade, porque enquanto destinatários dos efeitos que ajudamos a criar, preferimos não acreditar que o futuro de todos é feito por cada um de nós e que daquilo que cada um faz, dependemos todos.

sábado, 13 de outubro de 2012

A verdade, a identidade e a Humanidade.


“Todo aquele que diz conhecer a sabedoria, deve saber que ela é livre e desse saber, deverá resultar a humildade de deixa-la liberta, para que ela se mantenha fértil” AC

               
As religiões têm sido propostas enquanto sistemas de auxilio para que a humanidade possa recuperar a sua ligação ao seu verdadeiro plano da existência. A espectativa humana é que elas, nas suas várias linguagens, nos tornem seres salvos do que elas designam por padrões infernais, levando-nos assim aos planos a que elas denominam - paraíso ou céu.
As correntes místicas, por sua vez, tentam ir um pouco mais longe e criam na humanidade uma expetativa mais profunda, tentando assim chegar a todos aqueles que não acreditam que o espirito humano seja aquilo que as religiões afirmam e muito menos que DEUS, o céu e o inferno, sejam o que as religiões ensinam. Estas, trazem à humanidade a proposta de que o espirito humano, aqui aprisionado, se pode tornar liberto. Tal libertação estando representada pelo estado de recordação plena do que o espirito humano é na realidade, mas poucas ou nenhumas, conseguem chegar a um consenso sobre o que representa esse estado pleno, tornando o simples entendimento, inalcançável para a maioria da humanidade.
Por outro lado, a humanidade espera e desespera por um sistema que traga aquilo que é o seu maior desejo – respostas, entendimentos plenos e resultados. Ao longo dos tempos a humanidade tem dado mais crédito aos vários sistemas que se apresentam como as derradeiras soluções para o regresso do ser efémero à consciência de ser eterno, do que, de fato, esses mesmos sistemas mereciam, pois qualquer deles, nunca apresentou verdadeiros resultados.
Mesmo assim, pelo fato de parte da humanidade acreditar que um dia nascerá um sistema capaz de o fazer, ela, continua a manter vivas essas expetativas através de  profecias criadas e mantidas ao longo dos tempos, como uma chama de fé inabalável que apenas muda o seu formato de cultura  para cultura, de época para época. Mas na essência, tais profecias, representam, todas elas, o grito de desespero da humanidade clamando por ajuda e reafirmando que continua a acreditar que DEUS não a abandonou. Como dizendo: “Sei que estás ai, sei que um dia virás de verdade e que nesse dia, o sofrimento, a mentira, a ignorância e a escuridão, terminarão”.
Até mesmo as próprias religiões e as correntes místicas, acreditam em tal fato, pois são as próprias que criam e mantêm essas profecias, sendo tal ato a demonstração clara que elas admitem a sua incapacidade de auxiliar a humanidade. Elas, ao cria-las, admitem a sua impotência na resolução do problema e para tal, deixam nas mãos da fé, das doutrinas proféticas que criam, a esperança de que DEUS ou um seu Emissário, venha e traga a verdadeira, a derradeira solução.
Embora todas chamem a si e em nome da sua verdade, a vinda dum Avatar, dum Emissário Divino que resolverá o que elas em toda a existência não conseguiram resolver, nenhuma diz com exatidão como, quando e em que moldes isso ocorrerá. Devido ao fato de nenhuma delas saber de fato sequer se, como e quando essa resposta poderá surgir. Entretanto ao longo da historia vamos tendo remédios, ténues tentativas daquilo que a historia da humanidade foi registando como vindas de Emissários e quando a sua partida acontece sem que a humanidade tenha o seu drama de existência resolvido, inventam-se mais umas quantas versões justificativas para o insucesso, criam-se mais uns quantos supostos regressos desses ou outros Emissários. Assim vão negando a verdade sobre a farsa do resultado e do comprimento da profecia em concreto, assim vai-se mantendo por mais uns séculos a humanidade na expetativa, na crença, na fé de que é preciso saber esperar, que ainda não estávamos preparados e por isso não foi agora.
O fato delas não admitirem que erram, mesmo sabendo que a intenção é positiva, mas não reconhecendo que não conhecem tudo, que os seus altos signatários não têm acesso às verdades todas, que todas elas são criações humanas, como tal, sujeitas ao erro e à falibilidade humana. Tal fato cria algumas correntes de descrentes, abrindo a porta para a criação de correntes místicas e religiões falsas, originadas com prepósitos ligados ao lado negativo.
Desta forma a humanidade vive envolvida por grupos de religiões e correntes místicas, umas falsas e outras autenticas na sua intenção, mas que não conseguem sequer explicar-nos:  quem somos, porque existimos nesta dimensão, que outras dimensões existem, como podemos voltar à origem, ou até, se há origem.
Como podem as religiões verdadeiras pedir à humanidade que tenha fé, se é isso que ela tem tido, sem nunca em troca tenha recebido qualquer beneficio efetivo?
Como podem as correntes místicas ditas autenticas, afirmar que a humanidade não está preparada para receber as suas verdades que os libertará, se elas nunca trouxeram essas verdades  uma linguagem humana, simples e eficaz?
Como podem ambas acusar a humanidade de se deixar levar por seitas, se são elas próprias que criam o estado de incerteza e a incapacidade da humanidade distinguir o que é verdadeiro do que é falso?
Como podemos criticar aqueles que se refugiaram no ato de  desacreditar em tudo e em todos os sistemas, teorias e filosofias místico-religiosas?
  São pois responsáveis todos os que afirmam conhecer o que na realidade desconhecem, mesmo que o façam na tentativa de manter a humanidade apaziguada. Uma mentira é sempre uma mentira, mesmo que a sua intenção seja positiva. São pois responsáveis todos os que afirmem conhecer a LUZ, saber descrever as cores do arco-íris, ensinar sobre sutilidade de uma paisagem no horizonte, desde que estes que afirmam e os que os ouvem, sejam seres não dotados da visão – cegos.
Basicamente é assim que vive a humanidade, na condição de seres a quem lhes foi tirada a visão, por algum motivo que ninguém ainda conseguiu explicar, guiada pelos seus semelhantes que a única diferença para todos os outros é afirmarem que um dia já viram a LUZ e nós acreditamos neles.
Somos cegos guiados por cegos, seres eternos esquecidos da nossa verdadeira condição e missão, acreditando que precisamos de um salvador. Mas apenas precisando de alguém que veja verdadeiramente a LUZ, que nos mostre o caminho, para que todos, sem exceção, seguindo esse caminho, possamos chegar à mesma condição de acordados ou recordados. Não devemos pois esperar por algo ou alguém que venha através de fenómenos extraordinários. Tudo o que precisamos é de algo ou alguém que tenha o verdadeiro conhecimento, nessa condição, de forma simples e humana, nos ensine, para que todos voltem à sua condição primordial.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Intuição – O Instrumento de estudo Hermético.


