domingo, 24 de julho de 2011

Os se7e sentidos Herméticos

Todos os seres em geral têm órgãos que funcionam como equipamentos sensoriais que servem para que ele receba informação do mundo que o rodeia de forma a que este possa interagir com ele. Desde a mais básica forma de vida até à mais subtil, todos interagem com o seu mundo e consequentemente interpretam esse mundo, em função da capacidade desses sensores. Nesta escala, deveremos considerar desde o ser mineral, até a mais elevada forma de vida espiritual, onde o ser humano não é excepção. É bom ter como referencia o facto de o ser humano se encontrar, nesta escala, mais próximo do grau de complexidade sensorial do mineral do que do ser mais desenvolvido espiritualmente, tudo isto dentro do designado mundo Imanente, mas em ambos os planos; físico e espiritual.

Numa perspectiva esotérica, existem no ser humano, três classes diferentes de sentidos sensoriais, os que apresentam estrutura física de captação para o seu fim funcional, o que apresenta uma estrutura puramente espiritual e um outro que utiliza os dois – os meios físicos, potencializados pelo meio espiritual. No primeiro grupo, encontram-se os órgãos – olhos (visão), ouvidos (audição), aparelho bocal (paladar), aparelho respiratório superior (olfacto) e superfície da pele (tacto). No segundo junta-se-lhes a intuição e finalmente no terceiro a percepção nos seus vários níveis.

Aos cin5o sentidos que são do conhecimento comum, acresce-se-lhe o se6to, aquele em que poucos acreditam e mesmo os que nele crêem e falam, pouca importância lhe dão – a intuição. Este é sem dúvida o que mais polémica, debate e dúvidas levanta em toda a forma de pensamento, quer seja ele, cientifico, filosófico ou religioso. Em qualquer quadrante, no que ao nível do seu entendimento se refere, cada um atribui-lhe níveis de interpretação funcionais deferentes, no entanto, qualquer dessas tentativas de interpretação e entendimento, efectua a abordagem numa perspectiva errada. Isto não se passa somente com a intuição, mas com todos os restantes sentidos, no entanto, porque este e o se7imo são de longe os mais subtis de todos, esta mesma subtileza aumenta significativamente as dificuldades de compreensão face aos restantes cin5o.

Quando pensamos na sua verdadeira importância, no seu verdadeiro impacto na nossa vida, percebemos que todos eles, todos, são responsáveis por tudo o que somos, pelo modo como agimos, como vivemos, como vemos o mundo e os outros seres. A grande maioria, usa unicamente os primeiros cin5o e de forma muito limitada, involuntariamente, o se7imo. No caso do se6to - a intuição, muitas vezes ela está presente para quase todas as situações e em todos os seres humanos, no entanto, pelo facto de termos desaprendido a utilizá-la, quase nenhum de nós a percebe e interpreta, assim, não usando a seu favor as grande vantagens que esta poderia proporcionar.

Paradoxalmente, o facto de não usarmos, todo ou em parte, um ou mais destes sentidos, isso, particulariza-nos, individualizando ainda mais as nossas características e por sua vez a forma como vemos e vivemos esta encarnação. Assim, todas as diferenças aparentes que caracterizam a individualidade do ser humano, partem da forma como temos desenvolvidos os sentidos – equipamentos de recolha sensorial física e espiritual. Todo o ser, a partir do seu nascimento, se irá apoiar nestes e da forma como venham a ser desenvolvidos, daí, resultarão as suas características como ser, aparentemente único, na perspectiva dualista.

O mundo que identificamos como o mundo real, à nossa volta, o mundo físico, é o conjunto de informações recebidas dos órgãos sensoriais que temos disponíveis para recolher essa informação exterior e levar à nossa mente. Neste sentido, podemos afirmar que o mundo que sentimos, temos como presente e como nossa realidade, está condicionado pelo grau de desenvolvimento desses órgãos de recolha de informação, daí podermos afirmar que se questionarmos a falibilidade desses órgãos, então podemos concluir, sem qualquer dúvida, que existem inúmeros detalhes neste mundo que por insuficiência sensorial, não conseguimos detectar, mas que estão presentes neste mundo. Caso exista um ser com maior grau de desenvolvimento dos sensores necessários para detectar essas informações que nos escapam a nós, então para esse ser, o seu mundo, poderá ser mais fidedigno que o nosso, mais completo e obviamente, independente da interpretação que lhe quisermos dar, mas será certamente diferente do nosso.

