A melhor forma de caracterizar o NADA, é com o
que o ser humano entende por antagonismo de tudo o que é por si consciencializável,
imaginável ou até inimaginável – o NÃO. Tudo o que esteja fora deste conceito
será certamente parte do CREADO, parte
da Imanência, mesmo que aparentemente
nos pareça TRANSCENDENCIA.
Se
assim não for, chegaremos a conclusões erradas quanto às grandes questões que o
Hermetismo tem vindo a levantar e a tentar responder;
?Quem
é DEUS, onde começa o Mundo Transcendente e termina o Imanente? ?O que os
LIMITA? Como foi CREADO o Mundo Imanente? Com que propósito? O que caracterizam
os níveis da Imanência? Entre muitas outras questões…
Se a
principal característica do MUNDO DE DEUS e do PROPRIO não for o antagonismo do que julgamos ser tudo
o consciencializável, imaginável e inimaginável, então nunca estas perguntas
terão todas e em simultâneo das suas devidas respostas.
Foi ensinado,
até aos dias de hoje que a característica do Infinito, o Ilimitado é uma das
faces do Mundo Transcendente, mas na verdade, estes, são os LIMITES, mas ainda
dentro do Mundo Imanente, embora que dos quais não temos capacidade para
perceber o seu fim, ou seja, sendo o conceito de Ilimitado algo pertencente ao CREADO,
unicamente confundimos com uma característica do Transcendente, porque a nossa
limitada percepção não consegue perceber o seu LIMITE e isso leva-nos ao erro de pensar que para
resolver tal questão de limitação, devemos coloca-lo fora do nosso alcance.
Esta seria uma forma cómoda de resolver algo de difícil entendimento ou até de impossível
entendimento para o limitado estado perceptivo do ser . Mas vejamos. Se o Infinito fosse de fato característico do
Transcendente ele não existiria, certo?!! Não existiria para a nossa percepção.
Então, como poderíamos ter percepção dele?!! Mas temos. Temos percepção de
muitas coisas, quase tudo que para o ser é entendido como infinito, é
simultaneamente consciencializável. Então não pode ser Transcendente, apenas
não conseguimos consciencializar o seu LIMITE e por isso decidimos chamar a
isso infinito. Mas tem fim, só não temos percepção dele.
Para
perceber a exposição do tema, deveremos iniciar pela questão do LIMITE. ?O que
limita tudo? ?Onde está o LIMITE entre o Mundo Transcendente e o Imanente? Os
que os LIMITA? ? o que Limita / separa os vários planos do Mundo Imanente? ?O
que origina a descontinuidade, tornando o Mundo Imanente no que temos como tal?
Pois
a resposta para todas e muitas outras perguntas está na VIBRAÇÃO, é ela que separa
os dois estados PRIMORDIAIS: o NADA do TODO. Assim sendo o primeiro movimento,
ocorrer pela VIBRAÇÃO PRIMORDIAL, aquela que originou o TODO e só ai, no estado
do TODO, na presença da primeira
Vibração se situa o que entendemos por parte do estado Transcendente que
para o ser é apenas entendível | imaginável. Então o elemento limitante de
todos os estados, de todos o níveis, planos existenciais, quer seja da designada
Transcendência ou Imanência é a vibração.
Assim sendo devemos reflectir sobre o que é de fato característica da vibração,
até que estado de subtileza ela nos leva.
Tudo
o que vibra é característica do Mundo Imanente e tudo o que não vibra é
pertencente ao Transcendente.
Está é uma afirmação correcta, mas devemos
questionar e reflectir sobre a subtileza da vibração onde ela acaba, ou seja,
aqui também sobre o seu LIMITE. Será que ela é finita ou infinita? Sendo que
para melhor entender esta reflexão devemos entender como infinito, tudo que
foge à nossa capacidade de lhe encontrar o LIMITE. Então, a vibração tem
LIMITE? Se tudo o que vibra é parte e característica
do Mundo Imanente e o LIMITE da vibração pode estar fora da nossa capacidade de
percebe-la, então, mesmo sendo ela limitada, para nós, pode-nos parecer ilimitada, pois não
percebemos aonde ela termina. Bem no fundo é este mesmo o estado actual do
entendimento e é este o motivo porque se cometem muitos erros no estudo Hermético
sobre alguns estados vibratórios. Vejamos um exemplo que consideramos de forma errónea
como estado e característica do Transcendente;
O amor
– muitos afirmam que o amor é uma característica do Transcendente, por isso não
vibra. Mas na verdade vibra, se não vibrasse, não seria não só imperceptível,
como não existiria de facto. Para entender o que é o amor no estado do
Transcendente, recordamos que no inicio desta reflexão falamos da chave para caracterizar
o Transcendente – o NÃO, então, o amor quando em estado de Transcendente,
torna-se NÃO- AMOR. Já quando ele é percebido, como amor, ou mesmo não o sendo
ainda percebido, está já no estado Imanente, independentemente do seu grau elevado de
vibração, nos vários níveis de subtileza, mas sendo amor, já não é parte do
NADA, pois para ser parte do NADA, estaria em estado de NÃO- AMOR .
Por
isso o ódio e o amor, nunca conseguirão ser o mesmo, no estado Imanente, pois
só no estado de NADA, podemos ter potencialidades diferentes UNAS, sempre que
se dá a vibração, dá-se o limite, a fragmentação que separa os diferentes níveis
vibratórios e assim cria coisas, condições, sentimentos, estados diferentes,
gerando o que entendemos por pólos, enquanto observamos ou sentimos esse algo
ou evento.
No
verdadeiro estado Transcendente, no estado do NADA, tudo, absolutamente tudo
está em estado NÃO. Esta é a melhor imagem para entender os atributos do estado
da Transcendência e não cometer erros ao pensar NELE como infinito ou sem
limites.
É pois
pela vibração que tudo no TODO existe e pela NÃO-vibração que o NADA é o
verdadeiro e único plano Transcendente.
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