“A fé está para o Hermetismo como a teoria para a ciência, depois de exposta deve ser experimentada” AC


Falar sobre intuição é um tema vasto e que pode significar vários tipos de entendimento ou seja, para muitos, intuição é apenas algo inexplicável, já para outros, nem isso chega a ser. Por exemplo, nas religiões, muitos confundem intuição com o sentimento de fé – sendo este ultimo, uma mescla inexplicável de medos, incapacidades de entendimento e outros sentires que levam o ser humano a se sentir tão incapaz, tão ultrapassado perante tais necessidades de interpretações, levando-o a entregar toda os questionamentos ao fenómeno a que as religiões passaram a designar de fé.

Ora fé, nestas circunstancias, é na verdade um placebo mental para a ignorância, devendo aqui entender ignorância por falta de cientificação, falta de pleno entendimento de qualquer ato, evento, fenómeno.

Para muitas correntes místicas autenticas, intuição, tem um sentido mais próximo da plenitude que o estudo hermético lhe atribui, mesmo assim ficam aquém de todo o processo levado acabo pelo procedimento hermético para o pleno entendimento, aquilo a que o Hermetismo designa por cientificação.

Para a V\O\H\ e não podemos falar em nome do todo o Hermetismo ou de todos os estudantes, a intuição é na verdade um canal aberto, um caminho mais direto entre a mente e a MENTE. Ela, intuição, se manifesta sempre que conseguimos parar o ruido que existe permanentemente entre as duas - mente e MENTE. Para isso existem várias formas de fazer acontecer, umas são criadas conscientemente pelo ser através, por exemplo, da meditação ou estados induzidos de elevação de consciência, usando variados métodos. Outras vezes, surgem de forma natural, como que espontaneamente, pensamos nós. Na verdade, esta ultima forma de intuição espontânea, é apenas, resultado da criação de um conjunto de circunstancias que ocorrem sem serem programadas conscientemente, mas a sua ocorrência é criada por um conjunto circunstancial de condições fisiológicas e mentais para que o processo de ligação |intuição se realize. Assim, em bom rigor, esta ultima forma de conexão da mente à MENTE, não é ao acaso, mas sim, porque, por acaso se reuniram algumas condições para que ela se realizasse, embora o ser não as tenha realizado conscientemente.