O grau de desenvolvimento destes sentidos sensoriais, não depende de factores genéticos ou hereditários, na grande maioria das vezes depende do grau de desenvolvimento que se lhes dá. Todos eles, sem excepção, são susceptíveis de desenvolvimento e treino. O que ocorre quase sempre é que deixamos que todos eles se desenvolvam em função do que nos afirmam serem as nossas necessidades, quando quem nos “orienta”, nem tem a noção de tal facto, pois o que as ciências educativas, no que toca ao desenvolvimento do ser, fazem é pura e simplesmente dedicar-se aos aspectos secundários - aos dados ou informações que o ser deve recolher e não dá prioridade ao incentivo a um maior desenvolvimento dos órgãos que recolhem essas informações.

Por exemplo: se numa criança desde a nascença lhe incutirmos o treino no ouvido para a musica, se pretendermos, para um tipo de musica em particular, o que ocorrerá é que está mesma criança terá mais desenvolvido que outras, em comparação, a sua sensibilidade musical. Ora isto não é um facto genético, como a ciência tenta afirmar normalmente, mas sim um facto de influencia por treino de um determinado órgão de recolha sensorial. Normalmente numa família onde existem músicos, é bem comum que as crianças que crescem nesse meio, favorável a um maior desenvolvimento da sensibilidade musical, venham a ter maiores apetências sensoriais para a musica e concretamente para esse tipo de musica e não outra. O mesmo acontece com muitos outros órgãos, se reflectirmos, veremos que o que encaramos como hereditário ou genético, no que aos órgãos sensoriais se refere, não são mais que maior grau de treino desde o nascimento de forma natural, por exemplo, por influencia do meio familiar em que nascemos. Numa família de professores a tendência a ter crianças que sejam professores é maior, numa família de matemáticos a tendência a ter crianças que venha a sê-lo é maior, de músicos, de ginastas, de bailarinos, etc.

Para quem nasceu surdo os sons existem, mas existem sob a forma de vibração. Quando no mundo de um surdo, se emitem sons, o que este ser recebe são vibrações no seu corpo. Então para um surdo os sons existem, mas o mundo dos sons, a musica, os sons emitidos pelo ruído de um carro a passar, etc. são muito diferentes que do mundo do ser que utilize o órgão da audição – os ouvidos, no entanto, para o surdo, existem os sons, só que ele sente-os e não os ouve. Então o seu mundo é bastante diferente só por este simples facto.

Para um ser que nasceu sem visão, continua a existir o sol e a lua, mas no seu mundo, estes estão presentes de forma bem diferente. O sol para um cego é sentido, por outros órgãos sensoriais, ele sente o seu calor na pele e pela intensidade desse calor, reconhece até se estamos com pleno sol, enublado, etc.

Estes exemplos, simples, demonstram bem como pequenas diferenças nos órgãos sensoriais podem alterar substancialmente a forma como o mesmo ser pode sentir, ver e interpretar o mundo – o seu mundo. Basta por vezes que se melhore um destes órgãos para que a sua realidade se altere, por vezes substancialmente.

Imagine-se agora quando introduzimos aqui a análise dos dois sentidos sensoriais mais subtis, até porque, um deles e o seu grau de desenvolvimento, influencia directamente os restantes, até mesmo os primeiros cin5o, os que têm um cariz mais físico.

Todos reconhecemos que o desenvolvimento da intuição, está ligada a uma maior ou menor actividade esotérica e mística, isto é, também esta necessita de treino e trabalho especifico para o seu desenvolvimento, neste caso de trabalho efectuado sob a perspectiva espiritual. Mesmo para o ser que de forma natural, conseguiu manter este sentido no seu nível de desenvolvimento pré-natal, mesmo para este, é susceptível de maior grau de desenvolvimento com o devido treino e trabalho direccionado para esse fim.

Já a percepção não sendo aparentemente tão subtil, não é por isso menos complexa e os seus graus de aplicabilidade e as influências sobre todos os restantes sentidos são de suma importância, subsequentemente é a partir deste e da interacção com os restantes que se forma o mundo aos nossos olhos. Então poderíamos mesmo afirmar que a percepção e o seu grau de desenvolvimento influencia todos os restantes sentidos e esta caracteriza-nos, definindo a forma como interpretamos o mundo imanente.

Sob o ponto de vista esotérico, a percepção e o seu grau de desenvolvimento, no ser, jogam um papel fundamental. Concretamente para o Hermetismo o seu desenvolvimento é fundamental, pode-se dizer mesmo que só à medida que esta se desenvolve, só assim, é possível ao Hermetista, avançar nos seus estudos e consequentemente no seu grau de desenvolvimento. O verdadeiro estudante de Hermetismo precisa de expandir a sua percepção para, ao estudar, experimentar esses conhecimentos, colocando-os em prática. Ora isso só é possível, quando os níveis da percepção correspondem ao nível dos temas estudados, sem o qual, os temas e matérias abordadas, não farão qualquer sentido para ele.

