(…)
O
tempo passou sem que eu tivesse qualquer nova informação que me levasse a
avançar nas minhas constatações. Por um período de tempo, dei por mim, algo
desligado dessa busca mais material e ocupei mais o meu tempo com uma busca
mais imaterial, mais ligada aos planos espirituais. Dessa minha decisão, dessa minha desilusão
com a busca mais material, resultou um salto em frente e para o alto, como se
diz no Hermetismo, pois tive um período de significativo crescimento
espiritual. Foi desse interregno mais material e dum maior aprofundamento da
procura de respostas num plano mais transcendente que acabei, sem querer, por
conseguir libertar-me da encruzilhada da falta de pistas na procura de
respostas.
Dos
meus estudos mais direcionados para os questionamentos dos planos espirituais,
desde cedo a minha linha tinha por base o hermetismo. Embora , na época, eu não
tivesse consciência disso, seguia a minha intuição no que julgava ser a minha própria
linha de entendimento destes fenómenos, mesmo que por vezes colidisse com
aquelas correntes místico-filosóficas que eram do meu conhecimento e às quais
tinha acesso. Mas este período de estudo, acabou por me revelar a chave que me
faltava.
Um
dia, decorria o ano de2003, estando a relacionar alguns fatos e acontecimentos históricos,
quando senti necessidade de recorrer a um mapa, como já era o meu habito na época,
quase não uso o papel como instrumento de leitura ou escrita, sempre que me é possível,
sempre que exista meio para aceder à informação em formatos digitais, essa é a
minha opção. Aqui também usei o método através de mapas disponíveis em plataformas
digitais. Ao ter que juntar vários pontos num mapa-mundo que estavam, geograficamente,
situados em locais diferentes, para fazer os seus relacionamentos históricos,
acabei por desvendar algo que procurei tanto tempo e que nunca até ai tinha
conseguido relacionar – a matriz para me levar a seguir as pistas e partes das mensagens
que congregadas e ordenadas, me tirariam daquela encruzilhada, para assim poder
dar continuidade à minha busca.
Todo
o tempo em que visitei ao acaso monumentos, igrejas e catedrais, sem dai
retirar informação que me permitisse avançar nas ligações entre o que estava
por traz das coincidências e similitudes de assuntos como, as lendas do 5º império,
do Rei Arthur, os fenómenos e movimentos que Fátima, o Cristianismo em si, a
Ordem dos Templários, Salomão e aqui também o papel que o próprio hermetismo,
tinham nisto tudo. Obviamente que estas visitas, indiretamente nos meus mais íntimos
questionamentos, tinham como objetivo obter respostas para as grandes perguntas
da humanidade. ?Quem somos, o que é a vida, porque existe este mundo desta
forma aparentemente injusta para uns e benéfica para outros. Quem é DEUS, quem
foram os deuses que criamos enquanto humanidade ao longo da nossa historia, existe
algo depois da vida, se existe o quê, voltamos e este mundo – reencarnamos? E tantas
outras…
Agora
compreendia como seguir até às mensagens e assim desta forma, ao agrega-las,
ter uma pista concreta que me permitisse continuar. Precisava de aplicar um dos
quadrados mágicos que tinha como certo serem uma das chaves, não num local em
concreto ou num objeto, mas sim à escala de um determinado mapa. Mas que mapa?
Precisava descobrir, pois isto iria levar-me a entender e ter acesso aos locais
concretos onde deveria procurar essas partes das mensagens que agregadas, na sequencia
correta, revelaria, não só as mensagens, como a própria sequencia do seu encadeamento.
Fazendo
vários exercícios de aplicação dos possíveis quadrados mágicos, em várias
tentativas sobre mapas, com base na informação que já dispunha, cabei por
descobri o padrão que desenhava a ordem e locais onde eu deveria passar a
procurar. Neste caso, o quadrado que encaixou, era de complexidade décimo e
assinalava dez pontos, (um quadrado de grau décimo, tem em si “10x10”
quadriculas, ou seja, 100 posições possíveis), numa determinada escala no mapa
e numa área geográfica que ia desde Portugal, passando por Espanha, França, Inglaterra,
Egito, Palestina e Grécia.
Percebi
que tinha um longo caminho pela frente, mas ganhei novo alento, pois agora
sabia como procurar e onde procurar. Estava no ano de 2003, estas pistas iriam
levar-me num longo e árduo caminho, mas se, saber superar a dúvida é um dos três
grandes desafios do caminho dos mistérios, ter o dom da paciência é a arte que
nos permite atingir a finalidade desse caminho – a sabedoria.
Ultima
parte do Capitulo IV – Vencer a dúvida e seguir em frente.
Livro – “A origem dos mistérios, verdades e
mentiras.” AC
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