quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mistérios da Humanidade.


“A humanidade não entende as religiões ou são as religiões que não falam a linguagem da humanidade?!!” AC


Muito do que o misticismo verdadeiro estuda e ensina aos seus Iniciados, as verdades sobre os mistérios Maiores e Menores que dizem respeito à humanidade e ao Universo, parte desses mistérios, desvendam e desmentem alguns dos dogmas das religiões e por esse motivo mesmo, as religiões que movimentam as grandes massas humanas, vivem negando essas correntes místicas. As constatações que as ciências sagradas apresentam, são a base teológica das correntes filosóficas do misticismo autentico. Compreende-se assim a negação das religiões, pois parte dessas verdades contraria toda a base que sustenta as atuais religiões, caso estas aceitassem tais verdades, estariam a condenar a sua própria existência ou pelo menos a forma como até aqui têm existido.
Do total de seres que não se revêm nas respostas que as religiões apresentam, nem todos procuram a misticismo autentico. Mas mesmo os que o procuram, nem todos, terminam por atingir a espectativa de sucesso que os levou a tal busca, pois as tentações, as dificuldades e os desafios a vencer para atingir tal objetivo, nem sempre são ultrapassáveis. Desta forma acabamos por ter, dessa desistência, mais um grupo de descrentes, pois estes desacreditaram nas religiões e por falha na tentativa do caminho místico, acabaram por desacreditar, nos próprios modelos propostos pelas correntes místicas.   
Então, em bom rigor, sabendo que as atuais religiões não dão respostas concretas  ao atual ciclo e necessidades da humanidade, podemos também concluir que sendo o caminho místico autêntico, ele também não serve a maioria da humanidade. Mesmo que em parte, a culpa seja atribuída à impreparação do próprio ser humano para perceber e receber tal conhecimento. A derradeira questão é que qualquer sistema que seja criado para servir a evolução humana, deve ser capaz de lidar e ajudar toda a humanidade, independentemente do estado e capacidade de cada ser humano. Caso contrário estaremos sempre a criar sistemas elitistas em detrimento do que é necessariamente um sistema universalmente benéfico e eficaz para todos.
Na verdade as religiões perdem cada vez mais crentes e a humanidade, em massa, nunca acreditou no misticismo, isto porque ambas as soluções terminam por apresentar resultados idênticos, através de propostas diferentes, ou seja, nenhum deles beneficia a totalidade sem descriminar. Por um lado, as religiões exigem muito pouca dedicação do crente, quase que basta ir de tempos a tempos aos templos por ela consagrados e ai fazer os seus rituais, mas em contrapartida os resultados reais que o crente recebe são unicamente sentidos no que se designa por fé, na realidade nada de concretizável, na visão do ser pouco ou nada espiritualizado, se apresenta como melhoria do seu dia a dia.  Já as correntes místicas, embora até apresentem resultados concretizáveis, para tal ser atingido, faz-se necessário determinado grau de preparação e isso torna o processo de acesso exclusivo, sendo esse grau de preparação devido à complexidade dos sistemas, traduzido, numa pequena percentagem da humanidade.
Então na prática, quer perante o mais alto signatário do ministérios das religiões ou da mais alto Iniciado místico, podemos fazer uma pergunta em nome da Humanidade: ? De quem é a culpa por não haver uma humanidade mais espiritualizada e quem resolve as reais necessidades da humanidade para o caminho dessa espiritualização?
Essa pergunta e esse sentimento de exclusão é o mínimo que a humanidade pode fazer perante os mais altos signatários que detêm esse conhecimento e assim sendo, deveriam ser responsáveis por coloca-lo em soluções práticas que favoreçam a humanidade no seu atual estado e não a atitude tida até aqui de criticar o fato de não haver fé – na opinião das religiões e de não haver a devida preparação – na opinião das correntes místicas.
Então a resposta à pergunta da humanidade é: a culpa é dos altos signatários que são incompetentes, é por essa incompetência, por essa incapacidade de criar sistemas adequados às necessidades da humanidade dentro do seu atual estado evolutivo, desta forma, ela (humanidade) não usufrui de fato de resultados efetivos.
A religião quando anuncia que se o crente rezar, o seu bem-estar, a harmonia familiar, no trabalho se irão realizar. Imagine que ao ser feito tal reza, pelo crente, seria isso que na verdade acontecia, a espectativa anunciada realizava-se e o crente obtinha essa harmonia. Acha que a partir desse dia, esse crente e outros a quem ele transmitirá a sua experiencia, irão querer abandonar tal prática?
