(...)
Nunca
aquilo que gostamos de pensar serem problemas, derivam de outra coisa que não
seja da dessincronia cronologia em que ocorrem os eventos. Quando a necessidade
de solução para dar resposta ao evento, surge depois do tempo em que o evento
necessitaria dela ou nem surge, acontece aquilo a que designamos por problema.
Veja-se, todas as ações que necessitamos executar no nosso dia-a-dia, resultam
da necessidade de respostas a eventos que vão ocorrendo, certo?!
Então,
mesmo sem nos darmos conta, somos maquinas, quase, perfeitas a resolver
problemas em tempo real, enquanto a velocidade em que apresentamos ou temos as
soluções para dar resposta aos eventos, for perfeitamente compatível com a
necessidade cronologia da solução certa, nunca teremos aquilo a que designamos
problema, mas sim eventos que necessitam ações, aos quais respondemos
atempadamente. Então a diferença está, não no evento em si, mas na nossa
capacidade de apresentar a solução ou, se possível, da nossa incapacidade em
atrasar essa necessidade.
O
índice da nossa capacidade para nos defrontarmos com eventos perfeitamente
resolvíveis, aquilo que poderíamos entender por não encontrar dificuldade
alguma em ter respostas prontas para tudo na vida, está diretamente relacionado
com a capacidade intelectual que desenvolvemos, ou se preferirmos, com os
estados mentais elevados que conseguimos atingir. Como consta dos mais elevados
ensinamentos das ciências sagradas, devemos ter como certo que todos os eventos
que ocorrem estão relacionados com um conjunto de encadeamentos lógicos e que
pré-existem. A única dificuldade criada deve-se ao fato de só termos acesso,
mentalmente, a parte da informação e em certas ocasiões, a parte que nos fica a
faltar, representa a resposta para aquilo que podemos chamar de solução/decisão
certa ou até eureka.
Se
soubermos como aceder a esse manancial de informação ilimitada, onde tudo pré-existe,
onde está aquilo que conseguimos perceber e aquilo que não conseguimos, quanto
mais claro e eficaz for o nosso acesso a essa fonte de informação, mais capazes
seremos a apresentar sempre a solução, a resposta ou o conhecimento necessário
a todos os momentos a que a vida nos leva. Aqui joga um papel importante a
forma como atingimos estados de consciência mais elevados ou o que se entende
na ciência ortodoxa por uma maior capacidade e domínio do intelecto.
Quer
todos os que se mantêm na abordagem cientifica mais mística, quer os que ficam do
lado da ciências mais ortodoxas, ambos se prejudicam a si próprios, pois
percebi ao longo da minha vida de ser busca-dor que como afirma Buda, o segredo
está no equilíbrio, no caminho do meio. A visão xenófoba que ambos professam em relação aos outros,
levam à sua incapacidade de atingir verdadeiros resultados.
Nisto
o hermetismo eleva esta verdade ao seu mais eficaz resultado, costumo afirmar
que o hermetismo representa e estuda o conjunto de fenómenos e ciências que se
encontram entre as religiões e a dita ciência ortodoxa. Uma região oculta e
silenciosa que ninguém quis desvendar à humanidade ao longo de toda a nossa
historia, mas é nela que se encontram as chaves para todos as respostas,
acreditem.
Do
resultado desta forma de pensar, obtive resultados únicos, a união entre ambos
os conhecimentos, sem preconceitos, ajudaram-me a desenvolver mecanismos de
forma a conseguir atingir estados de consciência que me serviram e servem como instrumento
para levar a cabo a persecução das soluções para grande parte dos desafios que
tenho vivido, entre eles, aqueles que representam a minha busca enquanto ser
humano.
Terminei
por desenvolver várias técnicas daquilo a que a linguagem mística designa de
estados elevados de consciência, níveis elevados de entendimento espiritual e a
partir dai, obtive um forte aliado para apoiar-me em todo o tipo de respostas e
nas mais varias aplicações. Partindo da técnica que usava ao deitar e ao
acordar que os dois lados do cérebro
estariam em atividade, um a reduzir a sua atividade e outro a iniciar, comecei
a compreender que esse processo, não se desenvolvia pelo fato dos dois lados
estarem a funcionar, mas pelo fato do nível de funcionamento ser mais baixo.
Havia
sim, um fenómeno a partir do qual o cérebro era parte importante no processo,
mas ao contrário do que eu pensava, na perspetiva de quem quer aceder a estados
de elevação do entendimento, aqui e nestes casos, o cérebro era a parte que
dificultava o processo, não o contrário, como eu pensava e também as próprias
ciências que estudam estes processos, afirmam. Até ai, usava só parte do
potencial que era possível conseguir, pois percebia só parte do fenómeno. Aqui
também como afirma o hermetismo – “o conhecimento pleno leva-nos ao
entendimento e este, à cientificação que por sua vez representa a libertação de
toda a ilusão/ignorância” e até Cristo
afirmava – “…conhece a verdade, pois ela te libertará”
(…)
Capitulo V – “Entre pensamentos, encontramos algo mais .”
Parte do livro – “A origem dos mistérios, verdades e
mentiras.” AC
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