quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Reflexão sobre eu , tu, ele e eles…NÓS.


Fenómeno estranho, este das redes sociais. Sempre pensei nelas como algo onde pudéssemos partilhar as nossas ideias, sentimentos, opiniões. Algo a partir do qual, a tecnologia se uniria ao ser humano, auxiliando o nosso avanço espiritual, moral e intelectual.
Engano meu. Vejo, triste que isso seria possível sim, mas  como quase em tudo o que são boas oportunidades para o beneficio colectivo, a acídia de uns, a inoperância de muitos outros e a cobiça de poucos, acabou por criar nas redes sociais e através delas, nichos de negócios, desvirtuando o principio maravilhoso para que foram criadas e para que foram aceites por todos, maciçamente.
Como esses alguns, poucos por sinal, perceberam que hoje em dia, todos, queremos tudo feito, chegamos ao ridículo consumir unicamente frases feitas, pensamentos, imagens que expressam o nosso estado de espírito, que dizem sobre nós. Como se nos tivessem comprado a alma. Como que se a acídia, o maior dos pecados mortais, finalmente tivesse encontrado o seu verdadeiro cervo para concretizar o que nunca por si foi imaginado alcançar.



Já não sentimos o que somos, mas sim o que outros expressam nas frases que constroem. Essas frases, já não são sentimentos sentidos dos poetas, dos escritores. Já não somos o que somos, mas sim as imagens que mais “like´s” recebem. Perdemos a identidade e nem queremos saber se isso é importante ou não. Apenas seguimos padrões, modas, like´s, imagens pré-concebidas, estados de alma fabricados à imagem do que a nossa comunidade virtual de amigos gosta. Precisamos de ser aceites e para isso, todos, sem excepção, procuramos expressar-nos por padrões pré-concebidos e testados pelos nossos pares.
Paradoxalmente, a tecnologia que nos trouxe o acesso ao conhecimento, está a elevar-nos para padrões perigosos de des-intelectualização e de desumanização cultural.  Onde poderemos recuperar a nossa alma? Quem nos irá resgatar? Quem quer saber do que eu sinto de verdade, do que tu sentes genuinamente?!!! Importante, importante é ser aceite ou na verdade simplesmente ser?!!!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pensamento de Fevereiro




"Quem novo quer encontrar, o antigo deve observar, através de um novo olhar"

A LIBERTAÇÃO através do desapego e da memoria DIVINA.


Jesus sempre falou em duas linguagens, uma velada e outra simbólica. Ainda assim, devemos ter a prudência de pensar que o que nos chegou passou por séculos de escrutínio de vários interesses e de vários canais que o perpetuaram, assim e mesmo que de forma genuína, com a melhor das intenções, a mensagem nunca pode chegar intacta, pois sofreu a interpretação de quem a transmitiu.
Simbolicamente Jesus dizia: “Amai-vos uns aos outros, como EU VOS AMO”…e ai todos EGOCENTRICAMENTE pensam que o AMOR que ele falava era igual ao que nós pelo EGO gostamos de sentir, aquele que beneficia ao nosso próprio interesse. Mas como pode o ser esquecer, quando ELE também afirmava: “O meu REINO não é D’AQUI…deste mundo”, então todos falam disso…..ele é PRINCEPE CELESTE. Seria um contra-censo que ELE não sendo D’AQUI, se referisse a sentimentos imperfeitos carregados pelo EGO.
Mas sabemos que ele falava de AMOR, para os mais humildes, para o povo, ela falava de forma simbólica, procurando não agredir o seu frágil entendimento. Já para os INICIADOS, os apóstolos ele falou em linguagem velada e ai está a questão….por vários motivos e nem todos negativos essa mensagem velada teve que ser adequada. Isto tem que ver com o facto da humanidade da época, assim como a actual, não estar preparada para receber tais verdades, tais conhecimentos. A  mensagem foi trazida com o objectivo e de forma a garantir que houvesse um período de preparação para que a Humanidade se preparasse. Tal adequação está representada, no seu conjunto, no processo em que os espíritos, encarnando sucessivamente até hoje, consiga que todos, estejam preparados para o processo seguinte – A LIBERTAÇÃO.


