quinta-feira, 18 de abril de 2013

A Nona Hora – O número que não pode ser revelado.



Afirma Apolónio de Tíana, nos seus mais sublimes ensinamentos, refletidos Nuctemeron que a Nona Hora é o número que não pode ser revelado. Aquele que se inicia como estudante de Hermetismo, na atualidade, espera que o profundo significado destes ensinamentos, tanto no caso de Apolónio, como de outros respeitáveis altos estudantes de Hermetismo, lhe sejam explicados como se de uma qualquer matéria se tratasse.
Na verdade, salvo raras exceções, na atualidade, quase todos os que seguem o caminho da espiritualidade, seguem um caminho que está levando a todos (as) ao mesmo lugar – a lado nenhum. O erro é acreditarmos que a cientificação (profundo entendimento interior, através da experimentação) dos temas espirituais, segue os métodos de outra qualquer aquisição de entendimento exotérico. Para tal os ditos mestres, apresentam modelos teóricos e definições conceptuais para os seus modelos e os seus seguidores, erradamente, se dediquem à memorização dessas teorias e conceitos. Disto resulta um beco sem saída, tão paradoxal, como aqueles que vivem atrelados aos conceitos teológicos religiosos.
Como é possível ensinar espiritualidade, usando unicamente teorias que depois não levam os seus seguidores à constatação de tais exposições teóricas?
Os últimos meses, tenho dedicado grande parte do meu tempo de busca a ouvir oradores / mestres nos seus modelos, cada um deles originado em correntes védicas, herméticas, taoistas, budistas, apoiadas por alguma linguagem mais direcionada para um ou outro grupo de buscadores dentro da humanidade. De tudo o que ouvi, sempre oradores que apresentam ideias teóricas bem interessantes e muito uteis, mas de todos eles, sem exceção, todos os seus modelos ficam vazios de dois importantes instrumentos, a saber;
a.       O enfoque nos objetivos importantes da Libertação do ser-espirito,
b.      A apresentação de metodologias efetivas, capazes de levar o estudante / buscador, a vivenciar por si, as verdades que o levam a essa LIBERTAÇÃO.
Diria mais, não vi em nenhum dos casos que tenho analisado, a abordagem direta sobre o tema central que leva a essa LIBERTAÇÃO, concretamente, o indício que esse oradores / mestres, conheçam de fato a condição oculta no segredo não revelado da Nona Hora de Apolónio de Tíana. Relembro que essa verdade oculta, é transversal a todos os sistemas de ensinamento espiritual, podendo ser usados outros conceitos, outras definições para tal condição oculta, mas o fato é que ela é fundamental para que a LIBERTAÇÃO de qualquer ser-espirito se realize.
Pergunto: Todos esses veneráveis oradores não revelam saber de tal condição, não apresentam métodos para que o buscador perceba que há condições ocultas da existência que sem que ele a vivencie e entenda, nunca se LIBERTARÁ, nunca despertará. Porquê? Desconhecem?
Se não desconhecem, então porque os seus modelos teóricos falham quando é colocada no seu contexto, a verdade que está oculta na Nona Hora?
Veja o buscador que, não conhecendo a verdade que se esconde na Nona Hora, para que perceba a incongruência e enormes falhas dos modelos teóricos que a humanidade tem aprendido como sendo válidos, imagine que tal verdade aqui se aplica como forma de aferir a genuinidade dos dados desse modelo.
Os modelos teóricos são importantes como forma de iniciar a profunda reflexão ou apoiar esse reflexão, quer seja através de palestras, quer seja através de distribuição de conteúdo escrito, no entanto, esse modelos devem conjugar-se com a necessidade de que o estudante / buscador (a) adentre na experimentação, como forma de se cientificar efetivamente sobre o conhecimento exposto nesse modelos, levando ao pleno entendimento, ou seja, à cientificação do ser.
Não há verdade ou realidade pessoal que não seja aquela que conseguimos perceber, por isso, é necessário que saibamos transmitir conhecimentos através de modelos explicativos, mas depois, devemos fornecer os instrumentos para que quem os recebe, eleve o seu nível de entendimento e assim experimente efetivamente esses ensinamentos. Isso é o verdadeiro significado da cientificação e só a partir dela, entenderemos os grandes mistérios e assim poderemos conhecer o caminho da LIBERTAÇÃO.

domingo, 7 de abril de 2013

A mente e os seus limites.