Vamos fazer agora uma revelação importante.  No Hermetismo o estudo é um processo muito para alem do entendimento filosófico, sendo o seu objetivo final, o que se designa de processo de “consumação | consolidação ou cientificação plena”. Para levar a cabo tal processo de cientificação, existem vários modus operandi capazes de atingir os resultados pretendidos, mas o trabalho de investigação, podendo ser diferente, de estudante para estudante, tem sempre uma componente comum uma profunda entrega e empenho total. Dentro das metodologias comuns, está o processo pelo qual qualquer modus operandi se sustentabiliza – o registo.

Assim, o estudante de hermetismo, deve criar um registo onde anote todas as suas experiências  todos os detalhes que consegue perceber no momento em que esses estados de consciência se verificam, em algum tempo, recolhendo essas anotações, estudando elas, poderá encontrar os fatores mentais e fisiológicos que melhor criam, no seu caso particular, o estado ideal para que esses processos de ligação intuitiva se realizem. Desta forma, consegue criar os seus próprios processos, pois os melhores métodos de conexão ao “É”, para cada um de nós, é certamente diferente. Os estudantes mais avançados, desenvolvem os seus próprios métodos e são esses métodos que muitos outros, mais tarde usam. No entanto, os mais adequados são sempre aqueles que funcionam de forma natural em nós, para isso basta o estudante, levar a cabo um procedimento cientifico autentico – anotando, testando e concluindo, tal e qual um qualquer cientista faz no seu humilde laboratório, em suas experimentações que leva cabo para a confirmação cientifica de uma qualquer teoria.

O estudo Hermético tem por base, três fases; 1ª - Estudo filosófico e reflexão | 2ª –Experimentação | 3ª -  Consolidação ou Cientificação.  Estas três fases, nos levam para alem do simples entendimento teórico, por mais profundo que ele seja, é simplesmente teórico ou filosófico. Só assim se realiza a verdadeira assimilação do SABER que nos leva a entender em plenitude o QUERER e por sua vez nos permite ter acesso ao PODER - a cientificação plena.

Cientificação para o Hermetismo significa muito mais do que os Busca-dores percebem na sua primeira fase de estudo, pois quase todos entendem que esse processo fica apenas no entendimento teórico e filosófico. Não é verdade, pois o entendimento teórico, a reflexão filosófica é apenas aquilo que na ciência se designa por isso mesmo – teoria cientifica e nas religiões se chamam muitas vezes de fé. A filosofia, a reflexão teórica através da leitura e estudos dos temas Herméticos, são a primeira fase da cientificação de qualquer matéria | processo | saber | nível de consciência geral ou especifico. A partir deste primeiro nível deve o estudante Hermético iniciar o segundo e terceiro processo no caminho da cientificação.

Mistérios da Humanidade.


“A humanidade não entende as religiões ou são as religiões que não falam a linguagem da humanidade?!!” AC


