Somos
o que socialmente nos educaram para ser, através dos valores que nos incutiram
como sendo os aceitáveis. Todas as sociedades do atual ciclo civilizacional,
independentemente da região do globo, vive em função do conjunto de princípios que
levam o ser humano a atribuir valor a todo um conjunto de “códices” que juntos
e comparativamente, são aquilo que nos torna igual a todos os outros.
Nas várias
sociedades, todos os modelos de seres humanos, diferem unicamente, do que
exista culturalmente nelas de diferente, mas todas as diferenças não são mais
que variantes de modelos que na realidade, são na sua essência, a mesma coisa –
seres estruturados com base em “códices”.
Somos
espíritos encarnados, sendo os herdeiros e filhos da desobediência, somos o que
resulta da diferença dos filhos da obediência. Essa diferença, entre filhos obedientes
e nós - “o filho prodigo”, resulta o que designamos pelo livre arbítrio – o querer.
É desse querer, mal direcionado que nasce a prisão que cerca o ser humano neste
ciclo de desenvolvimento, onde todos os nossos comportamentos, constituídos pelo
padrão de que são os “códices” introduzidos, nos têm levado ao atual estado.
Veja-se.
Socialmente só nos sentimos integrados se atingirmos níveis de mediocridade,
nem sequer questionamos se pretendemos ou se na nossa essência somos na verdade
diferentes de tudo o que é modelo, ilusoriamente aceite por todos como padrão.
Nascemos
bonitos e belos fisicamente, ah! Então somos aceites e teremos maior probabilidade
de sucesso. Nascemos feios ou não tão belos fisicamente, pena!...teremos que
procurar outra forma de nos aceitarem, talvez a politica, talvez ser rico….ah,
já sou rico….então tudo bem, seremos aceites . Alguns estarão a pensar: “Não….não,
também nos preocupamos com a beleza interior”. Respondemos: “Sim?!!! Sério?!!!
Quanto, quando e de que forma?!!...depois de olharmos primeiro para um dos primeiros
aspetos – beleza física, poder económico ou social”
Perguntarão
outros: “…E a materialidade, ou seja e os bens materiais onde ficam no meio de
tudo isto?!!!” Respondemos: “Esses são a moeda de troca dos primeiros,
unicamente a moeda de troca ou se
preferirmos – o vil metal. Pois estes últimos, são os que o ser humanos, na sua
mediocridade procura alcançar através dos primeiros”
O aprisionamento
humano, através da materialidade, atingiu proporções nunca antes vistas em toda
a historia da humanidade, isto torna-se realmente preocupante. Se não bastasse,
o flagelo que ela apresentava no mundo moderno, a globalização, trouxe para
cima da mesa, não o debate, mas a confirmação de que esses “códices”, através da
estratégia de comunicação massiva do consumo que é o marketing, se tornaram disseminados
por todos os povos e em todo o globo.
Hoje,
independentemente das condições sociais e culturas, o ensejo pelos bens materiais,
pelos padrões de beleza, pelos objetivos ilusórios da industrialização dos
padrões espirituais modernos, tinham lançado os povos do designado primeiro
mundo, já fez os mesmos estragos no, anteriormente preservado, terceiro mundo.
Hoje, todos o seres, toda a humanidade vive presa na mediocridade, acorrentada
nos valores desse monstro que é a verdadeira peste da HUMANIDADE.
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