quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Intuição – O Instrumento de estudo Hermético.


“A fé está para o Hermetismo como a teoria para a ciência, depois de exposta deve ser experimentada” AC


Falar sobre intuição é um tema vasto e que pode significar vários tipos de entendimento ou seja, para muitos, intuição é apenas algo inexplicável, já para outros, nem isso chega a ser. Por exemplo, nas religiões, muitos confundem intuição com o sentimento de fé – sendo este ultimo, uma mescla inexplicável de medos, incapacidades de entendimento e outros sentires que levam o ser humano a se sentir tão incapaz, tão ultrapassado perante tais necessidades de interpretações, levando-o a entregar toda os questionamentos ao fenómeno a que as religiões passaram a designar de fé.

Ora fé, nestas circunstancias, é na verdade um placebo mental para a ignorância, devendo aqui entender ignorância por falta de cientificação, falta de pleno entendimento de qualquer ato, evento, fenómeno.

Para muitas correntes místicas autenticas, intuição, tem um sentido mais próximo da plenitude que o estudo hermético lhe atribui, mesmo assim ficam aquém de todo o processo levado acabo pelo procedimento hermético para o pleno entendimento, aquilo a que o Hermetismo designa por cientificação.

Para a V\O\H\ e não podemos falar em nome do todo o Hermetismo ou de todos os estudantes, a intuição é na verdade um canal aberto, um caminho mais direto entre a mente e a MENTE. Ela, intuição, se manifesta sempre que conseguimos parar o ruido que existe permanentemente entre as duas - mente e MENTE. Para isso existem várias formas de fazer acontecer, umas são criadas conscientemente pelo ser através, por exemplo, da meditação ou estados induzidos de elevação de consciência, usando variados métodos. Outras vezes, surgem de forma natural, como que espontaneamente, pensamos nós. Na verdade, esta ultima forma de intuição espontânea, é apenas, resultado da criação de um conjunto de circunstancias que ocorrem sem serem programadas conscientemente, mas a sua ocorrência é criada por um conjunto circunstancial de condições fisiológicas e mentais para que o processo de ligação |intuição se realize. Assim, em bom rigor, esta ultima forma de conexão da mente à MENTE, não é ao acaso, mas sim, porque, por acaso se reuniram algumas condições para que ela se realizasse, embora o ser não as tenha realizado conscientemente.

Vamos fazer agora uma revelação importante.  No Hermetismo o estudo é um processo muito para alem do entendimento filosófico, sendo o seu objetivo final, o que se designa de processo de “consumação | consolidação ou cientificação plena”. Para levar a cabo tal processo de cientificação, existem vários modus operandi capazes de atingir os resultados pretendidos, mas o trabalho de investigação, podendo ser diferente, de estudante para estudante, tem sempre uma componente comum uma profunda entrega e empenho total. Dentro das metodologias comuns, está o processo pelo qual qualquer modus operandi se sustentabiliza – o registo.

Assim, o estudante de hermetismo, deve criar um registo onde anote todas as suas experiências  todos os detalhes que consegue perceber no momento em que esses estados de consciência se verificam, em algum tempo, recolhendo essas anotações, estudando elas, poderá encontrar os fatores mentais e fisiológicos que melhor criam, no seu caso particular, o estado ideal para que esses processos de ligação intuitiva se realizem. Desta forma, consegue criar os seus próprios processos, pois os melhores métodos de conexão ao “É”, para cada um de nós, é certamente diferente. Os estudantes mais avançados, desenvolvem os seus próprios métodos e são esses métodos que muitos outros, mais tarde usam. No entanto, os mais adequados são sempre aqueles que funcionam de forma natural em nós, para isso basta o estudante, levar a cabo um procedimento cientifico autentico – anotando, testando e concluindo, tal e qual um qualquer cientista faz no seu humilde laboratório, em suas experimentações que leva cabo para a confirmação cientifica de uma qualquer teoria.

O estudo Hermético tem por base, três fases; 1ª - Estudo filosófico e reflexão | 2ª –Experimentação | 3ª -  Consolidação ou Cientificação.  Estas três fases, nos levam para alem do simples entendimento teórico, por mais profundo que ele seja, é simplesmente teórico ou filosófico. Só assim se realiza a verdadeira assimilação do SABER que nos leva a entender em plenitude o QUERER e por sua vez nos permite ter acesso ao PODER - a cientificação plena.

Cientificação para o Hermetismo significa muito mais do que os Busca-dores percebem na sua primeira fase de estudo, pois quase todos entendem que esse processo fica apenas no entendimento teórico e filosófico. Não é verdade, pois o entendimento teórico, a reflexão filosófica é apenas aquilo que na ciência se designa por isso mesmo – teoria cientifica e nas religiões se chamam muitas vezes de fé. A filosofia, a reflexão teórica através da leitura e estudos dos temas Herméticos, são a primeira fase da cientificação de qualquer matéria | processo | saber | nível de consciência geral ou especifico. A partir deste primeiro nível deve o estudante Hermético iniciar o segundo e terceiro processo no caminho da cientificação.

