Um dia, um Busca-dor – peregrino da senda, viajou para um
pais distante onde sabia viver um mestre que ele pretendia conhecer e dele
receber alguns ensinamentos.
Ao chegar a esse país, sua impaciência era tanta que nem foi
directo para o hotel deixar a mala, saindo do aeroporto, pegou um táxi e foi
directo para o endereço onde vivia esse grande mestre.
Chegado na rua, o táxi o deixou, à porta onde vivia tão
nobre ser. Ele olhando, reparou que era um prédio bem humilde. Entrou nele e
procurou a porta onde sabia encontrar o seu mestre. Frente a ela, bateu na
porta e de dentro uma voz serena, mas audível, mandou ele entrar.
- Entre. – disse a voz vinda de dentro.
Empurrando a porta, esta se abriu, parecendo que lhe estaria
esperando, já entreaberta. Ao transpor a porta, se deu com um pequeno quarto,
bem simples e praticamente sem mobília. Nele havia, para alem do homem que se
encontrava sentado na única cadeira existente, uma cama e um lavatório sem agua corrente, onde junto
deles estava um pequeno recipiente que continha agua. Esta era a mobília toda
que este quarto continha. O homem que se encontrava ali, fez um gesto no sentido
de ele se aproximar.
Ele deu dois passos em frente e se apresentou, pois tinha
escrito ao mestre para saber se este o receberia, assim ele sabia de sua
chegada nesse dia. Aturdido com a simplicidade em que vivia seu mestre e sem
querer acreditar, perguntou:
- Mestre, estas são todas suas pertenças? Você vive só com estes bens?
- Mestre, estas são todas suas pertenças? Você vive só com estes bens?
O mestre, sem mostrar qualquer espanto, lhe respondeu,
perguntando:
- E você. Nessa mala estão todas as sua pertenças?
Ai ele de imediato respondeu:
- Mas mestre eu estou aqui de passagem.
Ao que o mestre no seu tom de voz calmo, mas bem audível,
respondeu:
- Eu também, estou aqui de passagem, eu também.
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