Então ai se entende que a mensagem de Jesus há 20 séculos foi a de salvação – manter o espírito humano num processo de reencarnações, até que no seu todo, estivessem preparados para o 2º ADVENTO – A LIBERTAÇÃO  | representada no DESAPEGO que falamos   e principalmente no recordar. Sim, recordar, porque ai você perguntará:
? Mas está o espírito humano todo no mesmo nível de evolução espiritual?
Respondemos: Sim.
Unicamente temos duas diferenças básicas;
1ª As amarras do EGO | Os apegos
2ª Os véus que não nos deixam recordar as experiencias anteriores e tudo o que na verdade somos | A nossa verdadeira essência DIVINA | a centelha ERTENA que na verdade somos, mas que se encontra aprisionada.
E DAI A MENSAGEM DA LIBERTAÇÃO.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O AMOR e os truques do EGO


Os atributos do PODER SUPERIOR são, no seu estado verdadeiro, incognoscíveis  e inconsciencializáveis para os seres do Mundo Imanente, assim quando julgamos estar cientes de um atributo do PODER SUPERIOR como o AMOR, por exemplo, o que na verdade se percepciona é um reflexo e sendo um reflexo, não é o AMOR, mas sim uma imagem deformada dele. Ainda por cima, sendo um reflexo é limitado e o atributo que reflecte é ILIMITADO – então como pode o limitado que é um espelho, conter o ILIMITADO?
Quanto mais o ser se consciencializa que este reflexo é na verdade o verdadeiro atributo, como no caso de SOPHIA, quanto mais se dirige para o espelho que reflecte o verdadeiro atributo, mais se afasta da origem | da verdade | do verdadeiro AMOR | do ATRIBUTO DO PODER SUPERIOR. Mas esse reflexo vibra, pois não é o AMOR que vibra, mas o espelho do mundo Imanente (EGO) que o reflecte que vibra. Então??!!! O reflexo do verdadeiro AMOR | do verdadeiro ATRIBUTO vibra, já o atributo não vibra, mas esse você nunca terá ciência dele, enquanto ser na condição de SOPHIA e  enquanto ser encarnado.
Outro motivo que leva ao engano, quando se julga ser esse reflexo o verdadeiro atributo, é porque nele o ser o vê como ilimitado, eu pergunto: ? o que é o infinito, não será a incapacidade de ver o limite?!!! Então só porque a nossa capacidade de percepcionar algo é limitada, não significa que esse algo seja  ilimitado. Este é mais um dos truques da mente e do Ego para nos manter afastados da verdade | da origem, pois desta forma procuraremos sempre o reflexo e nos dirigiremos para esse reflexo, estando assim cada vez mais longe do que de facto procuramos - DEUS | O PODER SUPERIOR.

Contos do LUGAR D´AQUI | 1º Conto.


Há um lugar onde é possível transformar o que está errado, apenas com a vontade, com o pensamento e por sua vez, ao quer, neste lugar, tudo pode acontecer. Este é o LUGAR D’AQUI.
Neste lugar todos sabem como fazer acontecer, mas houve uma época em que já ninguém sabia como fazer. Como que, sem se aperceberem, todos tinham esquecido, já ninguém se recordava sequer que aquele lugar era magico, sim magico, porque nele, muito antes, todos os que lá vivam, conheciam a formula de fazer acontecer. Era tão simples essa formula, mas tinham-na esquecido por completo e assim este lugar passou a ser igual a tantos outros, onde os problemas se acumulam e onde nada tinha solução.
Foi preciso que um dia, alguém se tivesse lembrado que enquanto criança, ele sabia como resolver tudo.
 - Então…!!!!? Será que quando ele era criança ele tinha a fórmula mágica??!!! – Questionou-se.
Nesse dia ele e todos os adultos, os que estavam conscientes que tinham perdido a formula magica, começaram a dar mais atenção às suas crianças, observando as suas brincadeiras, os seus jogos e as suas atitudes. Delas e dessas observações, rapidamente perceberam que todas recordavam e utilizavam a formula magica que se tinha perdido para os adultos. Ficaram espantados com tal constatação.
 - Mas como era possível?!!! Porquê as crianças conseguiam recordar essa formula e eles não?!!!  - Questionavam-se todos.
Ao mesmo tempo, também constavam que as crianças de melhor dominavam a formula magica eram as mais novas, há media que a idade se ia fazendo sentir nelas, o seu domínio e conhecimento dessa formula ia diminuindo. Após muita observação, conseguiram concluir algo que era afinal obvio, o domínio da formula dependia do grau de pureza que nasce com todos nós e o seu desaparecimento depende unicamente da falta de alimento dado a esse grau de pureza, à medida que vamos vivendo e crescendo.
Quando isto ficou claro, rapidamente todos iniciaram um processo de reaprendizagem com quem mais percebia de pureza – as crianças. A partir desse dia, no LUGAR D’AQUI, era tão importante saber ouvir um ser adulto muito experiente, como saber interpretar e ser como uma criança. Pois se o primeiro nos proporciona pragmatismo nas valias dessa experiencia , já o segundo dá-nos a possibilidade de ver e decidir através da genuinidade e só esta tem no seu todo, tudo para ser a solução, sem que dela resultem más consequências.   

