quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O paradoxo - Erro de escrita ou mensagem?!


Nos mais elevados ensinamentos Herméticos, alguns deles, os mais valiosos, estão ocultos, não porque não devam ser conhecidos, mas porque devem ser descobertos. Para chegar a eles, só através do merecimento genuíno. Um desses fenómenos encontra-se plasmado em algo que parece até banal e simples. O exemplo da escrita, já presenciei alguns estudantes avançados em Hermetismo, criticarem o erro da escrita de um texto, devido a erros ortográficos, mecanográficos, gramaticais e até de contexto.
Nunca até hoje vi ninguém perceber o ensinamento que se oculta por traz desses erros, certo que tal como afirma o Hermetismo - “Quem diz que sabe, não sabe e quem sabe não diz”, mas quem critica porque o texto tem erros, esse não sabe certamente.
Afinal de contas todo o erro, num texto, tem uma mensagem velada e só os verdadeiros iniciados ou quanto se atingiu tal plano de consciência, se percebe o que ai está contido. O Iniciado conhecedor, sabe que o erro no texto tem dois tipos de significado, o direto e o indireto. O primeiro relacionado com o contexto do tema em si e o segundo relacionado com os Mistérios Maiores.
O paradoxo que gera o erro no texto é de enorme sabedoria, pois afasta os busca-dores (as) inautênticos e aproxima os verdadeiros. Entender este princípio paradoxal, abre várias portas do SABER ARCANO.

O Iniciado, o menino e o peixinho vermelho.



Quanto mais observava a humanidade, mais angustiado se sentia.
A humanidade procura sempre provas fáceis para tudo, como diz o ditado popular – “Ver para crer”. Mas a vida é um jogo de paradoxos, mesmo sem percebermos, vivemos rodeados por eles e em função deles, sem nunca os compreender.
Certo dia, logo pela manhã, ao acordar e dirigindo-se à cozinha, foi surpreendido com o fato, de um dos dois peixinhos de aquário, colocado no parapeito da janela estar morto, do lado de fora do aquário. Percebia-se que tinha saltado de dentro do aquário, provavelmente horas antes, pois o local onde estava e o próprio, estavam já completamente secos. Estando em pleno inverno, devido às baixas temperaturas, seriam necessárias horas para que a água resultante desse salto, se tivesse evaporado. Por isso, todos, ao chegar à cozinha, com a intenção de fazer a sua primeira refeição, vendo tal cenário, concluíam que tal evento teria ocorrido, algumas horas antes.
Tinha sido deixado ai, para que o membro mais pequeno da família, motivo pelo qual o aquário e os dois peixes ali se encontravam, visse e percebesse que tinha havido um acidente. O peixinho estava há poucos dias lá em casa, provavelmente sem querer, saltou do aquário e desse salto, resultou a sua morte. Mas seria importante que fosse o menino a constatar, pois certamente assim ele entenderia melhor o seu desaparecimento.
Quando todos tinham abandonado a cozinha e se preparavam para explicar o acontecido ao menino que se encontrava no quarto. Tendo ficando a sós na cozinha com o peixinho, o pai do menino, olhou para ele, ali sem vida, completamente seco, prostrado, ao lado do seu breve lar e sem pensar, deu-lhe um suave toque com os dedos, deixando-o ficar entre os seus dedos polegar e indicador. Com o toque, de imediato, como que se esse toque levasse o sopro de vida, o peixinho mexeu-se. Sem qualquer espanto, ele pegou-lhe com esses mesmos dedos e colocou-o dentro da água, no aquário. Logo percebeu que o peixinho tinha voltado à vida.
Quando todos os restantes entraram na cozinha para mostrar ao menino o seu peixinho morto, já este se encontrava, de novo vivo e em movimento, dentro do aquário. Pensativo, o pai do menino, quando questionado por todos, sobre o que tinha ocorrido, apenas afirmou – “Talvez se safe, desta vez.”
O peixinho vermelho, não se encontrava com a vitalidade do seu companheiro de aquário, nem com a vitalidade que lhe era comum, mas dava para perceber que tinha voltado à vida e provavelmente viveria. Mas como?! Questionavam-se em casa, todos os adultos. Não apenas o pai sabia e por isso nada questionava, também o seu pequeno filhote, sem fazer qualquer comentário, demonstrava que a sabedoria está para além da curiosidade do ego que quer saber só para saciar-se, pela simples satisfação desse ego. Ambos sabiam que era tal natural como o contrário, pois se viver e morrer é natural, também natural pode ser morrer e viver?! Por que não?! Só aqueles que percebem e os que querem perceber pelo ato genuíno de perceber, sem o interesse do ego, não questionam, apenas sentem e desse sentimento, resulta o pleno entendimento. Por isso o menino não levantou qualquer questão, mas os adultos sim, esses reagiram, como qualquer adulto, típico da ação do ser adulto, já completamente envolto no seu ego. Uns pela expressão contida no sarcasmo – “Foi milagre.”, outros pela negação do entendimento imposta pelo fenómeno da racionalidade – “O peixinho ainda estava vivo, só pode!”.
Os únicos que não questionavam, era o menino e o seu pai. O primeiro, porque sentia, por isso percebia com o coração e assim sendo, nada era estranho para ele. O segundo, não só sabia porque sentia com o coração, como sabia porque tinha plena consciência do fenómeno.
Desse saber, desse fenómeno, a única importância estava em perceber que nada do que tinha ocorrido, transgredia duas das condições que sob qualquer pretexto ou motivo, podem ser transgredidas – As LEIS de DEUS e as leis da natureza. A primeira representada no livre-arbítrio e a segunda nas condições da deterioração fisiológica dos tecidos que a pós-morte provoca. Desde que nenhuma desta tivesse sido quebrada, tudo estava bem, tudo era normal. Não importava se o peixinho tinha estado fisiologicamente morto, apenas importava saber que o seu livre-arbítrio não tinha sido contrariado e que a lei da natureza não tinha ainda exercido os efeitos que tornariam impraticável o seu retorno à vida, sem contrariar a lei da natureza.
Já para o ser humano comum, envolto na egocentricidade e na ignorância a que ele remete, o que importa é perceber se há milagre. Todos sonham em ter a prova contundente, vista com os próprios olhos, se existem ou não existem milagres, mas quando colocado à sua frente tal ocorrência, é tal a sua cegueira que não só não vêm o que sempre procuraram ver, como não vêm o que de verdade teriam que ver – perceber a verdade que está pro traz de tal acontecimento e daí tirar os devido ensinamentos.
Por isso todo o Iniciado, consciente do atual estado em que a humanidade se encontra, pensa e sente – “Quanto mais observo a humanidade, mais angustiado me sinto.”  

domingo, 16 de dezembro de 2012

O Inimigo publico numero um.


