terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lições de Cabala - O poema A Árvore da Vida.


A árvore da vida é a explicação esquemática do Mundo Imanente feita através dos sistemas Cabalísticos. Quem a estuda e compreende, entende os mistérios que assolam o comum dos mortais. Para os seus estudantes, os mistérios deixam de o ser, à medida que a vão interpretando.  

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A verdadeira dualidade humana.


Todos os ramos das ciências que se dedicam ao estudo do carácter humano, têm, ao longo dos séculos, efectuado abordagens ao tema que logo na sua base inicial, limita e direcciona de forma errada todos os resultados que a partir dai se apresentam. Isto porque nesta base se criaram conceitos e definições, às quais nunca se questionou, se essas, não seriam no mínimo de facto questionáveis.
Já nas ciências esotéricas existem leituras e interpretações que permitem questionar sempre quer as próprias teses, quer as apresentadas pelas ciências exotéricas, veja-se o exemplo do ego. A psicologia e a psiquiatria, têm o objectivo, como forma de devolver a auto-confiança a um individuo, o fortalecimento da sua auto-estima através de técnicas de cultura do egocentrismo, onde o culto do “eu” até pode chegar a resolver temporariamente a sua falta de auto-estima, mas em termos estruturais, o ser que sofre este tipo de manipulação, ficará sempre prisioneiro dos efeitos provocados pelo desequilíbrio desta abordagem, nomeadamente, nunca conseguirá entender que este processo deveria servir unicamente para preservar a sua individualidade, mas que ela também precisa de ser permeável às interacções com os outros indivíduos.
Só assim é possível que o egoísmo cumpra de facto, de forma sadia, os seus objectivos de preservação da individualidade, mas de uma individualidade sã e equilibrada. Já as ciências esotéricas trabalham o ser exactamente neste sentido, fazendo-o entender que o ego e a sua existência é indissociável do ser humano, mas que este sendo fundamental para a sua preservação, sendo um instrumento importante na existência enquanto ser individual, devemos mantê-lo permeável à comunhão com os outros seres, pois a condição de ser individual que vivemos é necessária, mas temporária. Assim, na verdade, somos seres individuais no sentido mortal, enquanto que como seres imortais, somos de facto todos parte do mesmo, dai a necessidade dessa tal permeabilidade.
Quase em todos os ramos das ciências que se relacionam com a interpretação, estudo e desenvolvimento da personalidade do ser humano, as duas, ciência exotérica e a esotérica, têm de facto abordagens e interpretações bem diferentes. Assim a forma como se age, em função da interpretação que aceitamos como correcta, é bastante diferente, levando, só por isso, a distintas formas de actual por parte dos seus aderentes.
Mas o que distingue os seres humanos e que define a sua forma de estar e de actuar, é na verdade mais uma questão de polarização de uma única condição, no entanto, como em tudo neste nosso universo, neste nosso estado de consciência, devido à limitação da percepção, esta condição única, fragmenta-se, criando a ilusão de várias características, numa escala que nos leva de um extremo a outro, ou seja, polarizando-se. Onde nos dois extremos da escala, se encontram; num,  a inteligência e no outro, a esperteza. Estas, cada uma delas, representa um conjunto de características e conceitos que definem a nossa forma de ver e estar neste mundo. Enquanto seres duais, todos temos parte das duas, no entanto, somos mais influenciados por uma.