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A mensagem da LIBERTAÇÃO pela reflexão Hermética


Os 7 princípios Herméticos e as 5 Condições Complementares, são necessárias para a existência do Mundo Imanente. No nosso plano, este mais denso, em que temos a existência enquanto seres encarnados, todos os princípios e suas condições se manifestam, sendo plenamente vitais para que o plano exista como o conhecemos, para que os seres consigam nele existir, percepciona-lo e interpretá-lo.
Nos planos mais subtis, imediatos ao nosso, os efeitos e dependência destes para os seres, para a sua existência, percepção e interpretação, são cada vez mais ténues, à medida que subimos de plano. Isto dentro dos planos subtis, mas nos níveis que correspondem aos planos incluídos no ciclo das reencarnações, pois efectivamente se, até aqui eles vão de forma gradual reduzindo a sua manifestação, mas todos estão presentes embora que de forma menos marcada, já nos planos seguintes, aqueles que estão fora do ciclo da salvação do ser – níveis relativos ao ciclo das reencarnações, parte desse Princípios e Condições inexistem, mesmo os que existem, os seus efeitos, são quase imperceptíveis para os nossos níveis de compreensão.
Assim, na verdade podemos considerar 3 níveis ou estados para os Princípios Herméticos e suas Condições;
1º - O nível Manifesto ligado ao ciclo da salvação  - Mundo Imanente e seus planos relacionados com o clico das reencarnações.
2º - O nível Imanifesto ligado ao ciclo da libertação – Mundo Imanente e seus ciclos relacionados com o processo de Unificação.
3º - O nível a-manifesto, onde se realiza a plenitude da libertação – Mundo Transcendente ou Mundo de DEUS.
Até hoje, a interpretação que tem sido feita destes níveis, quase sempre está incorrecta, pensa-se, relativamente aos escritos legados de forma errada e isso nos leva a interpretações por sua vez erradas também.
O ciclo de evolução espiritual da Humanidade está no primeiro nível e à excepção de alguns espíritos que foram encarnados, toda a humanidade se encontra neste primeiro nível. Este corresponde ao ciclo de reencarnações, ao que as religiões chamam de salvação, onde a sua justificação e necessidade se prende com o processo de aprendizagem colectivo que os espíritos humanos têm que ter, todos e em simultâneo, para que o processo seguinte – o segundo nível, ciclo da libertação, se faça de forma conjunta, partilhada e harmoniosa entre toda a humanidade.
É fundamental perceber que os Avatares, Messias, Profetas e Mensageiros que estiveram encarados durante este ciclo, desempenharam as suas missões e essas estiveram sempre relacionadas com o que referimos no paragrafo anterior -  uniformizar o desenvolvimento das partes a que corresponderá o espírito colectivo que neste condição do 1º nível se fazem manifestar  por espíritos individualizados, mas individualizados só ilusoriamente, pela condição em que nos encontramos e temos que estar neste ciclo, até que o processo uniformização das partes se conclua.
Se a mensagem e a missão, até aqui, foi sempre a de salvação, é chegado o momento do novo ciclo se fazer presente. Estamos próximos da nova mensagem e esta virá numa nova missão, trazida por novos, Profetas, Messias, Mensageiros e Avatares. A Humanidade tem vindo a ser preparada nos últimos  tempos para que estas condições se transmutem e permitam o inicio desse novo ciclo. A passagem do colectivo humano que são na verdade todos os inúmeros espíritos encarnados, para os níveis acima da roda das reencarnações.
Esta passagem será feita, gradualmente  nos próximos dois a três séculos, permitindo que os seres | espíritos que se encontram em processo de encarnação ou em processo de purgação, terminem esse processo e reencarnem de forma serena, cumprindo assim o seu ultimo ciclo de aprendizagem. É importante perceber que esta é a verdadeira mensagem, este é o acontecimento mais relevante e importante que a Humanidade alguma vez viveu. É por e para este processo evolutivo que irá ocorrer que várias hierarquias, têm trabalhado, auxiliando a Humanidade.
As próprias religiões, todas elas, as verdadeiras, têm existido para cumprir parte desta missão, criando as condições para que o conjunto dos inúmeros espíritos espelhados na Humanidade se mantenham “salvos”, ou seja, através de um conjunto de códigos e regras, foi possível manter o espírito humano, alinhado no seu conjunto, sem que houvesse “ovelhas perdidas”, levando-nos de forma ordenada a processos constantes de aprendizagem (reencarnações), de maneira a que no seu conjunto, todos estivessem preparados, simultaneamente, para o processo seguinte – a libertação.
Neste processo o espírito humano no seu todo, atingirá uma nova dimensão, entrará para uma nova hierarquia. Tal facto é relevante para todas as hierarquias, pois este movimento, irá gerar alterações profundas nas hierarquias espirituais acima de nós. Essas hierarquias sabem-nos há muito, aguardam com enorme regozijo, por esse dia, pois também elas têm trabalhado muito para que a humanidade atinja essa elevação espiritual e a nossa elevação, permitirá por consequência a sua própria elevação.