[ “A nossa vida acontece em função das nossas decisões, certamente que sim, mas as cicatrizes que transportamos, são fruto das decisões que permitimos e deixamos nas mãos de outros.” AC ]


Há tantos nomes para Deus como crenças acerca do que Ele é, ou se pretenderem, existem tantos nomes para Deus como perceções temos Dele. Quase todos afirmam que o seu deus é o único e verdadeiro. Assim sendo os não crentes riem-se, pois destas crenças, gera-se a situação caricata de quem vê de fora a questão, afirmar – “?Organizem-se. Mas então, quem tem razão? Se o deus de cada um é diferente dos outros e todos afirmam ser o seu o verdadeiro, quem tem razão? ”.
Na verdade todos têm razão e nenhum tem a verdade absoluta. Todos os deuses da humanidade existiram de uma forma ou de outra. Na pior das possibilidades, existiram enquanto Egrégoras – entidades mentais resultante da fé e do culto pelos seus crentes. Se acreditarmos no conceito de Universo Mental e dai, se aceitarmos que a vida no próximo nível da existência é gerada em função do que a nossa mente crê ser realidade, então na verdade, quando morrermos, certamente se acreditarmos num determinado deus, num céu, anjos, etc., viveremos essa realidade. Isso se na nossa consciência e perante o autojulgamento feito, merecermos o direito de viver junto dele.
Mas então cada um ou cada grupo, viverá a presença do seu deus. Um deus não Creador, mas sim criado pelos seus fieis. Paradoxal?! Já nesse plano próximo, mesmo estando junto do nosso deus, o deus da nossa fé, da nossa crença, não estaremos sequer próximos do Creador. Aquele que originou este e os planos seguintes que temos como existência é sem margem para duvidas o seu Creador, todo o iniciado conhecedor da verdadeira Tradição sabe isso. Mas é ele o verdadeiro DEUS? É a sua presença a derradeira e o mais elevado estado de consciência? Os cavaleiros Templário afirmavam que não, através dos seus comportamento podemos constatar isso, através das mensagens veladas, protegidas como símbolos só entendíveis para os Iniciados, eles colocavam junto com figuras santas, anjos, etc., do cristianismo, imagens pagãs, desconhecidas da crença cristã, mas simbolicamente, afirmava o seu conhecimento sobre o conteúdo da Arca da Aliança e do propósito da  Creação.
 Muitos aceitam sem questionar o porquê de tantos deuses e todos eles diferentes. Outros questionam todos os outros, aceitando apenas aqueles que lhe afirmaram ser o verdadeiro, sem que haja uma razão para crer nele, a não ser a tal fé. Muitos outros questionam tudo e todos, sem querer abrir a sua mente à racionalidade e dai, tentar perceber o porquê de todos os seres humanos terem deuses diferentes e destes, se algum merece alguma credibilidade.
Aos deuses das civilizações do passado, afirmamos que os seus crentes, foram levados pela ignorância a criar as crenças que permitiram a existência de todos eles. A questão que podemos levantar, então é relativamente ao fato de, na atualidade, estarmos livres dessa ignorância, pois se no passado, foi ela a responsável por acreditarmos em várias conceções erradas de Deus, porque será alguma da atual conceção de Deus, a correta?! Para ser uma delas a correta, terá que estar, por traz da sua conceção ou entendimento, a plena cientificação e um profundo estado de consciência. Para alem do fato de se uma está correta, todas as outras estarão erradas, certo?! 
Quem estuda profundamente este tema, reconhece a incapacidade da mente finita entender e consciencializar algo que é transcendente e infinito, assim sendo, podemos usar o pensamento Hermético que diz – “Como pode o finito ter dentro de si o entendimento do infinito, como pode o infinito estar contido no finito?”. Então se pretendermos aproximar-nos do que é o entendimento sobre o que representa Deus, deveremos apenas começar por aceitar que nunca, enquanto seres finitos, teremos a mínima condição para o entender em plenitude. Poderemos sim, à medida que a nossa consciência se torne mais clara, neste e em outros planos da existência, ir tendo uma imagem mais clara Dele, mas nunca a verdadeira imagem.
Nunca um espelho poderá refletir a totalidade da existência, como nunca uma ínfima parte da Creação poderá representar a capacidade de entender na sua totalidade essa Creação, quanto mais o próprio Creador. Somos essa ínfima parte que procura criar constantemente conceitos à imagem da sua limitada capacidade para os perceber, quando na verdade, deveríamos perceber que dessa nossa limitação, nascem todas as distorções e só aceitando tal fato, nos poderemos harmonizar com a existência. Mas teimamos em nos julgar o centro do Universo, julgamos ser a Humanidade o motivo da Creação, levando ao sentimento ridículo que o DEUS vive em função da nossa existência, quando na verdade é exatamente ao contrário. 
Como podemos querer entender o verdadeiro DEUS, se nem conseguimos conhecer-nos a nós mesmos, ao mundo em que vivemos, a todos os que junto de nós vivem e até aos outros planos da existência? Como podemos querer entender algo que está tão longe de tudo isto, quando nem percebemos algo tão básico, quando comparado com a transcendência que é DEUS - a nossa própria mente? Ridícula a presunção humana. Quando qualquer homem da ciência afirma perentoriamente que o mundo espiritual não existe. Ridícula a presunção humana quando um homem da fé afirma que sabe o que existe para alem deste plano da existência, sem sequer ter condição para ter realizado esse conhecimento, resguardada a sua afirmação, na incapacidade de constatação geral da humanidade.
Esquecemos que um dia, todos enfrentaremos o derradeiro momento. Crente e não crente. Existindo ou não existindo o mundo espiritual, uma coisa é certa, o derradeiro momento é uma verdade inquestionável, pois após o ato inicial do ciclo que é a vida, representado pelo nascimento, só existe uma verdade que todos podemos aceitar – o fim desse ciclo, a morte física e neurológica. Nesse dia, no dia derradeiro, todo aquele que afirma não existir o mundo espiritual – comprovará a sua afirmação e todo aquele que afirma conhecer esse mundo, sem o conhecer na realidade, sentirá o mesmo que o primeiro – o medo derivado da ignorância, da negação dos primeiros ou do autoengano dos segundos.
No derradeiro momento todos, sem exceção, nos depararemos com a única e inquestionável verdade. Para isso, mesmo que não tenhamos condições para constatar essa verdade, mesmo assim, deveríamos ter a honestidade para connosco e deixar de nos enganarmos, só para demonstrar aos outros que não temos medo, ou que temos plena convicção naquilo que afirmamos serem as nossas certezas. O método mais prudente, para aqueles que nunca conseguiram de verdade, constatar se existem os planos espirituais e existindo, como serão, a melhor forma de lidar com tal realidade, não passa por a atual atitude de quase toda a humanidade, mas sim, manda a prudência que se criem várias possibilidades e mentalmente, prepara-nos para elas. 
Vamos fazer uma reflexão prática.  Imagine que cria um conjunto de possibilidades para o caso de haver existência para alem desta. Quanto mais coerentes e diversas forem essas hipóteses, mais bem preparado estará, é como alguém que se prepara para viajar para um sitio que não sabe como é ou o que lá irá encontrar. A melhor forma de se preparar num caso desses, é prever todas as possibilidades e assim aquilo que será esse clima, idioma, cultura, forma de vida em geral, andará dentro da escala que previu. Não será exatamente como as que previu, mas estará certamente mais bem preparado do que se nada tivesse feito, comportando-se como que se nunca fosse ter de fazer essa viagem. 
Agora vamos imaginar a versão dos não crentes. Se por acaso tudo terminar com o fim desde ciclo de vida e assim confirmando-se aquilo que é a versão da ciência ortodoxa quando explica que a vida é unicamente um fenómeno fisiológico e neurológico. Se assim for, porque ter medo?! Medo de quê? Se tudo terminar ali, com o ato que é a morte, não havendo existência não há sofrimento, não haverá inferno, ou céu, não haverá necessidade de autojulgamento ou de qualquer punição. Apenas deixaremos que ter função e isso significará que voltaremos a ser o que eramos antes do nascimento, na perspetiva do ato de ter consciência – nada. Bem pior do que isto, é a possibilidade que existir algo depois desta existência e ai é como ir fazer a tal viagem sem qualquer preparação.
Se não há nada depois desta existência, se tudo não é mais que um conjunto de reações fisiologias e neurológicas, então pergunto – “Lembra-se do quanto sofria antes da nascer neste plano?”  Se não e se a condição a que voltamos na versão dos não-crentes, será essa, então, não voltaremos à mesma condição anterior?! Certo! Nessa condição não havia sofrimento, pois não havia consciência de nada e assim sendo, voltaremos a ela.
Na verdade temos medo da morte, mas nunca refletimos sobre o motivo desse medo. O motivo do medo da morte, é igual para os que não acreditam haver mais nada para alem desta existência e para os que acreditam haver. Na verdade temos medo, não, de não sabermos o que ocorrerá, temos medo de perder a individualidade. O medo da morte é igual para os crentes e não crentes, pois esse medo é sobre a sensação de deixar de se sentir – EU SOU. Deixar de existir, é o medo de perder-se como ser individual e não somente o desconhecido, por si. Se não fosse assim, porque os não crentes teriam medo de morrer, se para eles, não há desconhecido?!
Perante a ignorância gerada pelo desconhecimento destes temas, podemos não querer admitir, mas a atitude dos não crentes não é muito diferente da dos crentes pela fé cega. Ambos têm em comum o medo de adentrar nestes temas ou então pela acídica em que preferem permanecer, acabam ambos, por adiar qualquer conclusão para alem da que seja a mais simples para os seus medos – crer pela fé que não questiona nada ou não crer em nada. Sempre que precisamos que resolver as nossas fobias, precisamos ir à sua origem, isso exigir, coragem, trabalho e esforço árduo. Exige possivelmente conhecer e ter como verdades, realidades que preferimos enfrentar o mais tarde possível. Mas não se iluda, pois todos teremos que as enfrentar um dia e nesse dia, teremos que o fazer solitariamente.
(...)

