segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Simbologia à luz do conhecimento Hermético


Todas as correntes, da literária à filosófica, da linha exotérica à esotérica, até hoje, têm tentado interpretar e atribuir significados às simbologias criadas por muitos dos filósofos, místicos e pensadores de todos os tempos, mas via da regra, erram, pois tentam usar para a sua interpretação a racionalidade objetiva, quando na verdade quem as apresenta, fá-lo, usando uma aparente irracionalidade que é característica das linguagens dos planos subtis do mundo Imanente. Para a mente do homem comum tudo o que não é racionalizável, tudo o que foge da compreensão da aparente normalidade, tudo o que aparentemente está para alem da logica do ego, não lhe é dada a devida importância ou até mesmo é desprezado.
O exemplo mais claro é a enorme carga simbólica dos sonhos, sendo que todos ou quase todos são interpretados de forma errada ou até mesmo não são considerados pelo ser, quando a forma como se nos apresentam, fogem da logica racional para a mente. Não esqueça o ser busca-dor (a) que para a mente, só tem logica racional, aquilo que tem grau de comparação, ou seja, aquilo que temos como referencia e para tal, aquilo que já vivenciamos. Assim tudo o que o ser e a sua mente nunca percebeu, está consignado ao rotulo de ilógico, irracional, inconciliável  e inexistente.
Os sonhos aparentemente lógicos, são também esses, quase sempre, interpretados de forma inadequada, pois o que quase sempre eles transportam em termos de mensagem, está longe da simples a aparente logica racional e como de novo a mente do ser os vê pela sua racionalidade, então o seu verdadeiro sentido fica quase sempre por revelar, assim criando-se falsas interpretações.


Até os variadíssimos escritores e  suas mensagens sofrem dessas inadequadas interpretações, vejam-se casos como; a Mensagem de Fernando Pessoa, O Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, O Sermão aos Peixes de Padre António Vieira, a Divina Comédia de Dante Aighieri, os Doze Trabalhos de Hercules e muitos outros. Pegue-se no exemplo da simbologia do “barqueiro” nos vários textos e veja-se a interpretação que lhes é dada. Todas as interpretações concluem que o barqueiro, o rio e o barco, representam a passagem para o mundo dos mortos, quando na verdade em todos eles, esta trilogia simbólica, representa a capacidade do ser humano perceber os outros planos, a sua evolução espiritual, os meios e truques da mente e do ego, os códigos, apegos e desapegos. Como refere o NUCTEMERON  do Iniciado Hermético Apolónio de Tiana, os Doze Trabalhos de Hercules  ou Dante Aighieri na Divina Comedia, quando apresentam como simbologia velada o cão de três cabeças – Cérbero.
Todos os grandes textos, escritos ao longo da historia da humanidade e nas suas várias civilizações, usam como método de codificação a limitação que é representada pelo incapacidade que a interpretação, na sua função objetiva, tem face ao que o ser entende por logico. Isto permite que a verdadeira interpretação e significado de determinadas simbologias fique protegido dos menos preparados. 
Só ao verdadeiro Iniciado é permitido o acesso às verdadeiras mensagens que estão por traz dos textos, símbolos e demais representação velada do SABER ARCANO.
“Não procures a verdade, pois ela encontrar-te-á, quando estiveres preparado (a).”

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