Certamente que não se lembra da época em que aprendeu a andar, nem a gatinhar, mas nessa época o seu sistema neurológico, aquele que coordena as funções físicas voluntárias e involuntárias, teve que aprender sobre o que são os órgãos necessários para que esses movimentos ocorressem, quer o gatinhar quer o caminhar. Qualquer processo, qualquer competência que tenhamos que aprender a levar a cabo, consciente ou inconscientemente, voluntária ou involuntária, necessita que aprendamos sobre um conjunto de aspetos que levam ao seu domínio, quer seja de caracter físico, quer cérebro-mental.
Na sua maioria, o processo de aquisição de informação necessária sobre o órgão ou conjunto de órgãos que irão executar determinada competência humana, é quase imperecível, visto a aquisição desse nível de conhecimento se ter que dar obrigatoriamente pelos tais motivos básicos da sobrevivência, isso leva-nos a relegar o entendimento que devemos ter sobre eles, ou na melhor das possibilidades, ter o mínimo de informação necessária sobre o assunto. A própria sociedade criou a ideia, perigosa por sinal, que só os especialistas devem ter conhecimento mais profundo sobre determinados temas.
Assim, são as ideias pré-concebidas, da própria sociedade que nos incentivam a não ter que entender os processos que nos poderiam auxiliar a viver melhor, ou se preferirem, a entender tudo o que não compreendemos sobre nós mesmos. Infelizmente, por muito que nos custe aceitar, tudo o que não compreendemos, nada tem a ver com impossibilidade face à capacidade de alcançar esse entendimento, mas sim por falta de empenho nosso. Essa ideia, de que há assuntos que transcendem a capacidade do ser humano chegar ao seu entendimento pleno, é uma perigosa ideia e ela é responsável por nos colocar no estado em que nos encontramos enquanto raça – o atual estado de ignorância.
Se queremos ter maior domínio sobre o que entendemos pelo nosso destino, devemos aprender mais sobre nós e para isso precisamos começar por refletir sobre o que somos, como nos damos conta da existência, o que cria a perceção de nos sentirmos existir, na verdade – o que representa e como se gera a consciência de estarmos vivos.
Em toda a minha vida, desde muito jovem e com os recursos que ia tendo ao longo da minha breve existência, sempre tentei responder a esta pergunta – como se gera a consciência que tenho de mim, do mundo e dos outros, que me leva a sentir existir? Ao fazer esta pergunta e ao tentar obter a resposta, nunca imaginei que para perceber tal questão, necessitaria de perceber primeiro o cérebro e o fenómeno que é a mente. Hoje torna-se simples para mim, entender que sem perceber o que é o cérebro, a mente e como ambos se relacionam e funcionam, seria como querer compreender ou falar um idioma, sem nunca ter ouvido ou treinado a prenuncia desse ou outro idioma, ou seja, sem nunca ter feito uso dos órgãos fisiológicos responsáveis pela comunicação oral.
No exemplo último, a competência vem por imitação, por sistematização mecânica da audição ou da fala, com base na imitação de quem já a domina. Como esta é um tipo de competência que se materializa e pode ser comparado o seu domínio, através de audição e da interpretação que fazemos, aqui é fácil, mantermos padrões de aferição entre os que têm ou não têm domínio sobre ela. Já quando tentamos entrar no campo dos temas mais transcendentes, não sendo as comparações quanto ao grau de desenvolvimento tão óbvias assim, existe no entanto, uma logica básica a seguir que torna mais efetivo um resultado positivo. Para tal, devemos conhecer primeiro o órgão e o sistema de gera as perceções. É o nível de perceção gerado por cada ser vivo, em geral, aqui em particular, por cada ser humano que cria a ego-personalidade, por sua vez, a forma como cada um de nós entende o mundo, a si próprio e os que o rodeiam.
O Hermetismo afirma e ensina que esse fenómeno que se designa por mente, é algo que está para além do cérebro. Assim olharemos para a mente como um algo mais sutil e para o cérebro como um órgão fisiológico, sendo este último, aquele que materializa aquilo que podemos chamar de movimentos mais densos da mente – pensamentos, mas também os movimentos mais sutis - intuição. Materializar aqui significa, trazer para uma simbologia/linguagem humana todo o conjunto de sensações e perceções que o fenómeno mente, capta e para que se torne entendível, na perspetiva do intelecto humano, precisa ser convertido em algo com significado para a compreensão.
O pensamento é o instrumento de que a mente se serve para ler os registos que estão armazenados nas nossas memórias. Vamos dar um exemplo alegórico como forma de simplificar o entendimento básico sobre os processos e seus órgãos. Imagine um computador, aquilo que é todo o hardware, podemos entende-lo como o nosso corpo físico e todos os sistemas neurofisiológicos que o fazem funcionar.
Agora vamos falar sobre os softwares – o sistema operativo, aqui seria o Ego, o conjunto de instrumentos que juntos fazem funcionar, de forma básica, todo o hardware e simultaneamente, suportam os restantes softwares que serão instalados. O disco rígido seria a nossa capacidade de registar e tudo o que nele esteja contido, serão as nossas memórias. Aqui o pensamento estaria representado pelo movimento em que a agulha lê a informação contida no disco rígido.