In: Livro – “A origem dos mistérios, verdades e mentiras. Capitulo XIII – Inimigo publico numero um.”

sábado, 8 de dezembro de 2012

AINDA É TEMPO.




Logo depois do primeiro bater de coração, o nosso corpo, ainda um feto, estará preparado para receber um novo espirito, o nosso espirito. Na verdadeira fase final de gestação, é definida já em função das características e escolhas do espirito que nele irá encarnar. Mais ou menos quando da primeira batida do coração, a consciência-espirito que nele escolhe encarnar, começa a ter pequenos flashes, lentamente ele vai-se habituando, de novo, ao condicionalismo que é estar retido num corpo físico e ao mesmo tempo, vai preparado a adequação desse corpo às características que necessitará para vivenciar o conjunto de experiencias que o levaram a encarnar.
É assim que reencarnamos, deixando lentamente esse outro mundo onde vivemos, muitos de nós, à semelhança do que acontece quando abandonam este mundo, também ao abandonar esse outro mundo, de novo nesta direção, quase não têm consciência clara do que irá ocorrer. Muitos de nós apenas seguimos instintos, sentimos impulsos, presenciamos flashes de algo que não percebemos com clareza, de algo que é na realidade a nossa vontade, o nosso QUERER SUPERIOR, mas que mesmo nesse estado em que ai vivemos, não é para muitos de nós, claro.  Não julgue que ao passar para esse estado de consciência tudo se torna claro, tudo lhe será mostrado e tudo entenderá. Essa é mais uma etapa, mais um estado e se está a ler esta reflexão é porque em algum momento, o seu QUERER, decidiu regressar a esta existência e não ascender aos verdadeiros estados de consciência, onde um dia perceberemos que vivemos verdadeiramente ai e é onde está esse nosso QUERER.
Quando encarnamos plenamente, levamos alguns anos terrestres para nos habituarmos a saber coordenar a nossa consciência-espirito, com os órgãos fisiológicos que geram a perceção da existência – sistema nervoso e principalmente aquilo que muitos entendem por cérebro, mas pretendem referir-se como sendo o complexo fenómeno que é a mente. Esta ultima, transcende e simultaneamente, une o mundo físico ao mundo espiritual. Neste primeiro período da nossa nova encarnação, o espirito vai adormecendo lentamente e transformando-se naquilo que entendemos por mente, esta por sua vez, vais sendo formatada, com códigos, conceitos, criando aquilo que podemos considerar a capa com que toda a mente viverá – o ego. Aproximadamente 5 a 7 anos depois de ter culminado o ato da gestação, através do nascimento, o espirito fica finalmente aprisionado dentro do corpo que escolheu, apenas reconhecendo o que entendemos por mente.
Este é o ato do renascer espiritual nos planos baixos da existência, este é o ato que todos olvidamos quando despertamos para mais um ciclo de encarnação. Muitos de nós, voltamos de novo, convictos que precisamos livrar-nos dos códigos, de conceitos e preconceitos (preconceitos = códigos + conceitos) que não nos permitiram, mesmo nesse outro plano onde estivemos, ter o entendimento que julgávamos possível e necessário. Estando nesse plano, aquele que muitos chamam de céu | inferno | purgatório, todos nomes que se dão, para um nível que devemos entender ser um outro estado de consciência, apenas isso, muitos julgam poder entender tudo o que aqui, neste plano físico, nem se preocupam em entender. Assim quase todos terminam por viver ai, como vivem aqui, como que nem querendo questionar, preferindo repetir, repetir, voltar, voltar vezes sem conta, sem saber quantas vezes já reiniciamos todo o processo de novo. Basta para isso, olvidar que já o fizemos e sempre que através de sonhos, sensações, flashes e outras formas de linguagem recebemos pequenas partes dessas outras experiencias, preferimos fazer o que fazemos aos sonhos – “Ah, mas que sonho estranho, ainda bem que foi apenas isso - um sonho”.
Julgamos que podemos relegar tudo para que alguém um dia resolva, ai por vezes aquilo que chamamos consciência, alerta-nos para a necessidade de cumprir o verdadeiro motivo porque viemos a este mundo e novamente nós, por acídia pura, entregamos tudo nas mãos da fé, expressa naquilo que as religiões acabaram por ter que apresentar como respostas, para apaziguar as necessidades mais profundas do nosso espirito, mas que nós teimamos em recalcar. Que culpa têm as religiões da nossa acídia? São elas responsáveis de todos nós não queremos procurar o nosso caminho, não queremos cumprir a missão para que encarnamos?! Elas apenas fazem o que nós lhes pedimos, afinal de contas, somos nós que as criamos.
Estes são pensamentos de todos deveríamos colocar-nos, exames de consciência, profundos e não exames da consciência criada pela sociedade, pelos códigos do certo e errado, pelo que aparentemente pode e não pode ser feito. Posso roubar, desde que seja subtil na forma como roubo. Posso fazer tudo o que possa prejudicar outros, desde que o faça ao abrigo dos códigos da sociedade, das leis do homem, dos preceitos das religiões oficializadas. Somos julgados por nós mesmo e esse julgamento é feito com base nos códigos que uns e outros ao longo da existência da humanidade, vamos criando, como forma de nos governarmos. Mas o importante é não ser descoberto socialmente da quebra de alguns desses códigos, quando na realidade, todos já os quebraram, absolutamente todos.
Não julgue que tudo o que tem sido por si feito, não será por si, alvo de julgamento. Esse dia chegará para todos e ai não contam os códigos, as leis do homem e muito menos aqueles que o próprio homem inventou como sendo as leis de DEUS. Nesse dia, como já ocorreu antes, noutras vidas que você teve, enfrentará a sua própria consciência e será ela o seu juiz. Não há LEI mais justa que esta LEI de DEUS, a do autojulgamento e não há maior bondade que a bondade SUPEREMA da plenitude que ELE nos dá através do livre-arbítrio. Mas são estas duas condições, estas duas mãos que nos guiam, mas também são elas que nos castigam. Assim não se esqueça que devemos a todo o momento fazer profundos exames de consciência para nós e sobre nós mesmo.  Encare isso como um treino para o derradeiro momento.