Tudo o que somos, a forma como decidimos, vivemos, sentimos e reagimos às circunstancias que a vida nos coloca, são no seu conjunto, reflexo do grupo em que nos inserimos. Existem pois, nesta perspectiva, dois grandes grupos de seres humanos, esta divisão não sendo rígida, é de facto a única que consegue responder e fazer entender o carácter humano em tudo o que envolver a necessidade da sua interpretação, isto para as ciências esotéricas, embora que os termos conceituais usados por nós, também sejam usados pelas ciências exotéricas, no entanto com interpretações e objectivos diferentes.
A inteligência e a esperteza, são dois termos conceituais muito usados por todos, grande parte das vezes com interpretações bem diferentes, quanto a sua origem e aplicação. A forma errada da sua abordagem e utilização prende-se com a interpretação primária que lhe é dada , quer quanto à sua origem, quer quanto aos seus objectivos, ou se pretendermos, aos seus fins. De forma simples e genérica, os conceitos comummente aceites exotericamente, são de que inteligência pode ser associada ao método científico e à lógica na resolução de problemas, enquanto a esperteza pode ser associada ao empirismo também na resolução muitas vezes dos mesmos problemas, porém de forma não convencionada. Assim se uma está e será o conjunto de competências adquiridas a partir de factores | padrões medíveis cientificamente – a inteligência, já a outra, é o conjunto de competências | capacidades adquiridas a partir de contingências vividas e de “necessidades de sobrevivência” – esperteza.   
Se partirmos desta interpretação para entender a segmentação dos dois grandes grupos em que se dividem os seres humanos quanto à forma de interpretar e agir neste mundo, então, teremos certamente conclusões perfeitamente erróneas quanto ao entendimento que poderemos procurar fazer, sendo isso que ocorre quase sempre. Por isso, é tão difícil entendermos e entendermo-nos até a nós próprios, pois a base de raciocínio pode estar toda errada.
Todos os seres humanos, todos, se inserem ou num ou noutro destes grupos, sem excepções. Por vezes, mal interpretamos e até de forma ridícula, atribuímos características de um destes grupos como sendo simplesmente características femininas ou masculinas. Outras classificamo-las como sendo de origem sociocultural. Ao faze-lo erradamente, criamos barreiras quanto à clareza e capacidade para entendermos o ser humano, o mundo e inclusivamente as grandes dúvidas existenciais que frequentemente nos assolam.
A inteligência e a esperteza, não são mais do que os dois mecanismos, através dos quais,  o espírito, na sua limitação de condição física, fragmenta uma única condição, como forma da percebe-la. Porque num mundo dual, o espírito não consegue vivenciar a unicidade da condição verdadeira, socorre-se destes dois mecanismos como forma de alinhar dualísticamente o processo de fragmentação de forma a conseguir perceber essa condição. Ora essas percepções, chegam ao ser, filtradas pelo ego, como varias características, quando na verdade são uma única condição. Já a forma como o ser interpreta essas percepções, são condicionadas pela maior o menor tendência que ele terá para estar próximo do conjunto caracterizado pelo grupo que vivencia o mundo mais polarizado na inteligência ou na esperteza.
Assim podemos afirmar que a inteligência é na verdade um conjunto de características que aproximam o ser, quanto a forma de ver, viver, sentir e decidir o mundo,  da perspectiva mais ligada aos conceitos conhecidos como de emotividade, sensibilidade, espiritualidade, ao passo que a esperteza, representa o conjunto de características que o ser mais pragmático, racional e físico-realista, se socorre para interpretar e decidir, face aos desafios que lhe são colocados e à hora de decidir.
Assim a espiritualidade estará sempre mais ligada à inteligência, enquanto que o realismo no sentido físico do termo, estará sempre mais ligado à esperteza. Enquanto a intuição e a maior sensibilidade perceptiva, são características da inteligência, os cinco sentidos e a importância que o ser lhes atribuir, é mais tendente para aquele que se encontra no grupo da esperteza. Como normalmente a sensibilidade, por dogma, é atribuído de forma errada, à característica feminina, então a intuição e maiores níveis de emotividade, sentimentalismo, e percepcionismo, são características femininas, ou contrário, todos os opostos são já características masculinas. Isto é certo nas ciências esotéricas, porque vemos no feminino e masculino, não o conceito de sexo a ele associado, mas na verdade a separação polar dos dois extremos de uma escala face a uma qualquer condição, se quisermos o positivo e negativo não como sinal de maior ou menor valor, mas como ambas cargas necessárias de, por exemplo, a energia eléctrica. Ambas são parte de um todo, ambas são indispensáveis para o todo, só existem separadas, porque o ser vivencia o mundo de forma polarizada, analógica e dualísticamente.
Então na perspectiva esotérica a inteligência serve-se dos canais da percepção e intuição para relacionar o ser individual com o mundo Imanente, ao passo que a esperteza, socorre-se do sentidos mais físicos, como forma de interpretação do ser com o mundo. Por sua vez, estas duas formas e abordagens, bem distintas por sinal, marcam e caracterizam o ser, quanto ao entendimento do mundo que o rodeia, assim quanto a forma de lidar e decidir nele.  