Estejamos pois preparados para o novo ciclo, para a derradeira mensagem da LIBERTAÇÃO.
Saibamos reconhecer o seu mensageiro, através da sua mensagem.
Desta vez não haverá demonstrações ou milagres. Não se pedirá que acreditem por fé transcendente, apenas se recordará ao ser humano que parte de si, parte do seu ser espiritual, está e sempre esteve, onde é o seu verdadeiro lar.
Aguardando por este momento, é chegada a hora de recordar que somos na verdade a centelha DIVINA aprisionada pelos véus da densidade e tal densidade, foi produzida na queda preparada para que o processo evolutivo se desse de forma conjunta e harmoniosa entre todas as hierarquias que dele fazem parte.
Somos parte de um conjunto que é a hierarquia espiritual Humana e esse, por si, também um dia se UNIRÁ ao TODO, junto com as outras restantes hierarquias Irmãs Maiores. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mensagem


Estando numa ala mais elevada da seu “lar”, o ser sentiu-se tomado por um incontrolável sentimento de paixão. Aquela figura feminina que ali se encontrava à sua frente, sem mesmo ele saber quem ela era, tinha tomado o controlo de “todo” o seu ser .
A tal turbilhão de sentimentos, juntou-se-lhe um outro de angustia, quando de uma ala mais baixa, surge o chamamento de uma voz. Esta, era-lhe conhecida, familiar, sua companhia diária, alguém com quem “sempre” partilhou tudo.
Ao chamamento deste seu “irmão”, espantosamente ele respondeu com um reacção pouco comum. Sem lhe responder, abriu a porta que dava para um imenso espaço “quase” infinito de enormes e labirínticos corredores de moveis carregados de todo o tipo de livros, percebeu que ele vinha na sua direcção enquanto o chamava. Sem sequer pensar mais, tomado pelos sentimentos desconhecidos que a presença daquela figura feminina lhe proporcionavam, pegou-lhe na mão e dirigiram-se rapidamente para um carro que ali se encontrava.
Descendo da ala mais elevada onde se encontravam, para a ala abaixo da habitação, sim mesmo no próprio interior da seu “lar”, entraram no automóvel, este, estava em perfeito estado de conservação, descapotável, marca Mercedes cor cinza metalizado, mas seria o que nós entenderíamos por um modelo de colecção dos anos 60. Rapidamente, enquanto o seu “irmão” entrava pela outra porta de acesso à “ala superior” procurando-o, eles, saiam a grande velocidade por um corredor imenso, gigantesco, ladeados por enormes moveis de incomensuráveis quantidades de livros.
O querer fugir de seu “irmão” era tal, que ele nem se apercebeu da enorme velocidade que levava, perdendo por completo a capacidade de mudar de direcção ou parar, quando o corredor terminou e deu lugar a uma saída, outro corredor perpendicular. Nestes breves segundos, ele sentiu que ia sozinho no automóvel que a tal figura feminina que tanto o atraíra, como que por magia, tinha deixado de ali estar presente. Ai deu-se o impacto contra um dos imensos moveis, unicamente este, tinha portas frontais, em parte envidraçadas e  completamente “estanque”, ao contrário dos outros  que eram todos moveis abertos, onde os livros estavam acessíveis facilmente.
Com o impacto, teve uma perda momentânea de lucidez, por momentos ele esteve como que inconsciente. De repente, viu-se a correr pelo corredor que fazia a perpendicularidade que ocasionou o acidente, de mão dada com aquela figura enigmática. Olhando para o móvel onde tinha sofrido o impacto, viu por segundos, aprisionado, dentro desse mesmo móvel estanque, alguém, uma figura masculina, não o reconheceu, mas também como poderia reconhecer, se ele só conhecia a imagem do seu irmão, nem mesmo da sua própria imagem ele tinha noção, pois neste lugar, não havia sequer espelhos. Os espelhos só são necessários quando precisamos de ver algo que não conseguimos ver através do coração e no seu lar, nunca precisou de se ver num espelho, pois unicamente o que entendia da sua imagem, era o que seu irmão de si reflectia e isso bastava-lhe.