Mistérios da Humanidade.


“A humanidade não entende as religiões ou são as religiões que não falam a linguagem da humanidade?!!” AC


Muito do que o misticismo verdadeiro estuda e ensina aos seus Iniciados, as verdades sobre os mistérios Maiores e Menores que dizem respeito à humanidade e ao Universo, parte desses mistérios, desvendam e desmentem alguns dos dogmas das religiões e por esse motivo mesmo, as religiões que movimentam as grandes massas humanas, vivem negando essas correntes místicas. As constatações que as ciências sagradas apresentam, são a base teológica das correntes filosóficas do misticismo autentico. Compreende-se assim a negação das religiões, pois parte dessas verdades contraria toda a base que sustenta as atuais religiões, caso estas aceitassem tais verdades, estariam a condenar a sua própria existência ou pelo menos a forma como até aqui têm existido.
Do total de seres que não se revêm nas respostas que as religiões apresentam, nem todos procuram a misticismo autentico. Mas mesmo os que o procuram, nem todos, terminam por atingir a espectativa de sucesso que os levou a tal busca, pois as tentações, as dificuldades e os desafios a vencer para atingir tal objetivo, nem sempre são ultrapassáveis. Desta forma acabamos por ter, dessa desistência, mais um grupo de descrentes, pois estes desacreditaram nas religiões e por falha na tentativa do caminho místico, acabaram por desacreditar, nos próprios modelos propostos pelas correntes místicas.   
Então, em bom rigor, sabendo que as atuais religiões não dão respostas concretas  ao atual ciclo e necessidades da humanidade, podemos também concluir que sendo o caminho místico autêntico, ele também não serve a maioria da humanidade. Mesmo que em parte, a culpa seja atribuída à impreparação do próprio ser humano para perceber e receber tal conhecimento. A derradeira questão é que qualquer sistema que seja criado para servir a evolução humana, deve ser capaz de lidar e ajudar toda a humanidade, independentemente do estado e capacidade de cada ser humano. Caso contrário estaremos sempre a criar sistemas elitistas em detrimento do que é necessariamente um sistema universalmente benéfico e eficaz para todos.
Na verdade as religiões perdem cada vez mais crentes e a humanidade, em massa, nunca acreditou no misticismo, isto porque ambas as soluções terminam por apresentar resultados idênticos, através de propostas diferentes, ou seja, nenhum deles beneficia a totalidade sem descriminar. Por um lado, as religiões exigem muito pouca dedicação do crente, quase que basta ir de tempos a tempos aos templos por ela consagrados e ai fazer os seus rituais, mas em contrapartida os resultados reais que o crente recebe são unicamente sentidos no que se designa por fé, na realidade nada de concretizável, na visão do ser pouco ou nada espiritualizado, se apresenta como melhoria do seu dia a dia.  Já as correntes místicas, embora até apresentem resultados concretizáveis, para tal ser atingido, faz-se necessário determinado grau de preparação e isso torna o processo de acesso exclusivo, sendo esse grau de preparação devido à complexidade dos sistemas, traduzido, numa pequena percentagem da humanidade.
Então na prática, quer perante o mais alto signatário do ministérios das religiões ou da mais alto Iniciado místico, podemos fazer uma pergunta em nome da Humanidade: ? De quem é a culpa por não haver uma humanidade mais espiritualizada e quem resolve as reais necessidades da humanidade para o caminho dessa espiritualização?
Essa pergunta e esse sentimento de exclusão é o mínimo que a humanidade pode fazer perante os mais altos signatários que detêm esse conhecimento e assim sendo, deveriam ser responsáveis por coloca-lo em soluções práticas que favoreçam a humanidade no seu atual estado e não a atitude tida até aqui de criticar o fato de não haver fé – na opinião das religiões e de não haver a devida preparação – na opinião das correntes místicas.
Então a resposta à pergunta da humanidade é: a culpa é dos altos signatários que são incompetentes, é por essa incompetência, por essa incapacidade de criar sistemas adequados às necessidades da humanidade dentro do seu atual estado evolutivo, desta forma, ela (humanidade) não usufrui de fato de resultados efetivos.
A religião quando anuncia que se o crente rezar, o seu bem-estar, a harmonia familiar, no trabalho se irão realizar. Imagine que ao ser feito tal reza, pelo crente, seria isso que na verdade acontecia, a espectativa anunciada realizava-se e o crente obtinha essa harmonia. Acha que a partir desse dia, esse crente e outros a quem ele transmitirá a sua experiencia, irão querer abandonar tal prática?
