Era
perfeitamente entendível que um individuo na idade média, mesmo que dotado de
uma mente muito culta e preparada, ficaria abalado, depois de ter acesso a todo
um conjunto de verdades, como as que aparentemente tiveram os primeiros 8
cavaleiros Templários. Obviamente que ninguém fica transtornado com a algo em
que não acredita e supostamente sendo um assunto tão sério, a convicção sobre
aquilo que se pode ter desse tipo de conhecimentos, tem que ser tida com base
em solidas provas. Acontece comigo, certamente que aconteceu com muitos outros
e não duvido que aconteceu com esses cavaleiros, até porque na época, pensar de
forma diferente daquele que era o pensamento vigente que a santa igreja ensinava,
seria uma condenação à morte.
A
verdadeira razão que servia a acusação de comportamentos satânicos a esta
Ordem, não se prendia unicamente com o fato de ser conveniente ao rei de França,
devido às sua dividas para com esta Ordem. O perigo que representavam para o clero,
relacionava-se com as verdades eclesiásticas a que sempre fomos condicionados, isto,
no que toca aos planos da existência e os motivos da Creação. A conjugação do
interesse de ambos, permitiu que estivessem reunidas as condições para que a
igreja, concedesse respaldo ao rei de França, nesta cruzada.
Embora
esse tema seja o centro da questão, o
motivo que levou a santa igreja a conceder poderes ilimitados à Ordem dos
Templários e depois, logo que lhe foi possível, tentar elimina-la através de
terceira pessoa, vai muito alem do que foi a manipulação dos acontecimentos históricos
que lavaram ao que temos como bases teológicas das religiões, neste caso, da
versão Católica Cristã Romana. Na
verdade, a descoberta e divulgação destas e outras verdades, representariam a
necessidade uma nova teoria religiosa em geral.
Em
bom rigor, seria como reinventar as religiões, não muito longe do que afirmam
as várias profecias sobre o surgimento da religião do novo milénio. A motriz
que gerará essa nova religião, não permite a sustentação de teologias baseadas
na ignorância do crente, só isso, coloca em causa a sua existência na forma em
que estão estruturadas e difícil a sua reinvenção, porque essa reinvenção,
significaria a perda total do poder eclesiástico tal qual existe.
Quando
analisados, quase todos os temas que sustentam as teorias de base das
religiões, quando profundamente analisadas e seriamente questionadas, levam-nos
a becos sem saída, em que a incoerência entre fatos históricos, práticas e
ensinamentos, deixam sérios avisos para que algo nelas está muito errado. Até
hoje as religiões têm feito sobreviver a fragilidade dessas teorias, sustentando-a
na ignorância, pois a falta de entendimento dos temas do foro da
espiritualidade, levaram ao surgimento do que a humanidade entende por fé - acreditar
sem sequer questionar.
É
fundamental a cientificação espiritual para que possamos libertarmo-nos de séculos
de ignorância a que nos remeteram enquanto raça. Existiram sempre, ao longo dos
tempos, sistemas autênticos que ensinam sobre esse processo de eliminação da ignorância
que leva a tal libertação. Obviamente que todos esses sistemas autênticos que
cientificam o seres humanos sobre o que é a realidade da existência, não
interessam aos sistemas prepotentes que a humanidade foi criando para governar –
religião, politica e as ciências ortodoxas, pois estas, sustentam a sua existência
na incapacidade de questionar.
As
conclusões que fui retirando de textos, imagens, e outros suportes que contem
mensagens, só servem quando são aplicadas com pleno entendimento a que
doutrinas místicas autenticas nos remetem. Não é possível retirar qualquer
conclusão seriamente sustentada, se não tivermos as bases de conhecimento que
apoie e capacite a nossa investigação. Não se pode pedir a alguém que não tenha
formação em medicina-forense para fazer relatar os motivos de uma morte fisiológica,
ou a alguém sem formação financeira que nos interprete um relatório de contas
consolidado.
Para
tudo é necessário uma base de entendimento, para os temas das espiritualidade também
é assim, mesmo que as religiões tenham até hoje, tentado afastar a ideia que é possível
entender as questões da existência, certamente que o motivo não se prende com
fato de termos que ser peritos no tema. Na realidade, basta entender as bases,
de forma a decidir se queremos adentrar mais ou não nos seus conhecimentos.
Este
não é um assunto opcional, em que alguns podem evitar lidar com ele. Todos deveríamos
aprender sobre algo com que um dia todos e individualmente teremos que lidar.
Fazer de conta que esta, não é uma verdade inquestionável, é remeter para o
foro das fobias, algo que é tão natural como nascer, aprender a andar ou falar.
Depois de nascermos, só há uma certeza – morreremos. O que existe para alem
desse ato, quem criou o que temos como existência, o motivo dessa criação e
todas as questões ligadas às incertezas a que o medo do desconhecido nos relega,
são questões individuais e devem seguir um caminho próprio relativo a cada ser
humano. Como em tudo na vida, todos lidamos com as fobias de forma diferente,
somos seres que nos individualizamos e a partir desse momento, ganhamos ritmos
diferentes uns dos outros, assim, para nos cientificamos, todos precisamos de encontrar
o nosso próprio ritmo.
(...)
(...)
Do livro: “A origem de todos os mistérios, verdades e
mentiras.”
Capitulo
X: “Passar o testemunho para manter a chama viva.”
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