Hoje, depois de todo o meu trajeto de vida, olho para mim, como que se num espelho me visse e pergunto-me – “Afinal quem és tu?”. Qual foi o prepósito que te trouxe? Porque fiz o que fiz, como e de que forma me deixei iludir, enredando naquilo que a vida me tornou?!... Pergunto-me como será esse dia em que me encontrei comigo mesmo, depois de ter usado do meu livre-arbítrio, olhando para o que fiz dele, questiono-me como me julgarei. Será certamente um julgamento justo, disso não duvido. Já não sei, quanto ao resultado desse julgamento, mas procuro não me deixar levar pelas aparentes armadilhas que a vida me coloca. Já errei quanto baste, já cedi aos instrumentos do ego, da duvida, do medo, dos códigos criados pela sociedade para me afastar do verdadeiro caminho, pelo qual decidi vir a este plano.
Mesmo não sabendo qual o meu caminho, sei que ele não se fará cumprindo aquilo que a sociedade encara como o correto, o que deve ser feito. Esse pode ser mais um caminho ardiloso, como muitos outros que tenho seguido, pois todos eles são montados com base no certo e errado que aprendi quando me enredei nos truques que me trouxeram distraído até aqui. Como pode ser certo, só porque, mesmo agindo de forma que prejudique muitos outros, mas dentro da lei do homem e ser errado, a humilde tentativa que deu errado, mas cometida pela entrega plena, na tentativa do beneficio comum?!! Não quero este tipo de códigos que me julgam pelo que foi o resultado, na perspetiva dos seus interesses, mas que nunca olham para o genuíno motivo que me levou a iniciar tal ação.  No meu dia de julgamento, quando em plena consciência me tiver que condenar, preferido que essa condenação seja porque não resistir a assimilar alguns desses códigos sociais perfeitamente aberrantes e isso me ter feito perder tempo e envolver-me ainda mais. Mas ainda é tempo, ainda posso recuperar o suficiente para fazer o que tenho por fazer.
Olho para a minha vida e penso – “…errei quando disse a um amigo que não o podia ajudar financeiramente e na verdade não podia mesmo, ou errou ele quando se aproximou de mim, alegando amizade?!!” “…errei quando me divorciei que alguém que ainda muito jovem, por capricho, decidiu engravidar e só após 6 meses informar?!!” “..errei quando por várias vezes me envolvi na criação de empresas e durante pouco ou muito tempo, essas empresas asseguraram postos de trabalho, mas como tudo na vida tendo um ciclo. Começa e termina?!!” “…errei quando o meu próprio filho, depois de se tornar adulto, olhando para mim, com esses códigos da sociedade, me julgou por algo que não sou?!!”, “…errei quando confiando num amigo de juventude e mais tarde advogado, depositando nas suas mãos, dinheiro que ele deveria usar para efetuar pagamentos de uma empresa que ai se extinguia, o usou em proveito próprio e mais tarde num ato de pleno abuso imoral, aproveitou-se do desmantelamento do património advindo para lucrar e fazer lucrar outros??!!!” “…errei quando tentei criar projetos para gerar postos de trabalho, quando muitos, imensos, se aproximaram, ofuscados pela vil intenção, alegando apenas empenho e malogrado o arranque desses projetos, todos mostram as intenções que os levavam a tal proximidade??!!”.
Como posso estar errado eu??!! Essa é a questão que me importa conhecer, pois não procuro vinganças, já o fiz, mas não faço mais, já me levaram por esse caminho, mas já não me levam mais. Procuro encontrar-me, procuro ter a certeza das justeza com que vivo esta vida. Embora saiba que esta mesma vida, até chegar aqui, teve que me mostrar os caminhos errados. Mas esses caminhos errados, estão longe do entendimento que muitos julgam ser certo ou errado. Pobres, tristes dos que vivem nesse engano, como um dia eu também vivi, convicto que sabia o que fazia, do que era certo e errado, preocupado com o julgamento que os outros fariam, sem sequer perceber que o único julgamento que importa, terá lugar num único momento e nesse momento irei estar só, serei só eu. Por isso hoje faço-me essa pergunta – Estarei errado, por ser tão genuíno, por tentar ser o que seria se não tivesse preso ao que outros possam pensar, ao que a sociedade possa julgar de mim?!!!
Hoje olho para a vida que vivi, olho para o caminho que fiz e pergunto-me o que ainda preciso fazer,  antes de terminar este meu momento de existência que chamamos vida. Em vários momentos do meu dia a dia, imagino o meu momento derradeiro. Enquanto muitos fazem tudo por não pensar nele, hoje eu faço dessa reflexão o modo natural de me preparar para algo que só eu posso fazer. Imagino-o porque devo manter uma constante critica e nível profundo de autojulgamento que me mantenha alinhado com aquilo que pode ser um caminho que aparentemente errado, nos códigos sociais, é na verdade um dos verdadeiros caminhos que me podem levar um dia a sair da encruzilhada que se chama reencarnação.
Hoje quase me consigo lembrar dos momentos, em que estando noutro plano, resolvi encarnar e dessa encarnação, cumprir um objetivo. Mas tenho momentos em que percebo em plenitude o que me trouxe aqui, momentos de lucidez plena que depois se ofuscam pelas regras a que todos estamos sujeitos – códigos, conceitos e a importância que atribuímos ao julgamento dos outros. Ardis do próprio ego que nos limita a todos e nos remete a todos, a uma única condição, condenados a viver em ciclos, de reencarnação em reencarnação, enredados no que não importa, envoltos pelo aparente conforto ilusório a que estes planos nos obrigam. Somos seres Omnipotentes, a viver estados de incapacidade.
Quantas vidas eu vou QUERER voltar a viver até me dar conta?!! E você, quantas vidas já viveu?! Quantas vidas vai QUERER viver mais, sem que o despertar aconteça?!! Ainda é tempo, ainda pode valer a pena, basta que faça o primeiro gesto nesse sentido, basta que perca o medo, basta que questione, mas logo depois, abandone a duvida que quando não abandonada, paralisa o QUERER. Ainda é tempo de eu cumprir os desígnios que me mandaram aqui, ainda é tempo para mim e para si….AINDA É TEMPO.   