O conhecimento Hermético tem por base a experimentação, sendo assim, tudo o que se apresenta ao estudante sob o ponto de vista teórico, para se substanciar como conhecimento de facto, deve ser experimentado, para tal a percepção joga um papel de vital importância, pois é esta que permite ao estudante expandir os restantes sentidos de forma a atingir os níveis de sensibilidade necessários para que se produzam as condições de experimentação.

Partir é tão natural como chegar

O ser humano, por mais que se julgue preparado para o acto natural que é a morte, o facto é que confrontado com ela, representado no partir de um ente querido – amigo ou familiar, nesse momento ele sente até que ponto é falha essa suposta preparação. Raramente conseguimos entender e aceitar em plenitude a separação, mas vendo bem nesta aparente fragilidade de defrontar a partida deste ente querido, ela representa na verdade, o momento em que enfrentamos, mesmo sem percebermos, o cenário da nossa própria partida.

A angustia do desconhecido, o cenário de partirmos, de deixarmos tudo e todos os que temos como “nossos” – o nosso mundo, criado ao longo de anos de vida direccionada para o plano material, fazendo de conta que este plano é o motivo porque existimos, não querendo questionar algo que sabemos se tão certo como o termos nascido, não são mais que um acto reflectivo. Nestes momentos, todo este tumulto de sentimentos, medos, angustias, guardados, adiados são colocados à frente daqueles que pretendem fazer de conta que esta é uma questão que se pode adiar até à “nossa hora”.

Muitos procuram entender DEUS, esquecendo que ELE fala através de eventos e esta também é uma forma de DEUS – O PODER SUPERIOR falar connosco. Aqui, nestes momentos, ELE pede-nos para reflectirmos na forma como estamos a lidar com algo que deveria ser o acto mais natural e nobre da nossa existência. Este e o acto de nascer, representam os dois únicos marcos temporais realmente importantes da nossa passagem por este mundo nessa encarnação. No plano Cósmico, é tudo o que acontece dentro destes que representa a peregrinação que nos levou espiritualmente a encarnar, sendo o total dos seus acontecimentos que servirão para medir o resultado obtido.

Movidos pela acídia preferimos manter-nos “cómodos” nesta nossa curta e fútil existência, mesmo quando o nosso espírito se debate para se fazer ouvir, questionando “os porquês” não respondidos, sem lógica. Mesmo ai preferimos de forma cómoda aceitar as respostas ilógicas que por vezes as religiões têm de criar para apaziguar um espírito inquieto que nunca parou de se debater para que o ser enfrente o que de mais importante e natural deveria ser - os primeiros passos neste mundo espiritual dos porquês – entender o ciclo natural que é a nossa vinda à terra, os caminhos anteriores que o nosso espírito fez e os que fará no futuro.

Sem se aperceber, o ser humano, quando se debate com a angustia, medo, tristeza da separação do ser que parte no acto da morte, representado pelo seu ente querido, o que ele vive de facto é sem ter e mesmo sem querer ter ciência plena disso – o seu acto final nesta encarnação – a sua própria morte. Neste acto o ser procura expurgar de forma não ciente os diálogos oprimidos entre o seu eu espiritual e o seu ego, sem perceber, neste acto de consternação pelo próximo o ego encontra uma forma de se conciliar com seu eu espiritual e por momentos, ambos se unem numa reconciliação que alivia por instantes terrenos o ser e o mantém na ilusão de estar tudo bem, tudo certo. Sem sequer querer questionar o facto inevitável que em breve ter que enfrentar de facto seu acto da partida.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O principal instrumento de estudo Hermético.

Só através da dúvida permanente podemos encontrar o caminho que nos conduzirá aos Grandes Mistérios e perante estes, ainda assim, será necessário que ela se mantenha para conseguir adentrá-los e chegar a conhecer a verdade absoluta.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mensagem para os meus “visitantes especiais”.

Se procurais aqui esoterismo, este pode ser um local para tal. Mas se as vossas visitas são no sentido de encontrar algum tipo de subversão humana, este certamente não é o sitio.

Reflexão sobre a verdade absoluta.