A tela (ecrã) e tudo o que nela se apresenta, o que surge como perceção no momento, é aquilo que entendemos como tempo presente. Sendo o conjunto de informações registadas no disco rígido as nossas memórias, são também o que entendemos por passado, pelo conjunto de eventos/acontecimentos que já tivemos perceção.
O software a que designamos por navegador de internet (browser), representa a intuição. Toda a informação que existe na internet, ou seja, toda a internet, representa aquilo a que se pode designar de Consciência Cósmica, onde pré-existem todos os eventos e todas as ocorrências/possibilidades. Aqui o Hermetismo denomina de ETERNO AGORA. 
O conjunto de suportes, a partir dos quais o nosso disco pode receber informação, para além do ETERNO AGORA, são então os suportes físicos como DVD´s, CD´s, pen-drive´s, cartões de memórias e intra-redes. Estes, representam o conjunto de suportes a partir dos quais constituímos dia-a-dia o nosso suporte de memórias internas. Eles equivalem os conhecimentos/informações adquiridas durante a nossa educação académica, social e cultural. Na verdade o seu conjunto termina por fazer parte e constituir, uma parte importante do modo como o nosso sistema operativo (Ego) funcionará. 
Mais tarde usaremos estes exemplos como forma de ilustrar parte dos processos complexos que a mente, no seu conjunto, origina. Mas então como funciona a mente, como nos damos conta, como temos cons-ciência?
Para tentar auxiliar o entendimento sobre a forma como registamos e como percebemos o mundo que temos como existência, vamos socorrer-nos do Hermetismo e das suas disciplinas, neste caso, da Numerologia Sagrada Pitagórica. A mente, no atual estado em que o ser humano se encontra, estado encarnado neste plano denso/físico, ela é incapaz de relacionar mais que um acontecimento/evento ao mesmo tempo. A mente humana, no atual estado, não consegue percecionar em simultaneidade, aquilo a que as religiões denominam, de certa forma, por Omnipresença, ou seja, conseguir estar ou perceber vários eventos ou espaços simultaneamente.
O aparente limite para a simultaneidade, está imposto pela necessidade de materialização das perceções recebidas, na tela/ecrã que temos como perceção do tempo presente. Isto só se consegue efetuar através do pensamento e aqui reside o limite, o pensamento, a agulha de leitura da informação que está registada no disco rígido, só lê uma quantidade limitadíssima da área do disco rígido, quase que poderíamos afirmar na linguagem informática – dado a dado de cada vez. É o pensamento que gera a aparente incapacidade de perceber mais que um evento em simultâneo, quando na verdade, a mente consegue perceber em simultaneidade, mas não os consegue materializar na tela (ecrã) mental (perceção que temos como momento presente), registando assim nas memórias, para depois aceder, ou seja o pensamento ler, um a um.
Vamos dar um exemplo para perceber melhor este processo. A agulha (leitor) que lê o disco rígido (nossas memórias), só consegue ler um dado de informação de cada vez, o que surge na tela/ecrã do computador é o que percebemos como momento presente. Na verdade esse momento presente é composto por um conjunto de dados a que a agulha (pensamento) consegue aceder e agrupar num outro sistema que durante breves segundos consegue manter vários dados juntos e organizados de forma a mostra-los na tela/ecrã, gerando assim a imagem que se apresenta nessa tela/ecrã (momento presente). A este sistema que cria uma imagem com base em alguns dados capturados pelo pensamento e usando os recursos do Ego (software operativo), poderemos designar memória virtual.
A perceção que temos como momento presente é na verdade isto mesmo – uma memória temporária que regista durante uns breves segundos um conjunto de dados/imagens/informações que representam aquilo que compreendemos como existindo no momento presente. Porque esta memória virtual é de duração breve, o pensamento, atualiza-a permanentemente e isso termina por gerar aquilo que percebemos como decurso do tempo.
Assim é indispensável fixar que qualquer que seja o grau de desenvolvimento de um ser humano, sem exceção, temos uma limitação que é imposta pelo estado em que se materializa a mente, naquilo a que muitos afirmam ser o sistema cerebral. Desde que estejamos a falar de uma mente projetada num corpo físico (encarnada), esta estará sempre limitada, sendo incapaz de atingir o estado a que o Hermetismo designa de simultaneidade e que as religiões designariam de Omnipresença.   
Outra limitação importante ou característica que devemos estar cons-cientes, se pretendemos entender o fenómeno complexo que é a mente, é o fato dela, quando materializada, neste estado mais denso que entendemos pelo sistema cérebro-mental, ser incapaz de perceber um evento/condição que não tenha como referencia um seu oposto. Na verdade o que estou a afirmar é que a mente só se dá conta de parte do que de fato existe, pois ela só consegue perceber/registar aquilo que tem um oposto, um contraste/uma escala, ou seja, algo que se apresenta repetido. Sei que pode parecer complexo para quem de depara pela primeira vez com tal tema, mas vamos pedir a Pitágoras que nos ajude, veja o exemplo:
Imagine uma condição térmica de 30 graus centigrados e a ela vamos designar por – estado 1 (UM). Agora imagine que não haveria no universo qualquer outro grau de temperatura, todo o universo, estava a 30 graus centígrados. Nesta condição 1 (UM), embora houvesse a temperatura, o ser humano, não tinha cons-ciência dela, pois era impercebível para si, não havia outro grau para que a mente humana conseguisse identifica-la como algo existente.
Então pense agora na possibilidade de passar a haver uma outra condição, 5 graus centígrados, a ela designaremos por - estado 2 (DOIS). Só com esta condição a mente passaria a ser capaz de efetuar o registo, por comparação, da condição 1, com o surgimento da condição 2. O registo, ou cons-ciência destas duas, é materializado mentalmente por - estado 3 (TRÊS) que gera a condição que entendemos por temperatura ou sensação térmica.
Assim é possível perceber que a temperatura, só é consciencializável para a mente humana, porque existe mais que uma ocorrência do fenómeno, ou seja, porque se repete em graus diferentes, é possível para a mente, perceber o fenómeno em si. Em bom rigor, podemos afirmar que tudo o que está na condição 1 (UM), embora exista no Universo Creado, não é percebida pela mente humana, porque apenas registamos tudo o que se manifesta dualisticamente. Por isso somos designados de seres duais, este é o verdadeiro significado esotérico para tal termo. Vivemos um estado mental limitado pela dualidade, ou se preferirem, condicionados à LEI UNIVERSAL que o Hermetismo designa de Polaridade.
Aqui também se percebe que tudo o que representa o Universo percebido, tudo que se manifesta como percetível para a mente humana tem que está em condição trina, estado 3 (três). Assim afirmamos, sem entendermos plenamente que o Universo é de características e essencialmente tridimensional. Na verdade o que é tridimensional é a nossa capacidade de percecionar e assim, apenas temos ciência do que se apresenta na condição 3 (três) / tridimensionalmente.
Muito do que se manifesta no Universo, não conseguimos ter perceção, basta para isso entender que sem haver polarização/desdobramento de um determinado evento ou condição, a limitação a que a mente humana está relegada, não permite a sua perceção. Muito do que são até os fenómenos designados de paranormais derivam desta limitação, como iremos verificando no contexto destes ensinamentos.
Voltando à Numerologia Pitagórica esotérica, para nos ajudar a perceber a mente, podemos concluir que tudo aquilo que temos perceção como existência, só acontece quando se desdobra, quando se polariza e daí gera uma outra condição, permitindo à mente identifica-las e assim ter consciência do que é gerado. No exemplo da temperatura, só com o surgimento da condição de 5 graus centígrados (estado 2), é possível, à mente, ter consciência do que é a temperatura. Podemos afirmar que para a mente humana, tudo que é percebido e acontece desta forma.
Vamos deixar aqui um desafio para reflexão, caso concorde com esta linha de entendimento Hermético. Não haverá tantos eventos, fenómenos e condições no Universo que estando presentes, pelo simples fato de termos uma limitação na condição mental, apenas temos perceção de uma parte do que é toda a existência?
Resumindo, temos então que aquilo que é a mente, no estado físico representado pelo sistema que gera a perceção da existência (sistema cerebral), apresenta duas características que por si, nos tornam reféns da maneira como vivemos e vemos a existência. Apenas conseguimos perceber e ter presente um único evento de cada vez e só temos perceção dos eventos que se polarizam/desdobram e se apresentam tridimensionalmente.
Isto não significa que as limitações da mente ou se preferirmos, o estado mais denso em que se manifesta a mente, como sistema sutil de consciencialização do espirito, fiquem somente por aqui. Para termos um melhor domínio da mente, devemos primeiro perceber como ela funciona, o que ela representa, quais os seus limites e como ela existe/se manifesta nos vários níveis da existência.
Ainda dentro dos aspetos mais relevantes a ter em conta como principais mecanismos de limitação da mente, devemos ter como referência o que comummente se compreende por EGO. Este não é influenciado, nem influencia, diretamente as duas primeiras, mas é fundamental na forma como olhamos o mundo, principalmente na forma como nos vemos e vivemos nele.
Até aqui abordamos ligeiramente o tema da mente e unicamente, na perspetiva em que as suas limitações influenciam a forma como ela se manifesta. Estas condições, são inerentes ao atual estado físico em que ela se projeta, ou se preferirem, são condições indissociáveis do estado físico em que existimos, significando que estas duas condições são iguais e permanentes para todos os seres, enquanto estivermos encarnados. Existe no entanto um outro conjunto de condições limitantes para o sistema cérebro-mental que tendo na base princípios idênticos para o seu funcionamento para todos os seres, difere na forma como se apresenta. Estamos a falar do que a humanidade entende por Ego.