domingo, 18 de novembro de 2012

Passar o testemunho para manter a chama viva.


Era perfeitamente entendível que um individuo na idade média, mesmo que dotado de uma mente muito culta e preparada, ficaria abalado, depois de ter acesso a todo um conjunto de verdades, como as que aparentemente tiveram os primeiros 8 cavaleiros Templários. Obviamente que ninguém fica transtornado com a algo em que não acredita e supostamente sendo um assunto tão sério, a convicção sobre aquilo que se pode ter desse tipo de conhecimentos, tem que ser tida com base em solidas provas. Acontece comigo, certamente que aconteceu com muitos outros e não duvido que aconteceu com esses cavaleiros, até porque na época, pensar de forma diferente daquele que era o pensamento vigente que a santa igreja ensinava, seria uma condenação à morte.
A verdadeira razão que servia a acusação de comportamentos satânicos a esta Ordem, não se prendia unicamente com o fato de ser conveniente ao rei de França, devido às sua dividas para com esta Ordem. O perigo que representavam para o clero, relacionava-se com as verdades eclesiásticas a que sempre fomos condicionados, isto, no que toca aos planos da existência e os motivos da Creação. A conjugação do interesse de ambos, permitiu que estivessem reunidas as condições para que a igreja, concedesse respaldo ao rei de França, nesta cruzada.
Embora esse tema  seja o centro da questão, o motivo que levou a santa igreja a conceder poderes ilimitados à Ordem dos Templários e depois, logo que lhe foi possível, tentar elimina-la através de terceira pessoa, vai muito alem do que foi a manipulação dos acontecimentos históricos que lavaram ao que temos como bases teológicas das religiões, neste caso, da versão Católica  Cristã Romana. Na verdade, a descoberta e divulgação destas e outras verdades, representariam a necessidade uma nova teoria religiosa em geral.
Em bom rigor, seria como reinventar as religiões, não muito longe do que afirmam as várias profecias sobre o surgimento da religião do novo milénio. A motriz que gerará essa nova religião, não permite a sustentação de teologias baseadas na ignorância do crente, só isso, coloca em causa a sua existência na forma em que estão estruturadas e difícil a sua reinvenção, porque essa reinvenção, significaria a perda total do poder eclesiástico tal qual existe.
Quando analisados, quase todos os temas que sustentam as teorias de base das religiões, quando profundamente analisadas e seriamente questionadas, levam-nos a becos sem saída, em que a incoerência entre fatos históricos, práticas e ensinamentos, deixam sérios avisos para que algo nelas está muito errado. Até hoje as religiões têm feito sobreviver a fragilidade dessas teorias, sustentando-a na ignorância, pois a falta de entendimento dos temas do foro da espiritualidade, levaram ao surgimento do que a humanidade entende por fé - acreditar sem sequer questionar.
É fundamental a cientificação espiritual para que possamos libertarmo-nos de séculos de ignorância a que nos remeteram enquanto raça. Existiram sempre, ao longo dos tempos, sistemas autênticos que ensinam sobre esse processo de eliminação da ignorância que leva a tal libertação. Obviamente que todos esses sistemas autênticos que cientificam o seres humanos sobre o que é a realidade da existência, não interessam aos sistemas prepotentes que a humanidade foi criando para governar – religião, politica e as ciências ortodoxas, pois estas, sustentam a sua existência na incapacidade de questionar.
As conclusões que fui retirando de textos, imagens, e outros suportes que contem mensagens, só servem quando são aplicadas com pleno entendimento a que doutrinas místicas autenticas nos remetem. Não é possível retirar qualquer conclusão seriamente sustentada, se não tivermos as bases de conhecimento que apoie e capacite a nossa investigação. Não se pode pedir a alguém que não tenha formação em medicina-forense para fazer relatar os motivos de uma morte fisiológica, ou a alguém sem formação financeira que nos interprete um relatório de contas consolidado.
Para tudo é necessário uma base de entendimento, para os temas das espiritualidade também é assim, mesmo que as religiões tenham até hoje, tentado afastar a ideia que é possível entender as questões da existência, certamente que o motivo não se prende com fato de termos que ser peritos no tema. Na realidade, basta entender as bases, de forma a decidir se queremos adentrar mais ou não nos seus conhecimentos.
Este não é um assunto opcional, em que alguns podem evitar lidar com ele. Todos deveríamos aprender sobre algo com que um dia todos e individualmente teremos que lidar. Fazer de conta que esta, não é uma verdade inquestionável, é remeter para o foro das fobias, algo que é tão natural como nascer, aprender a andar ou falar. Depois de nascermos, só há uma certeza – morreremos. O que existe para alem desse ato, quem criou o que temos como existência, o motivo dessa criação e todas as questões ligadas às incertezas a que o medo do desconhecido nos relega, são questões individuais e devem seguir um caminho próprio relativo a cada ser humano. Como em tudo na vida, todos lidamos com as fobias de forma diferente, somos seres que nos individualizamos e a partir desse momento, ganhamos ritmos diferentes uns dos outros, assim, para nos cientificamos, todos precisamos de encontrar o nosso próprio ritmo.
(...)

Do livro: “A origem de todos os mistérios, verdades e mentiras.”
Capitulo X: “Passar o testemunho para manter a chama viva.”

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Céu como horizonte.




“Todas aos crises em que a humanidade se viu mergulhada, sempre esteve na sua origem, algo que até hoje se teima em desvalorizar – o enorme desequilíbrio entre o conhecimento cientifico ortodoxo e o esotérico. Ou seja, o poder económico, politico e militar, estar nas mão de seres humanos que não têm a devida preparação espiritual, se tivessem, não haveria injustiças, pois o poder, só o seria, com o objetivo de servir” AC

In: “A Origem de todos os Mistérios, verdades e mentiras.”
Capitulo IX 

sábado, 10 de novembro de 2012

A luz que ilumina o caminho.

(…)

Todas as pistas que segui até hoje que me levaram a verdadeiras descobertas, estavam protegidas e a salvo dos vis buscadores de tesouros, pois todos estes procuram através de pistas e chaves materiais. A sabedoria arcana é acessível a quem está genuinamente em sintonia com ela, isso é garantido pelo fato de determinados detalhes/pistas que levam aos pormenores que permitem estar em posse de todos os elementos que reunidos, dão acesso à fonte do mistério/do saber, só ser concedida através de estados elevados de consciência, num acesso imaterial. Assim fica garantido que quem acede a essa informação, está preparado para tratar de forma adequada tal conhecimento.
Esta forma de entrega é a única que resulta de uma profunda imparcialidade, do verdadeiro mérito, garantindo que só quem ou quando se está preparado para dar uso correto, só esse ou ai, se acede a ela. Muito se fala dos rituais de Ordens Iniciáticas, entre as Maçonarias, as Fraternidades, as Escolas de Mistérios, na verdade existe em todas elas, poucas que resultam de origens genuínas, para ser sincero, de todo o meu percurso de busca em que procurei encontrar organizações que fossem genuínas, descobri aquilo que também o Hermetismo diz numa frase – “Aqueles que dizem saber, não sabem e o que sabem não dizem”.
Todos os rituais constituídos pelo Homem, estão sujeitos à tendência do favorecimento pessoal, não por mérito puro e isento. Isto leva a que qualquer que seja o ritual, mesmo podendo ter sido constituído com boas intenções, termine por depender do carater de quem os perpetua.  Assim é fácil entender que tudo o que foi constituído na humanidade que dependeu a sua perpetuação pelo ser humano, devido à sua falibilidade, quanto à forma isenta da sua ação, da sua intenção original, com o tempo, deva ser questionada.
Esta verdade deve ser aplicada a tudo, quer sejam  relativas à nomeação de cargos, iniciações, questionamento do que é a historia da humanidade, mesmo aquelas partes  que se designam por conhecimentos religiosos, científicos, etc. Tudo deve ser questionado e somente do resultado dessa duvida nasce a verdade. Esta é a abordagem hermética e é ela que permite que tenhamos acesso isento à percentagem de informação disponível, sobre tudo e todos os assuntos que nos pode colocar na posição de afirmarmos ter, de fato, acesso às verdades.
Saber reconhecer o caminho da senda, a busca da verdade, é muito mais do que somar uma serie de conhecimentos, interpretações e significados simbólicos. Saber fazer esse caminho, é a todo momento colocar em prática toda essa sabedoria, traduzindo a nossa existência no pleno significado que ela deve ter – Nascer para vir a ser LUZ e sê-la.  

(…)
Parte do Capitulo VI – “A luz que ilumina o caminho.”
Do livro – “A origem dos mistérios, verdades e mentiras.”

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Entre pensamentos, encontramos algo mais .