Chegado à conclusão da ilusão de tudo no mundo imanente, até mesmo dos Princípios Herméticos, iniciei estudos sobre o “porquê da reencarnação” ou se pretendermos – “sobre o sentido da (s) vida (s) neste mundo”. Certo que, como diz Confúcio: “QUEM, REVENDO O ANTIGO, APRENDE O NOVO, PODE SER CONSIDERADO UM MESTRE"…eu não diria, nem pretendo ser mestre, mas certamente é uma grande verdade, pois quase sempre procuramos obter mais informação e o que necessitamos de facto é de rever o que já temos, mas à luz da nova sabedoria que vamos adquirindo. Assim tenho feito e tudo o que compreendi com a informação obtida à luz de perspectivas anteriores, são vistas de forma bem diferente. “Para veres um mundo novo, basta mudar a forma de o olhar”

O facto é que a minha reflexão versa sobre um assunto já estudado por mim, mas quando vista à luz de um novo conhecimento, a conclusão a que “quase” cheguei sobre o que nos leva a encarnar e consequentemente a reencarnar tornou-se completamente diferente dando sentido e dimensão à afirmação de Confúcio, a saber;

Retirando o egocentrismo das religiões quando afirmam que o homem foi feito à imagem de Deus – do Criador. A mim, simples busca-dor, na perspectiva de estudante de Hermetismo, parece-me bem mais que somos uma espécie entre muitas outras encarnadas, num mundo físico entre muitos outros. Visto nesta perspectiva, a importância que o ser humano tem no contexto do mundo Imanente e até do Transcendente, até chega a chocar , pois não somos seres eleitos e privilegiados, mas sim mais uma raça de seres entre outras…talvez até menos do que isso, visto sob a perspectiva de outras raças…

Mas a pergunta que fica, perante tal cenário é: ? Então e mesmo sendo uma raça entre muitas, como fica a questão espiritual, qual e para quê a evolução do espírito humano? Indo mais longe ainda: ? Ele – espírito humano é eterno, evolui, ou também isso é uma ilusão, criada para nos manter ocupados por milénios com um objectivo concreto? QUAL e de QUEM? Se é assim, acredito que este seja o caminho dos verdadeiros mistérios, então que lugar e papel desempenham as hierarquias superiores do mundo Imanente?

Ao ser quando encarnado no corpo denso (físico), serve o objectivo principal de fazer evoluir o espírito humano. Esta afirmação para mim já fez mais sentido, pois hoje não vejo qualquer vantagem em fazer evoluir espiritualmente uma raça através de um meio (vaículo) físico, é perfeitamente incongruente, algo aqui está errado, pergunto;

? Se os níveis perceptivos do ser quando encarnado, são absolutamente diferentes (imensamente limitados) do ser espiritual, como podemos ter vantagens, enquanto ser espiritual, em evoluir através de experiencias físicas? Então porque não utilizar todo o tempo possível potencializando as experiencias no estado de espírito puro?

? As sucessivas reencarnações que os espírito faz…são acumuladoras de experiencias benéficas evolutivas? Então porque não as recordamos em plenitude, seria bem mais vantajoso se o ser se mantivesse ciente de todas as anteriores experiencias. Pelo contrário ao que a explicação comum para justificar as reencarnações, afirma, parece ser a resposta adequada: - Interessa a “alguém” ou “algo” que não recordemos ou que recordemos o menos possível para que não se torne penoso/repetitivo para os seres humanos.

Já agora: ? Qual o interesse de criar no corpo denso que supostamente é o vaículo por excelência para fazer evoluir o espírito, uma tão limitada percepção e porque que essa mesma limitação se adensa à medida que o ser se desenvolve de forma dita normal / natural (sem intervenção das doutrinas iniciáticas)?

Quando procuro encontrar respostas que justifiquem coerentemente estas questões, encaminho-me sempre para o mesmo tipo de resposta. Embora que com várias alternativas dentro delas, mas na essência a resposta é violenta para quem sempre acreditou, mesmo sem se dar conta que pensava assim, que o ser humano era o centro da atenção e da importância de todas as hierarquias superiores. Pois parece-me que não somos tão importantes assim, parece-me, isso sim, que existem seres de outras hierarquias que por compaixão nos pretendem ajudar, pois conhecendo a verdade sobre a nossa raça, sentem pena e sabem que ao espírito humano é possível sair desta roda, deste cativeiro, desta condição.

Se o ser humano usa vários outros seres vivos físicos e até espirituais (elementares / elementales, etc.) a seu belo prazer para deles obter o que é destes, porque outros seres, não o fariam em relação nós?