Embora o Ego influencie a forma como o ser depende da mente e esta se manifesta, por si, ele não é uma característica da mente, apenas induz o modo em que nos manifestamos, enquanto diferentes seres, no estado encarnado. Por si só, o Ego, é o fenómeno que origina as diferenças percetivas entre os seres humanos. Enquanto as duas primeiras características que aqui apresentamos, representam os mecanismos que geram o limite a partir do qual a mente funciona, significando isso que todos estamos condicionados a elas de forma idêntica, já o Ego, representa no seu todo, o sistema que gera a individualidade. Enquanto as duas primeiras são constituídas como condições inerentes aos planos da existência em si e o ser humano nada pode fazer para a sua eliminação enquanto estiver no estado encarnado, o Ego surge como condição suscitável de diferenciação entre os seres, assim como passível de maior ou menor eliminação por cada um, dependendo da condição individual em que nos encontremos.  
Embora o Ego não seja propriamente a mente ou parte dela, ele cria todo o conjunto de condicionantes para que a mente se apresente no seu estado mais liberto/claro. Assim podemos afirmar que o Ego, juntamente com os fenómenos que são o medo, o apego e a dúvida, são os inimigos naturais da libertação plena, isto porque é através deles que a mente fica condicionada à totalidade das suas capacidades.
Mas para entender melhor o Ego devemos aqui mostrar uma imagem análoga. Imagine que aquilo que consideramos Ego é uma caixa, onde nós estamos dentro. Essa caixa está totalmente vazia, estando unicamente preenchida por cada ser individualmente em cada caixa. Todos os seres humanos em estado encarnado, estão dentro da sua própria caixa. Ela, tendo seis lados, esses lados são completamente opacos e a caixa completamente estanque. Em todas as caixas (Egos), apenas existem seis pequenos orifícios que permitem perceber o exterior – cinco destes, representam os sentidos físicos (audição, visão, olfato, tato e paladar), o sexto sentido representa aquilo que designamos por intuição.
A matéria de que é constituída a caixa, é feita de um conjunto de ingredientes (códigos sociais, regras, ética, conceitos, leis do homem, costumes, etc.), nem todas as caixas têm os mesmos ingredientes, nas mesmas quantidades e proporções, por isso a densidade por que essas caixas são constituídas (conjuntos dos códigos), determinam o tamanho, posicionamento e formato dos seis orifícios (seis sentidos). Assim após estar completamente constituído a caixa de cada um (Ego), é a densidade com que essa caixa foi constituída que determina o formato, tamanho e posição dos orifícios pelos quais podemos ter perceção do mundo exterior.
Já em adultos, quando a nossa caixa está completamente constituída, é possível melhorar a perceção que temos do mundo exterior, para isso, precisamos trabalhar a formatação dos códigos que constituem a matéria que forma a nossa caixa e só isso permite que possamos alterar a dimensão dos orifícios que ela tem para o exterior.
Aqui é importante perceber bem o que é intuição e perceção, visto, serem dois mecanismos fundamentais no funcionamento da mente. Perceção, na imagem do exemplo da caixa, é todo o conjunto de sensações que conseguimos obter do mundo exterior a partir da totalidade dos seis orifícios. Já intuição, é unicamente o que resulta da perceção do sexto orifício, ou seja, é em si um sentido. Enquanto os cinco restantes têm um carater mais denso, pois captam as condições que se encontram em vibrações mais densas (físicas), o sentido intuição capta os níveis mais sublimes das cinco primeiras, os estados vibracionais mais elevados dos cinco sentidos. Mas a intuição, enquanto sentido sutil, é também o instrumento fundamental de comunicação entre os vários estados em que a mente se manifesta.
Vamos entender melhor a última afirmação. A mente, como já referi anteriormente, é algo que está para além do que percebemos como sistema cerebral. Este último, é apenas uma expressão da própria mente, ou seja, a materialização da mente no estado Malkut da árvore da vida da cabala (o universo percebido/físico). Assim a mente, existe em várias dimensões ou planos vibracionais, estes estados em que ela se projeta/apresenta, representam o que entendemos por estados de cons-ciência. Assim temos que a mente em si, existe em vários estados de manifestação, desde o estado que conhecemos enquanto seres encarnados, sistema cérebro-mental, até ao mais elevado estado em que ela se apresenta plenamente liberta, como CONSCIÊNCIA CÓSMICA.
Quando se fala em Consciência Cósmica, no Hermetismo, referimo-nos à MENTE CÓSMICA, se preferirmos - a UNIÃO de todas as MENTES, de tudo o que existe manifestado e tudo o que existe Imanifesto. Entre o estado de consciência a que estamos condicionados enquanto seres encarnados e este estado plano a que designamos CONSCIÊNCIA / MENTE CÓSMICA, existem vários estados em que a mente se apresenta. O canal de comunicação que liga os vários estados em que a mente se manifesta, designa-se por intuição.