(...)
Nunca aquilo que gostamos de pensar serem problemas, derivam de outra coisa que não seja da dessincronia cronologia em que ocorrem os eventos. Quando a necessidade de solução para dar resposta ao evento, surge depois do tempo em que o evento necessitaria dela ou nem surge, acontece aquilo a que designamos por problema. Veja-se, todas as ações que necessitamos executar no nosso dia-a-dia, resultam da necessidade de respostas a eventos que vão ocorrendo, certo?!
Então, mesmo sem nos darmos conta, somos maquinas, quase, perfeitas a resolver problemas em tempo real, enquanto a velocidade em que apresentamos ou temos as soluções para dar resposta aos eventos, for perfeitamente compatível com a necessidade cronologia da solução certa, nunca teremos aquilo a que designamos problema, mas sim eventos que necessitam ações, aos quais respondemos atempadamente. Então a diferença está, não no evento em si, mas na nossa capacidade de apresentar a solução ou, se possível, da nossa incapacidade em atrasar essa necessidade.
O índice da nossa capacidade para nos defrontarmos com eventos perfeitamente resolvíveis, aquilo que poderíamos entender por não encontrar dificuldade alguma em ter respostas prontas para tudo na vida, está diretamente relacionado com a capacidade intelectual que desenvolvemos, ou se preferirmos, com os estados mentais elevados que conseguimos atingir. Como consta dos mais elevados ensinamentos das ciências sagradas, devemos ter como certo que todos os eventos que ocorrem estão relacionados com um conjunto de encadeamentos lógicos e que pré-existem. A única dificuldade criada deve-se ao fato de só termos acesso, mentalmente, a parte da informação e em certas ocasiões, a parte que nos fica a faltar, representa a resposta para aquilo que podemos chamar de solução/decisão certa ou até eureka.
Se soubermos como aceder a esse manancial de informação ilimitada, onde tudo pré-existe, onde está aquilo que conseguimos perceber e aquilo que não conseguimos, quanto mais claro e eficaz for o nosso acesso a essa fonte de informação, mais capazes seremos a apresentar sempre a solução, a resposta ou o conhecimento necessário a todos os momentos a que a vida nos leva. Aqui joga um papel importante a forma como atingimos estados de consciência mais elevados ou o que se entende na ciência ortodoxa por uma maior capacidade e domínio do intelecto.
Quer todos os que se mantêm na abordagem cientifica mais mística, quer os que ficam do lado da ciências mais ortodoxas, ambos se prejudicam a si próprios, pois percebi ao longo da minha vida de ser busca-dor que como afirma Buda, o segredo está no equilíbrio, no caminho do meio. A visão xenófoba  que ambos professam em relação aos outros, levam à sua incapacidade de atingir verdadeiros resultados.
Nisto o hermetismo eleva esta verdade ao seu mais eficaz resultado, costumo afirmar que o hermetismo representa e estuda o conjunto de fenómenos e ciências que se encontram entre as religiões e a dita ciência ortodoxa. Uma região oculta e silenciosa que ninguém quis desvendar à humanidade ao longo de toda a nossa historia, mas é nela que se encontram as chaves para todos as respostas, acreditem.
Do resultado desta forma de pensar, obtive resultados únicos, a união entre ambos os conhecimentos, sem preconceitos, ajudaram-me a desenvolver mecanismos de forma a conseguir atingir estados de consciência  que me serviram e servem como instrumento para levar a cabo a persecução das soluções para grande parte dos desafios que tenho vivido, entre eles, aqueles que representam a minha busca enquanto ser humano.
Terminei por desenvolver várias técnicas daquilo a que a linguagem mística designa de estados elevados de consciência, níveis elevados de entendimento espiritual e a partir dai, obtive um forte aliado para apoiar-me em todo o tipo de respostas e nas mais varias aplicações. Partindo da técnica que usava ao deitar e ao acordar que os dois lados do cérebro estariam em atividade, um a reduzir a sua atividade e outro a iniciar, comecei a compreender que esse processo, não se desenvolvia pelo fato dos dois lados estarem a funcionar, mas pelo fato do nível de funcionamento ser mais baixo.
Havia sim, um fenómeno a partir do qual o cérebro era parte importante no processo, mas ao contrário do que eu pensava, na perspetiva de quem quer aceder a estados de elevação do entendimento, aqui e nestes casos, o cérebro era a parte que dificultava o processo, não o contrário, como eu pensava e também as próprias ciências que estudam estes processos, afirmam. Até ai, usava só parte do potencial que era possível conseguir, pois percebia só parte do fenómeno. Aqui também como afirma o hermetismo – “o conhecimento pleno leva-nos ao entendimento e este, à cientificação que por sua vez representa a libertação de toda a ilusão/ignorância”  e até Cristo afirmava – “…conhece a verdade, pois ela te libertará”
(…)
Capitulo V – “Entre pensamentos, encontramos algo mais .”
Parte do livro – “A origem dos mistérios, verdades e mentiras.” AC

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Vencer a dúvida e seguir em frente.

(…)

O tempo passou sem que eu tivesse qualquer nova informação que me levasse a avançar nas minhas constatações. Por um período de tempo, dei por mim, algo desligado dessa busca mais material e ocupei mais o meu tempo com uma busca mais imaterial, mais ligada aos planos espirituais.  Dessa minha decisão, dessa minha desilusão com a busca mais material, resultou um salto em frente e para o alto, como se diz no Hermetismo, pois tive um período de significativo crescimento espiritual. Foi desse interregno mais material e dum maior aprofundamento da procura de respostas num plano mais transcendente que acabei, sem querer, por conseguir libertar-me da encruzilhada da falta de pistas na procura de respostas.
Dos meus estudos mais direcionados para os questionamentos dos planos espirituais, desde cedo a minha linha tinha por base o hermetismo. Embora , na época, eu não tivesse consciência disso, seguia a minha intuição no que julgava ser a minha própria linha de entendimento destes fenómenos, mesmo que por vezes colidisse com aquelas correntes místico-filosóficas que eram do meu conhecimento e às quais tinha acesso. Mas este período de estudo, acabou por me revelar a chave que me faltava.
Um dia, decorria o ano de2003, estando a relacionar alguns fatos e acontecimentos históricos, quando senti necessidade de recorrer a um mapa, como já era o meu habito na época, quase não uso o papel como instrumento de leitura ou escrita, sempre que me é possível, sempre que exista meio para aceder à informação em formatos digitais, essa é a minha opção. Aqui também usei o método através de mapas disponíveis em plataformas digitais. Ao ter que juntar vários pontos num mapa-mundo que estavam, geograficamente, situados em locais diferentes, para fazer os seus relacionamentos históricos, acabei por desvendar algo que procurei tanto tempo e que nunca até ai tinha conseguido relacionar – a matriz para me levar a seguir as pistas e partes das mensagens que congregadas e ordenadas, me tirariam daquela encruzilhada, para assim poder dar continuidade à minha busca.
Todo o tempo em que visitei ao acaso monumentos, igrejas e catedrais, sem dai retirar informação que me permitisse avançar nas ligações entre o que estava por traz das coincidências e similitudes de assuntos como, as lendas do 5º império, do Rei Arthur, os fenómenos e movimentos que Fátima, o Cristianismo em si, a Ordem dos Templários, Salomão e aqui também o papel que o próprio hermetismo, tinham nisto tudo. Obviamente que estas visitas, indiretamente nos meus mais íntimos questionamentos, tinham como objetivo obter respostas para as grandes perguntas da humanidade. ?Quem somos, o que é a vida, porque existe este mundo desta forma aparentemente injusta para uns e benéfica para outros. Quem é DEUS, quem foram os deuses que criamos enquanto humanidade ao longo da nossa historia, existe algo depois da vida, se existe o quê, voltamos e este mundo – reencarnamos? E tantas outras…
Agora compreendia como seguir até às mensagens e assim desta forma, ao agrega-las, ter uma pista concreta que me permitisse continuar. Precisava de aplicar um dos quadrados mágicos que tinha como certo serem uma das chaves, não num local em concreto ou num objeto, mas sim à escala de um determinado mapa. Mas que mapa? Precisava descobrir, pois isto iria levar-me a entender e ter acesso aos locais concretos onde deveria procurar essas partes das mensagens que agregadas, na sequencia correta, revelaria, não só as mensagens, como a própria sequencia do seu encadeamento.
Fazendo vários exercícios de aplicação dos possíveis quadrados mágicos, em várias tentativas sobre mapas, com base na informação que já dispunha, cabei por descobri o padrão que desenhava a ordem e locais onde eu deveria passar a procurar. Neste caso, o quadrado que encaixou, era de complexidade décimo e assinalava dez pontos, (um quadrado de grau décimo, tem em si “10x10” quadriculas, ou seja, 100 posições possíveis), numa determinada escala no mapa e numa área geográfica que ia desde Portugal, passando por Espanha, França, Inglaterra, Egito, Palestina e Grécia.
Percebi que tinha um longo caminho pela frente, mas ganhei novo alento, pois agora sabia como procurar e onde procurar. Estava no ano de 2003, estas pistas iriam levar-me num longo e árduo caminho, mas se, saber superar a dúvida é um dos três grandes desafios do caminho dos mistérios, ter o dom da paciência é a arte que nos permite atingir a finalidade desse caminho – a sabedoria.