Imagine que o misticismo encontra formas simplificadas de desenvolver estados de consciência elevados, estados vibracionais positivos. De tal forma que tais procedimentos sejam de acesso tão simples que qualquer ser humano, bastando um pequeno esforço, obtém resultados autênticos e sente esses resultados no seu dia a dia. Acha que ele irá querer a partir dai deixar de aumentar essas práticas? Acha que ele não incentivará outros como ele às suas praticas?
O busca-dor neste momento do texto, perguntará: ?Essa teoria é muito interessante, mas como se faz isso, se até hoje ninguém conseguiu criar algo assim? Pensará o Basca-dor: “Delírio do escritor”. Respondemos: Poderá parecer delírio sim, mas para sê-lo é necessário que se prove que a solução do que aqui apresentamos não seja possível, ou que até hoje essa solução não exista já, ou não tenha existido já e tenha sido impedida de ser executada até aqui.
Perguntamos:
?Cristo veio à terra com que objetivo? Será que só nos ensinou isto? Não trouxe outros meios para nos libertar do sofrimento permanente? Que Cristo foi esse, que poder era o dele, de que serve o que achamos que ele nos trouxe? Algo está errado…
?Porque sofremos? ?Esse sofrimento é mesmo necessário para o nosso crescimento espiritual?
?Crescemos mais e melhor espiritualmente se estivermos em harmonia ou em permanente sofrimento?
?Na verdade a quem serve o sofrimento humano?
?Há fórmulas autenticamente eficazes para trazer a harmonia e retirar a humanidade do constante sofrimento?
Respondemos a estas questões como um conto que o livro sagrado que é a Bíblia apresenta – O jardim do Éden, Adão e Eva.
Antes da nossa interpretação, um reparo – Todos sabemos que a forma como é apresentado o ensino que qualquer fenómeno, sempre que essa informação seja de difícil conciliação para a mente, o método mais adequado é através da analogia, da fábula, do sentido figurado, da simbologia, etc. Nada disto é novo para ninguém, pois tal método é apresentado nas mais antigas religiões, filosofias e ciências.
Assim, devemos entender que também a bíblia está cheia de situações de autentica necessidade de recurso constante ao uso desta técnica para apresentar  conciliação mental do que se pretende transmitir. Um dos efeitos negativos que uma “suposta” intenção positiva de uso destas técnicas é o efeito contrário, dando a possibilidade de múltiplas interpretações, grande parte delas de efeitos adversos à verdadeira e positiva intenção original.
O conto do jardim do Éden e dos seus primeiros habitantes, Adão e Eva, na linguagem simbólica dos altos estudos místicos, representa, não a criação do mundo que conhecemos, mas sim a existência dos planos a que o misticismo designa de “planos das reencarnações” ou “planos do aprisionamento do espirito” – estes planos seriam originalmente planos onde o espirito humano se cientificava | aprendia | crescia e amadurecia, mas sem necessidade  do sofrimento.  O símbolo do pecado original, da desobediência de Adão e Eva, não é mais que uma simbologia de uma verdade que permanece oculta para a maioria dos seres humanos – o ato de transformação destes planos em algo predatório, representados no conto, pela expulsão de Adão e Eva do jardim do paraíso – a perda da harmonia e o inicio do sofrimento permanente. Na verdade algo ou alguém, simbolicamente representados pelo serpente, alteraram a harmonia dos planos onde o espirito humano tem que viver para se experienciar, para se cientificar, como o objetivo de introduzir o sofrimento.
Perguntamos: Se a monada humana já viveu estes planos sem necessidade de sofrimento, porque a partir de certo momento, tivemos que faze-lo em sofrimento?
Adão e Eva, simbolicamente representam a dualidade do espirito humano. O mais e o menos. O positivo e o negativo. O género feminino e masculino….algo inerente à própria creação do universo, dos seres e de todos os fenómenos. São reflexos da dualidade da própria LEI de DEUS | O PODER SUPERIOR
Mas fica para reflexão do ser Busca-dor:
?Quem tem interesse nesse sofrimento?
?Quando o ser humano ou o espirito humano sofre o que acontece que possa interessar a algo ou alguém?
? Como foi anulada essa harmonia?
Se for possível responder a estas perguntas de forma consciente, então é possível inverter os processos e repor o Jardim do Éden, onde a humanidade deveria permanecer enquanto cresce e amadurece como ser-espirito. 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O efeito placebo.