No exemplo do computador, podemos identificar o estado de manifestação da mente mais baixo, como tudo o que resulta da capacidade de gerar informação unicamente pela informação /dados existentes dentro do computador e o estado elevado em que a mente se manifesta, a própria internet em si e tudo o que ela contem. Sendo aquilo que mantem a ligação do computador à internet, individualmente – o software navegador (browser), representa a intuição do ser-espirito e coletivamente – as linguagens de protocolos de comunicação de internet (TCP/IP, FTP, HTTP, etc.), representando a linguagem em que se organiza a informação na MENTE CÓSMICA.
Assim podemos começar a entender o porquê do Hermetismo afirmar que a mente é um sistema que está muito para além do entendimento que lhe damos quando nos referimos a ela como o instrumento físico-neurológico que é o sistema cerebral, pois na verdade aquilo que a humanidade entende por mente, é a sua expressão de manifestação mais densa, mais desdobrada/descontinuada. Então aquilo que confundimos com a mente, é na verdade, apenas, uma das suas formas de manifestação, a mais densa.
O Hermetismo ensina que tudo o que se manifesta, aquilo que entendemos por existência, onde se inclui o que compreendemos como mente, existe manifestado em vários níveis de vibração ou se preferir, em vários níveis de desdobramento, concretamente – sete. Assim tudo o que está manifestado, existe em vários outras condições, unicamente, apenas temos perceção da sua existência, do seu nível sétuplo mais denso.
Tudo no Universo CREADO é sétuplo, absolutamente tudo. No plano físico, vejam as cores em que o branco se desdobra, são sete, aquelas que estão presentes na forma básica na natureza e visíveis ao olho humano no fenómeno que é o arco-íris. As notas musicais, são sete.
Os números são sete, agora afirmará, não, os números são uma sequência de dez (0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9) e repetido ao décimo primeiro número. Não, não é verdade. Os números manifestos, no estudo esotérico das suas características, são apenas sete, isto porque os três primeiros (1,2 e 3), são na verdade apenas um único. A Numerologia Pitagórica estuda um lado dos números que representam as características esotéricas que eles revelam para quem domina o seu conhecimento.
Não iremos aqui aprofundar muito sobre o assunto, mas ainda assim, lembra-se da analogia simbólica que apresentei para revelar anteriormente a incapacidade da mente perceber parte da existência? Quando refletimos com base no exemplo que representa a polarização ou descontinuidade, através da representação do estado 1 (30 graus centígrados), dos estado 2 (5 graus centígrados) e do estado 3, em que a consciencialização da mente, só aqui, perceciona, por comparação entre os dois primeiros estados, naquilo que passa a ter como sensação térmica ou temperatura.
Então, os significados esotéricos, no estudo profundo da característica dos números, indica-nos, nessa conclusão que em rigor, para a mente humana e assim para o que temos como existência, porque não temos como perceber as duas primeiras condições (1 e 2), apenas devemos contar a partir do número 3. Assim sob a leitura das ciências místicas, só existem qualidade relativas a sete números manifestáveis – 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Aqui na escala Pitagórica, o numero 3 assume na contagem aritmética exotérica da posição de 1, o 4 a posição de 2 e assim sucessivamente. Agora perguntará – Então e o zero? Se o 1 corresponde ao estado mais sublime de tudo o que é manifesto, mas tão sublime que a mente humana não consegue tem perceção dessa condição, o zero representa a condição Imanifesta da CREAÇÃO. Aquilo que os cientistas ortodoxos afirmam haver antes do big-bang, ou o que a física quântica diz ser o VAZIO QUANTICO. Para o Hermetismo é isso mesmo, designa desde há séculos por NADA / Transcendente, o ZERO da numerologia Pitagórica.
A aparente complexidade do que entendemos ser a forma como se organiza o Universo, é apenas isso, desdobramentos sétuplos. Tudo o que é de origem da manifestação, deriva de desdobramentos sétuplos. Assim o primeiro estado dos planos da manifestação têm uma matriz bem simples, a diversidade só ocorre porque essa primeira matriz sétupla se desdobra, cada uma múltipla de mais sete e assim sucessivamente, gerando infinitos desdobramentos de uma única condição na origem. Com a MENTE CÓSMICA, acontece isso também, terminando no que temos como sistemas cérebro-mentais, aquilo que entendemos pela nossa mente. 
Assim tudo é sétuplo, os números manifestos são sete e tudo o que se manifesta, apresenta-se descontinuado numa imensidão de desdobramentos vibracionais sétuplos. Todas as condições Universais, absolutamente todas, se podem reduzir à condição única mais sutil. A mente também, ou melhor, a forma como ela se apresenta.