Ultima parte do Capitulo IV – Vencer a dúvida e seguir em frente.
Livro – “A origem dos mistérios, verdades e mentiras.” AC

A Visão de Ezequiel


domingo, 4 de novembro de 2012

A grande ilusão

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Toda a minha vida sofri e vi sofrer os que me rodeiam. Nunca até esta fase da minha existência, tinha questionado o verdadeiro motivo deste sofrimento. Como qualquer outro ser humano, sofria e desse sofrimento apenas tentava ver-me livre. No momento era o que importava e depois, aparentemente, já não fazia sentido pensar em algo que já não nos afeta mais. Nunca em caso algum, tentava perceber os motivos que levavam a tais situações.
Se olharmos bem para a humanidade, todos fazemos exatamente o mesmo, apenas tentamos resolver o mal-estar emocional em concreto, sem pensarmos nos verdadeiros motivos que o originaram, aquilo que nos levou ao estado de angustia, melancolia, desilusão e até mesmo à depressão.
Não é comum fazer este tipo de introspeção, quando as próprias disciplinas da ciência médica que se destinam a auxiliar o ser humano nas questões que se relacionam com os temas da mente, por sua vez dos estados emocionais, são elas próprias que desvalorizam a questão da procura da solução, pela origem, preocupando-se unicamente em resolver o efeito mais imediato.
Na verdade tanto na psiquiatria como na psicologia, a abordagem terapêutica que é feita, é na essência, não pela anulação do estado de sofrimento na origem, mas pela aplicação de uma “capa” sobre essa suposta origem, levando o paciente, ilusoriamente a deixar de se sentir afetado momentaneamente.
Vou deixar um exemplo. Imagine-se uma situação das mais comuns na atualidade – a incerteza quanto ao futuro, perder o emprego ou não conseguir um novo. Alguém que entrou num estado de ansiedade, mais ou menos profundo, devido aos problemas relacionados com a espectativa que se tem face a um destes acontecimentos, aquilo que as atuais disciplinas da ciência médica fazem, é basicamente, com o auxilio ou não de medicação, fortalecer o ego da pessoa.
Ajudando-a a elevar a sua autoestima, ela fica momentaneamente convencida do seu maior valor enquanto profissional e isso permitirá encarar que a origem do que seria o seu problema face à incerteza do emprego, se dissolva, pois conclui ser melhor do que julgava.
Na verdade, nesta abordagem, mesmo quando se atinge algum efeito desejado sobre o paciente, ele é momentâneo, pois caso no futuro a expectativa que veio reforçar a autoestima não se confirme, o que esta intervenção gerou certamente, foi um maior fortalecimento dos mecanismos que originaram o problema. Então a abordagem feita pelas ciências médicas da mente, são paradoxalmente, em muitos casos, a causa do agravar da próxima crise emocional que leva ao dito sofrimento.
Todos nós já experimentamos situações de reincidência de estados emocionais ligados ao sofrimento, mas nunca os relacionamos, pois os motivos que levam novamente ao surgimento dos sintomas de sofrimento, são aparentemente distintos dos anteriores, julgamos nós. Na verdade esta ideia é errada. É de uma ilusão que se trata, quando pensamos não haver relação entre eles, isso é fruto do fato de não conhecermos, ou melhor dizendo, não estar conscientes, da verdadeira origem dos mecanismos que nos levam ao sofrimento.
Então o que origina o sofrimento? Bem, para dar essa resposta teremos que fazer várias abordagens e espero ir fazendo essas abordagens ao longo de várias reflexões, pois a resposta abrange um imensidão de temas. Para iniciar devemos distinguir entre sofrimento de caracter físico e mental ou emocional, sendo a abordagem aqui feita, essencialmente do segundo tipo.
Embora existam várias explicações quanto à sua origem, pode-se, com grande grau de certeza, afirmar que todas elas partem de um pressuposto único – o malograr da espectativa que geramos face a qualquer coisa ou evento idealizado. Esta sim é a matriz de toda a origem do sofrimento emocional, pois é a partir dela que todos os vários mecanismos que levam ao estado de sofrimento se desdobram.  
Para provar que esta é a causa verdadeira, é necessário que aplicada a sua matriz a todos os casos, se consiga obter uma completa correspondência entre os efeitos (sofrimentos pontuais) e a referida causa (expectativa malograda). Normalmente a grande dificuldade está em identificar a verdadeira causa depois de desdobrada, isto partindo do pressuposto que existe um padrão, como que uma única origem para o sofrimento.
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Extraído do Capitulo II “A grande ilusão.”, do livro – “A origem dos mistérios, verdades e mentiras.” Autor “AC”

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Quem guarda as chaves das tuas grades Humanidade??!!...


“Quase sempre aquilo que vemos nos outros, é na verdade, um reflexo do que somos.” AC


A humanidade vive prisioneira de vários paradoxos, mas em nenhum deles, ela própria está isenta de culpa. Em bom rigor, todos esses que a mantêm refém, são na verdade, criados e mantidos por si. Então do que nos queixamos, se vivemos eventos que nos desagradam, mas criados pelas consequências das nossas próprias ações?!...
As sociedades sofrem devido ao egoísmo dos que tudo têm e em nada se preocupam com os que menos têm. Afirmamos e concordamos ser isto que faz toda a diferença e de fato faz. Mas qualquer um de nós, mesmo aqueles que se consideram prejudicados face aos que mais têm, alguma vez pararam para refletir sobre todos os outros seres humanos que vivem no mundo com muito menos do que nós?!! Então não é paradoxal, acusarmos aqueles que têm mais do que nós de nada fazerem, quando desde sempre existiram muitos seres humanos lutando por sobreviver e na verdade nós nunca pensamos neles ou em prestar qualquer ajuda?! Como podemos criticar outros de algo que nós também fazemos e por incrível que pareça, por vezes nem temos consciência disso.
Vivemos sofrendo inúmeras injustiças, criadas com base em preconceitos sociais. Quem nunca sofreu dessas injustiças preconceituosas? Na sua maioria, todas elas são criados por códigos, incutidos desde o nosso nascimento. Então criamos códigos de moral e ética, de certo e errado, de bom e mal, como forma de condicionarmos comportamentos menos adequados na humanidade. Paradoxalmente estes tornam-se  prisões, terminando por se tornar naquilo a que denominamos preconceitos. Sempre e desde que esses conceitos éticos, estejam em desacordo com os nossos interesses pessoais, chamamos-lhes - preconceitos. Quando educamos os nossos filhos, quando exigimos dos que nos rodeiam comportamentos ditos éticos ou morais, somos nós os primeiros responsáveis pela criação dos códigos que levam aos comportamentos preconceituosos, pois esses códigos servem a ambas as perspetivas, só dependendo da forma como o interesse da humanidade os possa ver em cada caso e em cada momento.
Toda a nossa existência tem como base o medo. Temos medo do futuro, devido à incerteza do que ele nos reserva e esta incerteza tem por base o fato de não ter controlo absoluto sobre todos os eventos. Sofremos no presente com esse medo do futuro, sem sequer perceber que todas as respostas à resolução desses medos, se encontram no passado. Tememos tudo porque criamos expetativas para o futuro sem entendermos que as ações vividas no que vemos como passado, geraram os medos de muitos outros e que as ações desses muitos outros, irão gerar a origem das nossas próprias incertezas face ao futuro. Temos medo, porque não controlamos o resultado dos eventos futuros e não o controlamos porque não entendemos que todos os outros participam da construção desse nosso futuro. Cada um de nós cria só parte desse futuro, mas todos juntos, definimos o futuro de cada um e isso aterroriza-nos. Pois todos decidem sobre o nosso futuro e nós aparentemente participamos só em parte nele, esquecendo que influenciamos uma parte do futuro de toda a humanidade.     
Somos cocriadores dos eventos que geram mais tarde todos os nossos sofrimentos. Unicamente temos dificuldade em perceber esta única realidade, porque enquanto destinatários dos efeitos que ajudamos a criar, preferimos não acreditar que o futuro de todos é feito por cada um de nós e que daquilo que cada um faz, dependemos todos.