Sem qualquer palavra até então, continuou a seguir aquele ímpeto desconhecido e por consequência seguindo uma aparente fuga, só que agora, já não sentia a proximidade e familiaridade daquele lugar, já nem se lembrava por que estava em fuga, só sabia que era estranho ali e que deveria sair o mais rápido dali, pois devia ter invadido um espaço alheio. E quem era aquela mulher, sim pois agora percebia-se que esta figura era definidamente uma mulher. Certamente que seria alguém que o ajudava a salvar-se de tal embrulhada em que se teria metido. Não a questionou, apenas se sentiu atraído por ela e grato pela ajuda, continuando a correr juntos, de mãos dadas com ela.
No final do imenso corredor, já com ela na frente, dirigiram-se para uma porta, abrindo-a, saíram para umas escadas, imensas, intermináveis que sem parar, começaram a descer de imediato. A velocidade de descida era alucinante, as escadas estavam mal iluminadas e sendo no interior dum edifico, a luz natural era inexistente. Ele sentiu que a qualquer momento poderia cair devido à pouca visibilidade dos degraus que descia e pela primeira vez falou-lhe:
- Deveria haver uma maior visibilidade dos degraus: disse ele.
Ela parando e pela primeira vez olhando-o nos olhos disse: - Sou eu, sou eu.
Sem mais palavra, começou novamente a descer precipitadamente as escadas que pareciam intermináveis.
Como que por magia, ou de novo, por perda de consciência, viu-se de repente fora do edifício do qual tentava fugir, mas continuavam a correr de mãos dadas. Desta vez corriam por um prado, situado num planalto cheio de verdes primaveris salpicados por várias outras cores que inúmeras espécies de flores proporcionavam. Era de facto um sitio lindo. Correndo numa única direcção que certamente ela conhecia o destino e o objectivo, ele deixou-se levar.
No meio do imenso prado, havia grupos de mesas de jardim, onde grupos de pessoas se encontravam. Eram vários e espalhados por este enorme prado. À sua passagem, estes seres, simplesmente olhavam, sem sequer achar estranho, como que sabendo que eles ali iriam passar, ou que pelo menos essa seria, um dia, uma possibilidade. No seus rostos não havia um ar de condenação, mas também não havia qualquer aprovação, ou expressão de reconhecimento, simplesmente um ar de resignação, perante algo que poderia acontecer. Ele olhando para as suas expressões, mais intrigado ficou. Quem eram estes seres? Porque estavam em grupos, serenos, mas distantes, uns dos outros? Porquê nenhum deles, expressou qualquer surpresa à passagem de seres que nunca lia tinham estado? Porquê aqueles ares de resignação?
- Estranho: pensou ele.
Com este pensamento na mente, passaram por todos esses grupos que ali se encontravam. De repente já perto do que parecia um posto terminal de onde se situava a saída desse lugar, como que um posto terminal de teleférico ou um enorme elevador que brevemente chegaria, certamente para os tirar dali. Ela parou e colocou-se de frente para ele. Pela primeira vez ele teve oportunidade de ver a sua figura com calma. Era de facto uma mulher bonita e ele sentiu-se atraído por ela, levando-o tal sentimento a aproximar os seu lábios dos dela, ao que ela retribuiu, simultaneamente. Por momentos, tornaram-se um só, no gesto desse demorado beijo.