In: Hermetismo para todos – a arte da libertação | Capitulo II – A mente e os seus limites.

Aprender a viver para sobreviver.


Nascemos e as primeiras aprendizagens que temos que fazer, relacionam-se com os processos fisiológicos involuntários que nos irão permitir viver no corpo que nos servirá de morada nesta existência. Para isso, o primeiro ato representado na primeira expressão humana que manifestamos através do choro, serve para iniciar o nosso aparelho respiratório, naquela que é a prioridade após a separação física com a progenitora – o rompimento do cordão umbilical.
A luta seguinte, no processo de sobrevivência fisiológico, acontece através da nossa capacidade de comunicar e da progenitora percecionar que precisamos de comer, pois esse mesmo cordão umbilical, garantia-nos o suporte de vida, levando-nos oxigénio e nutrientes que nos alimentavam. Assim, quando necessário, novamente usando a primeira forma de comunicação humana, o choro, informamos que precisamos de nos alimentar.  
Com o passar do tempo, vamos aprendendo a dominar os processos físicos e mentais que nos permitem sobreviver, quer os involuntários quer alguns dos voluntários que fazem depender essa sobrevivência. Todos os processos que tenham por base a sobrevivência, dependem em muito, da forma de perceber o mundo que nos rodeia. O maior ou melhor desenvolvimento dessas capacidades percetivas, depende da nossa capacidade de comunicarmos com os outros, mas também da forma como essa comunicação pode ser feita. Assim, dependemos de três pressupostos – a capacidade percetiva da fonte, o tipo de meio de comunicação e a capacidade percetiva do destino.
 A primeira grande prioridade do ser humano é sobreviver, todos os processos que fazem depender essa sobrevivência são cumpridos com rigor, treinamos e repetimos vezes sem conta, até dominar em plenitude esses processos, pois sem uma eficiência plena do seu domínio, não sobreviveremos e aí, extingue-se a existência. Como esta necessidade é, em termos gerais, igual para todo o organismo humano, então, acabamos por criar um conjunto comum de capacidades involuntárias e voluntárias que unicamente servem para garantir a manutenção da vida, daí o sermos semelhantes em muitas competências, modos de ser e estar.
Aprender a respirar, comer, falar, andar, correr, etc., são necessidades básicas, que necessitam de responder às necessidades que fisiologicamente um corpo humano obriga a cumprir para poder sobreviver, assim porque todos os corpos humanos são idênticos, por sua vez, têm as mesmas necessidades, daí as capacidades que todos desenvolvemos serem idênticas. 
Já quando partimos para a interpretação e compreensão que temos sobre eventos que não são aparentemente nucleares para essa nossa sobrevivência, tudo muda, pois, como não têm um padrão de exigência vital no que aos aspetos fisiológicos se refere, acabamos por desenvolver capacidades diferentes e muitas vezes dentro dessas, níveis diferentes de desenvolvimento. Isso torna o mundo como ele é, ou seja, olhando de longe para o ser humano, aparentemente somos iguais, pois portamo-nos dentro dos mesmos padrões – caminhamos, falamos, alimentamo-nos, trabalhamos, choramos, rimos, etc., mas quando nos aproxima-nos de um ser humano em concreto e com ele nos relacionamos, percebemos que ele é diferente – gostamos de coisas diferentes, temos ideais diferentes, sonhos, modos de viver a vida, etc. Mas principalmente, devido à forma diferente como desenvolvemos as capacidades não básicas para a sobrevivência física, percebemos o mundo de forma completamente diferente.  
O meu Mestre, costuma afirmar que todos os males do mundo, todos os desentendimentos, dor, vingança, medo, apegos, em suma, todo o ego, depende e é alimentado por este fato – a acídia que tivemos enquanto raça para elevar o nosso estado de entendimento geral sobre os temas subjetivos, da mesma forma como levamos o desenvolvimento das capacidades para os assuntos objetivos, os tais básicos para que a vida física se mantenha.
Pela enorme incapacidade que a linguagem humana tem que representar os profundos significados das perceções plenas, devemos ter o devido cuidado de manter sempre presente que tal incapacidade, de lhes dar esse significado, existe porque a nossa interpretação depender do nosso estado de entendimento, aquilo que muitos designam por estado de consciência. 
Muito se ouve falar sobre a evolução espiritual, muitos são os termos e conceitos que a tentam explicar, mas de todos os que tenho conhecido até aqui, nenhum deles é suficientemente claro e capaz de fazer aquilo para que servem os conceitos e definições – comunicar. Levar a entender plenamente aquilo que está representado nele e daí gerar benefícios efetivos no dia-a-dia que quem os interpreta.
O engano em que resultam as compreensões que têm origem nas muitas explicações - o que é, o que significa, o representa e onde nos leva a tal “evolução espiritual”, só beneficia o descredito que em geral, depois se cria sobre a verdadeira espiritualidade, os seus processos de evolução e os benefícios que deles resultam.
Assim a questão que importa levantar antes de tudo e para compreender a pertinência do propósito daquele que é o chamamento que dentro de cada um permanece incessantemente é - O que é a evolução espiritual e para onde nos leva, como nos pode beneficiar?
Evolução espiritual é um caminho, mas um caminho que nos leva de um estado de consciência a outro. A alteração do estado em que todos nos encontramos, em geral, designa-se ou deveria designar-se disso mesmo – evolução espiritual. Parte-se de um estado de ignorância para um estado de plenitude de consciência, ou se pretenderem, de SABEDORIA. Muitas filosofias e religiões autênticas designam e bem, de – passar da escuridão para a LUZ. A única critica aqui, é, ao se usarem sentidos figurados, esses, não geram os entendimentos necessários nos seguidores ou crentes e isso origina interpretações equivocadas, por sua vez, resultando no que se vê como padrão – a imensidão da humanidade perdida, dirigindo-se por caminhos que levam a nenhures.  