Um estudo levado a cabo por cientistas e investigadores em todo o mundo, vem demonstrando que os antidepressivos tem o mesmo nível de eficácia no tratamento dos estado depressivos leves e moderados, mesmo nos estados depressivos graves e profundos o diferencial é de 14%, quando comprado com os tratamentos com placebos.
A abordagem dita cientifica que as farmacêuticas fazem para o desenvolvimento de qualquer medicamento tem sempre por base uma matriz teórica a partir da qual e após ser aceite como válida, se desenvolvem as suas abordagens de terapêutica química que resultam nos princípios ativos que servem de composição nuclear para os vários tipos de medicamentos.
No caso do tratamento das doenças psíquicas e concretamente nos estados depressivos, a teoria que tem por base uma aceitação plena, pela comunidade cientifica, do principio que os estados depressivos são eficazmente contrariados com a inclusão de química de tratamentos coadjuvantes com princípios ativos que favoreçam o aumento da segregação de serotonina no cérebro.
Um estudo e a investigação efetuada aos teste e resultados de todos os grupos de controlo de introdução de medicamentos antidepressivos vem agora revelar que na verdade os dados que foram divulgados ao longo das ultimas décadas pela industria farmacêutica, não foi propriamente alterada, mas foram ocultados os estudos com resultados mais negativos e apresentados unicamente os estudos de resultados mais positivos, levando assim a uma suposta ideia generalizada que os medicamentos antidepressivos tinham níveis de eficácia elevados, quando na verdade, efetivamente os seus resultados são idênticos aos tratamentos com placebos.   
O serviço nacional de saúde britânico já mudou a maneira como trata as depressões leves e moderadas. Em vez de se receitar na primeira consulta medicamentos, as pessoas são encaminhada para psicoterapeutas, é-lhes recomendado a prática de exercício físico e outras abordagens de tratamento que tem por base o reposicionamento do estado positivo da mente, levando a processos de auto-cura conscientes ou inconscientes, ou seja, com a ajuda de placebos ou não.
A ciência tem ido mais longe e existem, por exemplo, ao nível da intervenção cirúrgica ortopédica, grupos de trabalho, onde se tem feito o mesmo tipo de abordagem. Em casos de lesões articulares, é efetuado, a dois pacientes com o mesmo tido de lesão, abordagens em que um segue com procedimento da cirurgia ortopédica normal e ao outro é-lhe apenas simulado a intervenção, com o recurso ao corte da pele para simular o procedimento cirúrgico. Após algum tempo de recuperação, os resultados mostram, na maioria das situações, nas recuperações de ambos os casos, resultados idênticos. O mesmo tem acontecido em várias outras terapias, para vários tipos de tratamentos, incluindo vários tipos de cancro |cancer.
As abordagens e estudo dos designados tratamentos placebos, tem vindo a introduzir algum grau de cientificação, face ao que era feito até aqui. Hoje percebe-se que o que se designa como efeito placebo, é muito mais que uma simples e inexplicável cura por circunstancias aleatórias. Nada que o Hermetismo não conheça e estude há muitos seculos, expresso no seu primeiro Principio – “O Universo é Mental”.
Parece que finalmente, aquela que é socialmente aceite como ciência, está a alinhar as suas conclusões com a designada ciência sagrada milenar que não é mais que parte da ciência que a humanidade abandonou por conta do período de obscurantismo do nosso passado recente. Seria bom para o Humanidade aceitar o enorme conhecimento que as ditas ciências ocultas têm, pois com essa aceitação a humanidade daria passos significativos na resolução de muitos problemas que vive sem qualquer perspetiva de solução.
O efeito placebo é pois a transposição para a aceitação social de algo que a humanidade teima em não querer compreender ou aceitar – “O Universo é Mental” e o poder da nossa mente quando devidamente compreendido e direcionado, tudo pode, tudo domina, tudo resolve. Esta expressão não é no sentido figurativo, mas sim no sentido literal do termo. Pois aquele que compreender os mecanismos mentais e a forma de lidar com eles, tem a capacidade de desenvolver aquilo a que a humanidade designa de poderes paranormais, cura, auto-cura, etc.
O Busca-dor ou estudante menos conhecedor dos preceitos e estudos herméticos, ao ler esta ultima afirmação, pensará que ela é fruto do delírio de quem a escreve. Naturalmente que sim, pois muitos, quase todos, estamos preparados para acreditar unicamente no que a nossa perceção entende e o que para a nossa limitada mente é conciliável. Por esse motivo mesmo e porque a humanidade não sabe conduzir o seu poder mental – a ciência inventou os placebos, assim como a religião criou os rituais religiosos, os santos, as hierarquias angelicas e toda a panóplia de sistemas facilitadores da mente humana, que por não acreditar no seu poder, transfere esse seu poder para uma suposta entidade/fenómeno, através do qual mentalmente ele possa ativar o seu verdadeiro querer, sem perceber que o processo placebo é meramente para auxiliar a sua própria mente a sintonizar-se com a vibração correta para a realização do fenómeno, desejo ou cura.
Podemos concluir assim que todas as instituições intervenientes nas sociedades humanas tiveram e têm plena consciência que tudo, absolutamente toda a solução, todo o poder de cura está unicamente na mente de cada ser humano. Desde os laboratórios farmacêuticos que conhecendo esta verdade, desenvolveram um negocio com base na criação de supostos medicamentos que o ser humano acredita terem a capacidade que na realidade é da sua própria mente, até as religiões que com as orações, as liturgias, passando pelos procedimentos das ciências sagradas – magia, alquimia, na verdade todos estes atos são baseados em “links” construídos para facilitar | levar a mente a acreditar que há algo superior a nós (à nossa mente) que executa tal ação.
Na verdade a todos os seres humanos, qualquer que seja o seu grau de entendimento e cientificação do fenómeno da mente, precisa de “placebos” para despoletar processos mentais, pelos quais, na realidade, é dotado de pleno poder para executar diretamente, mas que por incapacidade na plenitude do entendimento e domínio da sua mente, não acredita ser possível alcançar por si. Já se lhe for criado um “facilitador | placebo”, a sua mente transfere a crença do seu poder para o placebo e assim entra na vibração correta que produz o resultado pretendido.
Na realidade é assim que se produzem as curas e todos os outros fenómenos que a humanidade erradamente designa de terapêuticas da medicina ou milagres das religiões. NA VERDADE, a ÚNICA VERDADE É QUE - O UNIVERSO É MENTAL.     