sábado, 19 de novembro de 2011

?Todos queremos ser felizes, mas temos coragem de o ser?


Um dia, ao acordar pela manhã, ela percebeu a decisão que tinha tomado, tal decisão tinha sido tida algum tempo atrás, mas inconscientemente e até ai ela acabou sempre por evitar a confrontação da sua decisão e inerentemente da sua condição emocional. Refugiou-se sucessivamente no trabalho como forma de evitar ter que pensar em tal assunto, esperando que tudo se resolvesse com o tempo, de forma natural. 
Como pode alguém criticar tal atitude quando, quase todos, em várias circunstâncias da nossa vida, faz e fez exactamente isso. Quantas vezes é bem mais fácil, esperar que no tempo, as circunstancias se ajustem à nossa necessidade, como que se de um milagre se tratasse, como que se o universo fosse obrigado a faze-lo, sem que haja da nossa parte qualquer esforço, pois só o facto de existirmos já nos dá esse direito, de esperar que a justiça universal seja aquela que sempre nos favorece e nos resolver todos os nossos problemas de forma satisfatória.
Nos últimos anos tinha dado vários avisos ao seu companheiro no sentido de corrigir o que estava mal que ela sabia estar a colocar em causa a continuidade da sua relação. Por isso, quando tomou tal decisão, já não era possível ter qualquer tipo de dúvidas quanto ao seu fim, isso era inquestionável. Assim, tomada a decisão de romper, só seria necessário esperar que tudo o resto, o tempo resolvesse. Já não havia sentimento que sustentasse uma relação amorosa, embora existisse carinho pela outra pessoa, esse carinho apensas significava que o oposto do amor também não existia – o ódio. Então!..tudo se resolveria, o tempo acabaria por fazer o seu ex-companheiro entender e ultrapassar. Já as suas sombras, os seus dilemas, as questões internas por resolver, essas, ela nem deu pela sua existência, até ao dia em que toda a sua postura emocional foi colocada em causa pelo inesperado…
Sem querer, sem procurar, inesperadamente sucedeu o reencontro com um antigo conhecido, esse momento, esse instante, alterou por completo a sua aparente tranquilidade, tudo isto porque, deste reencontro, nasceu uma paixão arrebatadora e inesperada. Ambos se deixaram envolver arrebatadamente, fulminantemente e tal paixão trouxe rapidamente todo o turbilhão de instabilidades interiores que afinal tinham ficado por resolver. Vivendo das pressões do fim de uma relação e dos medos da forma arrebatadora com que esta paixão a tinha confrontado, não aguentou.  Cedeu à tentação do caminho mais fácil.
Sempre que sentimos que estamos a perder o controlo, mesmo que essa perda de controlo seja maravilhosa, criamos condições para que algo pare, para que a racionalidade regresse. Quase sempre essa sensação de voltar à zona de conforto, essa sensação de controlo, através da aparente temperança que a racionalidade cria, traz consigo a factura, a cobrança desse aparente conforto.


Sempre que não estamos dispostos a correr o risco em prol da nossa felicidade, eliminando a possibilidade da emoção se colocar no timão das decisões da nossa vida, devemos estar preparados para o risco de ter que pagar a conta. Ganhando o aparente controlo e voltando à racionalidade, extinguimos também a centelha que alimenta a chama da paixão que mesmo correndo risco, é a única que nos leva à felicidade plena, ao amor eterno e sincero.
Para se ter o melhor, devemos aceitar correr riscos…ou então resignarmo-nos aos resultados.  