Assim é fundamental perceber profundamente o que significam os termos e conceitos e aqui poderemos começar pelo que representa a SABEDORIA ou LUZ. Como estuda e afirma o hermetismo, estas, estão representadas no termo – cientificação. Provavelmente este seja o único termo que agrega na plenitude tudo o que é possível expressar, em linguagem humana, no que está contido no verdadeiro sentido do termo LUZ ou SABEDORIA, mas para isso importa entender que essa cientificação representa, para assim, não se cair nos mesmos erros, julgando que basta tentar interpretar o termo em si.
Na verdade, cientificação, é um processo que vai desde a interpretação do termo/evento, passando pela profunda reflexão sobre o mesmo, até que um dia, vindo de dentro de nós, surge a tal ILUMINAÇÃO sobre o que ele representa. Este processo é algo que as palavras e qualquer linguagem humana, não consegue descrever em plenitude, mas podemos chamar-se o momento “Eureka”.
Então poderemos aprender a designar o objetivo da tal evolução espiritual, como sendo o caminho que nos levará à plena cientificação, mais tarde, entenderemos plenamente o que essa cientificação representa. Mas para já fique a ideia, estar em estado de plena LUZ/ILUMINAÇÃO, em pleno estado de SABEDORIA, significa estar plenamente CIENTIFICADO – ter pleno entendimento, ser claro de consciência.
Na linguagem Hermética, em particular e esotérica em geral, importa também diferenciar os termos – compreender e entender. Compreendemos quando nos damos conta de, entendemos quando depois de nos darmos conta, analisamos, refletimos e obtemos a partir daí todas as sensações interpretativas sobre o tema/evento. Significando isto que temos pleno domínio sobre o processo/evento em si.
Para o senso comum, ter entendimento sobre algo, representa saber o que “esse algo” significa, que existe, como existe, mas na verdade isso, apenas representa o estado de compreensão e não do entendimento, muito menos o entendimento pleno. Veja um exemplo – Sabemos o que representa o tempo cronológico. Mas será em temos entendimento sobre ele? Compreendemos que ele gera o passado, o presente e o futuro e por julgarmos que já o conhecemos, acabamos que não entende-lo. Tanto não temos pleno entendimento sobre essa condição da existência que não controlamos, as expetativas que são geradas através dele, no que acabam por ser o que entendemos por incerteza quando ao nosso futuro, por exemplo.
Outros exemplos fulgurantes estão relacionados com o medo, a dúvida e o apego. Entendemos estas três condições da existência? Sabemos reconhecer os fatores que as originam, como elas se apresentam? Simplificando podemos afirmar que todas, absolutamente todas têm origem numa única condição – a ignorância e é inclusivamente essa condição a única responsável pelo sofrimento a que a humanidade está relegada constantemente.
O entendimento sobre a mente, é outro exemplo fulgurante do que representa a diferença entre compreensão e entendimento. Temos uma perspetiva muito superficial e apenas compreendemos o fenómeno que é a mente, mas estamos longe de entende-la. Confundimos de tal forma os termos e as suas diferenças que até confundimos aquilo que é o cérebro como sendo também a mente, isto porque apenas, olhamos para só conceitos, esquecendo o seu profundo significado, aquele que só se obtém através do entendimento. Em ambos os casos julgamos serem a mesma coisa, mas são bem diferentes. É o erro que cometemos de superficialidade na análise que nos leva a não perceber/entender e não uma incapacidade por si. 
Muitos, por não terem plenitude de entendimento, a tal cientificação acerca do fenómeno que é o tempo, o medo, a dúvida, o apego e a mente, terminam por se ver envolvidos pelos efeitos que essas condições provocam nos que não as dominam e assim, praticamente toda a humanidade vive ao sabor dos ardis destas condições. Na verdade todas as consequências do sofrimento relacionadas com as expectativas/incertezas, têm origem na falta de pleno entendimento/a cientificação sobre o tema, inerentemente, isso resulta do estado de ignorância a que o ser humano está relegado – o estado de escuridão. 
O mesmo processo que nos prepara para conseguir sobreviver fisicamente quando nascemos, paradoxalmente, impossibilita-nos de nos desenvolvermos espiritualmente. Aparentemente o envolvimento do ser humano, no processo que se dá após o nascimento e que permite construir a individualidade que nos garantirá a sobrevivência – a constituição do ego, perversamente, constitui-se como um muro que termina por se tornar o nosso maior inimigo no processo de aprendizagem de como regressar ao nosso estado original, a tal evolução espiritual – a transmutação do estado de ignorância ao estado de Sabedoria.
Os processos de aprendizagem que nos levam à perceber todos os mecanismos que nos aprisionam nesse estado e o seu entendimento, para posterior libertação deles, são na verdade, aquilo que podemos descrever como – o caminho que se percorre nessa tal “evolução espiritual”. O trabalho do alquimista, o processo de CIENTIFICAÇÃO que o estudante em Hermético leva a cabo.

In: Hermetismo para todos – a arte da libertação | Capitulo I – Aprender a viver para sobreviver.

sábado, 6 de abril de 2013

Anjos


Muitos místicos / esotéricos, chegam a uma época de sua busca em que têm relutância em falar de anjos e de afirmar a sua existência....

Mas, anjos, na verdade, são mensageiros de DEUS | do PODER SUPERIOR....seres de LUZ que vêm em missão para auxiliar a HUMANIDADE.....

Então, não sendo os anjos, exactamente como as religiões os apresentam...eles andam por ai....como AVATARES / seres mensageiros que cuidam para que seus irmãos aprisionados nos planos da IGNORÂNCIA, encontrem o caminho de volta.....para que um dia se libertem...

Então da próxima vez que vir alguém adorando anjos, mesmo que esse alguém, veja os anjos como a religião ensina....lembre-se.....eles podem não ser essas figuras aladas....mas mesmo ao seu lado, ou todos os dias até pode que vc lide com um....sem perceber isso...

Eles existem.....só necessitamos de elevar a forma como os percebemos....



sexta-feira, 5 de abril de 2013