“A humanidade não entende as religiões ou são as religiões
que não falam a linguagem da humanidade?!!” AC
Muito
do que o misticismo verdadeiro estuda e ensina aos seus Iniciados, as verdades
sobre os mistérios Maiores e Menores que dizem respeito à humanidade e ao
Universo, parte desses mistérios, desvendam e desmentem alguns dos dogmas das
religiões e por esse motivo mesmo, as religiões que movimentam as grandes
massas humanas, vivem negando essas correntes místicas. As constatações que as
ciências sagradas apresentam, são a base teológica das correntes filosóficas do
misticismo autentico. Compreende-se assim a negação das religiões, pois parte
dessas verdades contraria toda a base que sustenta as atuais religiões, caso
estas aceitassem tais verdades, estariam a condenar a sua própria existência ou
pelo menos a forma como até aqui têm existido.
Do
total de seres que não se revêm nas respostas que as religiões apresentam, nem
todos procuram a misticismo autentico. Mas mesmo os que o procuram, nem todos,
terminam por atingir a espectativa de sucesso que os levou a tal busca, pois as
tentações, as dificuldades e os desafios a vencer para atingir tal objetivo,
nem sempre são ultrapassáveis. Desta forma acabamos por ter, dessa desistência,
mais um grupo de descrentes, pois estes desacreditaram nas religiões e por
falha na tentativa do caminho místico, acabaram por desacreditar, nos próprios
modelos propostos pelas correntes místicas.
Então,
em bom rigor, sabendo que as atuais religiões não dão respostas concretas ao atual ciclo e necessidades da humanidade,
podemos também concluir que sendo o caminho místico autêntico, ele também não
serve a maioria da humanidade. Mesmo que em parte, a culpa seja atribuída à
impreparação do próprio ser humano para perceber e receber tal conhecimento. A
derradeira questão é que qualquer sistema que seja criado para servir a
evolução humana, deve ser capaz de lidar e ajudar toda a humanidade, independentemente
do estado e capacidade de cada ser humano. Caso contrário estaremos sempre a
criar sistemas elitistas em detrimento do que é necessariamente um sistema universalmente
benéfico e eficaz para todos.
Na
verdade as religiões perdem cada vez mais crentes e a humanidade, em massa,
nunca acreditou no misticismo, isto porque ambas as soluções terminam por
apresentar resultados idênticos, através de propostas diferentes, ou seja,
nenhum deles beneficia a totalidade sem descriminar. Por um lado, as religiões
exigem muito pouca dedicação do crente, quase que basta ir de tempos a tempos
aos templos por ela consagrados e ai fazer os seus rituais, mas em
contrapartida os resultados reais que o crente recebe são unicamente sentidos
no que se designa por fé, na realidade nada de concretizável, na visão do ser
pouco ou nada espiritualizado, se apresenta como melhoria do seu dia a
dia. Já as correntes místicas, embora
até apresentem resultados concretizáveis, para tal ser atingido, faz-se
necessário determinado grau de preparação e isso torna o processo de acesso
exclusivo, sendo esse grau de preparação devido à complexidade dos sistemas,
traduzido, numa pequena percentagem da humanidade.
Então
na prática, quer perante o mais alto signatário do ministérios das religiões ou
da mais alto Iniciado místico, podemos fazer uma pergunta em nome da Humanidade:
? De quem é a culpa por não haver uma humanidade mais espiritualizada e quem
resolve as reais necessidades da humanidade para o caminho dessa
espiritualização?
Essa
pergunta e esse sentimento de exclusão é o mínimo que a humanidade pode fazer perante
os mais altos signatários que detêm esse conhecimento e assim sendo, deveriam ser
responsáveis por coloca-lo em soluções práticas que favoreçam a humanidade no
seu atual estado e não a atitude tida até aqui de criticar o fato de não haver
fé – na opinião das religiões e de não haver a devida preparação – na opinião
das correntes místicas.
Então
a resposta à pergunta da humanidade é: a culpa é dos altos signatários que são
incompetentes, é por essa incompetência, por essa incapacidade de criar
sistemas adequados às necessidades da humanidade dentro do seu atual estado
evolutivo, desta forma, ela (humanidade) não usufrui de fato de resultados
efetivos.
A religião
quando anuncia que se o crente rezar, o seu bem-estar, a harmonia familiar, no
trabalho se irão realizar. Imagine que ao ser feito tal reza, pelo crente,
seria isso que na verdade acontecia, a espectativa anunciada realizava-se e o
crente obtinha essa harmonia. Acha que a partir desse dia, esse crente e outros
a quem ele transmitirá a sua experiencia, irão querer abandonar tal prática?