sábado, 13 de outubro de 2012

A verdade, a identidade e a Humanidade.


“Todo aquele que diz conhecer a sabedoria, deve saber que ela é livre e desse saber, deverá resultar a humildade de deixa-la liberta, para que ela se mantenha fértil” AC

               
As religiões têm sido propostas enquanto sistemas de auxilio para que a humanidade possa recuperar a sua ligação ao seu verdadeiro plano da existência. A espectativa humana é que elas, nas suas várias linguagens, nos tornem seres salvos do que elas designam por padrões infernais, levando-nos assim aos planos a que elas denominam - paraíso ou céu.
As correntes místicas, por sua vez, tentam ir um pouco mais longe e criam na humanidade uma expetativa mais profunda, tentando assim chegar a todos aqueles que não acreditam que o espirito humano seja aquilo que as religiões afirmam e muito menos que DEUS, o céu e o inferno, sejam o que as religiões ensinam. Estas, trazem à humanidade a proposta de que o espirito humano, aqui aprisionado, se pode tornar liberto. Tal libertação estando representada pelo estado de recordação plena do que o espirito humano é na realidade, mas poucas ou nenhumas, conseguem chegar a um consenso sobre o que representa esse estado pleno, tornando o simples entendimento, inalcançável para a maioria da humanidade.
Por outro lado, a humanidade espera e desespera por um sistema que traga aquilo que é o seu maior desejo – respostas, entendimentos plenos e resultados. Ao longo dos tempos a humanidade tem dado mais crédito aos vários sistemas que se apresentam como as derradeiras soluções para o regresso do ser efémero à consciência de ser eterno, do que, de fato, esses mesmos sistemas mereciam, pois qualquer deles, nunca apresentou verdadeiros resultados.
Mesmo assim, pelo fato de parte da humanidade acreditar que um dia nascerá um sistema capaz de o fazer, ela, continua a manter vivas essas expetativas através de  profecias criadas e mantidas ao longo dos tempos, como uma chama de fé inabalável que apenas muda o seu formato de cultura  para cultura, de época para época. Mas na essência, tais profecias, representam, todas elas, o grito de desespero da humanidade clamando por ajuda e reafirmando que continua a acreditar que DEUS não a abandonou. Como dizendo: “Sei que estás ai, sei que um dia virás de verdade e que nesse dia, o sofrimento, a mentira, a ignorância e a escuridão, terminarão”.
Até mesmo as próprias religiões e as correntes místicas, acreditam em tal fato, pois são as próprias que criam e mantêm essas profecias, sendo tal ato a demonstração clara que elas admitem a sua incapacidade de auxiliar a humanidade. Elas, ao cria-las, admitem a sua impotência na resolução do problema e para tal, deixam nas mãos da fé, das doutrinas proféticas que criam, a esperança de que DEUS ou um seu Emissário, venha e traga a verdadeira, a derradeira solução.
Embora todas chamem a si e em nome da sua verdade, a vinda dum Avatar, dum Emissário Divino que resolverá o que elas em toda a existência não conseguiram resolver, nenhuma diz com exatidão como, quando e em que moldes isso ocorrerá. Devido ao fato de nenhuma delas saber de fato sequer se, como e quando essa resposta poderá surgir. Entretanto ao longo da historia vamos tendo remédios, ténues tentativas daquilo que a historia da humanidade foi registando como vindas de Emissários e quando a sua partida acontece sem que a humanidade tenha o seu drama de existência resolvido, inventam-se mais umas quantas versões justificativas para o insucesso, criam-se mais uns quantos supostos regressos desses ou outros Emissários. Assim vão negando a verdade sobre a farsa do resultado e do comprimento da profecia em concreto, assim vai-se mantendo por mais uns séculos a humanidade na expetativa, na crença, na fé de que é preciso saber esperar, que ainda não estávamos preparados e por isso não foi agora.
O fato delas não admitirem que erram, mesmo sabendo que a intenção é positiva, mas não reconhecendo que não conhecem tudo, que os seus altos signatários não têm acesso às verdades todas, que todas elas são criações humanas, como tal, sujeitas ao erro e à falibilidade humana. Tal fato cria algumas correntes de descrentes, abrindo a porta para a criação de correntes místicas e religiões falsas, originadas com prepósitos ligados ao lado negativo.
Desta forma a humanidade vive envolvida por grupos de religiões e correntes místicas, umas falsas e outras autenticas na sua intenção, mas que não conseguem sequer explicar-nos:  quem somos, porque existimos nesta dimensão, que outras dimensões existem, como podemos voltar à origem, ou até, se há origem.
Como podem as religiões verdadeiras pedir à humanidade que tenha fé, se é isso que ela tem tido, sem nunca em troca tenha recebido qualquer beneficio efetivo?
Como podem as correntes místicas ditas autenticas, afirmar que a humanidade não está preparada para receber as suas verdades que os libertará, se elas nunca trouxeram essas verdades  uma linguagem humana, simples e eficaz?
Como podem ambas acusar a humanidade de se deixar levar por seitas, se são elas próprias que criam o estado de incerteza e a incapacidade da humanidade distinguir o que é verdadeiro do que é falso?
Como podemos criticar aqueles que se refugiaram no ato de  desacreditar em tudo e em todos os sistemas, teorias e filosofias místico-religiosas?
  São pois responsáveis todos os que afirmam conhecer o que na realidade desconhecem, mesmo que o façam na tentativa de manter a humanidade apaziguada. Uma mentira é sempre uma mentira, mesmo que a sua intenção seja positiva. São pois responsáveis todos os que afirmem conhecer a LUZ, saber descrever as cores do arco-íris, ensinar sobre sutilidade de uma paisagem no horizonte, desde que estes que afirmam e os que os ouvem, sejam seres não dotados da visão – cegos.
Basicamente é assim que vive a humanidade, na condição de seres a quem lhes foi tirada a visão, por algum motivo que ninguém ainda conseguiu explicar, guiada pelos seus semelhantes que a única diferença para todos os outros é afirmarem que um dia já viram a LUZ e nós acreditamos neles.
Somos cegos guiados por cegos, seres eternos esquecidos da nossa verdadeira condição e missão, acreditando que precisamos de um salvador. Mas apenas precisando de alguém que veja verdadeiramente a LUZ, que nos mostre o caminho, para que todos, sem exceção, seguindo esse caminho, possamos chegar à mesma condição de acordados ou recordados. Não devemos pois esperar por algo ou alguém que venha através de fenómenos extraordinários. Tudo o que precisamos é de algo ou alguém que tenha o verdadeiro conhecimento, nessa condição, de forma simples e humana, nos ensine, para que todos voltem à sua condição primordial.