Lenta e delicadamente ela afastou a sua boca da dele e fez-lhe um gesto, no sentido de ele olhar para o que estava atrás de si. Ai ele ao olhar para traz, viu um castelo, lindo que se encontrava no cume de uma montanha não muito longe desse prado. Como que envolto numa neblina clara, com o prado no seu sopé, era uma imagem maravilhosa, um quadro celestial. Por momentos ele sentiu que estava a abandonar a sua proporia casa, o seu verdadeiro lar. Era certamente dai que tinha fugido. Mas porquê? Teve medo de perguntar e não o faz.
Nesse instante ela disse-lhe: - Só te peço que nunca “o” recordes disto, pois facilmente ele se libertará.
Com estas palavras e de novo ele se encontrou fora desse cenário, voltando ao estado de consciência, encontrou-se deitado na sua cama, ao meio da madrugada do dia 9 de Fevereiro de 2012.
Ainda meio aturdido, consciente do que era tudo aquilo. Tudo ficou claro para si. Emocionou-se e agradeceu pela resposta que tanto pediu e que finalmente lhe tinha sido concedida. Finalmente adormeceu, calmo, sabendo a resposta que tanto procurou e que tanto o angustiou, por tantos anos, nesta sua breve vida.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Pensamento de Fevereiro


Jesus,  avatar na terra da condição KRISTICA disse: “…e aos pés do PAI estarei. Ai me encontrarei esperando por vós”. 

As hierarquias espirituais. Individualização e Unificação.


Ao nível do mundo denso, no plano Imanente, as hierarquias de seres explicam bem o estado e evolução da colectivização à individualização da espiritualidade. Inversamente e aplicando o Principio Hermético da Correspondência poderemos interpretar os planos subtis do Mundo Imanente.
Pensa-se que os seres inertes, os ditos seres inorgânicos ou minerais, não têm uma identidade espiritual e até se pensa que estes não têm vida, na verdade até estas formas, têm e vivem a sua forma de vida. Unicamente e devido ao tempo em que as suas acções de desenvolvem, leva-nos a ter uma percepção, errada, julgando que estes não sofrem qualquer acção - reacção. Para esta forma de seres, as acções decorrem noutro tempo cronológico, tudo acontece mais lentamente, tão lentamente que à percepção limitada dos seres humanos, nos parece que não decorre qualquer acção - reacção. O mesmo acontece com o seus níveis espirituais, estes também têm uma identidade espiritual, mas como podemos nós entender isso se nem conseguimos entender que estes vivem, agem e reagem?!!!
No plano denso, desde as mais elementares formas, tudo tem vida, tudo tem identidade espiritual, unicamente para as limitadas percepções do ser, como em quase tudo, muitas vezes, preferimos concluir pelo lado mais fácil para o ego – ignorando existências.
Já para o ser humano entender que os seres vivos têm vida é algo óbvio, mas se incluirmos a questão da identidade espiritual, ou seja, para o ser humano, aceitar que todos os seres vivos têm níveis, embora que em condições diferentes, de estados de espiritualidade, é também algo que não acontece e de novo devido aos mesmos motivos – limitações da percepção, devido aos artifícios do ego.  
Abram-se pois os canais da percepção e liberte-se o ser do ego, mesmo que enquanto  espírito encarnado, isso apenas possa ser feito por momentos, nunca num estado permanente, mas entenda-se que uma entidade espiritual pode estar individualizada ou colectivizada (unificada). Isto é verdade para todos os níveis, desde este nível denso da existência até aos níveis | planos mais subtis do mundo Imanente. Tal regra só in-existe para o Transcendente, pois as Leis expressas nos Princípios Herméticos, só não são válidas para o Plano Transcendente – Mundo de DEUS.

