quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O conflito entre o Ser material e Ser Espiritual

A busca Espiritual, por mais que queiramos, nem sempre é feita de progressos constantes. Ao ser, Busca-dor, deve manter-se permanentemente presente a necessidade de equilíbrio entre os dois pólos – o lado Espiritual e os necessários aspectos materiais.

Na grande maioria dos seres humanos, existe um enorme desequilíbrio, pois quase sempre estão virados para os aspectos puramente materiais da existência, por outro lado, os seres, Busca-dores, procuram dedicar bastante atenção ao seu equilíbrio, mantendo o seu mundo Espiritual, mas sempre assentes nos necessários aspectos da vivencia do dia-a-dia deste mundo denso.

Ao Busca-dor, por vezes, é necessário, pausar a sua busca Espiritual como forma de se manter equilibrado, sem que essa pausa crie angustias, devendo ele estar ciente que essas pausas são saudáveis, boas e desejáveis para o resultado final. Pois parte do resultado final dependerá do equilíbrio encontrado entre os dois pólos da existência humana nesta (re)encarnação – Espiritual e material.

Quando se está livre dos artifícios da mente, quando o ser entende que o tempo e espaço não são mais do que limites na percepção e são esses limites que criam as necessidades de descontinuamente colocar em acção-reacção os seus “estados mentais” que cronologicamente e espacialmente irão originar uma sensação de equilíbrio entre o seu mundo Espiritual e o seu mundo material, então ele deixa de sentir necessidade de se angustiar.

Após um período prolongado de busca espiritual, passa-se por um interregno e naturalmente focalizam-se mais os aspectos materiais da existência, sabe-se que devido à sua limitação perceptiva, o ser, não consegue manter-se simultaneamente nos dois pólos e por isso deve deixar que o principio do ritmo, no seu inevitável movimento, actue sobre estes dois pólos, com a certeza absoluta que os dois pólos são aspectos de uma só condição e que esse movimento entre eles é originado pela limitação imposta à mente através da percepção.

Conhecendo os artifícios da ilusão que constituem o mundo Imanente, o ser liberto, não se preocupa mais com o que sente no presente, mas sim analisa cuidadosamente o que sentiu até ai chegar, os sentimentos que o ser comum considera serem passados, juntando-lhe o que sente no presente e o que o seu percurso o levará a sentir, o que se entende por futuro. Nesta reflexão, o que o ser liberto procura ver é de facto aquela que é a verdadeira perspectiva do seu estado mental, neste caso, liberto das condições impostas pela mente - o seu verdadeiro estado mental, o estado “É”.

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