Muito do que o misticismo verdadeiro estuda e ensina aos seus Iniciados, as verdades sobre os mistérios Maiores e Menores que dizem respeito à humanidade e ao Universo, parte desses mistérios, desvendam e desmentem alguns dos dogmas das religiões e por esse motivo mesmo, as religiões que movimentam as grandes massas humanas, vivem negando essas correntes místicas. As constatações que as ciências sagradas apresentam, são a base teológica das correntes filosóficas do misticismo autentico. Compreende-se assim a negação das religiões, pois parte dessas verdades contraria toda a base que sustenta as atuais religiões, caso estas aceitassem tais verdades, estariam a condenar a sua própria existência ou pelo menos a forma como até aqui têm existido.
Do total de seres que não se revêm nas respostas que as religiões apresentam, nem todos procuram a misticismo autentico. Mas mesmo os que o procuram, nem todos, terminam por atingir a espectativa de sucesso que os levou a tal busca, pois as tentações, as dificuldades e os desafios a vencer para atingir tal objetivo, nem sempre são ultrapassáveis. Desta forma acabamos por ter, dessa desistência, mais um grupo de descrentes, pois estes desacreditaram nas religiões e por falha na tentativa do caminho místico, acabaram por desacreditar, nos próprios modelos propostos pelas correntes místicas.   
Então, em bom rigor, sabendo que as atuais religiões não dão respostas concretas  ao atual ciclo e necessidades da humanidade, podemos também concluir que sendo o caminho místico autêntico, ele também não serve a maioria da humanidade. Mesmo que em parte, a culpa seja atribuída à impreparação do próprio ser humano para perceber e receber tal conhecimento. A derradeira questão é que qualquer sistema que seja criado para servir a evolução humana, deve ser capaz de lidar e ajudar toda a humanidade, independentemente do estado e capacidade de cada ser humano. Caso contrário estaremos sempre a criar sistemas elitistas em detrimento do que é necessariamente um sistema universalmente benéfico e eficaz para todos.
Na verdade as religiões perdem cada vez mais crentes e a humanidade, em massa, nunca acreditou no misticismo, isto porque ambas as soluções terminam por apresentar resultados idênticos, através de propostas diferentes, ou seja, nenhum deles beneficia a totalidade sem descriminar. Por um lado, as religiões exigem muito pouca dedicação do crente, quase que basta ir de tempos a tempos aos templos por ela consagrados e ai fazer os seus rituais, mas em contrapartida os resultados reais que o crente recebe são unicamente sentidos no que se designa por fé, na realidade nada de concretizável, na visão do ser pouco ou nada espiritualizado, se apresenta como melhoria do seu dia a dia.  Já as correntes místicas, embora até apresentem resultados concretizáveis, para tal ser atingido, faz-se necessário determinado grau de preparação e isso torna o processo de acesso exclusivo, sendo esse grau de preparação devido à complexidade dos sistemas, traduzido, numa pequena percentagem da humanidade.
Então na prática, quer perante o mais alto signatário do ministérios das religiões ou da mais alto Iniciado místico, podemos fazer uma pergunta em nome da Humanidade: ? De quem é a culpa por não haver uma humanidade mais espiritualizada e quem resolve as reais necessidades da humanidade para o caminho dessa espiritualização?
Essa pergunta e esse sentimento de exclusão é o mínimo que a humanidade pode fazer perante os mais altos signatários que detêm esse conhecimento e assim sendo, deveriam ser responsáveis por coloca-lo em soluções práticas que favoreçam a humanidade no seu atual estado e não a atitude tida até aqui de criticar o fato de não haver fé – na opinião das religiões e de não haver a devida preparação – na opinião das correntes místicas.
Então a resposta à pergunta da humanidade é: a culpa é dos altos signatários que são incompetentes, é por essa incompetência, por essa incapacidade de criar sistemas adequados às necessidades da humanidade dentro do seu atual estado evolutivo, desta forma, ela (humanidade) não usufrui de fato de resultados efetivos.
A religião quando anuncia que se o crente rezar, o seu bem-estar, a harmonia familiar, no trabalho se irão realizar. Imagine que ao ser feito tal reza, pelo crente, seria isso que na verdade acontecia, a espectativa anunciada realizava-se e o crente obtinha essa harmonia. Acha que a partir desse dia, esse crente e outros a quem ele transmitirá a sua experiencia, irão querer abandonar tal prática?