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O sofrimento e o livre-arbítrio.

Vivemos em sofrimento constante, assim se faz o dia-a-dia da humanidade. Não nos damos conta que esse sofrimento é na verdade resultado da nossa liberdade de decidir sobre nós mesmos. Unicamente a liberdade de podermos decidir sobre nós mesmos também nos transmite a obrigação e inerentemente a responsabilidade sobre tais atos.

A incapacidade de perceber o motivo do sofrimento, advém do fato de nos mantermos distraídos dessa verdade, da origem da causa que nos leva a manter-nos neste ciclo interminável – Umas vezes, desejos geram expectativas, expectativas geram desilusões e desilusões geram sofrimento. Outras vezes,  desejos geram expectativas, expectativas geram  realizações desses desejos, realizações geram novas expectativas e finalmente, expectativas geram sofrimentos.
Porque sofremos? Ou melhor ainda. Porque queremos sofrer?
Sofremos porque estamos permanentemente insatisfeitos, sofremos porque queremos sempre algo mais, para alem do que já possuímos. Quer seja algo material ou até algo imaterial, queremos sempre mais, mais e mais, nunca nos damos por satisfeitos.
Então o sofrimento é algo inerente à vida ou apenas ao querer do ser humano?
Os outros seres vivos, não sofrem? Aparentemente não percebemos neles esse tipo de emoções – sofrimento gerado a partir da expectativa insatisfeita?
Afirmamos que sim, é comum presenciar animais que sofrem fruto de expectativas malogradas.  Veja-se o caso de um cachorro que é abandonado pelo seu dono, ele sofre pelo abandono.
Então podemos concluir que os animais irracionais têm querer?
Afirmamos que não, no exemplo anterior, o querer é o do dono do cachorro, ou seja, o cachorro sofre, porque a expectativa que o dono criou nele, foi a que ele (dono) transferiu de si, para o animal, influenciando a mente do animal e induzindo-o ao sofrimento, quando as atitudes que o dono tinha para com o cachorro não se perpetuaram, como eram esperado pelo cachorro – ter a companhia do homem sempre. Não é que o homem tenha demonstrado no dia-a-dia isso exatamente, mas para o animal, foi essa a expectativa criada em função do que o homem gerou resultado do seu querer.
Então a capacidade de gerar sofrimento é algo não-inerente à vida, mas sim só ao “querer”, sendo este ultimo aquilo a que designamos por “discernimento” ou “livre-arbítrio”. Só através do mecanismo do discernimento | livre-arbítrio é possível criar cenários mentais, a partir destes cenários idealizados pela mente do ser dotado de discernimento, ele e os que por ele são influenciados, autoinduzem-se uma expectativa face ao cenário criado e o sofrimento em maior ou menor grau, resulta do grau de expectativa criada face ao cenário induzido pela mente criadora.   
Então sofremos, tendo por base os cenários por nós criados ou induzidos por terceiros e em resultado disso, das expectativas criadas, por nós, a partir dai.
Podemos concluir então que o sofrimento é algo inerente à vida, desde que essa forma de vida tenha a possibilidade de perceber a indução de um cenário criado por uma mente dotada de discernimento. Então, o sofrimento é algo inerente à vida, já a capacidade de gerar sofrimento é algo unicamente inerente ao ser humano.  