Já alguém perguntou a uma vaca se quer ser criada para nos dar leite, a uma abelha para nos dar mel, a um cristal se nos quer servir, a um elemental se nos quer servir e depois disso dissolver-se, etc. etc.

Se uma mosca nos incomoda, porque invade a nossa habitação (nossa casa), matamos ela, pois é uma coisa nojenta, mas na perspectiva do insecto: - A nossa habitação?? Isso não existe para a mosca. Então o que fazemos na perspectiva de um insecto é errado.

“Como é em cima, assim é em baixo e como é em baixo, assim é em cima.”

E o PODER SUPERIOR, nisto tudo, como fica? Pois a mim parece-me que fica como sempre ficou, só o nosso egocentrismo nunca nos deixou ver isso. ELE continua como sempre imparcial, pois ELE “É” e para ELE, o facto chocante, na nossa perspectiva, da raça que é o ser humano e seu espírito servir interesses de outros seres de outra (s) raça (s) não é mau, nem é bom, simplesmente “É”. Este facto só é mau quando visto na nossa perspectiva, devido ao lado em que estamos face à polaridade, pois para os seres que se alimentam dessa energia é bom e para ELE, simplesmente “É” para que o mundo Imanente exista.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A fé Hermética

“A fé é para o Hermetismo como uma teoria para a ciência.

Após ser exposta, deve ser experimentada.”

antac13

Mudar o Mundo II…

Um dia foi anunciado que num país distante, alem atlântico, uma empresa especialista em captura de espécies raras, tinha capturado uma criatura da espécie que estava a atacar o mundo – o tão conhecido “monstro-da-crise”. Mantido em prisão, sob fortes medidas de segurança, esta empresa, convidou os vários governos do mundo para poderem analisar o exemplar e assim dotar os seus países das medidas adequadas a efectuar a captura dos exemplares da mesma espécie que destruíam os seus países.
Logicamente, esta empresa, dita, privada e especialista em capturar espécies raras, teria que cobrar pelo serviço aos peritos dos países para que pudessem analisar o animal, pois esta é a forma desde sempre aceite para que a iniciativa privada substitua os estados no risco que empreendimentos destes poderem acarretar do ponto de vista financeiro.
Colocado o preço para se ter acesso e analisar o animal, foi decidido pela maioria dos países que estavam envolvidos e afectados pelo “monstro-da-crise” que cada um enviaria um especialista e foi solicitado à empresa detentora da captura do espécime que permitisse o acesso parcial do animal por cada representante como contra-partida em diminuir o preço a cobrar a cada um.
Com base neste principio, cada governo, sabia que assim poderia, pagando o mesmo, ter um representante de sua inteira confiança, tendo assim o controle sob situação.
Vendo tal cenário, o detentor da criatura capturada, propôs as regras e preços para que todos se sentissem satisfeitos e seguros. Haveria acessos a cinco partes do animal, desta forma o custo por cada acesso seria a dividir por todos. Todos concordaram com a proposta e enviaram de imediato os seus melhores especialistas.
Após a análise parcial do animal, os países participantes, juntaram os seus especialistas, por forma a debaterem a melhor forma de capturar tal espécie. O grupo que tinha tido acesso à primeira parte do animal afirmava que a melhor forma seria com um laço, pois este assemelhava-se a uma cobra fina de um metro. O segundo afirmava que seria com um laço, mas teria que ser bem forte, pois esta era bem grossa e forte. O terceiro afirmava que era absurdo, pois o animal era como uma borboleta gingante e era preciso uma rede caça-borboletas gigante. O quarto dizia que estavam todos loucos que o animal era como um boi e que seria necessário apenas algumas vacas para o capturar. O quinta afirmava que todos estavam errados e que assim não iriam a lado nenhum, pois o animal analisado era como um tronco de uma arvore só que móvel.
Após muita discordância sem que se chegassem a qualquer conclusão, todos passaram à acção, em cada país, cada um agiu em função do seu perito e da sua opinião. Pois desconfiavam que os restantes, teriam deturpado a análise e conclusão para que de forma premeditada só eles atingissem os objectivos de capturar os animais.
Conclusão:
1º - Mesmo sem termos toda a informação, julgamos sempre ser a nossa a conclusão acertada. (Orgulho)
2º - Sabendo que precisamos dos restantes para resolver algo, mas comportamo-nos, em relação a eles e eles a nós, de forma contrária. (Inveja)
3º - Sabemos como dividir custos (Avareza), mas não queremos partilhar o conhecimento que nos levaria, multiplicando-o, obter o resultado desejado. (Ganância)
4º - Somos incapazes de parar por um minuto e questionar se a perspectiva dos outros faz algum sentido, pelo contrário, instantanea-mente vemos logo alguém que nos está a tentar enganar, pois a sua, é contrária à nossa razão. (Ira)
Nota explicativa do autor:
O animal em questão era um elefante. O primeiro grupo teve acesso unicamente o rabo do animal, o segundo à tromba, o terceiro à orelha, o quarto aos chifres e o quinto a uma perna.
Este é um conto que de forma figurativa tenta, seriamente, transmitir uma mensagem para a reflexão conjunta. Aquilo que nos “cega” enquanto seres humanos, deveria ser colocado de lado, quando estamos a tratar de assuntos de vital importância. Serão capazes estes dirigentes de o fazer? Estarão eles mais interessados no combate individual, em saber qual deles no fim ficará por cima, ou terão a humildade e grandiosidade suficientes para ser superiores aos males de que enferma o ser humano e colocar-se acima deles em prol do bem comum?