Imagine que o misticismo encontra formas simplificadas de desenvolver estados de consciência elevados, estados vibracionais positivos. De tal forma que tais procedimentos sejam de acesso tão simples que qualquer ser humano, bastando um pequeno esforço, obtém resultados autênticos e sente esses resultados no seu dia a dia. Acha que ele irá querer a partir dai deixar de aumentar essas práticas? Acha que ele não incentivará outros como ele às suas praticas?
O busca-dor neste momento do texto, perguntará: ?Essa teoria é muito interessante, mas como se faz isso, se até hoje ninguém conseguiu criar algo assim? Pensará o Basca-dor: “Delírio do escritor”. Respondemos: Poderá parecer delírio sim, mas para sê-lo é necessário que se prove que a solução do que aqui apresentamos não seja possível, ou que até hoje essa solução não exista já, ou não tenha existido já e tenha sido impedida de ser executada até aqui.
Perguntamos:
?Cristo veio à terra com que objetivo? Será que só nos ensinou isto? Não trouxe outros meios para nos libertar do sofrimento permanente? Que Cristo foi esse, que poder era o dele, de que serve o que achamos que ele nos trouxe? Algo está errado…
?Porque sofremos? ?Esse sofrimento é mesmo necessário para o nosso crescimento espiritual?
?Crescemos mais e melhor espiritualmente se estivermos em harmonia ou em permanente sofrimento?
?Na verdade a quem serve o sofrimento humano?
?Há fórmulas autenticamente eficazes para trazer a harmonia e retirar a humanidade do constante sofrimento?
Respondemos a estas questões como um conto que o livro sagrado que é a Bíblia apresenta – O jardim do Éden, Adão e Eva.
Antes da nossa interpretação, um reparo – Todos sabemos que a forma como é apresentado o ensino que qualquer fenómeno, sempre que essa informação seja de difícil conciliação para a mente, o método mais adequado é através da analogia, da fábula, do sentido figurado, da simbologia, etc. Nada disto é novo para ninguém, pois tal método é apresentado nas mais antigas religiões, filosofias e ciências.
Assim, devemos entender que também a bíblia está cheia de situações de autentica necessidade de recurso constante ao uso desta técnica para apresentar  conciliação mental do que se pretende transmitir. Um dos efeitos negativos que uma “suposta” intenção positiva de uso destas técnicas é o efeito contrário, dando a possibilidade de múltiplas interpretações, grande parte delas de efeitos adversos à verdadeira e positiva intenção original.
O conto do jardim do Éden e dos seus primeiros habitantes, Adão e Eva, na linguagem simbólica dos altos estudos místicos, representa, não a criação do mundo que conhecemos, mas sim a existência dos planos a que o misticismo designa de “planos das reencarnações” ou “planos do aprisionamento do espirito” – estes planos seriam originalmente planos onde o espirito humano se cientificava | aprendia | crescia e amadurecia, mas sem necessidade  do sofrimento.  O símbolo do pecado original, da desobediência de Adão e Eva, não é mais que uma simbologia de uma verdade que permanece oculta para a maioria dos seres humanos – o ato de transformação destes planos em algo predatório, representados no conto, pela expulsão de Adão e Eva do jardim do paraíso – a perda da harmonia e o inicio do sofrimento permanente. Na verdade algo ou alguém, simbolicamente representados pelo serpente, alteraram a harmonia dos planos onde o espirito humano tem que viver para se experienciar, para se cientificar, como o objetivo de introduzir o sofrimento.
Perguntamos: Se a monada humana já viveu estes planos sem necessidade de sofrimento, porque a partir de certo momento, tivemos que faze-lo em sofrimento?
Adão e Eva, simbolicamente representam a dualidade do espirito humano. O mais e o menos. O positivo e o negativo. O género feminino e masculino….algo inerente à própria creação do universo, dos seres e de todos os fenómenos. São reflexos da dualidade da própria LEI de DEUS | O PODER SUPERIOR
Mas fica para reflexão do ser Busca-dor:
?Quem tem interesse nesse sofrimento?
?Quando o ser humano ou o espirito humano sofre o que acontece que possa interessar a algo ou alguém?
? Como foi anulada essa harmonia?
Se for possível responder a estas perguntas de forma consciente, então é possível inverter os processos e repor o Jardim do Éden, onde a humanidade deveria permanecer enquanto cresce e amadurece como ser-espirito. 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O efeito placebo.