Assim como é em cima é em baixo e assim como é em baixo é em cima | Principio Hermético da correspondência.

Desde os seres ilusoriamente conhecidos por inanimados ou seja, inorgânicos até aos seres vivos que agem  colectivamente, todos são dotados de uma identidade espiritual colectiva | unificada, todos percepcionam, recebem, recolhem e enviam, acções reacções, de e para uma só entidade, se pretenderem, muito parecido a uma Egrégora. As reacções e acções de seus corpos, quer sejam moveis (seres vivos) ou imóveis (seres inertes), na perspectiva do movimento como nós humanos o percepcionamos, resultam da interacção através dessa entidade e este fenómeno já é reconhecido pela ciência através das explicações para o modo como certos seres vivos aprendem longe de outros seres da sua espécie ou até como percebem informação, reagindo a acções que ocorreram a enormes distancias.
Assim é fácil entender a forma como formigas, bandos de pássaros, insectos, abelhas, cardumes de peixes, etc. agem, pois estes grupos de seres estão apoiados numa entidade espiritual colectiva | una , agindo e reagindo em função da interacção da sua parte física individual, com a sua parte espiritual colectiva.
Já alguns outros seres vivos que parecendo pertencer ao grupo de seres individualizados espiritualmente, não o são de facto. Unicamente agem através dessa unidade espiritual colectiva de forma diferente no seu corpo físico individualizado. Referimo-nos a grande parte dos grupos de seres vivos, os designados animais irracionais. Na verdade todos estes grupos, agem e reagem a partir de entidades espirituais Unas.



Aparentemente, os seres humanos, são o único grupo de seres vivos, individuais física e espiritualmente. Digo aparentemente, porque na verdade apenas existimos como seres individuais momentaneamente e ilusoriamente. Na realidade quando o ser rompe com os artifícios do ego, percebe esta ilusão, mas mesmo para aqueles que não o conseguem fazer nesta re-encarnação, noutros planos espirituais seguintes, perceberão a sua verdadeira condição, enquanto parte de uma entidade espiritual colectiva.
Então seria bom que percebêssemos a Lei da Correspondência na sua real proporcionalidade, direccionalidade e dimensionalidade, no que a este tema se refere.
Se neste plano denso a hierarquia espiritual vai da maior colectivização, onde o tempo cronológico quase in-existe – representado pela figura dos elementos inorgânicos | inanimados. Tal hierarquia espiritual e concepção do tempo, vai subindo, até ao ser humano que se individualiza plenamente, neste plano, enquanto corpo-físico e corpo-espírito. Já para os planos seguintes – acima do mundo denso que conhecemos, para entende-los, devemos aplicar a Lei da Correspondência representada no Principio Hermético e assim termos o inverso da direccionalidade aplicada ao plano denso.
Nos planos subtis, acima do plano denso, temos então o corpo-espirito individualizado, num primeiro nível, à medida que o ser-espírito se vai conscientizando, libertando-se das amarras e artifícios do ego, vai-se unificando mais e mais ao seu conjunto, à sua verdadeira identidade.

Quando Sophia se dá conta de seu erro, concientizada, inicia o caminho de regresso. No mais elevado plano do Mundo Imanente, Kristos aguarda por sua parte, para juntos terminarem o caminho de regresso ao PAI – O PODER SUPERIOR. Unos, os dois, agora UM SÓ, formam de novo o PRINCIPIO ÚNICO e intransponível.