sábado, 7 de setembro de 2013

“Sweet Lorraine” Este é o vídeo sensação do momento.




Chama-me a atenção o tema, porque trata sobre algo que transcende aquilo que o tornou famoso – o suposto amor de um nonagenário pela sua companheira de 75 anos de jornada. Aquilo que ninguém percebe estar no centro desta sua saudade, amor e também nesta forma de homenagem – o desconhecimento sobre a finitude do fenómeno que é a vida. Isto porque relegamos sempre para mais tarde, o ter que nos relacionar com esse ato temporal que é a vida. 

A nossa incapacidade de perceber a vida, está profundamente relacionada com a nossa óbvia relação com a morte. Porque socialmente nos invalidaram da capacidade de perceber o ciclo da existência, essa mesma incapacidade, gerará sempre fenómenos destes. A saudade e o sofrimento, serão sempre eternos companheiros do ser humano que teime em não mergulhar em si mesmo e num ato sincero de profunda busca, se esforce por desmistificar o ciclo da existência humana, onde uma breve parte dele, ocorre no que percebemos como – nascimento, vida e morte.

Para todos (as) impreparados (as) para este ato que é o fenómeno da vida, estas minhas palavras soarão absurdas, mas é claro que sim….!

O mesmo sentimento que gera o medo disfarçado na expressão “…nas que absurdas palavras…que frieza…..devemos ter saudades sim….”

Eu digo: Sim devemos deixar-nos levar pelo medo que se oculta nessas expressões e comportamentos tidos por códigos sociais que todos seguem sem questionar e deles retirar os seus frutos – sofrimento constante, devido à falta de entendimento pleno.

Não pretendo negar o amor e a união dos seres enquanto vivem a experiência que é a vida, também não pretendo afirmar que esse sentimento não deva ser perpetuado, apenas digo que enquanto vivemos esta vida, devemos aprender tudo sobre ela, absolutamente tudo.  




“AC”

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