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O canto das sereias.



Canta-se e conta-se da época das primeiras navegações que nos cantos das sereias e através destes belos e enigmáticos seres, a vontade dos navegadores era posta à prova. Em sucessivas vezes, surgiam tentações criadas através destas para que a missão dos últimos se interrompesse, levando até que não se cumprisse. O seu canto era apenas um instrumento para que o chamamento da missão que os levava a navegar fosse colocado em segundo plano, a bem dizer, era através deste que elas atraiam para o seu objectivo, os missionários das descobertas de novos mundos.
Também na sua navegação, o ser Busca-dor, tem que saber ultrapassar tempestades, acalmias, mas principalmente, saber como enfrentar o canto das sereias que surgem no seu percurso.
Na navegação de que é composta o crescimento espiritual, ser tentado pelo canto das sereias, ficar preso a este canto, até encantado por ele, não é o fim, não é um ou o insucesso da busca. O Busca-dor deve saber identificar a todo o momento, principalmente, deve saber aprender com cada desses momentos de encantamento, pois todos eles fazem parte do processo de aprendizagem.


Assim a cada canto da sereia, a cada chamamento, a cada encantamento, o ser Busca-dor, deve dedicar o seu empenho em viver esse momento, em aprender com esse momento. Umas vezes belo, outras vezes terrível e nefasto, mas certamente que sempre de grande utilidade para o seu percurso nesse oceano que é o seu crescimento enquanto ser eterno | enquanto espírito vivo que precisa sentir os prazeres e infortúnios deste mundo para chegar ao aconchego do seu verdadeiro lar. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pensamento de Novembro



A nossa vida acontece em função das nossas decisões, certamente que sim, mas as cicatrizes que transportamos, são fruto das decisões que permitimos e deixamos nas mãos de outros…

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

?Quem comanda, quem pensa, afinal quem é o nosso “eu” (1ª Parte)?


O corpo humano é uma máquina biológica que tem como único objectivo servir de transporte e recolher, através dos sentidos, o conjunto de percepções (sons, cheiros, imagens, vibrações, etc.), deste mundo denso, para o espírito. Este, quando aprisionado na condição física e envolto pelo ego, apresenta-se sob a sua forma mais limitada, na perspectiva da percepção a que designamos – mente.
A ciência exotérica acredita que no ser humano, é o complexo sistema neurológico, aquele que habitualmente se designa por mente que comanda o corpo e por sua vez o ser humano. Tudo isto a partir do seu comando central que é o cérebro, este, recebe as informações vindas dos vários receptores (pele, ouvidos, nariz, olhos, etc.), após serem devidamente codificas por forma a estimular as respectivas áreas do cérebro responsáveis por processar essa informação. Ao concluir esse processo de processamento a máquina que é o corpo humano no seu conjunto, produz dentro de si, na sua mente, uma imagem que é reflexo de tudo o que conseguiu receber do chamado mundo exterior | físico, é essa imagem que julgamos ser o verdadeiro mundo. Também é esta teoria que tem sido aceite pelos vários ramos da ciência exotérica, sendo a partir deste pressuposto de todas a teorias e estudos complementares se desenvolvem. No entanto, nas ciências esotéricas, aceitando sempre analisar a perspectiva exotérica num olhar positivo,  ficam-nos sempre por responder algumas questões, por forma a que tudo se encaixe e faça sentido, a saber;
? Se o mundo que reconhecemos ser o mundo real, é resultado da recolha de dados pelos órgãos que o corpo humano tem para tal (ouvidos, pele, nariz, olhos, etc.), então estando tal reconhecimento limitado à capacidade dos órgãos existentes, este, que temos ciência, através das nossas percepções, é o verdadeiro mundo ou somente o mundo que conseguimos perceber?
? Se o mundo que reconhecemos como real, é percebido no nosso cérebro | pela nossa mente, então nós estamos dentro desse mundo, ou na verdade, esse mundo é que está dentro de nós | na nossa mente?
? É na verdade a mente, através do sistema complexo centralizado no cérebro que comanda o ser humano, ou pelo contrário, este é mais um dos conjuntos complexos de que se socorre o espírito, enquanto ser encarnado, para vivenciar o mundo denso | físico?
Sem uma resposta razoável a estas três questões, sendo elas indissociáveis, nenhuma ciência poderá afirmar que a sua é a teoria correcta. Sim, porque aqui qualquer uma delas, não passa de teoria, pois ficam-se no âmbito filosófico, faltando-lhe os procedimentos práticos para a confirmar cientificamente. Nesta tentativa a ciência exotérica encontra-se em maiores dificuldades, visto não reconhecer conceitos que seriam os únicos capazes de dar respostas sérias para explicar parte da sua teoria sobre o verdadeiro “eu”. Já as ciências esotéricas, conseguem inclusivamente, para quem as pratica e estuda, passar da teoria à experimentação das suas teorias explicativas, sendo que nas últimas décadas, parte da ciência exotérica, a física quântica, aproximou-se muito mais da abordagem esotérica.






