Canta-se
e conta-se da época das primeiras navegações que nos cantos das sereias e através
destes belos e enigmáticos seres, a vontade dos navegadores era posta à prova.
Em sucessivas vezes, surgiam tentações criadas através destas para que a missão
dos últimos se interrompesse, levando até que não se cumprisse. O seu canto era
apenas um instrumento para que o chamamento da missão que os levava a navegar
fosse colocado em segundo plano, a bem dizer, era através deste que elas atraiam
para o seu objectivo, os missionários das descobertas de novos mundos.
Também
na sua navegação, o ser Busca-dor, tem que saber ultrapassar tempestades, acalmias,
mas principalmente, saber como enfrentar o canto das sereias que surgem no seu
percurso.
Na
navegação de que é composta o crescimento espiritual, ser tentado pelo canto
das sereias, ficar preso a este canto, até encantado por ele, não é o fim, não
é um ou o insucesso da busca. O Busca-dor deve saber identificar a todo o
momento, principalmente, deve saber aprender com cada desses momentos de
encantamento, pois todos eles fazem parte do processo de aprendizagem.
Assim
a cada canto da sereia, a cada chamamento, a cada encantamento, o ser Busca-dor, deve
dedicar o seu empenho em viver esse momento, em aprender com esse momento. Umas
vezes belo, outras vezes terrível e nefasto, mas certamente que sempre de
grande utilidade para o seu percurso nesse oceano que é o seu crescimento enquanto ser eterno | enquanto espírito vivo que precisa sentir os
prazeres e infortúnios deste mundo para chegar ao aconchego do seu verdadeiro lar.
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