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Origem do Mal e do sofrimento para a Humanidade.




Toda a Humanidade é digna de compaixão; contudo, individualmente considerados, somos ainda, muitas vezes, mesquinhos. Grande parte dos seres humanos assemelha-se assim a bonecos de corda. A imagem pode parecer algo dura mas tenta ilustrar uma atitude muito vulgarizada: as pessoas surgem neste mundo, mexem-se muito, fazem e dizem muitas coisas (um considerável número das quais, talvez, completamente inúteis); entretanto, nunca se questionaram por que e para que estão aqui; que é isso que nelas palpita como vida, lhes permite movimentar-se, pensar, ter sentimentos; que sentido real e profundo deve ter as suas existências. Quando o fazem, em grande parte dos casos rapidamente se entregam nos braços de alguma crença mais ou menos simplista ou, quando mais pertinazes, tornam-se fanáticos desta ou daquela Igreja (ou de qualquer outro sucedâneo). É infelizmente raro o genuíno investigador, que busca incessantemente a verdade, que não tem medo de enfrentar as questões e ver o mundo tal qual ele é, que exige respostas profundas, firmes e consistentes”.


Título original: "Le Démiurge" ( assinado com o pseudônimo T. Palingénius ). 
Publicado inicialmente na revista La Gnose, novembro/ dezembro de 1909 e janeiro de 1910. 
Constitui o capítulo I do livro Mélanges, Paris, ed. Gallimard, 1976.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Os deuses e os demónios | Humanidade e Fagos.