Saber aceitar e reconhecer quando algo chegou ao fim, não é um ato de desistência, mas sim de sabedoria.

domingo, 6 de novembro de 2011



A saudade é a melhor arma da emoção, pois mesmo não querendo, através dela, o coração obriga sempre a razão.


sábado, 5 de novembro de 2011

A forma como amamos…


Um dia, preocupado com o que se constava, um amigo, mandou chamar o seu amigo e perguntou-lhe:
- Mandei chamar você para saber da sua boca se o que consta por ai é verdade?
- Meu querido amigo, fico feliz pelo seu voto de confiança e sua sensatez. Pois antes de fazer qualquer juízo de valores, primeiro me mandou chamar para eu poder me defender e ouvir a minha versão dos factos. – Respondeu o amigo questionado.
- Muito bem, me conte então porque você faz tal coisa, como deve calcular, todos comentam. – Contrapôs o amigo preocupado.
- Claro amigo, mas por favor me conte primeiro como chegou tal assunto aos seus ouvidos e com que conotação lhe foi transmitido. – Pediu o amigo questionado, sem fazer ideia do que se tratava.
- Bom, sei, porque todos já comentam e acredite que quem me contou, não pretende fazer juízo de valores, apenas está preocupado, pois é seu amigo também. – Informou o amigo preocupado.
 – Ele me contou que todos os dias, em todas as visitas, quando você vai visitar sua esposa no hospital, você está sempre antes da hora de visita e fica esperando para não se atrasar. Você sabe que ela entrou em coma faz muito tempo, depois daquele acidente e provavelmente nunca recuperará.
- É verdade o que afirmam? – Inquiriu.
- Sim é verdade. – Reponde o amigo questionado.
- Mas você precisa chegar sempre antes da hora, não pode atrasar um minuto que seja? Amigo ela não vai se aperceber se você chegou mais tarde.
- Ela não. Mas eu vou. - Respondeu o amigo questionado.


 A forma como amamos é definida pela forma como agimos em todas as circunstancias que a vida nos coloca e não nas palavras que usamos quando dizemos ao outro – Amo-te…muito…para sempre…mais que tudo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011


A busca da verdade nunca é tão fácil como nos dizem, nem tão difícil como pensamos.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pensamento de Novembro




A doutrina nas religiões é a manipulação da verdade. 