Imagine que o misticismo encontra formas simplificadas de desenvolver estados de consciência elevados, estados vibracionais positivos. De tal forma que tais procedimentos sejam de acesso tão simples que qualquer ser humano, bastando um pequeno esforço, obtém resultados autênticos e sente esses resultados no seu dia a dia. Acha que ele irá querer a partir dai deixar de aumentar essas práticas? Acha que ele não incentivará outros como ele às suas praticas?
O busca-dor neste momento do texto, perguntará: ?Essa teoria é muito interessante, mas como se faz isso, se até hoje ninguém conseguiu criar algo assim? Pensará o Basca-dor: “Delírio do escritor”. Respondemos: Poderá parecer delírio sim, mas para sê-lo é necessário que se prove que a solução do que aqui apresentamos não seja possível, ou que até hoje essa solução não exista já, ou não tenha existido já e tenha sido impedida de ser executada até aqui.
Perguntamos:
?Cristo veio à terra com que objetivo? Será que só nos ensinou isto? Não trouxe outros meios para nos libertar do sofrimento permanente? Que Cristo foi esse, que poder era o dele, de que serve o que achamos que ele nos trouxe? Algo está errado…
?Porque sofremos? ?Esse sofrimento é mesmo necessário para o nosso crescimento espiritual?
?Crescemos mais e melhor espiritualmente se estivermos em harmonia ou em permanente sofrimento?
?Na verdade a quem serve o sofrimento humano?
?Há fórmulas autenticamente eficazes para trazer a harmonia e retirar a humanidade do constante sofrimento?
Respondemos a estas questões como um conto que o livro sagrado que é a Bíblia apresenta – O jardim do Éden, Adão e Eva.
Antes da nossa interpretação, um reparo – Todos sabemos que a forma como é apresentado o ensino que qualquer fenómeno, sempre que essa informação seja de difícil conciliação para a mente, o método mais adequado é através da analogia, da fábula, do sentido figurado, da simbologia, etc. Nada disto é novo para ninguém, pois tal método é apresentado nas mais antigas religiões, filosofias e ciências.
Assim, devemos entender que também a bíblia está cheia de situações de autentica necessidade de recurso constante ao uso desta técnica para apresentar  conciliação mental do que se pretende transmitir. Um dos efeitos negativos que uma “suposta” intenção positiva de uso destas técnicas é o efeito contrário, dando a possibilidade de múltiplas interpretações, grande parte delas de efeitos adversos à verdadeira e positiva intenção original.
O conto do jardim do Éden e dos seus primeiros habitantes, Adão e Eva, na linguagem simbólica dos altos estudos místicos, representa, não a criação do mundo que conhecemos, mas sim a existência dos planos a que o misticismo designa de “planos das reencarnações” ou “planos do aprisionamento do espirito” – estes planos seriam originalmente planos onde o espirito humano se cientificava | aprendia | crescia e amadurecia, mas sem necessidade  do sofrimento.  O símbolo do pecado original, da desobediência de Adão e Eva, não é mais que uma simbologia de uma verdade que permanece oculta para a maioria dos seres humanos – o ato de transformação destes planos em algo predatório, representados no conto, pela expulsão de Adão e Eva do jardim do paraíso – a perda da harmonia e o inicio do sofrimento permanente. Na verdade algo ou alguém, simbolicamente representados pelo serpente, alteraram a harmonia dos planos onde o espirito humano tem que viver para se experienciar, para se cientificar, como o objetivo de introduzir o sofrimento.
Perguntamos: Se a monada humana já viveu estes planos sem necessidade de sofrimento, porque a partir de certo momento, tivemos que faze-lo em sofrimento?
Adão e Eva, simbolicamente representam a dualidade do espirito humano. O mais e o menos. O positivo e o negativo. O género feminino e masculino….algo inerente à própria creação do universo, dos seres e de todos os fenómenos. São reflexos da dualidade da própria LEI de DEUS | O PODER SUPERIOR
Mas fica para reflexão do ser Busca-dor:
?Quem tem interesse nesse sofrimento?
?Quando o ser humano ou o espirito humano sofre o que acontece que possa interessar a algo ou alguém?
? Como foi anulada essa harmonia?
Se for possível responder a estas perguntas de forma consciente, então é possível inverter os processos e repor o Jardim do Éden, onde a humanidade deveria permanecer enquanto cresce e amadurece como ser-espirito. 

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