Imagine
que o misticismo encontra formas simplificadas de desenvolver estados de
consciência elevados, estados vibracionais positivos. De tal forma que tais
procedimentos sejam de acesso tão simples que qualquer ser humano, bastando um
pequeno esforço, obtém resultados autênticos e sente esses resultados no seu dia
a dia. Acha que ele irá querer a partir dai deixar de aumentar essas práticas?
Acha que ele não incentivará outros como ele às suas praticas?
O
busca-dor neste momento do texto, perguntará: ?Essa teoria é muito
interessante, mas como se faz isso, se até hoje ninguém conseguiu criar algo
assim? Pensará o Basca-dor: “Delírio do escritor”. Respondemos: Poderá parecer
delírio sim, mas para sê-lo é necessário que se prove que a solução do que aqui
apresentamos não seja possível, ou que até hoje essa solução não exista já, ou
não tenha existido já e tenha sido impedida de ser executada até aqui.
Perguntamos:
?Cristo
veio à terra com que objetivo? Será que só nos ensinou isto? Não trouxe outros
meios para nos libertar do sofrimento permanente? Que Cristo foi esse, que
poder era o dele, de que serve o que achamos que ele nos trouxe? Algo está
errado…
?Porque
sofremos? ?Esse sofrimento é mesmo necessário para o nosso crescimento
espiritual?
?Crescemos
mais e melhor espiritualmente se estivermos em harmonia ou em permanente
sofrimento?
?Na
verdade a quem serve o sofrimento humano?
?Há
fórmulas autenticamente eficazes para trazer a harmonia e retirar a humanidade
do constante sofrimento?
Respondemos
a estas questões como um conto que o livro sagrado que é a Bíblia apresenta – O
jardim do Éden, Adão e Eva.
Antes
da nossa interpretação, um reparo – Todos sabemos que a forma como é apresentado
o ensino que qualquer fenómeno, sempre que essa informação seja de difícil
conciliação para a mente, o método mais adequado é através da analogia, da
fábula, do sentido figurado, da simbologia, etc. Nada disto é novo para
ninguém, pois tal método é apresentado nas mais antigas religiões, filosofias e
ciências.
Assim,
devemos entender que também a bíblia está cheia de situações de autentica
necessidade de recurso constante ao uso desta técnica para apresentar conciliação mental do que se pretende
transmitir. Um dos efeitos negativos que uma “suposta” intenção positiva de uso
destas técnicas é o efeito contrário, dando a possibilidade de múltiplas
interpretações, grande parte delas de efeitos adversos à verdadeira e positiva
intenção original.
O
conto do jardim do Éden e dos seus primeiros habitantes, Adão e Eva, na
linguagem simbólica dos altos estudos místicos, representa, não a criação do
mundo que conhecemos, mas sim a existência dos planos a que o misticismo
designa de “planos das reencarnações” ou “planos do aprisionamento do espirito”
– estes planos seriam originalmente planos onde o espirito humano se
cientificava | aprendia | crescia e amadurecia, mas sem necessidade do sofrimento. O símbolo do pecado original, da
desobediência de Adão e Eva, não é mais que uma simbologia de uma verdade que
permanece oculta para a maioria dos seres humanos – o ato de transformação
destes planos em algo predatório, representados no conto, pela expulsão de Adão
e Eva do jardim do paraíso – a perda da harmonia e o inicio do sofrimento
permanente. Na verdade algo ou alguém, simbolicamente representados pelo
serpente, alteraram a harmonia dos planos onde o espirito humano tem que viver
para se experienciar, para se cientificar, como o objetivo de introduzir o
sofrimento.
Perguntamos:
Se a monada humana já viveu estes planos sem necessidade de sofrimento, porque
a partir de certo momento, tivemos que faze-lo em sofrimento?
Adão
e Eva, simbolicamente representam a dualidade do espirito humano. O mais e o
menos. O positivo e o negativo. O género feminino e masculino….algo inerente à
própria creação do universo, dos seres e de todos os fenómenos. São reflexos da
dualidade da própria LEI de DEUS | O PODER SUPERIOR
Mas
fica para reflexão do ser Busca-dor:
?Quem
tem interesse nesse sofrimento?
?Quando
o ser humano ou o espirito humano sofre o que acontece que possa interessar a
algo ou alguém?
?
Como foi anulada essa harmonia?
Se
for possível responder a estas perguntas de forma consciente, então é possível
inverter os processos e repor o Jardim do Éden, onde a humanidade deveria
permanecer enquanto cresce e amadurece como ser-espirito.
Sem comentários:
Enviar um comentário