Um estudo levado a cabo por cientistas e investigadores em todo o mundo, vem demonstrando que os antidepressivos tem o mesmo nível de eficácia no tratamento dos estado depressivos leves e moderados, mesmo nos estados depressivos graves e profundos o diferencial é de 14%, quando comprado com os tratamentos com placebos.
A abordagem dita cientifica que as farmacêuticas fazem para o desenvolvimento de qualquer medicamento tem sempre por base uma matriz teórica a partir da qual e após ser aceite como válida, se desenvolvem as suas abordagens de terapêutica química que resultam nos princípios ativos que servem de composição nuclear para os vários tipos de medicamentos.
No caso do tratamento das doenças psíquicas e concretamente nos estados depressivos, a teoria que tem por base uma aceitação plena, pela comunidade cientifica, do principio que os estados depressivos são eficazmente contrariados com a inclusão de química de tratamentos coadjuvantes com princípios ativos que favoreçam o aumento da segregação de serotonina no cérebro.
Um estudo e a investigação efetuada aos teste e resultados de todos os grupos de controlo de introdução de medicamentos antidepressivos vem agora revelar que na verdade os dados que foram divulgados ao longo das ultimas décadas pela industria farmacêutica, não foi propriamente alterada, mas foram ocultados os estudos com resultados mais negativos e apresentados unicamente os estudos de resultados mais positivos, levando assim a uma suposta ideia generalizada que os medicamentos antidepressivos tinham níveis de eficácia elevados, quando na verdade, efetivamente os seus resultados são idênticos aos tratamentos com placebos.   
O serviço nacional de saúde britânico já mudou a maneira como trata as depressões leves e moderadas. Em vez de se receitar na primeira consulta medicamentos, as pessoas são encaminhada para psicoterapeutas, é-lhes recomendado a prática de exercício físico e outras abordagens de tratamento que tem por base o reposicionamento do estado positivo da mente, levando a processos de auto-cura conscientes ou inconscientes, ou seja, com a ajuda de placebos ou não.
A ciência tem ido mais longe e existem, por exemplo, ao nível da intervenção cirúrgica ortopédica, grupos de trabalho, onde se tem feito o mesmo tipo de abordagem. Em casos de lesões articulares, é efetuado, a dois pacientes com o mesmo tido de lesão, abordagens em que um segue com procedimento da cirurgia ortopédica normal e ao outro é-lhe apenas simulado a intervenção, com o recurso ao corte da pele para simular o procedimento cirúrgico. Após algum tempo de recuperação, os resultados mostram, na maioria das situações, nas recuperações de ambos os casos, resultados idênticos. O mesmo tem acontecido em várias outras terapias, para vários tipos de tratamentos, incluindo vários tipos de cancro |cancer.
As abordagens e estudo dos designados tratamentos placebos, tem vindo a introduzir algum grau de cientificação, face ao que era feito até aqui. Hoje percebe-se que o que se designa como efeito placebo, é muito mais que uma simples e inexplicável cura por circunstancias aleatórias. Nada que o Hermetismo não conheça e estude há muitos seculos, expresso no seu primeiro Principio – “O Universo é Mental”.
Parece que finalmente, aquela que é socialmente aceite como ciência, está a alinhar as suas conclusões com a designada ciência sagrada milenar que não é mais que parte da ciência que a humanidade abandonou por conta do período de obscurantismo do nosso passado recente. Seria bom para o Humanidade aceitar o enorme conhecimento que as ditas ciências ocultas têm, pois com essa aceitação a humanidade daria passos significativos na resolução de muitos problemas que vive sem qualquer perspetiva de solução.
O efeito placebo é pois a transposição para a aceitação social de algo que a humanidade teima em não querer compreender ou aceitar – “O Universo é Mental” e o poder da nossa mente quando devidamente compreendido e direcionado, tudo pode, tudo domina, tudo resolve. Esta expressão não é no sentido figurativo, mas sim no sentido literal do termo. Pois aquele que compreender os mecanismos mentais e a forma de lidar com eles, tem a capacidade de desenvolver aquilo a que a humanidade designa de poderes paranormais, cura, auto-cura, etc.
O Busca-dor ou estudante menos conhecedor dos preceitos e estudos herméticos, ao ler esta ultima afirmação, pensará que ela é fruto do delírio de quem a escreve. Naturalmente que sim, pois muitos, quase todos, estamos preparados para acreditar unicamente no que a nossa perceção entende e o que para a nossa limitada mente é conciliável. Por esse motivo mesmo e porque a humanidade não sabe conduzir o seu poder mental – a ciência inventou os placebos, assim como a religião criou os rituais religiosos, os santos, as hierarquias angelicas e toda a panóplia de sistemas facilitadores da mente humana, que por não acreditar no seu poder, transfere esse seu poder para uma suposta entidade/fenómeno, através do qual mentalmente ele possa ativar o seu verdadeiro querer, sem perceber que o processo placebo é meramente para auxiliar a sua própria mente a sintonizar-se com a vibração correta para a realização do fenómeno, desejo ou cura.
Podemos concluir assim que todas as instituições intervenientes nas sociedades humanas tiveram e têm plena consciência que tudo, absolutamente toda a solução, todo o poder de cura está unicamente na mente de cada ser humano. Desde os laboratórios farmacêuticos que conhecendo esta verdade, desenvolveram um negocio com base na criação de supostos medicamentos que o ser humano acredita terem a capacidade que na realidade é da sua própria mente, até as religiões que com as orações, as liturgias, passando pelos procedimentos das ciências sagradas – magia, alquimia, na verdade todos estes atos são baseados em “links” construídos para facilitar | levar a mente a acreditar que há algo superior a nós (à nossa mente) que executa tal ação.
Na verdade a todos os seres humanos, qualquer que seja o seu grau de entendimento e cientificação do fenómeno da mente, precisa de “placebos” para despoletar processos mentais, pelos quais, na realidade, é dotado de pleno poder para executar diretamente, mas que por incapacidade na plenitude do entendimento e domínio da sua mente, não acredita ser possível alcançar por si. Já se lhe for criado um “facilitador | placebo”, a sua mente transfere a crença do seu poder para o placebo e assim entra na vibração correta que produz o resultado pretendido.
Na realidade é assim que se produzem as curas e todos os outros fenómenos que a humanidade erradamente designa de terapêuticas da medicina ou milagres das religiões. NA VERDADE, a ÚNICA VERDADE É QUE - O UNIVERSO É MENTAL.     