Os tempos que vivemos…


Vivemos tempos estranhos, confusos e incertos quanto ao estado social a que nos habituamos. Toda a estranheza, confusão e incertezas derivam da forma como somos confrontados com o futuro, face ao que sempre fomos informados que seria, caso fizéssemos as escolhas correctas. Socialmente aceites, quase todos, vivemos e decidimos as nossas vidas em função dos códigos que sempre nos incutiram que sendo cumpridos, garantiriam que o nosso futuro fosse relativamente tranquilo. Estudar, tirar um curso, escolher o emprego certo, no sito certo. Emprego de estado principalmente, pois o estado é o mais estável dos empregadores. Correr o menor numero de riscos possíveis, saber fazer as escolhas, ter amigos nos sitos certos, para termos acesso às oportunidades certas, cumprir as regras da formatação social, mesmo que elas não coincidam com as leis ou até com aquilo que deveria ser justo, importante é cumprir os códigos que nos tornam aceites e desta forma teremos a estabilidade e segurança que desde sempre na nossa educação nos foi incutida como necessária para ser aceite socialmente.
Vivemos tempos diferentes, estranhos, onde finalmente percebemos que afinal talvez tivesse valido a pena olhar mais para dentro de nós e decidir a partir dos sentimentos sinceros e genuínos, em detrimento das atitudes tidas em função dos ditos comportamentos padronizados e aceites que todos sabíamos serem incorrectos e injustos. Quantos de nós, em determinada altura na nossa vida não foi já beneficiado, por algum tido de decisão ou acontecimento resultante deste fenómeno e que mesmo estando consciente da sua origem, mantivemos como aceite, usufruindo dele, esquecendo a sua ilegitimidade?
Sim vivemos tempos diferentes, estranhos, confusos, mas não tempos injustos. Vivemos os tempos que devido ao nosso comportamento colectivo, permitimos que surgissem. Sempre criticamos todos aqueles que por um motivo ou por outro, usufruíram de algo que não lhe era devido, mas nunca questionamos e examinamos se até hoje, em maior ou menos escala, também já o fizemos, isto porque, também para todos nós, existem dois pesos e duas medidas. Nós e os outros. Assim tudo o que directa ou indirectamente nos afecte, terá sempre pesos diferentes, do que afecta os outros, na hora de avaliarmos se devemos catalogar como bom ou mau – certo ou errado – positivo ou negativo. Este comportamento levou ao estado actual, em que cada qual sempre procurou a seu próprio benefício, sem que nada nem ninguém se tenha preocupado com garantir a parte comum.
O ser Humano é por natureza um ser individualista e por conseguinte, egocentrista. Assim devemos compreender que a reacção de querer o melhor para nós mesmo, é perfeitamente Humana, independentemente de certa ou errada, está-nos com ADN enquanto raça, nunca podendo evita-la por completo. No entanto, também é certo que o ser Humano distingue-se dos restantes seres vivos por um conjunto de características que fazem dele a raça dominante, embora ele não tenha até hoje usado de forma adequada tais características que o tornam dominante, mesmo assim, sabendo que somos todos parte do problema, não queremos admiti-lo e sem que assim seja, será difícil fazermos parte da solução.

Sim, vivemos tempos exigentes,tempos que nos pedem para repensarmos na forma como temos gerido as características que nos tornaram a raça dominante, para avaliarmos se valeu a pena, cada um de nós, olhar só para si e depositar tudo só do nosso lado, esquecendo a dedicação e partilha comum. Não se pede ao ser Humano, a cada um de nós que deixe de ser o que é, um ser individual, apenas se pede que olhemos todos um pouco para aquela parte que é de todos.
Mas como? Como podemos mudar agora depois de tantos anos a sermos educados para ser eu, só depois nós e quase nunca tu? Aquilo que nos protege enquanto seres, também é o responsável pelos efeitos que levaram ao actual estado em que o nosso mundo se encontra.   O nosso ego protege a nossa individualidade enquanto ser, mas só aparentemente, ou se pretenderem, só momentaneamente, pois nós não somos na realidade seres individuais, mas sim partes de um TODO. Por isso, nunca a atitude que leva o ser ao aparente beneficio egocêntrico, será a solução, pois esta será sempre ilusória, temporária e limitada.
Mas como sair então desta encruzilhada? Como pode a Humanidade abandonar algo que é parte da sua principal característica enquanto raça? Como pode o ser acreditar que só dedicando no seu dia-a-dia parte de si aos outros, pode resolver os seus próprios problemas?