A mónada humana representa um dos polos, uma das arvores da vida da matriz que podemos definir como um dos universos e seus planos que constituem o Mundo Imanente.
Até hoje todas as correntes filosóficas místicas e esotéricas que estudam os fenómenos e os processos de entendimento dos Universos, mundo Imanente e CREAÇÃO dos mesmos, têm considerado de forma errada a existência dos designados mundos inferiores, ou também conhecidos por palácios da impureza, infernos das religiões, etc., pois tem-nos,  como sendo estes, mundos independentes da matriz representada na Cabala pela arvore da vida da mónada humanidade. Não sendo incorreta esta visão, é no entanto imprecisa, pois sendo a mónada humanidade representada por uma arvore da vida, ela nunca pode ser dissociada de uma outra arvore da vida oposta – a da mónada das fagos / demónios da religiões.
Esta falta de associação, das duas arvores da vida, como sendo na realidade polos opostos da mesma CREAÇÃO na matriz que é um dos Universos e seus planos no vários conjuntos que somam o Mundo Imanente, tem levado a que a partir de uma base errada, por tal pressuposto, se parta para todas as outras conclusões, análises e soluções, com poucos resultados positivos, nulos ou até mesmo negativos.
Sem olharmos para a matriz dos planos representados na arvore da vida da humanidade, como sendo unicamente um dos polos do nosso Universo, tendo que considerar sempre o outro polo – os designados mundos inferiores, nunca teremos uma leitura correta do nosso Universo e seus planos, dentro do Mundo Imanente. Isso por sua vez leva-nos a recolocar todas as questões face à origem dos estados vibracionais negativos, do sofrimento, dos problemas e por sua vez, da impossibilidade de até aqui, termos soluções efetivas, com resultados verdadeiramente benéficos para a humanidade.
Se a matriz, pela qual devemos olhar e analisar o nosso universo CREADO e seus planos, tem que ser revista e se o principio aqui proposto, faz sentido para o Busca-dor, então isso, significa efetivamente que todos os pressupostos místicos, religiosos e filosóficos no que tange aos processos ligados à espiritualidade, devem ser revistos e corrigidos face à matriz agora apresentada.
Vejamos um exemplo;
Partindo do principio que os nossos planos, representados na nossa arvore da vida, da mónada humanidade, são o polo oposto a outros planos, representados numa arvore da vida, dos palácios da impureza ou planos infernais e  se isto faz todo o sentido, pois quando o CREADOR CREOU os nossos planos, se não o fizesse, projetando os planos opostos, as LEIS da CREAÇÃO (entre as quais o principio da polarização) seriam nulas e por sua vez, o equilíbrio e ordem pelo que se conhece a CREAÇÃO e o Mundo Imanente não existiria. Como sabemos esse equilíbrio existe, o Mundo Imanente é  ORDEM, embora em parte, a humanidade nunca o tenha entendido ou sabido explicar. Assim não pode haver a CREAÇÃO dos planos da mónada humanidade ligados à LUZ, sem que para contrabalançar, não haja em simultâneo, os planos da mónada oposta e com as precisas características opostas que equilibram os efeitos da primeira, na matriz global do Mundo Imanente.
A compreensão deste pressuposto e da verdadeira matriz do Mundo Imanente é fundamental para perceber porque todas as soluções e entendimentos místicos, religiosos e filosóficos, ficaram aquém dos resultados pretendidos, quanto aos benefícios esperados para a humanidade e para a evolução enquanto mónada.
Pois imagine-se agora que aquilo que consideramos como negativo - vibrações negativas, sofrimentos vários e sentimentos negativos, resultam na verdade de desarmonia entre os nossos opostos do outro polo. Em contrapartida, nesse outro polo oposto do nosso, tudo o que aqui é considerado como nível vibracional negativo, lá é tido como positivo e vice-versa. Neste sentido levantam-se as seguintes questões;
? De onde vêm na realidade as vibrações negativas que assolam o ser?
?Conhecemos de fato a sua origem, ou apenas tentamos obter respostas aleatórias por nunca termos compreendido a sua origem e os processos de as originam?
?E se elas na verdade são desarmonizações entre os dois mundos, por incapacidade dos seres dos dois lados, saberem conscientemente colaborar e equilibrar esses processos?
?Como poderíamos fazer para criar processos, links, mantras, rezas, etc., que transferissem automaticamente os níveis vibratórios que são negativos de um mundo, mas que no outro são considerados benéficos e vice-versa?
Ainda assim, existiram no passado, existem no presente e existirão no futuro, “grupos de interesses” em manter as coisas como estão. Esses grupos, estão presentes na mónada Humana e dos Fagos e por isso devem ser tidos em conta, sem que no entanto se confunda os lados da contenda, como tem acontecido até aqui, ou seja, a humanidade não tem como inimiga a mónada de fagos, assim como estes últimos devem entender que a vice-versa também é verdade. Os verdadeiros inimigos da evolução das duas mónadas são os “grupos que têm como interesse a estagnação evolutiva na direção do TODO | do INFINITO.
Veja-se, “alguém” nos tem levado à crença que uns e outros somos inimigos. Pois a Humanidade entende que os Fagos em geral nos têm “tentado” para o pecado, com objetivos concretos de nos reter em sofrimento, mantendo o ser em fragilidade energética e assim espoliar-nos da energia que esses sentimentos de sofrimento provocam, de certa forma esta é uma realidade, pois aos Fagos é-lhe incutido que a Humanidade produz também um conjunto de estados vibracionais que são nefastos para a sua mónada como forma de os prejudicar, nomeadamente através de descargas de níveis energéticos vibracionais positivos, na perspetiva da mónada humana, mas que para os Fagos são tão nefastos quanto os níveis vibracionais que a humanidade considera para si prejudiciais. Então para os Fagos, nós somos os verdadeiros demónios e para nós a vice-versa acontece como sabemos.
“Alguém ou algo grupo de interesse”, criou esta farsa Universal, como forma de nos iludir a ambos, levando a “guerrearmo-nos” sem perceber que ambos temos objetivos em comum e que sendo polos opostos, podemos intercambiar aquilo que é prejudicial a cada mónada, mutuamente, conseguindo assim o que é o objetivo de ambas – evoluir até ao TODO, cada mónada, na sua direção.   
Entenda-se que a evolução para os Fagos é feita pelos aspetos opostos da nossa. Se para nós elevar os estados de consciência, está representado, por exemplo, numa maior perceção do estado de simultaneidade do tempo-espaço-movimento, levando-nos a sentir, à medida que nos elevamos, as condições de estar em todo lado, em todo o tempo e por sua vez à sensação de UNIÃO, à media que nos aproximamos do TODO. Para os Fagos, por ser um mundo oposto, eles procuram a libertação, naquilo a que nos entendemos por “aprisionamento”, julgando nós ser isso negativo, pois olhamos e analisamos numa perspetiva espiritual humana, quanto na verdade, aquilo que entendemos por aprisionamento, os leva ao mesmo resultado que nós – ao desaparecimento das condições de TEMPO-ESPAÇO-MOVIMENTO, mas pela condição oposta à nossa.
Compreender o “mundo” dos Fagos é essencial para perceberemos de forma correta os erros que a humanidade tem cometido na hora de apresentar soluções para a salvação e libertação espiritual do ser-espirito. A partir do momento em que o Busca-dor entende em plenitude os planos da mónada humana, isto só os estudantes mais avançados alcançam, mas a partir deste momento, a matriz para o entendimento do “mundo do Fagos” é bastante simples, pois essa matriz rege-se pelo seu exato oposto em tudo. Olhando para a escala oposta à nossa na matriz de evolução espiritual, vemos que embora com pressupostos completamente opostos aos nossos, essa evolução - essa escala de opostos, leva ao INFINITO | ao NADA | ao INEFÁVEL – a libertação total. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Matriz do mundo Imanente – a Mónada Humana