domingo, 3 de julho de 2011

Cristo e os Doze Apóstolos do Hermetismo.

O Principio Divino, tal como Cristo, desceu à terra. Este, sob a forma de Princípios Herméticos, como Cristo se fez homem para que a Humanidade se libertasse, Ele, fragmentou-se proporcionando ao ser encarnado a possibilidade de percebê-Lo.
“Tudo o que eu faço, tu podes fazer também.” “Conhece a verdade, ela te libertará.”
Como Cristo escolheu os seus apóstolos, pelas suas característica, pois cada um teria um missão diferente a cumprir, também O PRINCIPIO no seu movimento se descontinuou, limitando-se de forma coerente a criar as leis e condições para que no seu devido tempo e espaço a missão se cumpra.
"Aquele que compreende realmente esta verdade alcançou o grande conhecimento."

sábado, 2 de julho de 2011

A percepção, o seu limite e movimentos.

De forma errada, nos estudos e reflexões Herméticas, sobre o tema da percepção e o seu limite, chega-se a pensar que com o devido estudo e treino, os níveis que o ser humano poderia atingir são quase ilimitados. Enquanto ser encarnado, o nosso potencial de desenvolvimento da percepção está limitado e não é tão extraordinário como se quer fazer crer ao nível esotérico.

Por exemplo, nenhum ser encarnado é capaz de se deslocar até ao próximo plano espiritual superior, sem que se provoque o desligamento carnal ou seja, sem que se provoque a morte física e assim se dê a separação natural do espírito com o seu corpo físico. Só por si, isto demonstra bem o quão limitado é o nosso potencial perceptivo, devido às limitações do nosso actual estado.

Existem no entanto, um enorme conjunto de aptidões que os vários níveis perceptivos possibilitam ao ser encarnado, todos eles, sempre dentro do designado Mundo Imanente e dentro deste, não nos planos espirituais superiores. O facto é que a complexidade do Mundo Imanente e o seu desconhecimento, por muitos, leva a que quase sempre se confunda experiencias e percepções, levando a pensar que determinada experiencias foi tida junto de seres espirituais de outros planos ou que até, por muitos pensado e afirmado que contactaram directamente entes que já partiram deste mundo ou até mesmo com o PODER SUPERIOR - DEUS. Para que se crie tal confusão, basta que o ser menos experimentado, vivencie uma qualquer experiência mais fora do comum, levando-o a pensar ser esse o acontecimento mor que o plano Imanente pode proporcionar.

Um ser mais conhecedor, sabe, porque já experimentou, o que significa, vivenciar fenómenos de deslocação da percepção como: ver acontecimentos ditos futuros ou premonições, vivenciar outros planos ou experiencias em mundos paralelos ou vivenciar o futuro e o passado de um determinado fenómeno. Nada disto o leva a maravilhar-se ou a julgar-se extraordinário, pois ele sabe que o que ele faz é deslocar o seu nível de percepção dentro da única fonte de imensurável conhecimento que existe e que é comum a todo o Mundo Imanente, mesmo aos diferentes planos espirituais – a CONSCIÊNCIA.

Para tais deslocações, cada um desenvolve em particular, técnicas próprias que melhor resultam com os seus métodos e as suas necessidades. Muitos usam os sonhos como meio por excelência para vivenciar todos estes fenómenos. Eu em particular habituei-me a usar os sonhos somente como portal para acesso a outros mundos paralelos e ai vivenciar as experiencias desses mundos em que podemos aflorar o nosso nível perceptivo.