O verdadeiro estado de (cons)ciencia


Todos (as) deveríamos saber “desligar”, o pensamento enquanto processo da mente, é o único obstáculo para que o ser não seja capaz de olhar para alem dos aspectos limitados que o mundo nos apresenta. “Desligar” permite ao ser perceber, sentir e vivenciar os mais elevados padrões emocionais, a este estado, as ciências esotéricas, aquelas que tratam de forma cientifica e séria os fenómenos que a ciência tradicional diz não existirem, porque não os entendem e não conseguem explica-los, chama de estado mental de não-atenção, ou seja, sentir | estar ciente do que nos rodeia de verdade, sem usar o cérebro e por sua vez a mente na sua forma condicionadora sob o aspecto da expansão dos órgãos sensitivos que recebem tudo aquilo que a nossa percepção pode receber em estado de não-atenção.

Pensar, de facto e em bom rigor, significa distrair os mecanismos dos sentidos que a percepção usa para nos fazer chegar a verdadeira realidade que é o Mundo Imanente. O pensamento é na realidade um monologo levado a cabo pela mente, através da perspectiva dualista e limitada pela constante necessidade analógica. Assim e por estas duas principais limitações a mente está constantemente distraída, pois para estarmos cientes de algo real que nos rodeia, precisamos de ter a mente atenta. Tentarei explicar tal afirmação.
Sabemos que o presente, passado e futuro, é a forma racional como a mente consegue resolver uma limitação em que o actual estado do ser humano permanece, concretamente, a incapacidade da simultaneidade, ou seja, tal facto, não conseguir ver ou sentir os fenómenos num só tempo, obriga a mente a criar ancoras para situar o que conseguiu ter ciência em determinado momento (presente), o que serve para reconhecer o presente, visto só reconhecer algo por comparação – analogia, a mente precisa de criar uma base (banco) de memorias onde guarda eventos para conseguir mais tarde comparar (passado) e todos os que estão fora destes anteriores (futuro). Este mecanismo, em que a mente através do pensamento precisa estar constantemente a comparar o que existe na base (banco) de memorias para tentar reconhecer um acontecimento | evento ou caso não exista ainda analogia, processar esse evento de forma a ficar armazenado, cria o tal estado de permanente distracção.

Paradoxalmente e devido à necessidade da mente estar ocupada a processar fenómenos ou eventos que ocorreram, a mesma nunca consegue vivenciar o presente, pois a esse mesmo presente a mente o que faz, quando o recebe, é tentar compara-lo com algo registado no passado, para analogicamente saber se o consegue identificar e caso não o consiga conscientemente identificar, ela, leva-o para esse banco (base) de memorias que é o seu passado, preparando assim para que no próximo evento similar haja um comparativo análogo, mas na realidade o que decorrer destas acções é a distracção da mente devido ao constante monologo do pensamento no mecanismo de processamento analógico.
Se é certo que num conceito mais profundo sob o ponto de vista esotérico e mais concretamente para o estudo Hermético, o tempo como o conhecemos não existe, então seria certo também que para ser correcto, o que o ser deveria dar-se conta, seria tudo, pois se tudo está num só estado de tempo, então esse estado é o AGORA, sendo este permanente e eterno.  Sendo  esta uma verdade esotérica que o busca-dor deve compreender por si e através dos seus estudos, também é verdade que tal percepção é impossível de ser tida pelo ser no seu actual estado e neste mundo Imanente, quer para o ser Humano, quer para o conjunto de outros seres nas outras dimensões e planos deste mundo Imanente. Só o efeito da LEI através do fenómeno da  fragmentação, ensina o porquê dessa limitação. Assim sendo, o que o ser consegue no actual estado, será perceber parte desse AGORA, uma pequena fracção, mas tão maior quanto maior for o seu domínio do seu estado de não-atenção.