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O sofrimento e o livre-arbítrio.

Vivemos em sofrimento constante, assim se faz o dia-a-dia da humanidade. Não nos damos conta que esse sofrimento é na verdade resultado da nossa liberdade de decidir sobre nós mesmos. Unicamente a liberdade de podermos decidir sobre nós mesmos também nos transmite a obrigação e inerentemente a responsabilidade sobre tais atos.

A incapacidade de perceber o motivo do sofrimento, advém do fato de nos mantermos distraídos dessa verdade, da origem da causa que nos leva a manter-nos neste ciclo interminável – Umas vezes, desejos geram expectativas, expectativas geram desilusões e desilusões geram sofrimento. Outras vezes,  desejos geram expectativas, expectativas geram  realizações desses desejos, realizações geram novas expectativas e finalmente, expectativas geram sofrimentos.
Porque sofremos? Ou melhor ainda. Porque queremos sofrer?
Sofremos porque estamos permanentemente insatisfeitos, sofremos porque queremos sempre algo mais, para alem do que já possuímos. Quer seja algo material ou até algo imaterial, queremos sempre mais, mais e mais, nunca nos damos por satisfeitos.
Então o sofrimento é algo inerente à vida ou apenas ao querer do ser humano?
Os outros seres vivos, não sofrem? Aparentemente não percebemos neles esse tipo de emoções – sofrimento gerado a partir da expectativa insatisfeita?
Afirmamos que sim, é comum presenciar animais que sofrem fruto de expectativas malogradas.  Veja-se o caso de um cachorro que é abandonado pelo seu dono, ele sofre pelo abandono.
Então podemos concluir que os animais irracionais têm querer?
Afirmamos que não, no exemplo anterior, o querer é o do dono do cachorro, ou seja, o cachorro sofre, porque a expectativa que o dono criou nele, foi a que ele (dono) transferiu de si, para o animal, influenciando a mente do animal e induzindo-o ao sofrimento, quando as atitudes que o dono tinha para com o cachorro não se perpetuaram, como eram esperado pelo cachorro – ter a companhia do homem sempre. Não é que o homem tenha demonstrado no dia-a-dia isso exatamente, mas para o animal, foi essa a expectativa criada em função do que o homem gerou resultado do seu querer.
Então a capacidade de gerar sofrimento é algo não-inerente à vida, mas sim só ao “querer”, sendo este ultimo aquilo a que designamos por “discernimento” ou “livre-arbítrio”. Só através do mecanismo do discernimento | livre-arbítrio é possível criar cenários mentais, a partir destes cenários idealizados pela mente do ser dotado de discernimento, ele e os que por ele são influenciados, autoinduzem-se uma expectativa face ao cenário criado e o sofrimento em maior ou menor grau, resulta do grau de expectativa criada face ao cenário induzido pela mente criadora.   
Então sofremos, tendo por base os cenários por nós criados ou induzidos por terceiros e em resultado disso, das expectativas criadas, por nós, a partir dai.
Podemos concluir então que o sofrimento é algo inerente à vida, desde que essa forma de vida tenha a possibilidade de perceber a indução de um cenário criado por uma mente dotada de discernimento. Então, o sofrimento é algo inerente à vida, já a capacidade de gerar sofrimento é algo unicamente inerente ao ser humano.