Sempre que pretendo atingir deslocações para planos fora da descontinuidade do espaço-tempo do mundo físico em que vivemos, faço-o utilizando a meditação em estado de vigília, por vezes potencializado pelo suporte dos cristais, contemplação ou através do método de despertar, a designada pré-vigília.

Todas as dúvidas, confusões e más interpretações feitas sobre os designados fenómenos paranormais, acontecem devido à falta de conhecimento dos próprios, pois a este nível não é possível a delegação a outrem da análise e interpretação de uma percepção, sensação, intuição, ou dos vários tipos de sonhos, isto ao nível esotérico. Qualquer descrição que se tente fazer, será sempre limitada e incapaz de reflectir a experiencia vivida, muito pior ainda, quando outro alguém, encarregue da interpretação o tentar fazer, adultera-a ainda mais, impossibilitando por completo qualquer possível aproximação de um reflexo, face ao vivenciado. Assim pois, o único e possível caminho para alguma compreensão, interpretação e desenvolvimento dos diversos níveis de percepção é o desenvolvimento do seu entendimento por meio do conhecimento e estudo das ciências Herméticas por forma a sermos cada vez mais capazes de lidar e adentrar com normalidade nos vários níveis espirituais que nos estão vedados porque nos afastamos deles quando nos tornamos seres físicos e enquanto tal, nos direccionamos para o plano material abandonando o equilíbrio natural que seria o caminho do meio – nem tanto só material, nem tanto só espiritual.

Se o pensamento é o instrumento da mente para aceder às memórias, o acesso à CONSCIÊNCIA deve ser feito através da intuição, pois esta ultima é o instrumento adequado para lhe aceder, embora que de forma muito limitada e até através de pequenos “flash´s”. O problema da maioria dos seres é não saberem “ouvir” a sua intuição e quando a ouvem não lhe dão credibilidade, pois esta não é controlável como o pensamento, então o ser, prefere irrelevar os afloramentos que a intuição nos proporciona em detrimento dos planos que o pensamento nos permite, levando ao engano e à falsa sensação que a intuição, não é mais que ligeiros crepúsculos desorganizados do pensamento e assim retirando-lhe qualquer importância ou credibilidade.

Nada mais errado, pois se o pensamento recolhe informação dentro do que por nós foi construído como base de memorias, obviamente quando efectuamos o acto de pensar, tudo nos parece lógico e organizado, pois esta base de dados foi construída segundo as nossas perspectivas, limitações e potenciais necessidades como ser individual. Enquanto a intuição acede a uma base de dados Cósmica – a CONSCIÊNCIA, pelas nossas enormes limitações e pela imensa complexidade desta, grande parte destes acessos a ela através da intuição, é para o ser ilógico, confuso, tenebroso, tornando-se por um motivo ou outro, incompreensível e não aceitável como algo real, ou pelo menos tão real como as experiencias que vivemos no dia-a-dia.

Na CONSCIÊNCIA, tudo está presente, tudo existe AGORA, passado, presente e futuro. Todos os fenómenos estão NELA, todos os fenómenos, todos os registos de todos os eventos. Deste plano físicos, dos seus paralelos, dos planos superiores e inferiores. Assim também se pode perceber que a única forma de aceder aos diferentes planos espirituais, o único meio de comunicação, o elo de ligação privilegiado entre planos, é de facto através do que NELA se encontra desses planos e também para os seres desses planos, é através DELA que comunicam preferencialmente com o nosso plano físico. Normalmente através dos sonhos, da intuição e muito raramente através de estados de vigília do ser encarnado.

Assim é mais fácil perceber fenómenos que para muitos parecem impossíveis e que grande parte do ser humano não acredita e até noutras situações alguns seres tentem fazer crer mais do que de facto esses fenómenos são. Até há quem diga que existem aqueles que nascem com dons, dão-se nomes de médiuns, sensitivos, espíritas, etc., e a estes atribulem-se e auto-atribuem-se capacidades que na maior parte nada mais são do que fraudes, pois normalmente quem tem essas aptidões não as divulga publicamente e muito menos faz delas meio para obtenção de dividendos. Todas estas aptidões, com maior ou menos dificuldade, podem ser desenvolvidas em todos o seres humanos, para isso, haja crer, esforço e dedicação.