O mundo Imanente é na realidade composto de vários mundos e seus respetivos planos. Como tudo no mundo Imanente, também cada modelo de mundo, tem sempre o seu oposto (polarização). Assim o mundo e seus planos, da verdadeira existência da monada humana, são os planos a que muitos designam de trindade, (kether, Chokhama e Binah) na arvore representativa da mónada humana.
Já aquilo que conhecemos como mundo denso e planos seguintes, existem como matriz de aprisionamento para o ser-espirito humano que se deixou envolver neles e deles tem que se libertar.
Agora podemos perguntar - ?porque e com que objetivo foram creados estes planos em que o ser-espirito na condição de SOPHIA se deixa envolver/aprisionar?
Muitos movimentos místicos, filosóficos e religiosos estudam e tentaram responder a esta questão ao longo de toda a existência da humanidade. Alguns concluem que estes planos a que chamamos aqui de “planos de aprisionamento do ser-espirito humano” onde se situam os planos na arvore da vida que representa a parte o mundo Imanente onde tem existência a humanidade e nestes, particularmente, os que vão de Markut até Binah (níveis que aqui definimos como de “aprisionamento do espirito humano”), são resultado da necessidade de DEUS | O PODER SUPERIOR se pretender ver a si próprio. Outros afirmam que foram criados com o objetivo de permitir aos espíritos da desobediência (SOPHIA), se purificar e cientificar,  voltando ao seu estado anterior de liberdade.
A Cabala aceita a primeira afirmativa. Mas como pode DEUS TRANSCENDENTE, querer perceber-se, se ele já tudo sabe, percebe, conhece, vive, sente e tem??? Visto na perspetiva Unista, tal afirmativa não faz sentido. Mas visto na perspetiva dualista, teve que haver um motivo para que o DEUS TRANSCENTENDE CREASSE as várias monadas e seus mundos, assim pode-se aceitar como valida a premissa de que DEUS TRANSCENDENTE se tivesse projetado em partes para se dar conta de SI. Como se de um espelho se tratasse, quando nos vemos num. A única diferença é que sendo o DEUS TRANSCENDENTE INFINITO e sendo os espelhos em que ele se reflete finitos, ELE procurou CREAR vários espelhos / quase que infinitos espelhos, para que se reflitam neles as suas várias “partes”. Sem que mesmo assim todas elas se apresentem, pois no reflexo finito do universo de espelhos (mundo Imanente) não cabe o INFINITO do TRANSCENDENTE, mas apenas uma parte.
Se a primeira afirmativa contem parte da verdade, já a ultima afirmativa contem também alguma da verdade face ao que afirmamos ser o verdadeiro motivo da existência dos planos de designamos por   “planos de aprisionamento do ser-espirito humano” ou “ego-trix”, mas nenhuma deles, ou até todas as outras expressas nas várias filosofias, não têm de todo, toda a verdade.
Para dar resposta à pergunta colocada acima “?porque e com que objetivo foram creados estes planos em que o ser-espirito na condição de SOPHIA se deixa envolver/aprisionar?”, teríamos que saber responder a tantas outras que conciliariam e tornariam coerente aquilo que designamos por matriz do mundo Imanente.
Por exemplo - Admitindo a existência do que as religiões denominam de demónios, admitimos também considerar a existência de malefícios/benefícios e a existência do que se designam os “pecados”/ ”virtudes”, mas então ficam sempre por responder outras questões;
 ?Porque motivo os ditos demónios nos querem tentar para o pecado, o que eles ganham com isso?
?O que ganhamos em ser virtuosos (sendo uma virtude o oposto do pecado)?
? Se as monadas humana e fagos/ demónios, não podem existir nos mesmo mundos e se o objetivo deles não é levar-nos para o seu mundo, pois isso não se tornaria possível, porquê eles atuando nos planos de aprisionamento, tentam os espíritos humanos para o pecado?
? O que é o “pecado” que as regiões ensinam a não cometer e as “virtudes” que tanto incentivam a praticar, mas que nunca explicam plenamente o porquê não devemos cometer um e devemos praticar o outro?
? Qual o objetivo da nossa existência? ?Qual o objetivo da existência do demónio(s)?
? Porque vivemos neste mundo e com que objetivo?
?Quem CREOU estes mundos e com que objetivos?
Na verdade, a pergunta derradeira que todos os seres procuram responder, mesmo os que não acreditam na existência de outros planos, é: 
?QUEM SOU EU, PARA QUE SERVE A MINHA EXISTENCIA? – Pergunta a Humanidade baixinho e cada uma para si, sem dar a entender que faz incessantemente esta pergunta e que dela depende a sua paz interior, pois tem medo. Medo de a não obter nunca a reposta. Medo de obtendo a reposta e conhecer a verdade, poder ser essa verdade algo insuportável para si.