O Hermetismo é a forma, por excelência, para aprender, compreender e experimentar este conjunto de aptidões que estão latentes em todo o ser. Os Princípios Herméticos, são a essência para a sua compreensão e domínio. O ser que conheça, entenda e domine os Princípios Herméticos, certamente estará habilitado na ciência do domínio da percepção e do que ela permite até ao seu limite, ao ser encarnado. As competências e conhecimentos que o Hermetismo desenvolver no ser, são pedras preciosas na hora de compreender, flash´s, sinais, símbolos e todo tipo de imagens, através das quais a nossa intuição nos traz a informação plasmada na CONSCIÊNCIA. Sem essa panóplia de conhecimentos, grande parte da informação apercebida pela intuição, não terá qualquer relevância, pois o ser não terá ciência dela e assim ela aparece como simples imagens e símbolos sem qualquer significado. Dai que normalmente para o ser comum, os sonhos são, grande parte das vezes, estranhos e incompreensíveis. Logicamente, pois ele não tem os instrumentos adequados – o conhecimento transmitido pelas ciências esotéricas, para poder filtrar essa informação e transforma-las em mensagens concretas e com significado bem real.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mudar o Mundo…

Desde sempre o Homem viveu em sociedade, desde sempre também viveu rodeado de discórdias. Tudo isto, porque cada um de nós, seres humanos, temos uma perspectiva única do mundo e do que julgamos ser certo e verdade, o nosso mundo, a nossa verdade e a nossa realidade. Mas nem sempre e quase nunca esta coincide com a verdade e perspectiva do mundo dos outros. O que nos caracteriza como seres únicos e nos distingue dos outros seres, também nos limita e cria todas as discórdias. Somos programados (educados) desde o nascimento para pensarmos em "eu" e só depois "tu", por isso só concordamos com os cenários, possibilidade que nos tragam alguma vantagem em comparação a outros cenários ou outras possibilidades. Normalmente passamos parte do nosso tempo a julgar que a sã convivência é saber tolerar a opinião dos outros, mas tendo a certeza que a nossa é a perspectiva correcta, esquecendo-nos que nenhuma das perspectiva é a correcta e que como todos somos parte do problema, todos deveríamos trabalhar no sentido da solução...para começar seria bom admitir este facto.

O caminho faz-se…caminhando…

No plano espiritual, a luta interminável que o ser tem que levar ao longo da sua vida, não termina quando este descobriu o verdadeiro caminho, muito pelo contrário, pois a partir desse início de caminho, tudo de torna mais difícil.
Ao descobrir o caminho, o ser torna-se Busca-dor e inicia um percurso que o levará numa etapa importante a caminho do seu desenvolvimento espiritual, ainda não-ciente, mas ávido de respostas que saciem de vez sua sede e sosseguem o seu coração.
Se até aqui o Busca-dor caminhava pela vida, neste plano físico, sem ciência do que de facto o Mundo Imanente significava, a partir daqui, o até então Busca-dor, passa a carregar consigo, todos os pecados e virtudes, todas as compaixões, todos os medos, ódios, desilusões, amores e desamores, alegrias e tristezas, bondade e maldade, ânimo e desânimo do mundo…pois a partir daqui ele torna-se o Peregrino da Senda.
O Peregrino da Senda sente e entende todo o seu semelhante não-ciente, pois ele mesmo já esteve nessa mesma condição. É uma nova etapa, a de Peregrino da Senda, pois enquanto Busca-dor, aprendemos a eliminar a carapaça de egocentrismo que nos caracteriza enquanto ser humanos não-cientes e esta nova condição de Peregrino da Senda, permite-nos ver o Mundo Imanente e todos os seus fenómenos sem este véu do Ego. O que torna tudo muito diferente, pois o mundo deixa de ser visto na nossa limitada perspectiva e passa a ver vista na sua efectiva realidade.
O Peregrino leva todo o peso do mundo nas costas, pois ele conhece a verdade, essa verdade faz-lhe perceber quão longe a humanidade está da evolução para a etapa seguinte. Para isso a ele basta-lhe observar o dia-a-dia dos seus semelhantes e ver o estádio em que todos nos encontramos e ai ele deprime-se, entristece-se com o mundo. Mas eleva-se a planos superiores e sente como o PODER SUPERIOR é paciente, como o PAI teve, tem e terá, a imensa SABEDORIA para transformar vulgares pedras em diamantes, numa perfeita alquimia do AMOR.
Neste acto de elevação, ele redobra sua energia para poder continuar enquanto ser limitado, mesmo que ciente de tudo, enquanto ser limitado pelo seu estado físico actual, ele ganha a força do PODER SUPERIOR e juntando-lhe a humildade necessária do ser inferior, desta forma, continua a sua peregrinação pela senda, aquela que o levará à próxima etapa do seu crescimento enquanto ser imortal, desejando ardentemente que os seus semelhantes o sigam.